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terça-feira, 12 de julho de 2016


Breve sinopse sobre as Religiões – Parte VIII (As restantes são derivações destas grandes religiões principais)

 
(Como expliquei no início desta Sinopse, parte deste conteúdo é do LIVRO DE URÂNTIA, que vem completar os Evangelhos da Bíblia Sagrada, com tradução minha para português de Portugal)


Quanto às Religiões?

 

Entre os conselheiros e gestores do planeta estavam os Melquisedeques conhecidos como Filhos das emergências, pois eles engajam-se em atividades de uma variedade incrível nos mundos de um universo local. Quando surge um problema extraordinário qualquer, ou quando algo inusitado está para ser realizado, é quase sempre um Melquisedeque que aceita a missão. A ordem Melquisedeque de filiação do universo tem estado extremamente ativa na Terra. Um corpo de doze deles tornou-se posteriormente Administrador da Terra, pouco depois da rebelião, e continuou com autoridade até aos tempos de Adão e Eva. Esses doze Melquisedeques retornaram à Terra, quando da falta de Adão e Eva, e continuaram, daí em diante, como administradores planetários, até ao dia em que Jesus de Nazaré, como o Filho do Homem, se tornou o Príncipe Planetário titular da Terra.

 

A verdade revelada esteve ameaçada de extinção durante os milénios que se seguiram ao não cumprimento da missão Adâmica, na Terra. Ainda que fazendo progressos intelectuais, as raças humanas, aos poucos, perdiam terreno espiritualmente. Por volta de 3 000 a.C., o conceito de Deus havia-se tornado muito nebuloso nas mentes dos homens. Os doze administradores Melquisedeques sabiam da iminente auto-outorga de Michael (o Filho) neste planeta, mas não sabiam quando ocorreria. E foi em consequência de terem sido deixados tão completamente por conta dos próprios recursos que Maquiventa Melquisedeque, um dos doze administradores lanetários, se tornou voluntário para personalizar temporariamente na Terra um homem deste reino.

 

A encarnação factual de Maquiventa Melquisedeque foi consumada nas proximidades do local que estava destinado a tornar-se a cidade de Salém (futura Jerusalém), na Palestina. Maquiventa auto-outorgou-se às raças humanas da Terra 1973 anos antes do nascimento de Jesus. A sua vinda não foi espetacular; a sua materialização não foi testemunhada por olhos humanos. Ele foi visto pelo homem mortal pela primeira vez num dia em que entrou na tenda de Andon, um pastor caldeu de origem suméria. E a proclamação da sua missão ficou corporificada numa simples afirmação que ele fez a esse pastor: “Eu sou Melquisedeque, sacerdote de El Elyon (um dos nomes atribuídos a Deus), o Altíssimo, o único Deus”. Naquela época era necessário concretizar a presença de Deus, pois a humanidade não compreendia a existência de um Deus abstrato e trino.

 

Quando o pastor recobrou do espanto, e depois de haver feito muitas perguntas ao estranho, convidou Melquisedeque para cear com ele; e essa foi a primeira vez, na sua longa carreira no universo, que Maquiventa comeu comida material, o alimento que iria sustentá-lo durante os seus noventa e cinco anos de vida como um ser material. E, naquela noite, enquanto eles conversavam sob as estrelas, Melquisedeque começou a sua missão de revelação da verdade da realidade de Deus, quando, com um movimento circular do seu braço, disse a Andon: “El Elyon, o Altíssimo, é o divino criador das estrelas do firmamento e desta Terra mesma, na qual vivemos, e ele é também o supremo Deus do céu”.

 

Depois de uns poucos anos, Melquisedeque havia reunido em torno de si um grupo de alunos, discípulos e crentes, que formaram o núcleo da futura comunidade de Salém. Ficou logo conhecido na Palestina como o sacerdote de El Elyon (um dos inumeráveis nomes atribuídos a Deus), o Altíssimo, e como o sábio de Salém. Algumas das tribos da vizinhança referiam-se sempre a ele como o Sheik, ou o Rei, de Salém.

