Conexão coração – cérebro
terça-feira,
12 de outubro de 2010
Do blogspot.pt de
Laura Botelho.
Master em Neurolinguística (NLP)
Conselheira de bem-estar e saúde - Health Coach
Escritora e pesquisadora.
(Nota: Correção para português de Portugal e nova
disposição gráfica – sem alterar a mensagem – feita por mim. R.)
O coração foi definido pela ciência antiga como uma bomba cuja
função é a de distribuir sangue a todas as áreas do organismo vivo. Mas para
quase todas as culturas antigas no planeta, esse mesmo coração tem um
papel mais importante do que simplesmente bombear sangue, ele é a fonte de
sabedoria inconsciente para todas as experiências de nossa vida.
Pesquisas recentes do Instituto de HeartMath mostra que um dos mais
poderosos fatores que afetam a mudança do ritmo do coração são os nossos
sentimentos, emoções e as percepções sobre essas emoções.
Aprendemos na escola que o coração recebe constantemente sinais neurais
enviados pelo cérebro. Mas hoje cientistas atestam que o coração envia mais
sinais para o cérebro do que o cérebro envia ao coração!
Além disso, esses sinais cardíacos têm um efeito significativo sobre
a função do cérebro, que influenciam no processamento emocional,
bem como as faculdades cognitivas superiores, tais como atenção, memória e
resolução de problemas.
Em outras palavras, não só o coração responde para o cérebro como o cérebro
responde de forma contínua para o coração.
Durante o stress e emoções
negativas o padrão do ritmo cardíaco é irregular e desordenado, um
padrão correspondente de sinais neurais que viajam do coração para o cérebro inibe funções cognitivas mais
elevadas.
Isso ajuda a explicar por que muitas vezes agimos de forma impulsiva
e imprudente quando estamos sob stress.
Em contrapartida, se estivermos equilibrados e estáveis em estados emocionais
positivos o efeito é contrário, facilitando a função cognitiva,
reforçando os sentimentos já positivos e uma estabilidade emocional.
Isso significa que a aprendizagem para gerar a coerência do ritmo
cardíaco acelerado, sustentando as emoções positivas, não só
beneficia o corpo inteiro, mas também afeta profundamente o modo como
percebemos, pensamos, sentimos e executamos as nossas ações.
O nosso coração sabe o
que diz
Como discernimento espiritual, pensamento e emoção, o nosso coração
é muito mais do que uma ferramenta metafórica em textos de poetas. A ciência
moderna está a ampliar a cada dia o papel importante que esse órgão desempenha
nas nossas vidas em especial a Neurocardiologia.
A Neurocardiologia descobriu que o coração possui o seu próprio e intrínseco
sistema nervoso numa rede de nervos tão sofisticado quanto funcionalmente
para ganhar a descrição de um "cérebro e coração."
Contendo mais de 40.000 neurónios, "essa mente em menor escala”
dá ao coração a capacidade de processar informação de forma independente
do cérebro, tendo senso, tomando decisões, e até mesmo demonstrando um tipo de
aprendizagem e memória.
O coração é um sistema
inteligente.
Ele também atua como uma glândula hormonal que fabrica e segrega hormonas e
numerosos neurotransmissores que afetam profundamente o funcionamento do
cérebro e do corpo.
Entre essas hormonas destaca-se a ocitocina, velho conhecido do
"amor" ou mais popularmente como "hormona da união."
O coração é um componente chave no sistema emocional, não só respondendo a imediata emoção (quando ele dispara), determinando a qualidade da nossa experiência emocional de momento a momento. Isso se dá na percepção do impacto e função cognitiva em virtude da rede de comunicação com o cérebro - se ele dispara por medo ou por alegria.
Estudos eletrofisiológicos realizados no Instituto de HeartMath
indicaram que o coração parece desempenhar um papel fundamental na intuição.
Teste com várias pessoas mostraram que no toque, na proximidade de corpos há
uma transferência da energia eletromagnética produzida pelo coração.
Essa transferência de sinal parece depender da distância entre os indivíduos.
O efeito foi evidente quando as pessoas se tocavam ou
foram postas a 18 centímetros de distância. Quando os voluntários foram
separados por uma distância de 4 metros o processo de sinais era interrompido.
Interessante no estudo foi que no uso de luvas de isolamento não houve
transferência de energia, assegurando a importância do contato pele a pele.
O campo eletromagnético do coração diminui em coerência elétrica
quando um indivíduo se torna frustrado ou com raiva. Estados emocionais
positivos como sincero amor, cuidado e gratidão aumentam o campo
eletromagnético sensivelmente.
