Breve sinopse sobre as Religiões – Parte VIII (As
restantes são derivações destas grandes religiões principais)
(Como expliquei no início desta Sinopse, parte deste conteúdo é do LIVRO DE URÂNTIA, que vem completar os Evangelhos da Bíblia Sagrada, com tradução minha para português de Portugal)
Quanto às Religiões?
Entre
os conselheiros e gestores do planeta estavam os Melquisedeques conhecidos
como Filhos das emergências, pois eles engajam-se em atividades de uma
variedade incrível nos mundos de um universo local. Quando surge um problema
extraordinário qualquer, ou quando algo inusitado está para ser realizado, é
quase sempre um Melquisedeque que aceita a missão. A ordem Melquisedeque de
filiação do universo tem estado extremamente ativa na Terra. Um corpo de doze
deles tornou-se posteriormente Administrador da Terra, pouco depois da
rebelião, e continuou com autoridade até aos tempos de Adão e Eva. Esses doze
Melquisedeques retornaram à Terra, quando da falta de Adão e Eva, e
continuaram, daí em diante, como administradores planetários, até ao dia em que Jesus de
Nazaré, como o Filho do Homem, se tornou o Príncipe Planetário titular da Terra.
A
verdade revelada esteve ameaçada de extinção durante os milénios que se
seguiram ao não cumprimento da missão Adâmica, na Terra. Ainda que fazendo
progressos intelectuais, as raças humanas, aos poucos, perdiam terreno
espiritualmente. Por volta de 3 000 a.C., o conceito de Deus havia-se tornado
muito nebuloso nas mentes dos homens. Os doze administradores Melquisedeques
sabiam da iminente auto-outorga de Michael (o Filho) neste planeta, mas
não sabiam quando ocorreria. E foi em consequência de terem sido deixados tão
completamente por conta dos próprios recursos que Maquiventa Melquisedeque,
um dos doze administradores lanetários,
se tornou voluntário para personalizar temporariamente na Terra um homem deste reino.
A
encarnação factual de Maquiventa Melquisedeque foi consumada nas proximidades
do local que estava destinado a tornar-se a cidade de Salém (futura
Jerusalém), na Palestina. Maquiventa auto-outorgou-se às raças humanas da
Terra 1973 anos antes do nascimento de Jesus. A sua vinda não foi espetacular;
a sua materialização não foi testemunhada por olhos humanos. Ele foi visto pelo
homem mortal pela primeira vez num dia em que entrou na tenda de Andon, um
pastor caldeu de origem suméria. E a proclamação da sua missão ficou
corporificada numa simples afirmação que ele fez a esse pastor: “Eu sou Melquisedeque,
sacerdote de El Elyon (um dos nomes atribuídos a Deus), o Altíssimo, o único
Deus”. Naquela
época era necessário concretizar a presença de Deus, pois a humanidade não compreendia a existência
de um Deus abstrato e trino.
Quando
o pastor recobrou do espanto, e depois de haver feito muitas perguntas ao
estranho, convidou Melquisedeque para cear com ele; e essa foi a primeira vez,
na sua longa carreira no universo, que Maquiventa comeu comida material, o
alimento que iria sustentá-lo durante os seus noventa e cinco anos de vida como
um ser material. E, naquela noite, enquanto eles conversavam sob as estrelas,
Melquisedeque começou a sua missão de revelação da verdade da realidade de Deus,
quando, com um movimento circular do seu braço, disse a Andon: “El Elyon, o Altíssimo, é
o divino criador das estrelas do firmamento e desta Terra mesma, na qual
vivemos, e ele é também o supremo Deus do céu”.
Depois
de uns poucos anos, Melquisedeque havia reunido em torno de si um grupo de
alunos, discípulos e crentes, que formaram o núcleo da futura comunidade de
Salém. Ficou logo conhecido na Palestina como o sacerdote de El Elyon (um
dos inumeráveis nomes atribuídos a Deus), o Altíssimo, e como o
sábio de Salém. Algumas das tribos da vizinhança referiam-se sempre a ele como
o Sheik, ou o Rei, de Salém.
