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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019


O HOMEM - SUA ORIGEM E DESENVOLVIMENTO

 

E disse Deus: façamos o homem à nossa
imagem, conforme  a  nossa  semelhança.
(Génesis; 2:26)

Então disse o Senhor Deus: Eis que o
homem é como um de Nós, sabendo o bem e o mal
(Génesis; 3:2)

 
Entre os problemas que suscitaram a curiosidade dos homens, o da sua origem só tomou um papel de primeira importância numa época recente. A antiguidade preocupou-se muito pouco com esta questão a que os filósofos e as religiões primitivas só consagraram explicações mais ou menos poéticas ou maravilhosas. Até meados do século VIII as revelações da génese pareciam suficientes para contentarem todos os espíritos. Só no século XX é que o problema foi realmente posto e submetido aos métodos da investigação científica, visto já terem sido estudados os vertebrados fósseis e descobrirem o desenvolvimento progressivo do mundo animal, o que provocou o pensamento perigosamente herético de que o homem estava ligado à natureza e tinha também uma história paleontológica.

Lamarck, em 1809, fundador do transformismo, concebia para o homem a possibilidade de uma origem animal, a partir de qualquer antepassado quadrúmano, no que não foi ouvido, na altura, passando despercebido, como aliás passou despercebida toda a sua obra antes de receber a consagração de Darwin com a sua gigantesca teoria da evolução universal.

A partir de 1838, Boucher de Perthes, com as suas descobertas, consegue impor a ideia de uma humanidade muito anterior aos períodos mais antigos da História, e contemporânea dos animais “antediluvianos”, conseguindo demonstrar que os antiquíssimos aluviões da região do Somme continham, conjuntamente com os restos de grandes animais desaparecidos, pedras intencionalmente talhadas que só podiam ser obra de homens primitivos, fundando deste modo a nova ciência denominada Pré-história que tomou grande impulso de sábios franceses, como Larter, Mortillet, Piette, Cartaillac, Capitain, etc., e os ingleses John Evans e Boy Dawkins.

Desde o início do século XX e sobretudo nos últimos cem anos, os progressos do conhecimento neste domínio não têm deixado de se ampliarem numa cadência acelerada. Ultimamente têm também surgido novas teorias e novos conceitos que abalam, aparentemente, o sólido edifício construído durante tantos anos sobre a pré-história humana. Como todas as ciências, certamente que vão surgindo novas descobertas e novas teorias consequentes, muitas vezes contrariando aquelas que se julgavam mais sólidas e “intocáveis”.

Todas as investigações, recuando pouco a pouco a um passado cada vez mais longínquo, só revelam os íntimos laços que ligam a humanidade ao resto do mundo vivo. Longe de constituir na natureza uma incompreensível excepção - como se fundamentam algumas religiões - o Homem liga-se cada vez mais, e decididamente, por uma longa série de antepassados ao tronco comum donde sucessivamente saíram os diferentes grupos de animais que o acompanham no globo.

Esta noção admitida hoje pela maioria dos biólogos não se impôs, de modo algum, sem lutas: os problemas das origens do homem são daqueles que levantam tempestades por causa das controvérsias metafísicas e extracientíficas a que deu lugar. E hoje, apesar da evidência dos factos, tais como aqueles revelados pela descoberta dos pré-hominídeos e dos australopitecídeos que realizam, por assim dizer, duma forma ideal, essas cadeias intermediárias exigidas pelos adversários da descendência - esses “homens-macacos” cuja existência foi declarada por Haeckel - a muita gente ainda repugna a ideia do nosso parentesco animal. Pode dizer-se que, se as doutrinas transformistas encontraram no mundo sábio resistências tão vivas, é unicamente por consequências humanas que logicamente implicam.

Os embriões de seis espécies diferentes
Apresentam inegáveis analogias que
Confirmam as teorias biogenéticas de
Haeckel.

