Arquivo do blogue

sexta-feira, 12 de agosto de 2016


A SUPREMACIA DA RELIGIÃO

A experiência espiritual religiosa, portanto pessoal e não numa coletividade manipulada por uma instituição religiosa (Igreja), é uma solução eficiente para a maior parte das dificuldades mortais. É uma religião interior baseada na Verdade e tendo como único guia o Imperativo da Consciência e obediência à Palavra de Deus. A verdadeira religião sai de dentro do Homem. Não vem de fora. Ela seleciona, avalia e ajusta eficazmente todos os problemas humanos.

O sentido religioso não remove, nem destrói os problemas humanos, mas dissolve-os, absorve-os, ilumina-os e transcende-os. A verdadeira religião unifica a personalidade, preparando-a para ajustar efetivamente todas as exigências mortais. A fé religiosa – a orientação efetiva da presença divina residente (o espírito de Deus que vivifica o nosso corpo e que pela experiência adquirida com a Mente originária do corpo físico dão origem à Alma) – capacita, infalivelmente, o homem sabedor de Deus a lançar uma ponte sobre o abismo existente entre a lógica intelectual que reconhece a Primeira Causa Universal como sendo um Isso, de um lado, e aquelas afirmações efetivas da Alma que declaram que essa Primeira Causa é Ele, o Pai Universal do evangelho de Jesus, o Deus pessoal da salvação humana.

Há apenas três elementos na realidade universais: o facto, a ideia e a relação. A consciência religiosa identifica essas realidades como ciência, filosofia e verdade. A consciência filosófica estaria inclinada a ver essas atividades como razão, sabedoria e a realidade física, a realidade intelectual e a realidade espiritual.

 

Ou seja:

Realidade Física – FACTO, IDEIA e REALIZAÇÃO

Realidade Intelectual – CIÊNCIA, FILOSOFIA e VERDADE    

Realidade Espiritual – RAZÃO, SABEDORIA e FÉ

 

O nosso hábito é designar essas realidades como coisa, significado e valor. A compreensão progressiva da realidade é equivalente a uma aproximação de Deus. A descoberta de Deus, a consciência da identidade com a realidade, é equivalente à experiência do eu completo, da inteireza do eu, da totalidade do eu. O experienciar da realidade total é a compreensão-realização plena de Deus, a finalidade da experiência de conhecer Deus.

A somatória total da vida humana é o conhecimento de que o homem é educado pelo facto, enobrecido pela sabedoria e salvo – justificado – pela fé religiosa. A certeza física consiste na lógica da ciência; a certeza moral, na sabedoria da filosofia; a certeza espiritual, na verdade da experiência religiosa autêntica.

 

Assim:

SOMATÓRIO DA VIDA HUMANA - Educado pelo FACTO, Enobrecido pela SABEDORIA e Justificado pela FÉ RELIGIOSA

Tendo como Certeza (s)- Física – Lógica da Ciência, Moral – Sabedoria da Filosofia, Espiritual – Verdade da experiência religiosa autêntica

 

A Mente do Homem pode alcançar altos níveis de discernimento espiritual, e esferas correspondentes de divindade de valores, porque ela não é totalmente material. Há um núcleo espiritual na mente do homem – o Espírito residente - de presença divina. Há três evidências distintas de que esse espírito reside na mente humana:

1. A comunhão humanitária – o amor. A Mente puramente animal pode ser gregária por autoproteção, mas apenas o intelecto residido pelo espírito é altruísta de um modo não egoísta e ama incondicionalmente.

2. A interpretação do universo – a sabedoria. Apenas a Mente residida pelo espírito pode compreender que o universo é amigável para com o indivíduo.

3. A avaliação espiritual da vida – a adoração. Apenas o homem residido pelo espírito pode compreender e realizar a presença divina e buscar atingir uma experiência mais plena a partir desse gosto antecipado de divindade.