Salém era o local que, depois do
desaparecimento de Melquisedeque, se transformou na cidade de Jébus,
sendo posteriormente chamada de Jerusalém. Na aparência pessoal,
Melquisedeque assemelhava-se aos povos noditas e sumérios, então mesclados,
tendo quase um metro e oitenta de altura e possuindo uma presença imponente.
Falava o caldeu e uma meia dúzia de outras línguas. Vestia-se de um modo bem
semelhante aos sacerdotes cananeus, exceto que usava no peito um emblema
com três círculos concêntricos, o símbolo da Trindade do Paraíso.
Com
o decorrer do seu ministério, a insígnia dos três círculos concêntricos veio a
ser considerada tão sagrada pelos seus seguidores que eles nunca ousaram
usá-la, e foi logo esquecida com o passar de umas poucas gerações. Embora
Maquiventa tivesse vivido à maneira dos homens deste reino, nunca se casou, nem
poderia ter deixado prole na Terra. O seu corpo físico, se bem que fosse
semelhante ao de um ser humano masculino, era, na realidade, da ordem daqueles corpos
especialmente construídos, usados pelos cem membros materializados da
assessoria do Príncipe Planetário da altura, excepto que não trazia o plasma da
vida de nenhuma raça humana.
Nem
havia mais na Terra uma árvore da vida disponível. Se Maquiventa tivesse
permanecido por mais algum tempo longo na Terra o seu mecanismo físico
ter-se-ia deteriorado gradativamente; e o que sucedeu foi que ele completou a
sua missão de auto-outorga em noventa e quatro anos, muito antes de que o seu
corpo material tivesse começado a desfazer-se.
Passada
uma década, Melquisedeque organizou as suas escolas em Salém, dando-lhes o
padrão do antigo sistema que tinha sido desenvolvido pelos primeiros sacerdotes
setitas do segundo Éden. Mesmo a ideia do sistema do dízimo,
introduzida por Abraão, posteriormente convertido por Melquisedeque, também
derivou das tradições remanescentes dos métodos dos antigos setitas. Melquisedeque
ensinou o conceito de um só Deus, de uma Deidade universal. mantendo-se em silêncio quanto ao status de
Lúcifer
A
maioria das pessoas interpretava o símbolo com os três círculos concêntricos
que
Melquisedeque
adotou como insígnia da sua outorga, como representando três reinos, o dos homens,
o dos anjos e o de Deus. E a todos foi permitido continuarem com essa crença; pouquíssimos
dentre os seus seguidores chegaram a saber que os três círculos eram um símbolo
do infinito, um emblema da eternidade e da universalidade da Trindade do
Paraíso, a divina mantenedora e diretora; mesmo Abraão considerava esse símbolo
como sendo o dos três Altíssimos do Paraíso, pois havia-lhe sido instruído que
os três Altíssimos funcionavam como um.
Melquisedeque ensinou aos seus seguidores tudo o que eles tiveram capacidade
para receber e assimilar. E mesmo muitas ideias religiosas modernas, sobre o céu e a
Terra, o homem, Deus e os anjos,
não estão tão afastadas desses ensinamentos de Melquisedeque. Contudo, esse grande
instrutor subordinou tudo à doutrina de um único Deus, uma Deidade universal, um Criador
celeste, um Pai divino. Esse
ensinamento foi enfatizado, com o propósito de atrair a adoração do homem e preparar o caminho para a vinda
posterior de Michael (Jesus Cristo), como o Filho deste mesmo Pai Universal.
Melquisedeque
ensinou que, em algum tempo futuro, outro Filho de Deus viria na carne como ele
havia vindo, mas que nasceria de uma mulher; e foi por isso que inúmeros
instrutores, posteriormente, sustentaram que Jesus era um sacerdote, ou
um ministro, “para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque”.
E assim Melquisedeque preparou o caminho, estabelecendo no mundo o
estágio de tendência monoteísta, apropriado para a auto-outorga de um
verdadeiro Filho do Paraíso do único Deus de facto, a quem ele tão
vividamente retratou como sendo o Pai de todos, e a quem ele representou
para Abraão como um Deus que aceitaria o homem nos termos simples da fé
pessoal. E Michael, quando apareceu na Terra (como Jesus), confirmou
tudo o que Melquisedeque havia ensinado a respeito do Pai do Paraíso.
