A LENDA DOS
NOVE DESCONHECIDOS
Texto sem adopção às regras do acordo
ortográfico de 1990
Faço
pesquisas sobre fenómenos estranhos há mais de quarenta anos, arquivando tudo o
que fosse fora do normal. Com o aparecimento da Internet abriu-se, de repente,
o mundo que eu explorava muito lentamente e com grande dificuldade devido à
censura vigente no tempo da ditadura, antes 25 de Abril.
Só
uma pequena elite da sociedade civil tinha acesso a toda a informação, mesmo
que filtrada, que circulava pelo mundo. Em países mais evoluídos, e
democráticos, o conhecimento fluía com facilidade. Em Portugal a maioria desses
documentos eram proibidos pelo Governo e pelo controlo férreo da própria Igreja
Católica. Aliás, em toda a história da humanidade, os “senhores” que dominavam
o mundo em determinadas épocas, procuravam com toda a sanha determinados
livros, ou escritos, que consideravam “perigosos” para a sua hegemonia
teocrática.
A
destruição da Biblioteca de Alexandria foi a maior tragédia para a humanidade.
Outros incêndios, aparentemente insuspeitos, aconteceram e “por coincidência”
queimaram mais livros preciosos. Mas mesmo assim, para desespero dos tiranos,
sem excluir a acção missionária da Igreja Católica, há obras que escaparam e
que vão aparecendo à luz do dia.
Se
a gigantesca Biblioteca do Vaticano estivesse ao alcance de qualquer estudioso,
e não só dos mesmos grupos interessados em filtrar o conhecimento, bem como
outros documentos reveladores que estão autenticamente sequestrados (Como os
manuscritos do Mar Morto, por exemplo) a humanidade sofreria um grande choque
ao aperceber-se do que “efectivamente se passa”. Este mundo de ilusão ruiria
ruidosamente.
Os
textos escondidos nas montanhas do Tibete também são preciosíssimos e, nem o
empenho de Hitler e de muitas seitas secretas conseguiram alcançá-los, para o
bem da humanidade.
Em
1960 apareceu um livro extraordinário para a época. Esse livro intitulado O
Despertar dos Mágicos da autoria de Louis Pawels e Jacques Bergier,
publicado em Portugal só em Agosto de 1974 pela Livraria Bertrand, logo após a
queda da ditadura e do regime da censura, é uma narrativa maravilhosa desta
história secreta, desta história paralela da humanidade que efectivamente causa
muitos efeitos no desenvolvimento e evolução dos humanos.
Encontrei-o
numa prateleira da minha poeirenta biblioteca na altura em que estava a mudar
parte dela para uma vivenda que tenho no campo, por falta de espaço na
residência principal.
Jacques
Bergier fala na tradição dos “NOVE DESCONHECIDOS”, entre muitos outros
guardiões do saber. No Séc. XX, a humanidade atingiu o auge da vida material e
perdeu, em grande parte, a consciência de verdadeira humanidade, ética, bons
costumes, honestidade, etc., contando apenas a ganância, mercantilismo e Lei do
mais forte, utilizando todos os meios para conseguir os seus fins até chegar ao
pior horror que a ciência, endeusada, pôde criar: o poderio nuclear.
Antes,
nos séculos anteriores, de os seres humanos serem conspurcados, reinava o bom
senso e impediram, muitas vezes o ressurgimento de certos avanços tecnológicos
porque eram demasiado avançados para a época e só levariam à chacina total.
Sabiam
que, por exemplo, em 1775 um engenheiro francês, Du Perron, apresentou ao jovem
rei Luís XVI um “órgão militar” que, accionado por uma manivela, lançava
simultaneamente, vinte e quatro balas? A máquina pareceu tão mortífera ao rei e
aos ministros Malesherbes e Turgot que foi recusada e o seu inventor
considerado inimigo da humanidade.
Voltando
aos NOVE DESCONHECIDOS. A tradição remonta à época do Imperador Asoka, que
governou as Índias a partir do ano de 273 a.C. Depois de muitas guerras e
chacinas que presenciou resolveu renunciar e fazer tudo para que a verdadeira
conquista consistisse em captar a estima dos homens pela Lei, pelo dever e pela
piedade, pois a Majestade Sagrada (Deus)
deseja que todos os seres animados usufruam de segurança, liberdade, paz e
felicidade.
Converteu-se
ao Budismo. E diz-se que, consciente dos horrores da guerra, Asoka quis proibir
para sempre os homens de utilizarem a inteligência de uma forma prejudicial. No
seu reinado a ciência da natureza passou a ser secreta, tanto passada como
futura. As pesquisas, indo da estrutura da matéria às técnicas da psicologia
colectiva, esconder-se-iam dali em diante, e durante vinte e dois séculos,
atrás do rosto mítico de um povo que o mundo julga apenas preocupado com o
êxtase e o sobrenatural.
Asoka
fundou a sociedade secreta mais poderosa do Universo: a dos NOVE DESCONHECIDOS.
Cada
ramo do conhecimento está em poder de um dos desconhecidos. São nove ramos do
conhecimento.
Ainda
hoje, escolas de mistérios, outras sociedades secretas e ocultas, procuram o
total acesso a esses conhecimentos, porque acreditam que quem o conseguir
dominará não só o mundo como o Universo. Muitos acreditam que esses guardiões
estejam em locais ocultos no Tibete, o centro da magia branca.
Será
que a China ao anexar o Tibete também esteja interessada nesses livros do
conhecimento?
