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sexta-feira, 19 de agosto de 2016


ALERTA SOBRE A SOJA

Tinha um artigo nos meus arquivos a alertar contra o consumo excessivo da soja e resolvi procurar na Internet outro mais atual e encontrei este (que traduzi para português de Portugal) em

http://correcotia.com/soja/soja01.html

Não posso afirmar que esta informação seja completamente verdadeira porque há sempre interesses no meio de tudo, mas é bom estar prevenido e procurar mais informação e, pelo menos, não exagerar no consumo da soja. Há quem consuma soja em excesso, como se fosse um alimento milagroso, e tudo o que seja em excesso faz mal. Portanto, recomendo muito cuidado…e pelo menos evitar soja refinada. Escolher sempre o produto natural.

A soja começou a ser utilizada como alimento durante a dinastia Chou (1134-246 AC), depois que os chineses aprenderam a fermentar os grãos de soja para produzir alimentos como missô e shoyu. Os orientais consomem alimentos de soja em pequenas quantidades, como condimento e não para substituir produtos animais. A maioria dos alimentos modernos de soja não são fermentados para neutralizar as toxinas contidas nos grãos e são processados de tal forma que as proteínas são alteradas e os níveis de cancerígenos aumentam.

Crise: cientistas contra a indústria da soja

por Jane Phillimore

Doze anos atrás, visitei um terapeuta alternativo com alguns sintomas de saúde pouco específicos. Quase nem me tinha sentado ainda quando ele me disse que a minha dieta precisava de uma atenção especial - eu tinha que cortar laticínios, trigo, álcool e cafeína, e substituir as proteínas por leite de soja e tofu. Hoje em dia esse tipo de conselho é rotina, mas naquela época pareceu-me glamourosamente radical: tive que procurar uma loja natural para comprar um estoque de leite de soja, porque a disponibilidade era mínima no mercado comum e as salsichas de soja eram apenas um brilho no olhar de Linda McCartney.

Na ocasião perdi um bocado de peso e senti-me muito rejuvenescida. Tanto que, quatro meses depois, comecei a comer normalmente de novo. Até porque, como foi reconhecido agora, a soja, longe de ter as propriedades mágicas de saúde que a brigada da medicina alternativa proclama sem cessar, pode na verdade ser má para nós. A sua reputação de agir contra o câncer, baixar o colesterol e combater a osteoporose é baseada em má ciência e marketing superlativo da poderosa indústria da soja.

No mundo inteiro as evidências são contra a soja.

No Reino Unido os estudos são amplos e já confirmaram, por exemplo, que a fórmula infantil de soja (único alimento de 6.500 bebés atualmente) tem um efeito estrogénico em ratos.

A soja contém altas quantidades de várias toxinas químicas que não podem ser completamente destruídas nem por um longo cozimento. São:

fitatos, que bloqueiam a absorção de minerais pelo corpo

inibidores de enzimas, que atrapalham ou impossibilitam a digestão de proteínas, e hemaglutinas, que fazem as células vermelhas do sangue se aglutinarem, inibindo a absorção de oxigênio e o crescimento.

Pior do que isso, a soja contém altos níveis dos fitoestrógenos (também conhecidos como isoflavonas) genisteína e daidzeína, que emulam e às vezes bloqueiam o hormona estrógeno.

O lobby da soja argumenta que os japoneses comem grandes quantidades de soja e, como resultado, têm baixos índices de câncer de seio, útero, cólon e próstata.

Este é o grande mito sobre o qual se constrói a ideia de que a soja é saudável. Em primeiro lugar, os japoneses não consomem tanta soja; um estudo de 1998 mostrou que um homem japonês típico ingere cerca de 8 g (2 colheres de sopa) por dia, nada semelhante aos 220 g que um ocidental consumiria comendo um pedação de tofu e dois copos de leite de soja.

Em segundo lugar, embora os japoneses tenham índices menores de câncer no aparelho reprodutor, pensa-se que isso se deve a outros fatores dietéticos e de estilo de vida: eles comem menos carnes gordurosas, mais peixe e vegetais e menos comidas processadas e enlatadas do que numa dieta ocidental típica.

