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sexta-feira, 8 de julho de 2016


Breve sinopse sobre as Religiões – Parte IV (As restantes são derivações destas grandes religiões principais)

 

A última revelação aceite deu origem ao Cristianismo que segue o mesmo caminho. Todos reconhecem que hoje a doutrina Cristã não corresponde na maior parte ao que Jesus revelou, tendo sido deturpada constantemente (pelo que há tantos protestantes e ramos Cristãos) pelos interesses materiais dos senhores que administram as igrejas. A própria Bíblia informa que consideraram Jesus como pertencente à Ordem de Melquisedeque. Em Hebreus, 5: 5, 6: "Assim, também. Cristo não se glorificou a si mesmo, para se fazer sumo-sacerdote, mas aquele que lhe disse: Tu és meu filho, hoje te gerei"; "Como, também, diz, noutro lugar: Tu és sacerdote, eternamente, segundo a ordem de Melquisedec".

 

Como Filho, e do mesmo modo que o misterioso Melquisedeque, Jesus empenhou-Se para sempre, com toda a Sua pessoa na súplica e no sacrifício. Levado à perfeição, Jesus tornou-Se o princípio da salvação eterna, pois recebeu de Deus o título de Sumo-sacerdote. Na Bíblia Protestante as palavras "lugar "e "és" estão em itálico, num sublinhado enigmático que dá origem a várias interpretações. Na minha linha de pensamento poderei interpretar como Jesus sendo um sacerdote Melquisedeque "noutro lugar "(Céu? Outra dimensão? Outro mundo intermediário?).

 

Na Bíblia Católica essas palavras já não estão sublinhadas. Porquê?

 

Será que, um dia as revelações dos documentos de Urântia serão aceites pelos senhores acomodados nas suas igrejas institucionalizadas e pelos interesses instalados?

 

Pelo menos, a meu ver, a sua revelação parece-me lógica e vem explicar passagens confusas da Bíblia como por exemplo quando Josué socorre Gibeon (Josué 13): "E o Sol se deteve, e a Lua parou… o Sol, pois, se deteve no meio do céu, e não se apressou a pôr-se, quase um dia inteiro". Naquela época ainda acreditavam que o Sol rodava à volta da Terra, considerada o centro do universo, pelo que não houve controvérsia. Mas hoje, face ao conhecimento científico atual, todos sabemos que a Terra é que gira em volta do Sol e esta passagem torna-se confusa e faz duvidar da veracidade do texto sagrado. A verdade é que hoje, paradoxalmente, até há uma explicação para isso, ou seja que o movimento de rotação do Sol é que provoca o movimento de rotação da Terra e havendo uma "influência" sobre o mecanismo de rotação solar iria influenciar o movimento de rotação da Terra, tornando-o, naquele caso, mais lento e que, na prática vai dar a mesma ilusão às massas.

 

Esta e outras passagens que se iam tornando confusas conforme se ia desenvolvendo a ciência, despoletaram a reação da Igreja Católica que se julga a detentora da "verdade", mesmo que escamoteada quando não a percebe, dando origem à Inquisição e todos os atos de verdadeiro barbarismo que se seguiram só para defenderem a instituição que consideram infalível. Copérnico e Galileu bem sentiram na pele o facto de declararem, sobre este exemplo, que a Terra gira em volta do Sol.

 

O facto de se considerar esses ensinamentos nada tem a ver com rejeição da Bíblia ou mudança de Fé. Acho que esses ensinamentos contribuem para uma maior Fé em Deus e seu filho feito homem, Jesus Cristo, e melhor compreensão do porquê do Universo Infinito e sua constante expansão.

 

E, ao contrário dos receios dos "sacerdotes" Cristãos que não aceitam, de modo nenhum a ideia de que possam existir mais civilizações espalhadas pelo Universo, porque acreditam que Deus existe só para a Sua Criação no planeta Terra, não conseguindo extrapola-Lo para o Universo, eu acho que Deus criou os Universos e deu-lhes Vida e que isso vem explicito na Bíblia, só que muitas revelações foram deturpadas ou escondidas pelos homens que as transcreveram porque não compreendiam esses ensinamentos tão avançados e totalmente fora do nível de evolução da época.

 

O papa Francisco já admite a existência de Aliens, se bem que não diretamente, mas há muito que o Vaticano tem as suas dúvidas e construiu um telescópio sofisticadíssimo, a que deram o nome de Lucífer, para varrer os céus. Para quê?