 

Salém era o local que, depois do desaparecimento de Melquisedeque, se transformou na cidade de Jébus, sendo posteriormente chamada de Jerusalém. Na aparência pessoal, Melquisedeque assemelhava-se aos povos noditas e sumérios, então mesclados, tendo quase um metro e oitenta de altura e possuindo uma presença imponente. Falava o caldeu e uma meia dúzia de outras línguas. Vestia-se de um modo bem semelhante aos sacerdotes cananeus, exceto que usava no peito um emblema com três círculos concêntricos, o símbolo da Trindade do Paraíso.


 

Com o decorrer do seu ministério, a insígnia dos três círculos concêntricos veio a ser considerada tão sagrada pelos seus seguidores que eles nunca ousaram usá-la, e foi logo esquecida com o passar de umas poucas gerações. Embora Maquiventa tivesse vivido à maneira dos homens deste reino, nunca se casou, nem poderia ter deixado prole na Terra. O seu corpo físico, se bem que fosse semelhante ao de um ser humano masculino, era, na realidade, da ordem daqueles corpos especialmente construídos, usados pelos cem membros materializados da assessoria do Príncipe Planetário da altura, excepto que não trazia o plasma da vida de nenhuma raça humana.

 

Nem havia mais na Terra uma árvore da vida disponível. Se Maquiventa tivesse permanecido por mais algum tempo longo na Terra o seu mecanismo físico ter-se-ia deteriorado gradativamente; e o que sucedeu foi que ele completou a sua missão de auto-outorga em noventa e quatro anos, muito antes de que o seu corpo material tivesse começado a desfazer-se.

 

Passada uma década, Melquisedeque organizou as suas escolas em Salém, dando-lhes o padrão do antigo sistema que tinha sido desenvolvido pelos primeiros sacerdotes setitas do segundo Éden. Mesmo a ideia do sistema do dízimo, introduzida por Abraão, posteriormente convertido por Melquisedeque, também derivou das tradições remanescentes dos métodos dos antigos setitas. Melquisedeque ensinou o conceito de um só Deus, de uma Deidade universal.  mantendo-se em silêncio quanto ao status de Lúcifer

 

A maioria das pessoas interpretava o símbolo com os três círculos concêntricos que

Melquisedeque adotou como insígnia da sua outorga, como representando três reinos, o dos homens, o dos anjos e o de Deus. E a todos foi permitido continuarem com essa crença; pouquíssimos dentre os seus seguidores chegaram a saber que os três círculos eram um símbolo do infinito, um emblema da eternidade e da universalidade da Trindade do Paraíso, a divina mantenedora e diretora; mesmo Abraão considerava esse símbolo como sendo o dos três Altíssimos do Paraíso, pois havia-lhe sido instruído que os três Altíssimos funcionavam como um.

 

Melquisedeque ensinou aos seus seguidores tudo o que eles tiveram capacidade para receber e assimilar. E mesmo muitas ideias religiosas modernas, sobre o céu e a Terra, o homem, Deus e os anjos, não estão tão afastadas desses ensinamentos de Melquisedeque. Contudo, esse grande instrutor subordinou tudo à doutrina de um único Deus, uma Deidade universal, um Criador celeste, um Pai divino. Esse ensinamento foi enfatizado, com o propósito de atrair a adoração do homem e preparar o caminho para a vinda posterior de Michael (Jesus Cristo), como o Filho deste mesmo Pai Universal.

 

Melquisedeque ensinou que, em algum tempo futuro, outro Filho de Deus viria na carne como ele havia vindo, mas que nasceria de uma mulher; e foi por isso que inúmeros instrutores, posteriormente, sustentaram que Jesus era um sacerdote, ou um ministro, “para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque”. E assim Melquisedeque preparou o caminho, estabelecendo no mundo o estágio de tendência monoteísta, apropriado para a auto-outorga de um verdadeiro Filho do Paraíso do único Deus de facto, a quem ele tão vividamente retratou como sendo o Pai de todos, e a quem ele representou para Abraão como um Deus que aceitaria o homem nos termos simples da fé pessoal. E Michael, quando apareceu na Terra (como Jesus), confirmou tudo o que Melquisedeque havia ensinado a respeito do Pai do Paraíso.