Não
sei. A razão destas minhas palavras é a de esclarecer que, pelo facto de reunir
a informação que estou a passar neste Blogue, aceite fervorosamente tudo, sem
uma análise crítica. O que pretendo é que, com uma leitura leve, pouco
floreada, entremos como que num reino da fantasia e comecemos a PENSAR e a
olhar em redor com mais atenção e com mais cuidado e preparar-nos para
enfrentar grandes surpresas que nos esperam.
As
grandes religiões, as ordens secretas, as tradições dos povos, as escolas de
mistérios (como a Aristotélica) com séculos, e até milénios de experiência,
mesmo que tenham desvirtuado o seu objectivo principal, traçado quando do seu
nascimento, quer queiramos quer não, ao abordarem estes assuntos, “sabem” o que estão a dizer. Mesmo que
tenham a sua versão que lhes interessa, esse conhecimento existe e o problema é
conseguir descodificá-lo. Conseguir ir para além das diversas versões,
manipuladas e embelezadas para determinados fins, do seu interesse.
Motivo
por que alguns textos que eu reproduzo, com resumos sucintos por palavras
minhas, às vezes “não casam uns com os
outros” apesar de, no fundo, falarem sobre o mesmo assunto.
Depois
de saber sobre a “lenda” dos NOVE DESCONHECIDOS, em que cada um deles estaria
na posse de um livro, constantemente
renovado, contendo o relatório pormenorizado de uma ciência, procurei saber
sobre o que versa cada livro.
O
primeiro destes livros, seria
consagrado às Técnicas
de Propaganda e da Guerra Psicológica.
De
todas as ciências, a mais perigosa é a do controlo do pensamento dos povos,
pois permite governar o mundo inteiro. É de notar que a Semântica Geral, de
Korzybski, data apenas de 1937 e foi necessário aguardar a experiência da última
guerra mundial para começar a cristalizar-se no Ocidente as técnicas da
psicologia da linguagem, quer dizer, da Propaganda. O primeiro colégio de
semântica americano só foi criado em 1950. Na França, apenas conhecemos A
Violação das Multidões, de Serge Tchakhotine, cuja influência nos meios
intelectuais e políticos foi importante, embora apenas mencione a questão.
O
Segundo livro seria consagrado à Fisiologia.
Falaria
especialmente na maneira de matar um homem ao tocar-lhe, provocado a morte pela inversão do fluxo nervoso. Diz-se que o Judo
deriva de “fugas” dessa obra.
O
Terceiro estudaria a Microbiologia
e especialmente os colóides de protecção.
O
Quarto trataria da Transmutação de
Metais.
Diz
uma “lenda” que, em épocas de fome, os templos e os organismos religiosos de
assistência recebem de uma fonte secreta enormes quantidades de ouro muito
fino.
O
Quinto incluía o estudo de todos os Meios de
Comunicação terrenos e extraterrenos
(Não
só os meios terrenos da terceira dimensão, como comunicação com outras
dimensões ou mundo “sobrenatural” dos espíritos para muitos mas “sobre-humano
para a ciência que aceita a existência de outras dimensões. E também o estudo
das Comunicações “terrestres” e “extraterrestres”, ou seja com outros seres
inteligentes do espaço exterior).
O
Sexto continha os segredos da Gravitação.
O
Sétimo seria a mais vasta Cosmogonia
concebida pela nossa humanidade.
O
Oitavo trataria da Luz.
O
Nono seria consagrado à Sociologia.
Indicaria
as leis da evolução das sociedades e permitiria a previsão da sua queda.
À
lenda dos NOVE DESCONHECIDOS está ligado o mistério das águas do rio Ganges.
Multidões de peregrinos, portadores das mais diversas doenças, banham-se ali
sem prejuízo para os de boa saúde. As águas sagradas purificam tudo. Atribuem
esta estranha propriedade do rio à formação de bacteriófagos. Mas por que
motivo não se formam eles nos rios Bramaputra, Amazonas ou no Sena. A hipótese
de uma esterilização por meio de radiações aparece na obra de Jacolliot, cem
anos antes de se saber ser possível tal fenómeno.
Essas
radiações, segundo Jacolliot, seriam originárias de um templo secreto cavado
sob o leito do Ganges (Nos Himalaias, Nepal e Tibete).

Outras fontes afirmam que as águas do rio contaminam a
população e matam cerca de 500 mil pessoas por ano no país. As doenças mais
comuns são hepatite, diarreia, febre tifoide, doenças de pele, cólera e até
câncer. Segundo especialistas, a poluição do Ganges é a principal causa da alta
taxa de mortalidade infantil na região
Aproximadamente 20 milhões de pessoas entram no rio
durante a cerimónia religiosa anual, que dura 55 dias. Alguns peregrinos apenas
mergulham a cabeça no Ganges, enquanto outros bebem a água e levam um pouco
dela para casa. E faz parte da tradição indiana lançar os seus mortos no rio,
que são cremados em cima de balsas, encerrando o ciclo de morte e reencarnação.
As vacas são animais santos no país e os seus corpos são também jogados no rio
quando morrem. A falta de tratamento de esgotos, o despejo sem qualquer cuidado
de dejetos industriais, fertilizantes e pesticidas, além dos corpos em
decomposição, infectam toda a extensão do Ganges. As autoridades bem tentam
despoluir o rio, mas trata-se de uma tarefa impossível.
Como é que, a percentagem de
mortos é tão diminuta mesmo assim? Em 20 milhões contabilizam apenas 500 mil
pessoas que não resistem aos males da poluição. 2,5%. Se levarmos em conta o
resto da população que continua a banhar-se no rio fora da época de
peregrinação anual, a percentagem será ainda mais baixa. Não corresponde ao alto
nível de toxidade que os “peritos” apontam.
Há algo de muito estranho com
aquelas águas.
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