 

Agora um breve resumo sobre as religiões:

 

A doutrina professada pelos Cristãos é muito antiga e influenciou todas as outras religiões existentes no mundo. Ou seja: TODAS as grandes religiões foram beber da mesma doutrina ensinada por "seres" encarregados de nos gerirem. Com o tempo, conforme as culturas e falta de comunicação entre elas, os homens foram acrescentando alguma coisa, dentro da sua ignorância, dando origem às diversas religiões que parecem tão diferentes umas das outras. Mas se procurarmos bem encontramos pontos comuns e simbologia comum, não se sabendo como apareceram.

 

O facto do Cristianismo nascer depois da vinda de Jesus, o Cristo, não significa que aqueles ensinamentos tiveram origem naquela época. Todo aquele saber transmitido por Jesus já tinha sido ensinado aos humanos muitos séculos atrás, só que se perderam na sua grande maioria, pelo que o Ser Superior, Criador e Senhor da Terra e Universo onde está inserida, fez a visita encarnado e desta vez deram-Lhe o nome de Jesus.

 

A Bíblia fala num sábio de Salém, o Rei de Salém, que apareceu do nada, ensinou a doutrina e desapareceu. Esse sábio tinha o nome de Melquisedeque (verdadeiramente chamava-se Maquiventa da ordem de Melquisedeque), na Bíblia (Génesis, 14:18) (Hebreus, 7) diz: " Sem pai, sem mãe, sem genealogia, sem começo nem fim de vida sendo feito semelhante ao Filho de Deus, Melquisedeque permanece sacerdote para sempre", e tomou como missão espalhar a boa nova, a palavra do Senhor, talvez cedo de mais e os povos demasiadamente primitivos da Terra não souberam perpetuar esses ensinamentos. Pela Bíblia, Melquisedeque seria Jesus numa das várias aparições que teve na Terra com nomes diferentes. A verdade é que em várias passagens quando se referem ao Senhor (Deus) não se sabe ao certo se realmente era o Senhor ou Melquisedeque. A humanidade naquele tempo considerava-o um Deus.

 

Isto logo no início da História conhecida da Terra, segundo a Bíblia, em que ainda não existia sequer o "Povo escolhido" (os Hebreus), quando a humanidade começou a registar a História, porque teve influências anteriores dos mesmos sábios que nos regem, até que começaram a dar fruto.

 

Portanto, quando da criação deste mundo, seres evoluídos existentes num patamar superior, enquadrados numa hierarquia e seguindo um plano de evolução, criaram as condições necessárias para que a vida inteligente surgisse no planeta. Seres primitivos, de várias linhagens, foram surgindo conforme o desenvolvimento e adaptação deles ao ambiente até que surgiu uma linhagem (o Homo Erectus) com características mais adequadas para dar origem ao primeiro homem verdadeiramente sapiente ou seja, ao Ser que iria dar origem à raça que seria escolhida para o desenvolvimento da humanidade inteligente que se juntaria às inúmeras raças inteligentes que povoam os Universos.

 

Esse plano transcende-nos e os mestres mais evoluídos estão muito longe de atingirem o patamar (sabendo da sua existência pelos contactos privilegiados que têm com outros seres que pela sua constituição e plano de evolução mais alto são invisíveis para o ser humano comum) que lhes permita compreender o plano de Deus.

 

Deus é uma Entidade, que para o nosso patamar de evolução, tem três "personalidades". O Pai, o Filho e o Espírito Santo. O Pai tem a função de Deus, assim como o Filho e o Espírito Santo.

 

Cada um foi revelado conforme o grau de evolução da humanidade.

 

Em primeiro lugar foi incutido na Mente do Homem a existência do Deus único (Pai), ideia que prevaleceu em todo o Velho Testamento. Em segundo lugar foi revelado o Filho (Jesus na Terra) que veio alargar a "aliança" que Deus tinha acordado com os humanos "escolhidos" e preparados para expandirem a revelação e os mandamentos de Deus pelo resto do Mundo (o que falhou), para o resto da humanidade – Novo Testamento. Agora já não havia um "povo escolhido" mas sim toda a humanidade tinha a possibilidade da Salvação e consequente evolução a caminho do Paraíso, o Reino de Deus, desde que aceitassem serem "filhos" de Deus. Em terceiro lugar, quando o Filho subiu aos Céus deixou na Terra o Espírito Santo, ou seja qualquer humano que porta em si uma Centelha do Espírito Divino (todo o ser humano é Corpo, Mente e Espírito) está sempre conectado a Deus. É pela conexão do nosso espírito com o Espírito Santo que Deus sabe tudo sobre os seus filhos e os ajuda desde que o Homem aprenda a ouvir o Espírito que reside nele.