 

Se bem que nenhum sacrifício fosse permitido na colónia, Melquisedeque bem sabia quão difícil é desenraizar subitamente os costumes há muito já estabelecidos e, por isso, sabiamente, ofereceu a esse povo o sacramento do pão e do vinho como substituto do sacrifício mais antigo da carne e do sangue. Está registado: Melquisedeque, rei de Salém, instituiu o pão e o vinho”. Mas mesmo essa inovação cautelosa não teve um êxito total; as várias tribos mantinham, todas, centros auxiliares nos arredores de Salém, onde ofereciam sacrifícios e holocaustos. Mesmo Abraão recorreu a essa prática bárbara, depois das suas vitórias sobre Quedorlaomer. Ele simplesmente não se sentiu totalmente à vontade até que houvesse oferecido um sacrifício convencional. E Melquisedeque nunca teve êxito em erradicar totalmente essa tendência aos sacrifícios nas práticas religiosas dos seus seguidores, nem mesmo nas de Abraão.

 

Como Jesus, Melquisedeque aplicou-se estritamente ao cumprimento da missão da sua auto-outorga. Ele não tentou reformar os costumes, nem mudar os hábitos do mundo, nem mesmo promulgar práticas sanitárias avançadas, nem verdades científicas. Ele veio para realizar duas missões: manter viva, na Terra, a verdade de um único Deus e preparar o caminho para a outorga mortal subsequente de um Filho do Paraíso deste Pai Universal. Melquisedeque ensinou a verdade elementar revelada, em Salém, durante noventa e quatro anos e, durante esse tempo, Abraão frequentou a escola de Salém por três vezes diferentes. Ele tornou-se, finalmente, um convertido aos ensinamentos de Salém, tornando-se um dos alunos mais brilhantes e um dos principais esteios de Melquisedeque.


Embora possa ser um erro falar de “povo eleito”, não é um erro referir-nos a Abraão como um indivíduo escolhido. Melquisedeque deu a Abraão a responsabilidade de manter viva a verdade de um Deus, distinguindo-a da crença, que prevalecia, em deidades múltiplas. A escolha da Palestina como local para as atividades de Maquiventa foi, em parte, baseada no desejo de estabelecer contacto com alguma família humana que corporificasse os potenciais da liderança. Na época da encarnação de Melquisedeque, havia muitas famílias na Terra igualmente bem preparadas, para receber a doutrina de Salém, tanto quanto a de Abraão. Havia famílias igualmente dotadas entre os homens vermelhos, os homens amarelos e os descendentes dos anditas, a oeste e ao norte.

 

De novo, porém, nenhuma dessas localidades era tão bem situada, para o aparecimento subsequente de Michael na Terra, quanto a costa oriental do mar Mediterrâneo. A missão de Melquisedeque na Palestina e o posterior aparecimento de Michael, no meio do povo Hebreu, foram, em grande parte, determinadas pela geografia, pelo facto de que a Palestina estava localizada centralmente em relação ao comércio, às vias de comunicação existentes e à civilização do mundo de então.

 

Por algum tempo, os administradores Melquisedeques observaram os ancestrais de Abraão e, confiantes, esperavam que surgissem, numa certa geração, filhos que seriam caracterizados pela inteligência, pela iniciativa, pela sagacidade e pela sinceridade. Os filhos de Terah, pai de Abraão, em todos os sentidos, satisfaziam a essas expectativas. A possibilidade de contacto com esses versáteis filhos de Terah tinha bastante a ver com o aparecimento de Maquiventa, em Salém, em vez de no Egipto, China, Índia, ou entre as tribos do norte. Terah e toda a sua família eram convertidos pouco sinceros à religião de Salém, que havia sido pregada na Caldeia; eles souberam de Melquisedeque por meio da pregação de Ovídio, um instrutor Fenício que proclamava as doutrinas de Salém em Ur. Eles deixaram Ur com a intenção de ir diretamente para Salém, mas Nahor, irmão de Abraão, não tendo estado com Melquisedeque, não estava entusiasmado e persuadiu-os a permanecerem em Haran. Muito tempo passou, depois de haverem chegado à Palestina, antes que se dispusessem a destruir todos os deuses caseiros que haviam trazido consigo; eles foram lentos em renunciar aos muitos deuses da Mesopotâmia, em favor do Deus único de Salém.

