OS PERIGOS DO IOGA
Ioga significa união, e como no Ocidente, o objetivo
do aspirante estudioso é a união com o Eu Superior. Porém, Para que os métodos
sejam eficazes, devem ser diferentes. Os veículos de um hindu, por exemplo,
estão diferentemente constituídos dos de um caucasiano. Os orientais, durante
muitos milhares de anos, viveram em clima e ambientes totalmente diferentes dos
nossos. Seguiram diferentes métodos de pensamento. A sua civilização, embora de
ordem muito elevada, é diferente da nossa nos seus efeitos.
Portanto seria inútil adotarmos os seus métodos, aliás
produto dos mais elevados conhecimentos ocultos. São perfeitamente convenientes
para eles mas, sob todos os aspetos, tão inadaptáveis aos ocidentais como uma
ração de aveia para um leão.
Os iogues sentam-se em determinadas posições para que
certas correntes cósmicas possam fluir de certo modo através do seu corpo,
produzindo resultados definidos. Para um caucasiano é completamente inútil,
pela sua maneira de viver o tornar completamente insensível a essas correntes.
E mais! Que não posso desenvolver aqui por falta de espaço.
Apesar dos Cristãos Renascidos (seguidores apenas da Bíblia) ou Cristãos Bíblicos, Evangélicos e
todas as crenças protestantes considerarem a Ordem Rosacruz como pagã, eu não
penso assim.
Não concordo com a sua teoria da reencarnação, mas não
deixam, por isso, de serem cristãos seguidores de Cristo, pois no tempo de
Moisés chamavam-se "Nazireus", mais tarde "Nazareus" e no
tempo de Jesus "Nazarenos". Já no tempo de Cristo haviam correntes
que defendiam a reencarnação, a ressurreição ou o desaparecimento puro e
simples do espírito. Essas crenças continuaram até hoje pelas diversas
religiões, mas a linha seguida pela Igreja de Cristo é a da ressurreição.
Jesus Cristo nasceu no seio desta mística Ordem (conhecida pelos documentos encontrados nas
grutas do Mar Morto, como "Essénios") e por ela foi educado.
Depois quando deu início à sua obra messiânica, criou um corpo de doutrina que
ensinou aos seus discípulos com o fim de a espalharem pelo mundo.
Deste modo, abstendo-me da crença na reencarnação
conforme defendida pelos Rosacruzes, mas aceitando que a reencarnação acontece
em casos especiais e segundo algum propósito do Senhor, recorro aos
ensinamentos da Filosofia Rosacruz para explicar determinadas situações, por
serem muito bem fundamentadas.
Assim, para explicar a razão por que sempre aconselhei
aos crentes e todos aqueles que têm a sua religião interior apoiada na verdade
a não se entregarem a práticas pagãs, doutras religiões diferentes da nossa cultura,
por serem prejudiciais, transcrevo aqui uma das cartas de Max Heindel aos estudantes da Filosofia Rosacruz:
Métodos Orientais e Ocidentais de
Desenvolvimento Espiritual
Recebemos com
frequência pedidos de auxílio de pessoas que, por desventura, se relacionaram
com sociedades e práticas que as tornaram vítimas de espíritos obsessores.
Assim perseguidos e obcecados viram as suas vidas transformadas em fardos
insuportáveis.
Também há quem nos
peça ajuda para se libertar das nefastas consequências da prática daqueles
exercícios de respiração usados no Oriente. É a impaciência e o desconhecimento
dos perigos que leva muita gente a usar tais exercícios para alcançar mundos
invisíveis. Mas os transtornos físicos e espirituais são, porém, quase
imediatos. É nestas condições que nos procuram em busca de alívio. Felizmente
temos conseguido prestar auxílio a todos, inclusivamente aos que se encontravam
à beira da loucura.
Tal é a razão de haver
repetidas advertências na literatura da Fraternidade Rosacruz para os
resultados negativos destes exercícios que, embora usados no Oriente, são
desadequados para os ocidentais.
Foi, por isso, com
profunda tristeza que, apesar dessas chamadas de atenção, recebemos a notícia
de um nosso estudante ter adoecido na sequência desses exercícios. Afigura-se,
portanto, ser necessário explicar de novo a diferença entre os métodos
orientais e ocidentais para que se compreenda, claramente, por que os não
devemos usar.
Em primeiro lugar, é
preciso lembrar que a evolução do espírito e a evolução da matéria se faz em
simultâneo. O espírito desenvolve-se utilizando corpos de matéria física densa
e trabalhando com os materiais que há neste mundo físico. Deste modo, o
espírito progride, mas a matéria também se subtiliza pela sua utilização. Para
formar os seus corpos, os espíritos mais adiantados atraem naturalmente matéria
mais subtil do que as pessoas menos evolucionadas. Por isso, os átomos dos
veículos de um povo mais desenvolvido são mais sensíveis do que os dos povos
primitivos.
Nestas condições, os
átomos dos corpos das pessoas mais bem preparadas do Ocidente são sensíveis a irradiações vibratórias que não atuam nos
corpos orientais. Os exercícios respiratórios são usados para despertar
esses átomos adormecidos no aspirante oriental. O estímulo que deles resulta
contribui para elevar a tonalidade vibratória.
O índio americano, ou
o aborígene australiano, poderão empregar tais exercícios sem consequências
negativas durante vários anos. O mesmo não acontecerá a quem tenha já
sensibilizado os átomos do corpo pela evolução natural. Neste caso, esse estímulo provocará
uma atividade acrescida mas desordenada, tornando difícil a sua posterior
normalização.
Uma experiência
pessoal servirá de exemplo para um dos resultados possíveis destes exercícios.
Há anos, ao iniciar o "caminho", impaciente como todos que
ardentemente procuram o conhecimento, levei à prática exercícios respiratórios
descritos nas obras de Swami Vivekananda.
Ao fim de dois dias o
corpo vital (Espírito) separou-se do veículo físico. Esta
desconcentração dos veículos fez-me sentir a flutuar e deixou-me incapaz de
caminhar com segurança. Ao mesmo tempo, o corpo físico vibrava com elevada
intensidade. Foi o bom senso que me salvou. Interrompi os exercícios. Mas
precisei de mais de duas semanas para que terminassem aquelas vibrações
anormais e recuperasse o habitual à-vontade dos movimentos.
Quando se diz, numa
parábola, que "poucos foram os escolhidos" é porque só eles tinham
formado o Manto Nupcial. Qualquer tentativa para aceder aos mundos invisíveis
terá resultados prejudiciais antes de o Corpo-Alma ter sido adequadamente
desenvolvido. (http://www.christianrosenkreuz.org/igr_corpo_alma.htm)
Não devemos, pois, confiar cegamente, e ainda menos depender, de qualquer
instrutor, mesmo que garanta possuir métodos que permitam aceder aos reinos
invisíveis.
Só existe um caminho
seguro – o da prática paciente e determinada do Bem.
Max Heindel
Sem comentários:
Enviar um comentário