Vou especular um bocado sobre o finito e o infinito
Mas não me cinjo apenas ao
ponto de vista Físico, que tem os seus limites e impede de "ver" mais
além, e entro no campo da Metafísica.
Todo o raciocínio que é
utilizado para tentar "desvendar" os segredos do Universo, peca por
estar submetido às leis físicas, consideradas como únicas. Muito resumidamente,
eu penso que existe um Super-Universo, um Universo original, completo (e
sempre a ser acrescido por outros Universos que atingiram o fim da sua evolução
temporal) de Universos em criação onde a componente temporal existe sempre.
Desenvolvi esta matéria no texto "Breve Sinopse sobre as Religiões"
As formas materiais, com as
suas leis físicas rigorosas que permitem um desenvolvimento harmonioso, são
escravas do tempo. No Super-Universo, a Entidade Soberana, o sustentáculo de
tudo, é o EU SOU, pois não há passado, presente ou futuro, a eterna
trindade mágica. O EU SOU, assume várias facetas conforme o plano físico/espiritual
das diversas partes dos Universos em evolução, as funções de Deus, como
o Potencial Todo-Poderoso, Supremo, Absoluto e Espírito Infinito.
Na medida em que fazemos a vontade de Deus, qualquer que seja o
ponto do universo no qual possamos ter a nossa existência, naquela mesma
medida, o potencial Todo-Poderoso do Supremo torna-se mais factual. A vontade
de Deus é o propósito da Primeira Fonte e Centro, como é potencializado nos
três Absolutos, personalizado no Filho Eterno e conjugado ao Espírito Infinito,
para actuação no Universo, e eternizado nos arquétipos eternos do Paraíso. E
Deus, o Supremo, está a transformar-se na mais elevada manifestação finita, no
nosso Universo temporal, da vontade total de Deus.
Essa função, que o ser humano
ainda não compreendeu e quer, a todo o custo individualizar, é o somatório de
todas essas facetas responsáveis por cada nível de vida, da Luz de todo o
Universo. Este tudo É, é um conceito muito difícil de entender e de
aceitar por quem vive no meio físico do fui, sou e serei.
As criações do
tempo-espaço devem estabelecer-se em Luz e Vida, e o Todo-Poderoso, deidade
potencial da Supremacia, então, iria tornar-se factual no surgimento da
personalidade divina de Deus, o Supremo. Quando uma mente (Alma) em evolução se coloca em
sintonia com os circuitos da mente cósmica, quando um Universo em evolução
passa à estabilização, segundo o modelo do Universo central (o
Super-Universo), quando um espírito em avanço consegue a
identificação com o todo, a existência concreta do Supremo torna-se um grau mais
real nos Universos.
A divindade da
Supremacia terá avançado mais um passo no sentido da sua realização cósmica. As
partes e os indivíduos do grande Universo evoluem como um reflexo da evolução
total do Supremo, ao mesmo tempo em que, por sua vez, o Supremo é o total
acumulativo sintético de toda a evolução do Grande Universo. Do ponto de
vista do mortal, ambos são recíprocos, evolucionários e experimentais.
Aqui, no nosso mundo, O Supremo será Deus-no-Tempo (O
Deus que conhecemos é a faceta do EU SOU na evolução de um Universo
temporal), é o segredo do crescimento da criatura no tempo, e é
também a conquista do presente incompleto e a consumação do futuro a tornar-se
perfeito. E os frutos finais de todo o crescimento finito são: o poder
controlado pelo espírito, por intermédio da mente em virtude da unificação, e a
presença criativa da personalidade. A consequência culminante de todo esse
crescimento é o Ser Supremo.
Portanto, um dos
motivos da criação de um Universo evolutivo é contribuir para o crescimento do
Supremo, e chegará a um termo, em alguma época. Ele, nesta faceta de Deus das
criaturas mortais, atingirá a realização completa (no sentido
energético-espiritual). Esse término da evolução do Supremo testemunhará
também o fim da evolução da criatura, como parte da supremacia.
Jesus, componente
da Trindade, de Deus em três, Pai, Filho e Espírito Santo (como o Homem não
perde a unidade em se dividir em Corpo, Alma, e Espírito, por exemplo)
criador deste Universo onde estamos, disse-nos “Eu sou o caminho vivo”,
e, com efeito, ele é o caminho vivo do nível material da autoconsciência
para o nível espiritual da consciência de Deus. Ele pode efectivamente ser
esse canal vivo que liga a humanidade à divindade, pois experimentou
pessoalmente, em toda a plenitude, a travessia desse caminho de progressão no Universo,
desde a verdadeira humanidade de Joshua ben José, o Filho do Homem, à divindade
original do Paraíso, o Filho do Deus infinito.