 

Quanto maior for o desenvolvimento espiritual e desejo de servir a Deus mais fácil se torna essa conexão espiritual e maiores são as certezas e segurança de que algo nos guia. À parte de certos pares naturais, tais como passado e presente, dia e noite, quente e frio, e masculino e feminino, o homem geralmente tende a pensar em tríades: ontem, hoje e amanhã; alvorecer, meio-dia e entardecer; pai, mãe, e filho. Três salvas são dadas à vitória. Os mortos são enterrados ao terceiro dia, e o fantasma era aplacado com três abluções de água. Como consequência dessas associações naturais na experiência humana, a tríade fez a sua aparição na religião e, isso, muito antes que a Trindade das Deidades do Paraíso tivesse sido revelada à humanidade, ou a qualquer dos seus representantes. Mais adiante, os persas, hindus, gregos, egípcios, babilónicos, romanos e escandinavos, todos tinham deuses em tríades, mas ainda não eram as verdadeiras trindades. As deidades em tríades, todas, tinham uma origem natural e surgiram numa época ou noutra, no meio da maior parte dos povos inteligentes da Terra.

 

Algumas vezes, o conceito de uma tríade evolucionária confundiu-se com aquele da Trindade revelada e nesses casos, é muitas vezes impossível distinguir uma da outra.

Portanto, normalmente, a sistemática utilizada na humanidade utiliza muito a repartição em três. Neste caso, para maior compreensão da Trindade, seguindo o conceito de que "o que está em cima está em baixo" e "o microcosmos é como o macrocosmos", em que tudo está interligado, pensemos no corpo humano, por exemplo, o Homem tri-uno, conhecido por todas as religiões e grupos esotéricos, como sendo composto pela Mente, o Corpo e o Espírito. A Mente, como ponto nevrálgico no cérebro (funcionando no cérebro) portanto não palpável, etérea, diáfana. Para permitir dar continuidade à sua ação imaginativa, de criação ou decisão, precisa de um instrumento material que execute as suas ordens que, neste caso, é o Corpo denso. O Corpo é a ferramenta que executa o que a Mente ordena. O Espírito é o elemento que dá a Vida, é o elemento vital para que a Mente e o Corpo funcionem. Portanto esta trindade forma o Homem. Em Deus, o princípio será o mesmo, simplificando até demais, só para maior compreensão.

 

Grosso modo O Pai cria e dirige. É um ente incorpóreo que utiliza como ferramenta de execução o Filho que toma a forma corpórea, ou outra forma conforme os planos dimensionais onde se processa a evolução, desde o mais diáfano ao mais denso como o da Terra, e o Espírito Santo é a energia, o sopro vital que banha todas as formas vivas. O Espírito que vivifica o corpo de um ser vivo provém de Deus e vai "aconselhando" o portador durante a vida material, só que muitos portadores não o escutam ou quando o escutam não sabem interpretar a mensagem, pelo que a humanidade andou sempre transviada recebendo esporadicamente uma revelação ou "empurrão" mais forte para determinado caminho. Este espírito interior sendo uma fração absoluta da própria essência perfeita divina, está virtualmente imune ao erro e completamente livre do pecado (erro consciente e premeditado). O espírito então busca a personalidade através da sua união definitiva com o hospedeiro humano; e o homem busca a DIVINDADE e ETERNIDADE através da sua união com o espírito.

 

Quando o homem segue a liderança deste espírito interior, que na prática significa fazer a Vontade de Deus, ele consegue eternizar-se, alcançar a sobrevivência. Desta eterna fusão deus-homem surge, então, um novo ser, exclusivo e original, único por toda a eternidade, dotado de valores e significados singulares, um verdadeiro filho do Homem, pela composição material do corpo, e filho de Deus, pela centelha de espírito que lhe dá a vida.

 

Ou seja: Assim como o Homem, depois de dissecado pela psicologia, psiquiatria e metafísica, apresenta outras facetas em que como entidade apresenta várias personalidades, podemos pensar o mesmo sobre Deus. Uma entidade com as várias personalidades que atuam em conjunto, em separado ou em parceria conforme as necessidades, o que dificulta muito a qualquer ser humano, no grau evolutivo em que está, perceber o conceito da Trindade.

Uma pessoa é o somatório do Corpo, mente e espírito residente. A mente nada é sem estar naquele corpo. Aquele corpo nada é sem a mente consciente e sem o espírito que o vivifica. O Espírito também nada faz se não tiver o seu hospedeiro. Nesta simbiose, na experiência adquirida no mundo material e consciencialização da mente com a orientação do espírito (funções inconscientes de manutenção do corpo - respirar, bater do coração e outras funções independentes da vontade consciente) formam o indivíduo, a Alma que será eterna e evoluirá por todos os planos dimensionais, sempre acompanhada pelo Espírito residente que lhe foi doado quando "nasceu". 

 

Quem quiser aprofundar o assunto deve ler a Parte III do Livro de Urântia, documento 104 O CRESCIMENTO DO CONCEITO DA TRINDADE

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