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sábado, 13 de julho de 2019


A LENDA DOS NOVE DESCONHECIDOS

Texto sem adopção às regras do acordo ortográfico de 1990

 
Faço pesquisas sobre fenómenos estranhos há mais de quarenta anos, arquivando tudo o que fosse fora do normal. Com o aparecimento da Internet abriu-se, de repente, o mundo que eu explorava muito lentamente e com grande dificuldade devido à censura vigente no tempo da ditadura, antes 25 de Abril.

Só uma pequena elite da sociedade civil tinha acesso a toda a informação, mesmo que filtrada, que circulava pelo mundo. Em países mais evoluídos, e democráticos, o conhecimento fluía com facilidade. Em Portugal a maioria desses documentos eram proibidos pelo Governo e pelo controlo férreo da própria Igreja Católica. Aliás, em toda a história da humanidade, os “senhores” que dominavam o mundo em determinadas épocas, procuravam com toda a sanha determinados livros, ou escritos, que consideravam “perigosos” para a sua hegemonia teocrática.

 
A destruição da Biblioteca de Alexandria foi a maior tragédia para a humanidade. Outros incêndios, aparentemente insuspeitos, aconteceram e “por coincidência” queimaram mais livros preciosos. Mas mesmo assim, para desespero dos tiranos, sem excluir a acção missionária da Igreja Católica, há obras que escaparam e que vão aparecendo à luz do dia.

 
Se a gigantesca Biblioteca do Vaticano estivesse ao alcance de qualquer estudioso, e não só dos mesmos grupos interessados em filtrar o conhecimento, bem como outros documentos reveladores que estão autenticamente sequestrados (Como os manuscritos do Mar Morto, por exemplo) a humanidade sofreria um grande choque ao aperceber-se do que “efectivamente se passa”. Este mundo de ilusão ruiria ruidosamente.

Os textos escondidos nas montanhas do Tibete também são preciosíssimos e, nem o empenho de Hitler e de muitas seitas secretas conseguiram alcançá-los, para o bem da humanidade.

Em 1960 apareceu um livro extraordinário para a época. Esse livro intitulado O Despertar dos Mágicos da autoria de Louis Pawels e Jacques Bergier, publicado em Portugal só em Agosto de 1974 pela Livraria Bertrand, logo após a queda da ditadura e do regime da censura, é uma narrativa maravilhosa desta história secreta, desta história paralela da humanidade que efectivamente causa muitos efeitos no desenvolvimento e evolução dos humanos.

Encontrei-o numa prateleira da minha poeirenta biblioteca na altura em que estava a mudar parte dela para uma vivenda que tenho no campo, por falta de espaço na residência principal.

Jacques Bergier fala na tradição dos “NOVE DESCONHECIDOS”, entre muitos outros guardiões do saber. No Séc. XX, a humanidade atingiu o auge da vida material e perdeu, em grande parte, a consciência de verdadeira humanidade, ética, bons costumes, honestidade, etc., contando apenas a ganância, mercantilismo e Lei do mais forte, utilizando todos os meios para conseguir os seus fins até chegar ao pior horror que a ciência, endeusada, pôde criar: o poderio nuclear.

 
Antes, nos séculos anteriores, de os seres humanos serem conspurcados, reinava o bom senso e impediram, muitas vezes o ressurgimento de certos avanços tecnológicos porque eram demasiado avançados para a época e só levariam à chacina total.

Sabiam que, por exemplo, em 1775 um engenheiro francês, Du Perron, apresentou ao jovem rei Luís XVI um “órgão militar” que, accionado por uma manivela, lançava simultaneamente, vinte e quatro balas? A máquina pareceu tão mortífera ao rei e aos ministros Malesherbes e Turgot que foi recusada e o seu inventor considerado inimigo da humanidade.

Voltando aos NOVE DESCONHECIDOS. A tradição remonta à época do Imperador Asoka, que governou as Índias a partir do ano de 273 a.C. Depois de muitas guerras e chacinas que presenciou resolveu renunciar e fazer tudo para que a verdadeira conquista consistisse em captar a estima dos homens pela Lei, pelo dever e pela piedade, pois a Majestade Sagrada (Deus) deseja que todos os seres animados usufruam de segurança, liberdade, paz e felicidade.

Converteu-se ao Budismo. E diz-se que, consciente dos horrores da guerra, Asoka quis proibir para sempre os homens de utilizarem a inteligência de uma forma prejudicial. No seu reinado a ciência da natureza passou a ser secreta, tanto passada como futura. As pesquisas, indo da estrutura da matéria às técnicas da psicologia colectiva, esconder-se-iam dali em diante, e durante vinte e dois séculos, atrás do rosto mítico de um povo que o mundo julga apenas preocupado com o êxtase e o sobrenatural.

Asoka fundou a sociedade secreta mais poderosa do Universo: a dos NOVE DESCONHECIDOS.

Cada ramo do conhecimento está em poder de um dos desconhecidos. São nove ramos do conhecimento.

Ainda hoje, escolas de mistérios, outras sociedades secretas e ocultas, procuram o total acesso a esses conhecimentos, porque acreditam que quem o conseguir dominará não só o mundo como o Universo. Muitos acreditam que esses guardiões estejam em locais ocultos no Tibete, o centro da magia branca.

Será que a China ao anexar o Tibete também esteja interessada nesses livros do conhecimento?

 


Não sei. A razão destas minhas palavras é a de esclarecer que, pelo facto de reunir a informação que estou a passar neste Blogue, aceite fervorosamente tudo, sem uma análise crítica. O que pretendo é que, com uma leitura leve, pouco floreada, entremos como que num reino da fantasia e comecemos a PENSAR e a olhar em redor com mais atenção e com mais cuidado e preparar-nos para enfrentar grandes surpresas que nos esperam.

