ALERTA SOBRE A SOJA
Tinha um artigo nos meus arquivos a alertar
contra o consumo excessivo da soja e resolvi procurar na Internet outro mais
atual e encontrei este (que traduzi para português de Portugal) em
http://correcotia.com/soja/soja01.html
Não posso afirmar que esta informação seja
completamente verdadeira porque há sempre interesses no meio de tudo, mas é bom
estar prevenido e procurar mais informação e, pelo menos, não exagerar no
consumo da soja. Há quem consuma soja em excesso, como se fosse um alimento
milagroso, e tudo o que seja em excesso faz mal. Portanto, recomendo muito
cuidado…e pelo menos evitar soja refinada. Escolher sempre o produto natural.
A
soja começou a ser utilizada como alimento durante a dinastia Chou (1134-246 AC), depois
que os chineses aprenderam a fermentar os grãos de soja para produzir alimentos
como missô e shoyu. Os orientais consomem alimentos de soja em
pequenas quantidades, como condimento e não para substituir produtos animais.
A maioria dos alimentos modernos de soja não são fermentados para
neutralizar as toxinas contidas nos grãos e são processados de tal forma que as
proteínas são alteradas e os níveis de cancerígenos aumentam.
Crise: cientistas contra a indústria da
soja
por Jane Phillimore
Doze anos atrás,
visitei um terapeuta alternativo com alguns sintomas de saúde pouco
específicos. Quase nem me tinha sentado ainda quando ele me disse que a minha
dieta precisava de uma atenção especial - eu tinha que cortar laticínios,
trigo, álcool e cafeína, e substituir as proteínas por leite de soja e tofu.
Hoje em dia esse tipo de conselho é rotina, mas naquela época pareceu-me glamourosamente
radical: tive que procurar uma loja natural para comprar um estoque de leite de
soja, porque a disponibilidade era mínima no mercado comum e as salsichas de
soja eram apenas um brilho no olhar de Linda McCartney.
Na ocasião perdi um
bocado de peso e senti-me muito rejuvenescida. Tanto que, quatro meses depois,
comecei a comer normalmente de novo. Até porque, como foi reconhecido agora, a
soja, longe de ter as propriedades mágicas de saúde que a brigada da medicina
alternativa proclama sem cessar, pode na verdade ser má para nós. A sua
reputação de agir contra o câncer, baixar o colesterol e combater a osteoporose
é baseada em má ciência e marketing superlativo da poderosa indústria da soja.
No mundo inteiro as
evidências são contra a soja.
No Reino Unido os
estudos são amplos e já confirmaram, por exemplo, que a fórmula infantil de soja
(único alimento de 6.500 bebés atualmente) tem um efeito estrogénico em ratos.
A soja contém altas
quantidades de várias toxinas químicas que não podem ser completamente
destruídas nem por um longo cozimento. São:
fitatos, que
bloqueiam a absorção de minerais pelo corpo
inibidores de enzimas,
que atrapalham ou impossibilitam a digestão de proteínas, e hemaglutinas, que
fazem as células vermelhas do sangue se aglutinarem, inibindo a absorção de
oxigênio e o crescimento.
Pior do que isso, a
soja contém altos níveis dos fitoestrógenos (também conhecidos como
isoflavonas) genisteína e daidzeína, que emulam e às vezes bloqueiam o hormona
estrógeno.
O lobby da soja
argumenta que os japoneses comem grandes quantidades de soja e, como resultado,
têm baixos índices de câncer de seio, útero, cólon e próstata.
Este é o grande mito
sobre o qual se constrói a ideia de que a soja é saudável. Em primeiro lugar,
os japoneses não consomem tanta soja; um estudo de 1998 mostrou que um homem
japonês típico ingere cerca de 8 g (2 colheres de sopa) por dia, nada
semelhante aos 220 g que um ocidental consumiria comendo um pedação de tofu e
dois copos de leite de soja.
Em segundo lugar,
embora os japoneses tenham índices menores de câncer no aparelho reprodutor,
pensa-se que isso se deve a outros fatores dietéticos e de estilo de vida: eles
comem menos carnes gordurosas, mais peixe e vegetais e menos comidas
processadas e enlatadas do que numa dieta ocidental típica.