A nossa
constituição material, física, está sempre sujeita à passagem do tempo, porque
para evoluir é necessária a componente Tempo, mensurável, até chegar ao
ponto em que o espírito cristalizado (a matéria) se liberta e volta ao
seu mundo original numa explosão de Luz, a vida no seu pleno. É difícil de
compreender. Na criação de um Universo (os racionalistas falam no Big-Bang) a
nova matéria pela cristalização do espírito (tudo é espírito) expande-se
e começa um novo ciclo de vida evolutiva, regido por leis físicas mensuráveis
porque só assim é que há evolução, outra trindade, o princípio, meio e fim.
Mas… só a matéria
é que está submetida às leis físicas mensuráveis, que limitam a compreensão do
Universo e a sua exploração por meios físicos. Tudo parece condicionado à
velocidade da luz, a deslocação mais rápida permitida pela ciência, ou, quando
muito, a possibilidade de tomada de "atalhos" por "buracos"
no tecido temporal, conhecidos por "vermes" que os cientistas ainda
não compreendem como funcionam, mas admitem que existam.
Fazem-se milhares
de cálculos, especulações matemáticas sobre fracções cada vez mais ínfimas até
ao infinito imaginável sem terem em conta que de facto é possível sair
da influência da componente Tempo e ter todo o Universo ao alcance,
instantaneamente. Exemplo: o pensamento. Na trindade, outra vez mágica, dos
fenómenos do Universo, o homem é constituído por Corpo (veículo material
sujeito às leis temporais), Mente (componente consciente da Alma em
formação, a caminho da personalização espiritual) e Espírito (a tal
centelha do EU SOU que dá a vitalidade à matéria e a acompanha em toda a sua
evolução).
O espírito não
está submetido à componente Tempo e desloca-se instantaneamente sem possibilidades
de ser mensurado. O nosso pensamento, proveniente do espírito, desloca-se
instantaneamente para o passado ou para qualquer lugar conhecido. Para o
desconhecido e para o futuro não o faz, porque ao fazer parte da trindade do
ser vivo, foi-lhe vedado isso. O homem para evoluir não pode conhecer o futuro.
Mas muitos iniciados (religiosos ou esotéricos e leigos) conseguem deslocar-se
conscientemente para fora do corpo e viajarem no espaço e no tempo.
Nesse Universo do
espírito não há barreiras. As barreiras estão apenas no mundo físico, uma
imposição Divina, deliberada, para que a evolução se processe. O homem é que
julga ser o centro do Universo e que tudo estará feito à sua medida.
Assim, é difícil
de entender, se nos limitarmos às "certezas" do mundo físico. É
necessário entrar na Metafísica de mente aberta para imaginar a existência de
Universos diferentes do concebido por nós. Por esta linha de pensamento (tão
contestável e sem uma explicação científica como todas as outras baseadas
somente nas leis físicas e também não experimentadas) é possível penetrar
no Super-Universo, onde este Universo está contido, no EU SOU e regressar
para qualquer época do período temporal em evolução.
O espírito pode
sair do veículo físico e fazer uma viagem "astral", movido apenas
pela força do pensamento, e o físico (o corpo), em teoria, poderá
fazê-lo recorrendo à tecnologia, uma máquina do tempo que não é mais do
que um sistema capaz de abrir uma "brecha", no tecido temporal, que
permita a passagem para o Super-Universo (intemporal) onde tudo está
contido no "presente infinito", e regressar ao Universo temporal na
data que se escolher: passado, presente ou futuro.
Impossível? Quem
sabe? Os cientistas lutam por isso, e há muito que tentam construir a tal
máquina do tempo e portões estelares. Segundo as últimas teorias científicas,
todas as galáxias têm um buraco negro no seu centro, que supõem ser uma
passagem fora do tempo. Uma passagem que permite o acesso instantâneo
para outras áreas do Universo conhecido. Será?
Para já, o tempo
é relativo, conforme a velocidade de deslocação, para os corpos físicos, tendo
como medida a velocidade da luz. Porque não admitir que haja planos do
Universo, ou um Universo original em que não exista tempo? Tudo é possível.
Poderá é ser improvável tendo como premissa as leis físicas do nosso Mundo.
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