As grandes religiões, as ordens secretas, as tradições dos povos, as escolas de mistérios (como a Aristotélica) com séculos, e até milénios de experiência, mesmo que tenham desvirtuado o seu objectivo principal, traçado quando do seu nascimento, quer queiramos quer não, ao abordarem estes assuntos, “sabem” o que estão a dizer. Mesmo que tenham a sua versão que lhes interessa, esse conhecimento existe e o problema é conseguir descodificá-lo. Conseguir ir para além das diversas versões, manipuladas e embelezadas para determinados fins, do seu interesse.

Motivo por que alguns textos que eu reproduzo, com resumos sucintos por palavras minhas, às vezes “não casam uns com os outros” apesar de, no fundo, falarem sobre o mesmo assunto.

Depois de saber sobre a “lenda” dos NOVE DESCONHECIDOS, em que cada um deles estaria na posse de um livro, constantemente renovado, contendo o relatório pormenorizado de uma ciência, procurei saber sobre o que versa cada livro.

O primeiro destes livros, seria consagrado às Técnicas de Propaganda e da Guerra Psicológica.


De todas as ciências, a mais perigosa é a do controlo do pensamento dos povos, pois permite governar o mundo inteiro. É de notar que a Semântica Geral, de Korzybski, data apenas de 1937 e foi necessário aguardar a experiência da última guerra mundial para começar a cristalizar-se no Ocidente as técnicas da psicologia da linguagem, quer dizer, da Propaganda. O primeiro colégio de semântica americano só foi criado em 1950. Na França, apenas conhecemos A Violação das Multidões, de Serge Tchakhotine, cuja influência nos meios intelectuais e políticos foi importante, embora apenas mencione a questão.

 
O Segundo livro seria consagrado à Fisiologia.

 


Falaria especialmente na maneira de matar um homem ao tocar-lhe, provocado a morte pela inversão do fluxo nervoso. Diz-se que o Judo deriva de “fugas” dessa obra.

 
O Terceiro estudaria a Microbiologia e especialmente os colóides de protecção.

 



O Quarto trataria da Transmutação de Metais.

 


Diz uma “lenda” que, em épocas de fome, os templos e os organismos religiosos de assistência recebem de uma fonte secreta enormes quantidades de ouro muito fino.

 
O Quinto incluía o estudo de todos os Meios de Comunicação terrenos e extraterrenos

 
(Não só os meios terrenos da terceira dimensão, como comunicação com outras dimensões ou mundo “sobrenatural” dos espíritos para muitos mas “sobre-humano para a ciência que aceita a existência de outras dimensões. E também o estudo das Comunicações “terrestres” e “extraterrestres”, ou seja com outros seres inteligentes do espaço exterior).

 
O Sexto continha os segredos da Gravitação.

 

O Sétimo seria a mais vasta Cosmogonia concebida pela nossa humanidade.

 

O Oitavo trataria da Luz.

 

O Nono seria consagrado à Sociologia.

  
Indicaria as leis da evolução das sociedades e permitiria a previsão da sua queda.

 
À lenda dos NOVE DESCONHECIDOS está ligado o mistério das águas do rio Ganges. Multidões de peregrinos, portadores das mais diversas doenças, banham-se ali sem prejuízo para os de boa saúde. As águas sagradas purificam tudo. Atribuem esta estranha propriedade do rio à formação de bacteriófagos. Mas por que motivo não se formam eles nos rios Bramaputra, Amazonas ou no Sena. A hipótese de uma esterilização por meio de radiações aparece na obra de Jacolliot, cem anos antes de se saber ser possível tal fenómeno.

Essas radiações, segundo Jacolliot, seriam originárias de um templo secreto cavado sob o leito do Ganges (Nos Himalaias, Nepal e Tibete).

O Ganges não só possui as qualidades purificadoras da água, como também está saturado de minerais anticépticos que matam bactérias. Pesquisas bacteriológicas recentes confirmaram que os germes da cólera morrem nas águas do Ganges.

 

Apesar de tudo isto, da crença das pessoas, custa a crer que o rio consiga “limpar” tanto dejecto e poluição provocada por milhares de peregrinos todos os anos.

Outras fontes afirmam que as águas do rio contaminam a população e matam cerca de 500 mil pessoas por ano no país. As doenças mais comuns são hepatite, diarreia, febre tifoide, doenças de pele, cólera e até câncer. Segundo especialistas, a poluição do Ganges é a principal causa da alta taxa de mortalidade infantil na região
Aproximadamente 20 milhões de pessoas entram no rio durante a cerimónia religiosa anual, que dura 55 dias. Alguns peregrinos apenas mergulham a cabeça no Ganges, enquanto outros bebem a água e levam um pouco dela para casa. E faz parte da tradição indiana lançar os seus mortos no rio, que são cremados em cima de balsas, encerrando o ciclo de morte e reencarnação. As vacas são animais santos no país e os seus corpos são também jogados no rio quando morrem. A falta de tratamento de esgotos, o despejo sem qualquer cuidado de dejetos industriais, fertilizantes e pesticidas, além dos corpos em decomposição, infectam toda a extensão do Ganges. As autoridades bem tentam despoluir o rio, mas trata-se de uma tarefa impossível.
Como é que, a percentagem de mortos é tão diminuta mesmo assim? Em 20 milhões contabilizam apenas 500 mil pessoas que não resistem aos males da poluição. 2,5%. Se levarmos em conta o resto da população que continua a banhar-se no rio fora da época de peregrinação anual, a percentagem será ainda mais baixa. Não corresponde ao alto nível de toxidade que os “peritos” apontam.

 
Há algo de muito estranho com aquelas águas.

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