Se
bem que nenhum sacrifício fosse permitido na colónia, Melquisedeque bem sabia
quão difícil é desenraizar subitamente os costumes há muito já estabelecidos e,
por isso, sabiamente, ofereceu a esse povo o sacramento do pão e do vinho como
substituto do sacrifício mais antigo da carne e do sangue. Está registado: “Melquisedeque, rei de Salém, instituiu o pão e o vinho”. Mas mesmo essa inovação
cautelosa não teve um êxito total; as várias tribos mantinham, todas, centros auxiliares
nos arredores de Salém, onde ofereciam sacrifícios e holocaustos. Mesmo Abraão recorreu
a essa prática bárbara, depois das suas vitórias sobre Quedorlaomer. Ele
simplesmente não se sentiu totalmente à vontade até que houvesse oferecido um
sacrifício convencional. E Melquisedeque nunca teve êxito em erradicar
totalmente essa tendência aos sacrifícios nas práticas religiosas dos seus
seguidores, nem mesmo nas de Abraão.
Como
Jesus, Melquisedeque aplicou-se estritamente ao cumprimento da missão da sua auto-outorga.
Ele não tentou reformar os costumes, nem mudar os hábitos do mundo, nem mesmo promulgar
práticas sanitárias avançadas, nem verdades científicas. Ele veio para realizar
duas missões: manter
viva, na Terra, a verdade de um único Deus e preparar o caminho para a outorga mortal subsequente
de um Filho do Paraíso deste Pai Universal. Melquisedeque ensinou a verdade elementar
revelada, em Salém, durante noventa e quatro anos e, durante esse tempo, Abraão
frequentou a escola de Salém por três vezes diferentes. Ele tornou-se,
finalmente, um
convertido aos ensinamentos de Salém, tornando-se um dos alunos mais brilhantes
e um dos principais esteios de Melquisedeque.
Embora
possa ser um erro falar de “povo eleito”, não é um erro referir-nos a Abraão
como um indivíduo escolhido. Melquisedeque deu a Abraão a responsabilidade de
manter viva a verdade de um Deus, distinguindo-a da crença, que prevalecia, em
deidades múltiplas. A escolha da Palestina como local para as atividades de Maquiventa
foi, em parte, baseada no desejo de estabelecer contacto com alguma família
humana que corporificasse os potenciais da liderança. Na época da encarnação
de Melquisedeque, havia muitas famílias na Terra igualmente bem preparadas,
para receber a doutrina de Salém, tanto quanto a de Abraão. Havia famílias
igualmente dotadas entre os homens vermelhos, os homens amarelos e os
descendentes dos anditas, a oeste e ao norte.
De
novo, porém, nenhuma dessas localidades era tão bem situada, para o
aparecimento subsequente de Michael na Terra, quanto a costa oriental do mar
Mediterrâneo. A missão de Melquisedeque na Palestina e o posterior
aparecimento de Michael, no meio do povo Hebreu, foram, em grande parte,
determinadas
pela geografia, pelo facto de que a Palestina estava localizada centralmente em relação ao
comércio, às vias de comunicação existentes e à civilização do mundo de
então.
Por
algum tempo, os administradores Melquisedeques observaram os ancestrais de
Abraão e, confiantes, esperavam que surgissem, numa certa geração, filhos que seriam
caracterizados pela inteligência, pela iniciativa, pela sagacidade e pela
sinceridade. Os filhos de Terah, pai de Abraão, em todos os sentidos,
satisfaziam a essas expectativas. A possibilidade de contacto com esses versáteis
filhos de Terah tinha bastante a ver com o aparecimento de Maquiventa, em
Salém, em vez de no Egipto, China, Índia, ou entre as tribos do norte. Terah e
toda a sua família eram convertidos
pouco sinceros à religião de Salém, que havia sido pregada na Caldeia; eles souberam
de Melquisedeque por meio da pregação de Ovídio, um instrutor Fenício que proclamava
as doutrinas de Salém em Ur. Eles deixaram Ur com a intenção de ir diretamente
para Salém, mas Nahor, irmão de Abraão, não tendo estado com Melquisedeque, não
estava entusiasmado e persuadiu-os a permanecerem em Haran. Muito tempo passou,
depois de haverem chegado à Palestina, antes que se dispusessem a destruir todos
os deuses caseiros que haviam trazido consigo; eles foram lentos em
renunciar aos muitos deuses da Mesopotâmia, em favor do Deus único de Salém.