Finalmente, os asiáticos têm níveis muitos mais altos de câncer na tiróide e no aparelho digestivo, incluindo câncer de estômago, pâncreas, fígado e esôfago.

Sou vegetariano e consumo tofu e leite de soja aos montes. Devo parar?

A soja tornou-se a carne e o leite dos vegetarianos, a maior fonte de proteína da sua dieta. Mas comer soja na verdade coloca os vegetarianos em sério risco de deficiências minerais, incluindo cálcio, cobre, ferro, magnésio e especialmente zinco. Segundo o dr. Mike Fitzpatrick, bioquímico da Nova Zelândia que mantém um website de informações sobre a soja (http://www.soyonlineservice.co.nz), isso ocorre porque a soja contém altos níveis de ácido fítico, que bloqueia a absorção de minerais essenciais no trato digestivo. Para reduzir os efeitos de uma dieta rica em fitato você precisaria de comer, como os japoneses, bastante carne ou peixe com pedacinhos de soja.

Tenho intolerância ao leite de vaca - deveria mudar para o leite de soja?

A soja tornou-se a opção da moda para pessoas que "não toleram" laticínios. É pouco sabido que a soja é o segundo alergénico mais comum. Apenas 1 por cento da população é verdadeiramente alérgica ao leite de vaca, e destes, 2/3 serão intolerantes também ao leite de soja. Além do mais, o leite de soja é rico em alumínio. Isto porque a sua proteína passa por processos de acidificação em tanques de alumínio para ser isolada. Não admira que o gosto não seja agradável.

A soja pode afetar a tiroide?

Já se sabe há anos que os fitoestrógenos da soja deprimem a função da tiroide. No Japão, pesquisa de 1991 mostrou que 30 g de soja por dia resultam num grande aumento do hormona estimulante da tiroide. Isso pode causar bócio, hipotiroidismo e doença autoimune da tiroide (síndrome de Hashimoto).

Estou grávida. Devo evitar a soja?

Provavelmente, e especialmente se você for vegetariana. Um novo estudo sobre bebês nascidos de mães vegetarianas mostrou que os meninos têm um risco cinco vezes maior de hypospadia, um defeito congênito do pênis. Os pesquisadores sugerem que isso se deve à maior exposição a comidas ricas em fitoestrógenos, especialmente soja. Níveis impróprios de hormonas como os causados por um alto consumo de soja durante as 12 primeiras semanas de gravidez também pode prejudicar o desenvolvimento cerebral do feto.

Mas certamente posso alimentar o meu bebé com fórmula à base de soja, não? Deve ser seguro: está disponível em todos os supermercados e farmácias.

"Bebés alimentados com soja servem de cobaias numa experiência enorme, sem controle ou monitorização", disse Daniel Sheehan, diretor do Centro Nacional de pesquisa Toxicológica do FDA (USA), em 1998. A única comida de um recém-nascido é o leite que ele toma: um bebé alimentado com leite de soja recebe estrogénio equivalente a cinco pílulas anticoncepcionais por dia, segundo Mike Fitzpatrick. Os níveis de isoflavona desses bebés são 13.000 a 22.000 vezes mais altos que nos bebés não alimentados com soja.

Como resultado dessa sobrecarga de fitoestrógenos, bebés alimentados com soja têm risco dobrado de desenvolver anomalias da tiroide, incluindo bócio e tireoidite autoimune. Os meninos podem ter o amadurecimento físico retardado, e as meninas podem entrar na puberdade muito cedo (1% das meninas atualmente mostram sinais de puberdade, como desenvolvimento dos seios e pelos púbicos, antes dos três anos de idade), além de infertilidade. Os pesquisadores também sugerem que diabetes, mudanças no sistema nervoso central, comportamento emocional oscilante, asma, problemas imunológicos, insuficiência pituitária e síndrome do cólon irritável podem ser causados pelo alto consumo de fitoestrógenos na infância. No ano passado, componentes da soja também foram implicados no desenvolvimento da leucemia infantil.