 Hoje, o transformismo já não se discute. Em presença de inúmeros factos revelados pela paleontologia, é o único meio lógico para compreender o conjunto do mundo animado e o desenvolvimento da vida na Terra. Admitido pela grande maioria dos naturalistas, as controvérsias só dizem respeito ao seu mecanismo e às suas causas. Contudo, surge uma corrente que ainda quer salvar o homem duma promiscuidade incómoda, admitindo um transformismo limitado ao interior das “linhagens”, cujo desenvolvimento teria lugar em “séries paralelas”, procurando repelir para um passado mais longínquo e praticamente indefinido os pontos de divergência e a comunhão de origens dessas linhagens. Quanto aos tipos anatomicamente intermediários que podem prejudicar essa concepção, não são já senão “intermediários morfológicos” ou produtos de “convergência”.

Esta noção, a ser verdadeira, conduziria a fazer de cada espécie actual a finalização de uma linhagem independente de todas as outras.

Após muita discussão e estudo de teorias, entre as quais as mais disparatadas, os nossos sábios investigadores chegaram à conclusão que os homens actuais, qualquer que seja a cor da sua pele, pertencem, no ponto de vista zoológico, a uma só espécie - o Homo Sapiens - que faz parte da ordem dos primatas. O que não conseguem explicar objectivamente é como o Homo Sapiens (ver a figura a seguir) apareceu misturado numa cadeia evolutiva de hominídeos inferiores a ele. Ou seja: pela evolução declarada todos os que “aparecem” depois dele deveriam ter as mesmas características, ou superiores, como sucede com o Cro-Magnon e Homo Sapiens Sapiens.

Não se compreende que o primeiro Homo Sapiens nitidamente superior, e mais evoluído, que o Homem de Solo, Homem da Rodésia e Homem de Neandertal, apareça aproximadamente 120 000 anos antes deles. Ou se tratam de ramos diferentes, o que vai contra as afirmações paleontológicas, ou se trata de um elemento intruso que surgiu numa dada época, explicando talvez a razão das lendas e tradições estranhas dos povos que dizem sermos descendentes de homens (deuses) vindos do espaço. Também se torna estranho o aparecimento do homem de Cro-Magnon biologicamente mais avançado para a época e nível de evolução.

Em suma: todos os zoólogos e anatomistas modernos estão de acordo que o Homo Sapiens é nosso ascendente directo - e há quem defenda que é apenas ascendente dos caucasianos ou raça branca - e que faz parte da ordem dos primatas.

Esta unidade específica ressalta com as dificuldades que se encontram quando se procura fixar as características das grandes unidades raciais do globo. Todos os antropologistas sabem que a noção de “raça” é uma noção estática e que nunca, ou quase nunca, o conjunto de caracteres que se atribui a tal ou tal raça humana se encontram, ao mesmo tempo, reunidos num mesmo indivíduo. Por outro lado, nenhum destes caracteres, quer se trate da morfologia do crânio, ou do esqueleto, da musculatura, cor da pele ou caracteres do sistema piloso, podem isoladamente bastar para caracterizar uma raça. É o que explica a diversidade e a pouca concordância das classificações que desde Lineu têm sido propostas para distribuir os diversos tipos humanos. Cada vez se torna mais precisa a ideia da existência de agrupamentos étnicos, em vez de verdadeiras “raças” humanas, no sentido zoológico do termo.

Continuando sobre o ponto comum em que os investigadores estão de acordo - os primatas - sabemos que se dividem em três subordens: os homens ou hominídeos, os macacos ou símios e os lemúrios ou pró-símios. Os lemúrios - falsos macacos ou semi-símios - formam um grande grupo arcaico, com caracteres cranianos e dentários menos especializados, aproximando-os dos insectívoros.

Os símios são constituídos por dois grandes grupos distintos, um localizado na América do Sul e outro na Eurásia e África. O segundo grupo - os catarríneos - abrangem os macacos mais elevados na organização e mais vizinhos do homem. Dividem-se em dois grandes subgrupos - os macacos propriamente ditos e os antropomorfos ou antropóides. Os primeiros distinguem-se por uma cauda bem desenvolvida, enquanto os segundos, maiores, são os que estão mais chegados ao homem, como o chimpanzé e o gorila.