Finalmente, os
asiáticos têm níveis muitos mais altos de câncer na tiróide e no aparelho
digestivo, incluindo câncer de estômago, pâncreas, fígado e esôfago.
Sou vegetariano e
consumo tofu e leite de soja aos montes. Devo parar?
A soja tornou-se a
carne e o leite dos vegetarianos, a maior fonte de proteína da sua dieta. Mas
comer soja na verdade coloca os vegetarianos em sério risco de deficiências
minerais, incluindo cálcio, cobre, ferro, magnésio e especialmente zinco.
Segundo o dr. Mike Fitzpatrick, bioquímico da Nova Zelândia que mantém um
website de informações sobre a soja (http://www.soyonlineservice.co.nz), isso
ocorre porque a soja contém altos níveis de ácido fítico, que bloqueia a
absorção de minerais essenciais no trato digestivo. Para reduzir os efeitos de
uma dieta rica em fitato você precisaria de comer, como os japoneses, bastante
carne ou peixe com pedacinhos de soja.
Tenho intolerância ao
leite de vaca - deveria mudar para o leite de soja?
A soja tornou-se a
opção da moda para pessoas que "não toleram" laticínios. É pouco
sabido que a soja é o segundo alergénico mais comum. Apenas 1 por cento da
população é verdadeiramente alérgica ao leite de vaca, e destes, 2/3 serão
intolerantes também ao leite de soja. Além do mais, o leite de soja é rico em
alumínio. Isto porque a sua proteína passa por processos de acidificação em
tanques de alumínio para ser isolada. Não admira que o gosto não seja agradável.
A soja pode afetar a tiroide?
Já se sabe há anos
que os fitoestrógenos da soja deprimem a função da tiroide. No Japão, pesquisa
de 1991 mostrou que 30 g de soja por dia resultam num grande aumento do hormona
estimulante da tiroide. Isso pode causar bócio, hipotiroidismo e doença
autoimune da tiroide (síndrome de Hashimoto).
Estou grávida. Devo
evitar a soja?
Provavelmente, e
especialmente se você for vegetariana. Um novo estudo sobre bebês nascidos de
mães vegetarianas mostrou que os meninos têm um risco cinco vezes maior de
hypospadia, um defeito congênito do pênis. Os pesquisadores sugerem que isso se
deve à maior exposição a comidas ricas em fitoestrógenos, especialmente soja.
Níveis impróprios de hormonas como os causados por um alto consumo de soja
durante as 12 primeiras semanas de gravidez também pode prejudicar o
desenvolvimento cerebral do feto.
Mas certamente posso
alimentar o meu bebé com fórmula à base de soja, não? Deve ser seguro: está
disponível em todos os supermercados e farmácias.
"Bebés
alimentados com soja servem de cobaias numa experiência enorme, sem controle ou
monitorização", disse Daniel Sheehan, diretor do Centro Nacional de
pesquisa Toxicológica do FDA (USA), em 1998. A única comida de um recém-nascido
é o leite que ele toma: um bebé alimentado com leite de soja recebe estrogénio
equivalente a cinco pílulas anticoncepcionais por dia, segundo Mike
Fitzpatrick. Os níveis de isoflavona desses bebés são 13.000 a 22.000 vezes
mais altos que nos bebés não alimentados com soja.
Como resultado dessa
sobrecarga de fitoestrógenos, bebés alimentados com soja têm risco dobrado de
desenvolver anomalias da tiroide, incluindo bócio e tireoidite autoimune. Os
meninos podem ter o amadurecimento físico retardado, e as meninas podem entrar
na puberdade muito cedo (1% das meninas atualmente mostram sinais de puberdade,
como desenvolvimento dos seios e pelos púbicos, antes dos três anos de idade),
além de infertilidade. Os pesquisadores também sugerem que diabetes, mudanças
no sistema nervoso central, comportamento emocional oscilante, asma, problemas
imunológicos, insuficiência pituitária e síndrome do cólon irritável podem ser
causados pelo alto consumo de fitoestrógenos na infância. No ano passado,
componentes da soja também foram implicados no desenvolvimento da leucemia
infantil.