Foi observado em estudos que pacientes hospitalizados com problemas
cardiovasculares que não foram tocados atenciosamente, com um toque
“Terapêutico”, apenas mecânico, apresentaram um decréscimo maior na qualidade
do pós tratamento.
Já os pacientes que receberam atenção, uma intervenção acentuada dos
enfermeiros na ajuda para confortá-lo, tiveram um aumento sensível na
recuperação no pós tratamento.
As nossas emoções têm
a capacidade
de afetar pessoas de
nossa proximidade.
Se o campo eletromagnético gerado pelo nosso coração, na verdade,
tem a capacidade de afetar significativamente os que nos rodeiam, as
implicações disto seriam claras nas interações terapeuta-paciente.
Observe que para essa troca de energia, não só a força da intenção de
ajudar ao retorno do equilíbrio vibratório (cura) do paciente irá contar, mas
que principalmente haja uma relação mútua entre o profissional e doente.
A troca de energia cardíaca descrita aqui pode ser influenciada não só pelo
grau de coerência do sinal transmitido (o que, por sua vez, pode depender do
estado emocional da fonte e intenção), mas também pelo grau de receptividade
do receptor ao sinal.
O impacto desses estudos constata o que nós já sabíamos intuitivamente, mas
não podíamos provar. As alterações no campo cardíaco impactado por diferentes
emoções são registadas fisiologicamente. Uma percepção de destaque por
aqueles que nos rodeiam, o que vem comprovar ao longo da experiência humana, o
quanto nosso coração sofre quando não damos a devida atenção à sua intuição.
O toque facilita o intercâmbio de energia cardíaca entre indivíduos.
Isto dá um novo conceito no contato como o primeiro meio fundamental de
comunicação e facilitador nas interações humanas.
Quando temos sentimentos de agradecimento, alegria, atenção e amor, o
nosso padrão de ritmo cardíaco torna-se altamente ordenado, sincronizado,
trocando energia harmoniosa, como uma suave onda que envolve todo o sistema
orgânico dando maior eficiência na execução do trabalho de hemóstase – o nome
que cientistas dão a isso = coerência padrão de ritmo cardíaco.
Coerência não é
relaxamento
Um ponto importante é que o estado de coerência é tanto psicologicamente
quanto fisiologicamente distinto do estado alcançado através
de mais técnicas de relaxamento.
Coerência é associada a um aumento relativo da
atividade parassimpática, um aumento da harmonia e sincronia no sistema
nervoso e a dinâmica - coração - cérebro
Relaxamento é um estado de baixa energia, no qual o indivíduo descansa o corpo
e a mente, normalmente desapegando-se de processos cognitivos e emocionais.
Em contraste, a coerência geralmente envolve a participação ativa de
emoções positivas.
O Papel da Respiração
Outra distinção importante envolve a compreensão do papel da respiração
na geração de coerência porque padrões respiratórios modulam o ritmo
cardíaco, é possível gerar um ritmo cardíaco coerente simplesmente por
respirar lenta e regularmente a um ritmo de 10 segundos (5
segundos na inspiração e 5 segundos na expiração).
Respiração ritmada desta forma pode, portanto, ser uma intervenção útil
para iniciar uma mudança de estado emocional de stresse e para uma maior
coerência.
Uma série de estudos recentes, em todos os campos do conhecimento humano,
nos forçará a rever e alterar a história e ciência. Estar aberto a essas
mudanças dará a você um melhor entendimento de como funciona a sua mente e consequentemente
o seu organismo.
Perceba como andam os seus pensamentos. Aquiete o seu coração. Dê-lhe mais
alegrias apenas vibrando de maneira coerente com o que você diz, faz e pensa.
Em suma: o Espírito Residente está em
contato permanente com o Espírito Universal (daí se dizer que Deus está em toda a parte) e tem acesso ao saber
universal. A dificuldade é manter a "ponte" sempre transitável com a
Mente.
A informação que o Espírito residente se
esforça em passar para a Mente é captada como algo pressentido, uma Intuição.
Quanto menos o ser humano mergulhe nos
desejos carnais do mundo material e mais se espiritualize tendo consciência da
sua identidade e reconheça que os seus atos
são o resultado do imperativo da sua consciência e não no cumprimento
forçado de Leis escritas por humanos, melhor compreenderá os "sussurros"
do Espírito residente em si e conseguirá ter a "chave", aquele momento em que tudo será claro e
compreensível.
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