Lineu na sua classificação colocou-os no género Homo. Entretanto existem caracteres que permitem separar zoologicamente o homem dos outros primatas. São essencialmente: a posição vertical; a diferenciação funcional dos pés e mãos; o desenvolvimento da capacidade cerebral e do cérebro; e, finalmente, as qualidades psíquicas e a linguagem articulada.

Como atrás dissemos, muito depois do Homo Sapiens, surge o homem de Cro-Magnon que reúne as características do homem actual. O Cro-Magnon é caracterizado pela sua alta estatura, pelo esqueleto particularmente robusto e cabeça e face de aspecto moderno. Tudo revela nele uma poderosa organização física e um superior desenvolvimento cerebral. A estatura, com um pequeno número de excepções, ultrapassa em geral um metro e oitenta. Os membros são compridos e robustos, os inferiores muito desenvolvidos em comprimento, em relação aos superiores. Do mesmo modo, a perna é particularmente longa em relação à coxa, caracteres que diferem dos que se observam nos europeus modernos, mas que lembram, ou mesmo ampliam, o que se passa com a raça negra.

O crânio é dolicocéfalo e o seu contorno horizontal é oval. A fronte é larga e elevada. As maxilas são, com a dentição, de tipo moderno. O homem de Cro-Magnon já reúne as características actuais, e o que nos espanta é o seu aparecimento brusco, como atrás salientamos. Se em cerca de novecentos milhões de anos, que vão dos pitencantropideos - Homo Erectus - aos homens de Solo, Rodésia e Neandertal, não se nota uma diferença espectacular nos seus traços evolutivos, nem do Homo Sapiens, que está aparentemente deslocado no tempo, para o Cro-Magnon em perto de 210 000 anos, muito menos se torna possível uma evolução tão rápida e brusca dos homens de Solo, Rodésia ou Neandertal, para o Cro-Magnon em apenas 110 000 anos.

 
Há quem defenda que o Cro-Magnom tenha sido introduzido na Terra para melhorar a raça original humana que estaria em vias de não conseguir evoluir e ser assimilada pelos outros hominídeos que se impunham pelo número. A crer nesta teoria, em que o primeiro homem foi “modelado” no Éden (a partir da melhoria genética do  Homo Erectus com ADN de seres vindos das estrelas)  e fracassou na sua missão, que era espalhar a “semente” pelos outros hominídeos e dar início a uma nova raça humana, quando pecou ao deixar-se seduzir por Lucífer. Houve então a necessidade de reforçar a “raça” e surgiu abruptamente, em cena, um novo ser mais evoluído para se misturar com o Homo Sapiens e dar origem ao Homo Sapiens Sapiens.

 
As divergências de opinião começam quando se trata de fixar primeiro o ponto donde se destaca o ramo humano e determinar depois as formas fósseis que realmente fazem parte deste ramo e conduzem ao Homo Sapiens.

Para uns, o Homo Sapiens constitui uma entidade distinta, sem relação imediata com os macacos (o que concordamos em parte, só acrescentando que para nós o Homo Sapiens não tem relações imediatas com o hominídeo indígena terrestre) pertencendo a um ramo especial, cuja origem deve ser procurada muito longe no passado, que se desenvolveu paralelamente aos outros ramos dos primatas, sendo as formas fósseis de caracteres mistos - Australopitecideos, Pitencatropideos e Neardentalenses - simplesmente intermediários morfológicos, produtos de convergência ou a culminação de ramificações abortadas quer da própria linhagem humana quer das linhagens antropóides paralelas a esta.

As razões dadas em apoio destas maneiras de ver são mais teóricas que objectivas, tendo como principal argumento o facto de todas as formas fósseis serem já demasiado “especializadas” para poderem ser consideradas como fazendo parte da linhagem humana. Por outro lado, alguns achados, como os crânios fósseis de Piltdown e de Swanscombe, tendem a provar que o Homo Sapiens existia na forma quase actual desde o início do Quaternário e nada tem a ver, por consequência, nem com os Pitecantropideos nem com os Neardentalenses.