A soja pode ajudar no câncer de próstata?

Há pessoas que acreditam nisso. Michael Milken consome 40 g de proteína de soja todos os dias com essa esperança. A ciência é menos conclusiva - um estudo recente sobre nipo-americanos a viver no Hawai mostra que homens que comeram duas ou mais porções de tofu por semana durante a meia-idade não só tiveram envelhecimento cerebral acelerado, e mais do dobro de incidência de Alzheimer e demência, como também pareciam cinco anos mais velhos do que os que não comiam.

A minha mãe morreu de câncer no seio e eu fui aconselhada tanto pela medicina convencional quanto pela alternativa a aumentar a minha ingestão de soja para me proteger da doença. Isso acontece?

A evidência é altamente inconclusiva. Em "The Brest Cancer Protection Diet", publicado no ano passado, o dr Bob Arnot afirma que comer entre 35 g e 60 g de proteína de soja diariamente protege contra o câncer do seio porque aumenta a presença de genisteína, que é um bloqueador do estrogénio. Mas isto ignora a evidência contrária: em 1966, pesquisas mostraram que mulheres que comiam soja tiveram aumentada a incidência de hiperplasia epitelial, uma condição que pressagia a malignidade. Em 1997, a genisteína na dieta mostrou estimular as células do seio humano a entrar no ciclo das células cancerosas. Em resultado, os pesquisadores aconselharam as mulheres a não comer produtos da soja para evitar o câncer de seio.

Mas a soja previne a osteoporose, fragilidade óssea que afeta particularmente as mulheres após a menopausa?

Não. Na verdade, a soja bloqueia o cálcio e causa deficiência em vitamina D - e ambos são necessários para ossos fortes, dizem as nutricionistas e especialistas em soja Sally Fallon e Mary G Enig.

Existe algum tipo de produto de soja que eu possa comer em segurança?

Sim. Produtos fermentados da soja, como molho de soja, tempê e missô. O longo processo de fermentação neutraliza os efeitos das toxinas naturais da soja.

É possível evitar a soja?

É difícil. Você pode parar de ingerir produtos óbvios como tofu e leite de soja, mas ela também pode ser encontrada em cereais matinais, sorvete, hambúrgueres, lasanha e toda a sorte de coisinhas assadas como bolos, biscoitos, tortillas, pão. Leia os rótulos cuidadosamente e coma comidas orgânicas sempre que for possível.

Por último: o lobby pró-soja sempre diz que, nos Estados Unidos, um quarto da população foi alimentado com fórmula infantil de soja durante 30 a 40 anos, sem problemas adversos de saúde. Então, por que eu deveria preocupar-me?

Os cientistas estão apenas a começar a pesquisar e entender os efeitos nocivos a longo prazo que podem ser causados pelo consumo de grandes quantidades de soja. Como escrevem Fallon e Enig: "A indústria soube por muitos anos que a soja contém muitas toxinas. Primeiro disse ao público que as toxinas eram removidas pelo processamento. Depois alegaram que essas substâncias eram benéficas." Parece que há uma grande batalha pela frente.

O original deste artigo foi republicado por www.mercola.com, site do médico Joseph Mercola, que faz o seguinte comentário: "Um excelente relatório ilustrando os perigos e equívocos mais comuns quanto à soja.

Um ponto do artigo com o qual não concordo, entretanto, é a afirmação de que somente 1% da população é alérgica a leite de vaca. Embora isso possa ser verdade através dos meios convencionais de diagnose, uma grande maioria da população tem algum grau de alergia ou sensibilidade ao leite de vaca, e ficaria melhor se o evitasse completamente. Seria melhor evitar tanto o leite de vaca quanto o 'leite' de soja e beber somente água."

Para mais informações, visite

http://www.soyonlineservice.co.nz

http://www.westonaprice.org

http://www.nexusmagazine.com/

http://www.brain.com/








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