OS
TEMPLÁRIOS NA FORMAÇÃO DE PORTUGAL
(sem adopção às regras do acordo ortográfico de 1990)
Este
resumo, sobre o Portugal esotérico, foi extraído de um texto de Paulo barbosa
Oliveira, que encontrei no link Xiconha, que explica muito
sucintamente a criação de um novo reino na costa ocidental da Europa.
“(…)
esta doação faço, não por mando, ou
persuasão de alguém, (…) e porque em a vossa
Irmandade (Ordem
do Templo) e em todas as vossas
obras sou irmão (…). Eu o Infante D. Afonso com minha própria mão reboro esta carta”.
Enxerto
da carta de doação de Soure por D. Afonso Henriques aos Templários, 1129.
“Pensamos que houve entre nós, senão
connosco, uma organização esotérica que, de uma maneira perfeitamente
consciente e intencional, procurou a partir desta pátria, a que deu existência,
redimir o mundo do mal e da divisão”.
António
Telmo em “O Mistério de Portugal – Na História e em Os Lusíadas”
No
Holy Blood Holy Grail, a ordem
secreta PRIORADO DE SIÃO esteve por
de trás da criação da “Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do
Templo de Salomão” e tem alguma estranha relação com o mistério do
Graal. Até 1188, altura em que as duas ordens se separaram, onde se encontrava
uma encontrava-se a outra.
Hugues
de Payens, da Borgonha, fundador da Ordem do Templo e suposto Grão-mestre do
Priorado de Sião, juntamente com oito companheiros, um dos quais da zona do
condado Portucalense, ruma a Jerusalém para a fundação da sua Ordem.
Um
pouco antes, S. Hugo, abade de Cluny e também borgonhês, providencia o envio de
vários cavaleiros da Borgonha para auxiliar a reconquista de Península Ibérica,
entre os quais o futuro Conde D. Henrique, de quem S. Hugo era tio-avô, fundador da monarquia portuguesa, por ter sido pai de
D. Afonso Henriques, 1.º rei de Portugal. Nasceu em Dijon em 1057, data
que se considera mais provável, e faleceu em Astorga em 1114. Era o 4.º filho
do duque Henrique de Borgonha e de sua mulher, Sibila, neto de Roberto I, duque
de Borgonha-Baixa, e bisneto de Roberto, rei de França.
Entre os anos de 1102 e 1104
continuas expedições demandavam a Terra Santa, e D. Henrique, nos primeiros
meses de 1103 partiu para o Oriente, donde voltou em 1105, sem que a historia
faça menção dos feitos que praticou, o que se explica por ele ter partido mais
como simples voluntário, do que como chefe dalgum poderoso contingente. Desde
essa época envolveu-se nas intrigas que tinham por fim ampliar o território que
dominava, e conseguir tornar-se independente. Continuando a guerrear os mouros,
conquistou-lhe mais terras, vencendo o régulo Hecha e o poderoso rei de
Marrocos Hali Aben Joseph. Excelente guerreiro, sábio e prudente administrador,
aumentou consideravelmente as terras do seu condado, merecendo o cognome de Bom,
que a história lhe deu. D. Afonso VI não tinha filho varão legítimo, por
conseguinte Raimundo, marido de D. Urraca, esperava receber a herança, mas o
monarca mostrava-se tão afeiçoado a seu filho natural D. Sancho que se receava
que lhe deixasse a coroa em testamento. Prevendo este caso, e dispondo-se a
anular o testamento pela força, pediu a aliança de seu primo, e fez com ele um
pacto em 1107, pelo qual o conde D. Henrique se comprometia a auxiliá-lo nas
suas pretensões à, coroa, recebendo em troca ou o distrito de Galiza ou o de
Toledo, e a terça parte do tesouro. Raimundo, porém, morreu em Outubro desse
mesmo ano, D. Sancho pouco tempo depois, e D. Afonso em 1109, ficando D. Urraca
legitima herdeira. Diz-se que D. Henrique, vendo o sogro já moribundo, procurou
persuadi-lo a que lhe legasse o ceptro, porque não convinha que passasse para
as mãos de D. Urraca, apesar da legitimidade da herança, ou para as de D.
Afonso, filho do conde Raimundo, criança de três anos. Nada conseguiu, mas os
barões castelhanos obrigaram D. Urraca a um segundo casamento, com D. Afonso,
rei de Aragão e Navarra, casamento que o papa anulou alegando serem os noivos
parentes em grau proibitivo. D. Afonso não se importou com a deliberação do
papa, porém D. Urraca, que casara contra vontade, tomou o partido contrário ao
do marido, que pretendia despojá-la dos seus estados. Estabeleceu-se a guerra
civil, e D. Henrique tomou a defesa da cunhada.
Mas
em 1111 o bispo Diego Gelmirez com o apoio de Pedro Froilaz, tutor de Afonso
Raimundes, trata de o coroar Rei da Galiza com apenas seis anos, e tornando-o
um fantoche nas suas mãos, acabando de destruir a influência borgonhesa na
Galiza. Henrique agora, sim, estava sozinho, sendo o único reduto borgonhês na
península o Condado Portucalense, mas este acaba por morrer em 1112 em Astorga.
É
mais do que óbvio que D. Raimundo era um político e D. Henrique um guerreiro,
as duas peças essenciais para a criação do novo reino, cujas funções o destino
acabou por colocar nos ombros de um só homem, D. Afonso Henriques.
Este
rapidamente se torna amigo de Bernardo de Claraval (S. Bernardo), também ele da
Borgonha e primo de Hugues de Payens, com o qual o nosso primeiro Rei é dito
ter tido várias conversas por telepatia. Então vem a Ordem Templária para o
nosso país, dois anos antes da sua oficialização pela Igreja, e a conquista das
nossas fronteiras começa, não se tendo alterado muito desde então. Juntamente
com isto os Templários fazem renascer por todo o país os vários cultos às
várias “nossas senhoras”, reconstroem várias capelas nos antigos lugares
sagrados pagãos e fazem nascer o Culto ao Espírito Santo, em que mais tarde são
auxiliados pela Rainha Santa Isabel.
Isto
são os factos históricos aceites pela comunidade em geral, mas outros autores
desde então têm sugerido algo mais do que isto.
No
mínimo toda esta história é estranha, há uma clara conspiração, para não falar
obsessão, Borgonhesa, para a criação de um novo reino na costa Ocidental da
Europa e os Templários aparecem como uma mais-valia para esse reino. António
Telmo chega realmente a dizer que Portugal
apenas existe por causa dos Templários e a razão da existência dos Templários é
Portugal.
Victor
Mendanhan na “História Misteriosa de
Portugal” diz que, efectivamente, a Coorte do Olmo separou as duas ordens
(Templários e Priorado), mas no entanto o seu objectivo principal e plano para
Portugal permaneceu inalterado. Podem depois ver-se três secções distintas
dentro da Ordem do Templo, a secção de Terra Santa, a secção Francesa e a
secção Portuguesa (cujo símbolo é a cruz orbicular, ou pátea, raramente
utilizada pelos Templários fora do país). A secção da Terra Santa é destruída
quando os Cristãos perdiam Jerusalém para os Muçulmanos (1187, um ano antes da
Coorte de Olmo) e a secção Francesa é destruída entre 1307 e 1314, restando
apenas a secção Lusitana.
A
questão é agora: “Por quê”?
Sem comentários:
Enviar um comentário