Para a maior parte dos paleontologistas, o homem integra-se na série evolutiva dos símios sendo um ramo destacado do grupo dos antropóides. É essa a opinião de Boule, Teilhard de Chardin, de Vallois, de Gregory, de Broom e de Weinert. Também pensamos assim para o indígena terráqueo.

O aparecimento - como atrás referimos - do Homo Sapiens deu lugar a grandes controvérsias. Para aqueles que se recusam a admitir o parentesco demasiado próximo do homem e dos macacos, o Homo Sapiens teria vivido desde o início do  quaternário, concomitantemente com os primeiros pitecantropideos, provavelmente mesmo antes deles.

Outros, sem negarem um parentesco simiesco afastado e baseando-se em que ao Homo Sapiens se segue o homem de Neandertal sem transição aparente, pensam que nasceram independentemente de uma série de antepassados, que não se mencionam, e não apresentam, portanto, qualquer grau de filiação comum. Este último seria um ramo inferior da humanidade, abortado ou mesmo degenerado.

O maior problema é saber onde o Homo Sapiens adquiriu a sua forma definitiva.

Uma teoria - a da hologénese - pressupõe que o Homo Sapiens teria vindo simultaneamente de um grande número de indivíduos dispersos por vários pontos do mundo, o que não explica, é claro, como o Homo Sapiens apresenta traços tão evoluídos e diferentes do Pitecantropus.

Esta teoria só pode apoiar-se no facto da distribuição quase universal e aparentemente simultânea de cada um dos estádios sucessivos da humanidade. Mas cada um destes estádios corresponde a uma certa quantidade de milénios e bastam algumas dezenas de séculos para que uma espécie, quando encontra condições favoráveis, se espalhe universalmente. Semelhante lapso de tempo é absolutamente impossível de ser apreciado na escala estratigráfica.

A maior parte dos naturalistas pensa que, tal como nas outras espécies animais, o Homem nasceu à custa de um pequeno grupo familiar animal em via de transformação, e daí, com o tempo, se espalhou a pouco e pouco pelo resto do mundo. A segregação ou antes a instalação e a separação das diversas raças é consequência desta dispersão geográfica.

Parece que o Homo Sapiens - após muita polémica e descoberta de outros ramos de hominídeos - desprovido de sistema piloso protector só pode ter nascido num clima quente, ou pelo menos suficientemente temperado. Foi o uso do vestuário que, em seguida, lhe permitiu afrontar os mais rigorosos climas da época glaciar, quando se dispersaram para longe do seu lugar de origem.

Assim, o Homo Sapiens desde a sua aparição formou um grupo homogéneo pelas suas características gerais, sendo de salientar o facto de se encontrar como que deslocado no tempo e utilizar peças de vestuário para se proteger contra as intempéries.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019


O NOSSO UNIVERSO - Panorâmica

A GALÁXIA

Os astrónomos sabem agora que toda a conglomeração de estrelas visíveis no firmamento pertencem a um sistema gigantesco semelhante, no perfil, a dois pratos sobrepostos pelas bordas exteriores, com as estrelas mais aglomeradas no plano central, o que nos parece uma mancha leitosa, visto o Sistema Solar se encontrar longe dessa concentração, à qual damos o nome de Via Láctea.


Depois da invenção do telescópio os astrónomos descobriram ser esta faixa constituída por um grande número de estrelas independentes umas das outras. Ao olharmos para o céu numa direcção diferente deste aglomerado central, vemos que as estrelas não formam uma massa compacta, encontrando-se mais espalhadas, pelo que deduzimos ser esta mancha branca e leitosa - a Via Láctea - quem nos indica na realidade a direcção no espaço do plano central do sistema estelar, a que pertence o nosso Sol, sendo essa a razão por que o sistema recebeu o nome de Galáxia, termo derivado da palavra grega que significa “leite”.