 

Abraão era belicista e foi reconhecido como governante civil do território de Salém e tinha, sob a sua liderança, sete tribos vizinhas confederadas. Foi com grande dificuldade que Melquisedeque de facto conseguiu conter Abraão, que estava inflamado de entusiasmo para conquistar as tribos vizinhas, na ponta da espada, para que elas fossem assim mais rapidamente tornadas conhecedoras das verdades de Salém. Melquisedeque mantinha relações pacíficas com todas as tribos vizinhas; não era militarista e nunca tinha sido atacado por qualquer dos exércitos durante as suas idas e vindas por ali. Ele estava inteiramente de acordo com a ideia de que Abraão devesse formular e adotar uma política defensiva para Salém, do modo como foi posteriormente levada a efeito, mas não aprovava os esquemas ambiciosos de conquistas do seu aluno; desse modo, aconteceu um distanciamento amigável na relação, indo Abraão para Hebron para estabelecer a sua capital militar.

 

Depois de muitas tropelias de Abraão para consolidar o poder, Melquisedeque fez uma aliança formal com ele, em Salém. Disse a Abraão: “Olha agora para os céus e conta as estrelas, se fores capaz; pois assim tão numerosa a tua semente será”. E Abraão acreditou em Melquisedeque, “e isso foi-lhe atribuído como retidão”. E então Melquisedeque contou a Abraão sobre a futura ocupação de Canaã pela sua descendência, depois da permanência deles no Egipto.

Essa aliança entre Melquisedeque e Abraão representa o grande acordo Terreno entre a divindade e a humanidade, por meio do qual Deus concorda em fazer tudo; o homem apenas concorda em acreditar nas promessas de Deus e em seguir as suas instruções.

 

Até esse momento, havia-se acreditado que a salvação poderia ser assegurada apenas por obras, sacrifícios e oferendas e, agora, Melquisedeque trazia novamente à Terra as boas-novas de que a salvação, o favorecimento de Deus, deve ser conquistada pela . Mas esse evangelho de simples fé em Deus era muito avançado. Os homens das tribos semitas preferiram retomar posteriormente aos sacrifícios antigos de expiação dos pecados, por meio do derramamento de sangue.

 

Melquisedeque continuou, por alguns anos, instruindo os seus estudantes e treinando os missionários de Salém, que penetravam em todas as tribos vizinhas, especialmente no Egipto, Mesopotâmia e Ásia Menor. E, à medida que passavam as décadas, esses educadores viajavam cada vez para mais longe de Salém, levando consigo o ensinamento de Maquiventa sobre a crença e a fé em Deus. Os descendentes de Adamson (O primeiro filho de Adão e Eva na Terra), agrupados em torno das margens do lago de Van, eram ouvintes dispostos dos educadores hititas do culto de Salém. Desse antigo centro andita, os educadores eram despachados para regiões longínquas, não apenas da Europa, como da Ásia. Os missionários de Salém penetraram em toda a Europa, até mesmo nas Ilhas Britânicas. Um grupo foi, pelas Ilhas Faroe, até aos andonitas da Islândia; enquanto outro atravessou a China e alcançou os japoneses das ilhas orientais. As vidas e as experiências dos homens e mulheres que se aventuraram a sair de Salém, Mesopotâmia e lago de Van, para esclarecer as tribos do hemisfério oriental, representam um capítulo heroico nos anais da raça humana. Contudo, as tribos eram tão atrasadas e a tarefa era tão grande que os resultados foram vagos e indefinidos. De uma geração para outra, o ensinamento de Salém encontrou lugar aqui e ali, mas, exceção feita à Palestina, nunca a ideia de um único Deus foi capaz de conseguir a lealdade continuada de uma tribo ou raça inteira.

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