A Mente humana não cria valores reais; a experiência humana não gera o discernimento universal. Quanto a esse discernimento, o reconhecimento dos valores morais e o discernimento dos significados espirituais, tudo o que a mente humana pode fazer é descobrir, reconhecer, interpretar e escolher. Os valores morais do universo tornam-se uma posse intelectual, pelo exercício dos três julgamentos básicos, ou escolhas, da Mente mortal:

1. O autojulgamento – a escolha moral.

2. O julgamento social – a escolha ética.

3. O julgamento de Deus – a escolha religiosa.

Assim, parece que todo o progresso é efetuado por uma técnica conjunta de evolução reveladora. Se um amante divino não vivesse no homem, ele não poderia amar generosa e espiritualmente. Se um intérprete não vivesse na mente do homem, ele não poderia verdadeiramente compenetrar-se da unidade do universo. Se um bom avaliador não residisse dentro do homem, ele possivelmente não poderia apreciar os valores morais e reconhecer os significados espirituais. E esse amante provém da mesma fonte do amor infinito; aquele intérprete é uma parte da Unidade Universal; e o avaliador é filho do Centro e Fonte de todos os valores absolutos da realidade divina e eterna.

A avaliação moral, com um significado religioso – o discernimento espiritual –, denota a escolha do indivíduo entre o bem e o mal, a verdade e o erro, o material e o espiritual, o humano e o divino, o tempo e a eternidade.

A sobrevivência humana é, em uma grande medida, dependente da consagração da vontade humana à escolha daqueles valores destacados por esse selecionador-de-valores-espirituais – o intérprete e unificador residente (o espírito divino que portamos).

Para terminar. No nosso mundo conhecido (no visível e no invisível) a zona moral que se interpõe entre o tipo de mente animal e os tipos humanos de mente, como a astral, funciona entre a esfera material e a espiritual de realização da personalidade.

Após a sobrevivência da personalidade (na morte física) esta é personificada num corpo astral (semi-espiritual e semi-material) existindo como uma inteligência astral – uma etapa superior à inteligência física – já no plano dimensional acima do plano material de três dimensões. Porém a EVOLUÇÃO processa-se em planos dimensionais mais elevados passando por várias fases de ensino como nas escolas do mundo material, onde a Alma vai subindo de escalão até passar a outra dimensão superior e continuar a evoluir até ao Espírito Divino que o acompanhou na Terra e o acompanhou no mundo astral até à fusão com a Alma e continuarem até à identificação com Deus.

Esta é a diferença entre a Reencarnação e a Ressurreição. A reencarnação seria a evolução apenas no planeta Terra – uma perda de tempo. Os valores verdadeiros a desenvolver tanto se desenvolvem agora, como depois e se desenvolveram no passado da história humana, porque a história repete-se ciclicamente e nada de novo ensina. Em Eclesiastes 1:4 e 1:9, 10 diz o seguinte: "Geração vai, geração vem, e a Terra permanece sempre a mesma… o que aconteceu, de novo acontecerá: e o que se fez, de novo será feito: debaixo do Sol não há nenhuma novidade. Às vezes ouvimos dizer "vede, aqui está uma coisa nova" mas ela já existiu em outros tempos, muito antes de nós"

A verdadeira evolução processa-se depois da ressurreição no plano dimensional superior ao plano material em que vivemos. A teoria da reencarnação interessa aos seres demoníacos que habitam num mundo paralelo ao mundo do Homem e que conseguem estabelecer um contato com o Homem, desde que este o permita (influenciado pelos espíritas e ocultistas). Esses seres vivem das emoções dos seres humanos e não podem ascender ao plano dimensional mais elevado para onde os homens vão e tudo fazem para que o ser humano opte por ficar no mundo material. Como o Homem tem o livre arbítrio pode, mesmo que enganado, deixar-se seduzir, e pelos seus atos ficar preso nesta dimensão e servir de alimento a esses seres inferiores.

Texto preparado sob consulta e extratos do Livro de Urântia, numa tradução livre feita por mim, para português de Portugal.

Sem comentários:

Enviar um comentário