A galáxia, com os seus 20 000 anos-luz em profundidade e cerca de 100 000 anos-luz de uma extremidade à outra, nos bordos exteriores, é muito extensa para os nossos conceitos vulgares de medição, apesar de não serem consideradas as distâncias das estrelas que se encontram acima e abaixo, muitas delas reunidas em cúmulos estelares constituídos por milhares e milhares de astros luminosos de tal maneira apinhados que se assemelham a uma bola ou globo, formando uma espécie de auréola à sua volta.

 
                          O nosso Sistema Solar está na periferia, num dos braços da Via Láctea.

A nossa galáxia contem portanto, além de numerosas estrelas no seu conjunto mais aglomeradas no núcleo central, uma auréola de estrelas isoladas e cúmulos estelares. Todavia os astrónomos conseguiram finalmente provar - no nosso século - que a galáxia também contem uma considerável quantidade de gás, o qual toma a forma de grandes nuvens brilhantes chamadas Nebulosas, sendo a mais famosa de todas a enorme nuvem gasosa situada na constelação de Orion que nos parece, a olho nu, como uma pequeníssima mancha luminosa no meio de três estrelas que formam a espada do mesmo nome da constelação.

Em muitas nebulosas - e na Via Láctea também - encontram-se zonas ou manchas escuras, como “buracos” no fundo estrelado, que se supõe provocados por gases não brilhantes ou poeiras. Os astrónomos conseguem distinguir estes gases não brilhantes das poeiras, que cobrem completamente a luz das estrelas e nebulosas situadas para além deles. Este encobrimento priva-nos, no caso da Via Láctea, de um espectáculo grandioso, pois grande número de nebulosas se interpõem entre nós e o centro da galáxia impedindo-nos de contemplar o brilhante aparato do núcleo central. Os nossos telescópios mostram apenas aquelas estrelas situadas no lado de cá do centro extremamente denso.

Os astrónomos descobriram que a nossa galáxia está animada de um movimento de rotação, arrastando consigo o Sol - simples estrela - e outras estrelas próximas, bem como a Terra e todos os restantes planetas, a uma velocidade de 240 quilómetros por segundo, o que nos levaria a dar uma volta à Terra em cerca de dois minutos e meio. Mas a galáxia é de tal maneira colossal que o Sol leva 225 milhões de anos para completar um circuito. Este imenso período de tempo, apropriadamente chamado ano cósmico é praticamente inimaginável, podendo nós compararmos, por exemplo, o aparecimento do homem sobre a Terra, calculado em 1 120 000 anos, a 43,2 horas cósmicas, com o começo da vida sobre a Terra a apenas dois anos cósmicos.

Supõe-se que a nossa galáxia contém cerca de 200 000 milhões de estrelas, todas elas participando nesta rotação, embora as velocidades variem. Além deste movimento principal cada uma delas executa pequenos movimentos locais, por sua própria iniciativa. Imaginemo-las agora no seu movimento de rotação com a galáxia, em velocidades diferentes, umas mais rápidas que outras, e os seus movimentos independentes sem atropelos ou acidentes.

Realmente existe uma harmonia maravilhosa no Universo.

 
A METAGALÁXIA

Como atrás vimos, o nosso sistema estelar tem 100 000 anos-luz de diâmetro para 20 000 de profundidade na sua parte central mais densa, afirmando os astrónomos, hoje, pelas últimas descobertas feitas, ser a nossa galáxia uma entre milhões de outras que, espalhadas pelo espaço e em todas as direcções, contêm também estrelas e planetas, os quais ainda não observaram como os do Sistema Solar, sendo categóricos com a possível existência de planetas satélites nas estrelas próximas de Wolf 358, 61 do Cisne, 70 de Ophinei e 1244 Cincinatti.

Aglomerado de Galáxias

Já em 1938 o astrónomo Holmberg, ao observar fotografias da galáxia, tiradas em épocas diferentes, constatou que o movimento de algumas estrelas tinha sido perturbado, seguindo uma trajectória ondulatória pouco relacionada com a mecânica celeste. Depois de observações minuciosas ele concluiu serem aquelas perturbações causadas por planetas obscuros e leves gravitando à volta das estrelas, como acontece com os planetas do Sistema Solar.