A soja pode ajudar no
câncer de próstata?
Há pessoas que
acreditam nisso. Michael Milken consome 40 g de proteína de soja todos os dias
com essa esperança. A ciência é menos conclusiva - um estudo recente sobre
nipo-americanos a viver no Hawai mostra que homens que comeram duas ou mais
porções de tofu por semana durante a meia-idade não só tiveram envelhecimento
cerebral acelerado, e mais do dobro de incidência de Alzheimer e demência, como
também pareciam cinco anos mais velhos do que os que não comiam.
A minha mãe morreu de
câncer no seio e eu fui aconselhada tanto pela medicina convencional quanto
pela alternativa a aumentar a minha ingestão de soja para me proteger da
doença. Isso acontece?
A evidência é
altamente inconclusiva. Em "The Brest Cancer Protection Diet",
publicado no ano passado, o dr Bob Arnot afirma que comer entre 35 g e 60 g de
proteína de soja diariamente protege contra o câncer do seio porque aumenta a
presença de genisteína, que é um bloqueador do estrogénio. Mas isto ignora a
evidência contrária: em 1966, pesquisas mostraram que mulheres que comiam soja
tiveram aumentada a incidência de hiperplasia epitelial, uma condição que
pressagia a malignidade. Em 1997, a genisteína na dieta mostrou estimular as
células do seio humano a entrar no ciclo das células cancerosas. Em resultado,
os pesquisadores aconselharam as mulheres a não comer produtos da soja para
evitar o câncer de seio.
Mas a soja previne a
osteoporose, fragilidade óssea que afeta particularmente as mulheres após a
menopausa?
Não. Na verdade, a
soja bloqueia o cálcio e causa deficiência em vitamina D - e ambos são
necessários para ossos fortes, dizem as nutricionistas e especialistas em soja
Sally Fallon e Mary G Enig.
Existe algum tipo de
produto de soja que eu possa comer em segurança?
Sim. Produtos
fermentados da soja, como molho de soja, tempê e missô. O longo processo de
fermentação neutraliza os efeitos das toxinas naturais da soja.
É possível evitar a
soja?
É difícil. Você pode
parar de ingerir produtos óbvios como tofu e leite de soja, mas ela também pode
ser encontrada em cereais matinais, sorvete, hambúrgueres, lasanha e toda a sorte
de coisinhas assadas como bolos, biscoitos, tortillas, pão. Leia os rótulos
cuidadosamente e coma comidas orgânicas sempre que for possível.
Por último: o lobby
pró-soja sempre diz que, nos Estados Unidos, um quarto da população foi
alimentado com fórmula infantil de soja durante 30 a 40 anos, sem problemas
adversos de saúde. Então, por que eu deveria preocupar-me?
Os cientistas estão
apenas a começar a pesquisar e entender os efeitos nocivos a longo prazo que
podem ser causados pelo consumo de grandes quantidades de soja. Como escrevem
Fallon e Enig: "A indústria soube por muitos anos que a soja contém muitas
toxinas. Primeiro disse ao público que as toxinas eram removidas pelo
processamento. Depois alegaram que essas substâncias eram benéficas."
Parece que há uma grande batalha pela frente.
O original deste
artigo foi republicado por www.mercola.com, site do médico Joseph Mercola, que
faz o seguinte comentário: "Um excelente relatório ilustrando os perigos e
equívocos mais comuns quanto à soja.
Um ponto do artigo
com o qual não concordo, entretanto, é a afirmação de que somente 1% da
população é alérgica a leite de vaca. Embora isso possa ser verdade através dos
meios convencionais de diagnose, uma grande maioria da população tem algum grau
de alergia ou sensibilidade ao leite de vaca, e ficaria melhor se o evitasse
completamente. Seria melhor evitar tanto o leite de vaca quanto o 'leite' de
soja e beber somente água."
Para mais
informações, visite
http://www.soyonlineservice.co.nz
http://www.westonaprice.org
http://www.nexusmagazine.com/
http://www.brain.com/
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