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terça-feira, 8 de novembro de 2016


PORQUE A ADSE NÃO ACABOU… NEM ACABARÁ

No FaceBook tem-se falado da ADSE como um organismo subsidiado pelo SNS e pedem o seu desmantelamento.

Para verem a hipocrisia dos políticos e dos que parasitam o país, vejamos o que se passa na realidade.

Para assustar os que descontam para a ADSE levantou-se o boato de que o subsistema estaria em vias de acabar, mas… para se tornar viável, o esforço dos associados teria de aumentar passando do desconto de 1,5 para 3,5% (Governo de Passos Coelho).

Afinal quem são os maiores beneficiários? Porque não dividem "os males pelas aldeias" e deixam, principalmente, os aposentados "respirarem" e não fazerem um esforço tão grande.

Vejamos este artigo:

03 Julho, 2014

Fonte: 2.bp.blogspot.com

A ADSE não é só um belíssimo seguro de saúde para os funcionários públicos. É também um belíssimo seguro de vida para os grupos privados da Saúde.

A troika mandou fundir os muitos subsistemas de saúde de elites, que existem em Portugal e que desrespeitam os valores da democracia na UE, que se quer igualitária.
Claro que o governo percebeu que era impossível ir contra os interesses das elites. Então e como sempre faz, atacou a elite mais fraca: a ADSE. Não resolveu o problema, nem a desigualdade nem o despesismo, apenas o agravou para o lado do cidadão.

A troika mandou também cortar na despesa da ADSE, mas o governo sabia que isso iria lesar os
lucros sagrados dos hospitais e clínicas privadas dos amigos do governo, onde a grande fatia de clientes são os funcionários públicos, então para evitar cortar na despesa, optou por aumentar as contribuições dos FP. Esperteza saloia! 

"A ADSE é um "belíssimo seguro" para os grupos privados

Consegue o leitor imaginar o Governo a subir as contribuições sociais para evitar cortes nos apoios aos desempregados? Ou aumentar mais os impostos para evitar novos cortes no SNS? Com certeza que não. Mas foi isso que aconteceu no subsistema de saúde da Função Pública.


(...)Também na ADSE a abordagem inicial era essa. Conforme lembra a jornalista Marlene Carriço (...) o memorando da troika fixava como meta para 2016 a autossustentabilidade da ADSE. E dizia como: "através do decréscimo das contribuições da entidade empregadora e pelo ajustamento do âmbito dos benefícios de saúde".

Só havia uma forma de cumprir esta orientação:
cortando nos benefícios do subsistema. Foi isso que se fez nas prestações sociais, por exemplo. Mas não foi isso que o Governo fez na ADSE. Pelo contrário, optou pelo aumento dos descontos dos funcionários públicos e dos reformados, que passaram de 1,5% para 3,5%. 

Quem teria perdido com o corte nos benefícios da ADSE? Sem dúvida os funcionários. Mas não foi isso que demoveu um Governo que nem sequer pestanejou quando cortou a eito nos salários, aumentou o horário de trabalho (sem compensação pecuniária) e reduziu de forma abrupta as pensões atuais e futuras da Função Pública. O que levou o Governo, sempre tão diligente no cumprimento do memorando da troika, a evitar cortes nos benefícios prestados pela ADSE não foi a saúde dos funcionários, mas sim a saúde financeira dos grupos privados de saúde.

A ADSE tem um papel fulcral na dinamização deste sector, já o assumiu o ministro da Saúde, como também a presidente da ES Saúde, que disse ainda que "é um belíssimo seguro de saúde". Imbatível pelos seguros privados, provou o jornal Negócios.

E por ter uma cobertura inigualável e um preço sem paralelo, a ADSE conduz a uma utilização massiva dos serviços privados de saúde. Os necessários, mas também os dispensáveis. E, em questões de saúde, opta-se sempre por mais: mais consultas, mais prescrições, mais exames. E mais faturação para os grupos privados.
A ADSE não é só um belíssimo seguro de saúde para os funcionários públicos. É também um belíssimo seguro de vida para os grupos privados da Saúde.

-- Arnaut "Há interesses em degradar o SNS"
António Arnaut afirmou que há interesses políticos em degradar o SNS, transformando-o apenas num sistema assistencial para os mais pobres, e obter financiamento público para salvar unidades privadas. "O que se pretende é, através do engodo da livre escolha, obter um novo financiamento do Estado para salvar certas unidades em situação deficitária que não têm procura para a capacidade instalada", acusou.
António Arnaut lembrou a propósito que o setor privado já é hoje em dia financiado em mais de 30% pelo SNS, através do SIGIC, das convenções e dos subsistemas de saúde.
"A ADSE pagou-lhe, em 2011, 492 milhões de euros", sublinhou.
(...) "Os privilegiados e o grande capital pensam que o mundo é a sua coutada e os trabalhadores e pobres o seu rebanho", disse, dirigindo em seguida as suas "preocupações" Ministério da Saúde.

O SNS EM INGLATERRA, UM EXEMPLO QUE PORTUGAL NÃO QUER SEGUIR, É BOM PARA OS DOENTES E MAU PARA OS PARASITAS.

ARTIGO COMPLETO:
http://apodrecetuga.blogspot.com/2014/07/a-adse-nao-e-so-um-belissimo-seguro-de.html#ixzz3A0HiwLzC

Portanto, meus amigos, a ADSE não pode acabar porque se assim fosse arrastaria grande parte dos "comerciantes" que sobrevivem à sua custa. Trata-se de evitar um "mal sistémico", como acontece com os Bancos, que arrastaria o país para uma situação catastrófica.

 

R.

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