Em 1947, o astrónomo francês P.Baize deu a conhecer um estudo relativo a trinta e oito estrelas, entre as mais próximas, onde seis delas tinham, com certeza absoluta, planetas a circundá-las, pelo que mostravam irregularidades orbitais provocadas pelos planetas em seu redor.

As inúmeras galáxias observáveis por nós encontram-se a grandes distâncias, inimagináveis para o que estamos habituados, e as mais próximas só são visíveis ao sul do trópico de Câncer, e conhecidas pela designação de Nuvens de Magalhães - em memória de Fernão de Magalhães, o primeiro a registá-las durante a sua viagem de circum-navegação - que parecem fragmentos da Via Láctea, sendo no entanto galáxias independentes mais pequenas que a nossa a uma distância de 150 anos-luz.

Todavia, são vizinhas próximas pelo critério de distâncias no Universo, pertencendo ao mesmo grupo “local” de galáxias em que está incluído o nosso sistema, grupo esse que contem pelo menos cerca de quinze galáxias.

 Grupo local de Galáxias

 
A Via Láctea parece situar-se numa das extremidades, encontrando-se perto do centro a única galáxia - além das Nuvens de Magalhães - que pode ser avistada por nós sem necessidade de telescópio - Andrómeda. Esta galáxia surge a olho nu como uma mancha de luz baça e indistinta, situada na constelação do mesmo nome, que após fotografada através de um grande telescópio torna-se tão nítida que conseguimos distinguir algumas estrelas isoladas. Fica a cerca de 1 500 000 anos-luz.

Toda esta grandiosidade deixa-nos confusos e faz-nos perguntar a origem das galáxias e o que é que está a suceder.

À luz do conhecimento actual, tudo indica que as estrelas e galáxias conhecidas, hoje, estavam densamente concentradas num turbilhão cósmico, há alguns milhões de anos, com multimilhões de corpos celestes - estrelas, planetas, cometas, nuvens de gás e poeiras - a evoluírem até ao tempo actual, verificando os astrónomos, mesmo assim, ser o nosso ambiente espacial escassamente povoado, onde o Sol e seus planetas se movem calmamente em redor de um centro galáctico.

As outras galáxias, semelhantes à nossa em composição, permanecem quase desconhecidas por estarem muito distantes e ser difícil a sua observação, calculando-se em mais de mil milhões aquelas possíveis de serem alcançadas pelos nossos telescópios.

Centenas de milhares de milhões de biliões de estrelas e seus planetas satélites, que povoam o Universo único e infinito, estão à disposição para a manutenção da vida - conhecida por nós - sendo pelo menos vinte por cento destas estrelas essencialmente idênticas ao Sol em tamanho, luminosidade e química. As galáxias conhecidas, dispostas em grupos e rodeadas por outros grupos globulares de difícil classificação e graduação, como aqueles que circundam a nossa galáxia parecendo membros subordinados ao mesmo sistema galáctico, entre os quais as consideradas galáxias diminutas - Centauros, Ómega e Tucanos 47 - dividem-se em três espécies cuja denominação grosseira corresponde ao seu formato no espaço, ou seja: as elipsóides ou esféricas; as espirais; e as irregulares, como a Nuvem de Magalhães.

Grupos semelhantes ao nosso - como que uma supergaláxia local - ocorrem em qualquer parte do espaço, sendo conhecidos uns doze de vastas proporções e composição rica, alguns dos quais com centenas de componentes, e uns quantos mais pequenos similares ao nosso. Um deles é o conjunto localizado em Formax com os membros mais brilhantes em forma esferoidal, ao contrário do nosso grupo onde têm a forma espiralada.

                             Galáxias mais próximas da Via Láctea

Numa classificação mais subtil, e possível de estabelecer, das galáxias - envolvendo os seus espectros, a quantidade de névoa pesada inclusa, características dos ramos espirais e outros factores - conseguiríamos uma classe separada por cada galáxia, pois réplicas exactas parecem muito raras. É possível dispor as galáxias numa série contínua, de acordo com a sua forma e espectro, o que sugere imediatamente a evolução.