Abraão
era belicista e foi reconhecido como governante civil do território de Salém e
tinha, sob a sua liderança, sete tribos vizinhas confederadas. Foi com grande
dificuldade que Melquisedeque de facto conseguiu conter Abraão, que estava
inflamado de entusiasmo para conquistar as tribos vizinhas, na ponta da espada,
para que elas fossem assim mais rapidamente tornadas conhecedoras das verdades
de Salém. Melquisedeque mantinha relações pacíficas com todas as tribos
vizinhas; não era militarista e nunca tinha sido atacado por qualquer dos
exércitos durante as suas idas e vindas por ali. Ele estava inteiramente de
acordo com a ideia de que Abraão devesse formular e adotar uma política
defensiva para Salém, do modo como foi posteriormente levada a efeito, mas não
aprovava os esquemas ambiciosos de conquistas do seu aluno; desse modo,
aconteceu um distanciamento amigável na relação, indo Abraão para Hebron para estabelecer
a sua capital militar.
Depois
de muitas tropelias de Abraão para consolidar o poder, Melquisedeque fez uma
aliança formal com ele, em Salém. Disse a Abraão: “Olha agora para os céus
e conta as estrelas, se fores capaz; pois assim tão numerosa a tua semente será”. E Abraão acreditou em Melquisedeque,
“e isso foi-lhe atribuído como retidão”. E então Melquisedeque contou a
Abraão sobre a futura ocupação de Canaã pela sua descendência, depois da
permanência deles no Egipto.
Essa aliança entre Melquisedeque e Abraão representa o grande
acordo Terreno entre a divindade e a humanidade, por meio do qual Deus concorda
em fazer tudo; o homem apenas concorda em acreditar nas promessas de Deus e em
seguir
as suas instruções.
Até
esse momento, havia-se acreditado que a salvação poderia ser assegurada apenas
por obras, sacrifícios e oferendas e, agora, Melquisedeque trazia novamente à
Terra as boas-novas de que a salvação, o favorecimento de Deus, deve ser
conquistada pela fé. Mas esse evangelho de simples fé em Deus era muito avançado. Os homens das tribos
semitas preferiram retomar posteriormente aos sacrifícios antigos de expiação
dos pecados, por meio do derramamento de sangue.
Melquisedeque
continuou, por alguns anos, instruindo os seus estudantes e treinando os missionários
de Salém, que penetravam em todas as tribos vizinhas, especialmente no Egipto, Mesopotâmia
e Ásia Menor. E, à medida que passavam as décadas, esses educadores viajavam cada
vez para mais longe de Salém, levando consigo o ensinamento de Maquiventa sobre
a crença e a fé em Deus. Os descendentes de Adamson (O primeiro filho
de Adão e Eva na Terra), agrupados em torno das margens do lago de Van,
eram ouvintes dispostos dos educadores hititas do culto de Salém. Desse
antigo centro andita, os educadores eram despachados para regiões longínquas,
não apenas da Europa, como da Ásia. Os missionários de Salém penetraram em toda
a Europa, até mesmo nas Ilhas Britânicas. Um grupo foi, pelas Ilhas Faroe, até
aos andonitas da Islândia; enquanto outro atravessou a China e alcançou
os japoneses das ilhas orientais. As vidas e as experiências dos homens e
mulheres que se aventuraram a sair de Salém, Mesopotâmia e lago de Van, para
esclarecer as tribos do hemisfério oriental, representam um capítulo heroico
nos anais da raça humana. Contudo, as tribos eram tão atrasadas e a tarefa
era tão grande que os resultados foram vagos e indefinidos. De uma
geração para outra, o ensinamento de Salém encontrou lugar aqui e ali, mas, exceção feita à
Palestina, nunca a ideia de um único Deus foi capaz de conseguir a lealdade continuada de uma tribo ou raça
inteira.
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