Todavia podem ainda serem citados outros indicadores de evolução progressiva das galáxias.

Em primeiro, temos o facto de as galáxias serem compostas por estrelas e, como vimos atrás sobre a evolução das estrelas, elas depois de integradas no conjunto podem ser um factor indicativo da evolução desse mesmo conjunto. Em segundo, desde que é possível medi-las, são encontradas a girar em torno dos seus eixos centrais ou núcleos, variando a velocidade de rotação de acordo com a distância a esse eixo. Ora, a acção desagregadora consequente aplaina aglomerações e tende a dissolver os ramos espirais, pelo que o processo evolucionário se deve processar das galáxias irregulares e espirais de ramo aberto em direcção às espirais de ramo fechado e esferóides. Isso, naturalmente significa evolução no plano galáctico.

O terceiro indicador da evolução galáctica é o facto de as estrelas supergigantes serem numerosas nas espirais de ramo aberto e praticamente ausentes nas esferóides. Tais supergigantes irradiam as suas massas tão rapidamente que desaparecem para sempre em poucos milhares de anos, significando, é claro, evolução na estrutura da galáxia, que neste caso parte da espiral em direcção à esferóide.

A metagaláxia, ou o conjunto de todas as galáxias e pequenos aglomerados de corpos celestes, como um todo, está a expandir-se, havendo no entanto aglomerações onde a repulsão cósmica não dissolveu ainda a organização gravitacional, como sucede na nossa galáxia integrada no mesmo grupo das nuvens de Magalhães, do terceto de Andrómeda e de umas poucas outras.

Em Janeiro de 1983 foi colocado em órbita um satélite - o Isas - com um telescópio, de luz infravermelha, montado, que descobriu cerca de 200 000 novas estrelas, de um tipo não tão brilhante como as até agora conhecidas, e cerca de 20 000 novas galáxias.

 
HAVERÁ VIDA ENTRE AS ESTRELAS?

E para finalizar, a pergunta sacramental: - Haverá vida entre as estrelas ?

Pelo que entendemos por vida, neste caso vida semelhante à do planeta Terra, é muito possível que sim.

Segundo os catálogos do espectro de Havard, compilados por Annie Cannon, existem pelo menos 40 000 estrelas próximas muito semelhantes ao Sol em tamanho, cor, temperatura, movimento, associação e intensidade luminosa. Na nossa galáxia, como um todo, deve haver biliões de réplicas do nosso Sol e o mesmo acontecerá nos biliões de outras galáxias.

Provavelmente, cerca de metade dessas estrelas, semelhantes ao Sol, têm planetas com características aproximadas da Terra, como a distância à sua estrela principal, tamanho, constituição química, duração do dia e da noite, e idade. Desde que o homem se apercebeu do mecanismo da passagem do inanimado para o animado, sendo nós mesmos um item na corrente da evolução dos átomos para macromoléculas e outros organismos maiores, estamos na posição própria para confiadamente dizermos que deve haver vida - bioquímicas vivas - através de todo o Universo.

Então vejamos: no estudo do espaço e seu conteúdo, com os maiores telescópios, quanto às distâncias que excedem  mil milhões de anos luz, calcula-se a existência de mais de uma centena de milhões de milhões de galáxias e uma população total de estrelas em excesso de 10 elevado à vigésima potência , em excesso portanto de cem mil milhões de milhões. Se apenas uma estrela em dez fosse única como o nosso Sol, ainda haveria um número tremendo de estrelas singulares, ou sejam mais de 10 elevado à décima nona potência.

Numa forma especulativa de pensar, digamos que apenas uma estrela em cem é do tipo singular, e, delas, apenas uma em cem tem um sistema de planetas, e, delas, apenas uma em cada centena tem um planeta semelhante à Terra e entre uma centena de planetas semelhantes à Terra apenas um está naquele intervalo de distância, a que chamam zona de água liquida, nem muito fria nem muito quente, e, deles, apenas um entre cem tem uma química de ar, de água e de terra algo semelhante à nossa. Supondo estas hipóteses como verdadeiras, verificamos que apenas uma estrela em dez mil milhões teria um planeta ajustado para a experimentação biológica. E como há milhares de milhões de estrelas, teríamos ainda, depois destas eliminações, dez mil milhões de planetas ajustados a uma vida orgânica um tanto semelhante à da Terra. E na opinião de muitos cientistas, até podemos aumentar o número de planetas para milhões de milhões.

Números gigantescos e grandiosos, como grandioso é o Universo, com milhões de milhões de galáxias, e temos de reconhecer que nós sobre a Terra não temos nenhuma vantagem manifesta que não seja negada a outros. O nosso planeta é pequeno e orbita uma estrela - o Sol - média, amarelada e de meia-idade, localizada na estrutura mais externa e escassamente povoada de uma grande galáxia que contem cerca de duzentos milhões de milhões de outras estrelas, das quais muitos milhões devem ser essencialmente idênticas ao Sol. Além disso a nossa galáxia não é das maiores, e o nosso grupo galáctico também é moderado.

Que o nosso planeta seja o único lugar onde a vida tenha emergido seria uma suposição ridícula e aqueles que conhecem o vasto número de estrelas, os caminhos naturais de nascimento de planetas e o modo aparentemente automático pelo qual a vida emerge, quando são propícias as condições, não mais hesitam em crer que a vida é um amplo fenómeno cósmico.

Mesmo se apenas um planeta em cada cem, dos dez milhões de milhões com condições, tivesse actualmente vida em si, haveria mais de cem milhões de tais planetas.

O chefe do observatório de Berkeley, na Califórnia, Otto Struve, afirmou textualmente: “Se um só planeta em cada cinquenta reunisse as condições necessárias para a eclosão da vida, existiriam várias centenas de milhões só na nossa galáxia. E sabe-se agora que, desde que existam essas condições, a vida, por nós conhecida, aparece inevitavelmente”.

Entremos agora no campo considerado por muitos como ficção, sobre as suspeitas de outras vidas inteligentes, que não o homem. Em Julho de 1970 apareceu na imprensa norte-americana um telegrama cujo teor é o seguinte:
 
NOVA IORQUE - Nítidas provas fotográficas da existência, na Lua, de monumentos que parecem construídos por seres inteligentes, encontram-se em poder da NASA, nos Estados Unidos, e do organismo correspondente na União Soviética - afirma a revista Argosy de Nova Iorque. A única diferença é que na União Soviética as fotografias têm sido largamente publicadas e sujeitas a especulações, ao passo que nos Estados Unidos se encontram “arquivadas por agora” - acrescenta a revista.

O artigo anuncia ainda que um alto funcionário - que não identifica - na NASA declarou: “sim, temos conhecimento dessas fotografias, que são bastante nítidas, mas procuramos que não haja especulação a esse respeito”.

A revista reproduz uma fotografia feita pelo Orbiter-2, norte-americano, a 37 quilómetros da superfície da Lua, que mostra oito espirais, que produzem grandes sombras. Publica igualmente duas fotografias obtidas pelo Luna-9, nas quais se pode ver um alinhamento de marcos de pedra. Afirma-se que os cientistas norte-americanos declaram que o maior desses monumentos, semelhantes a obeliscos, mede quinze metros de base e vinte e três metros de altura, enquanto os cientistas russos afirmam que tem quarenta e seis metros de altura.

O director da Argosy, Ivan Sanderson, afirmou que o engenheiro espacial soviético Alexander Abramov declarara que a disposição dos monumentos constitui uma «abaka» egípcia, sendo a sua distribuição exactamente igual à das três pirâmides do Egipto.

Sanderson acha que o mistério lunar se aprofunda, se considerarem esses monumentos à luz de uma publicação da NASA, intitulada «Cronological Catalogue of Reported Lunar Eventes» editada em 1968. Essa publicação inclui paisagens com luzes, estáveis e móveis, crateras perfeitamente circulares que mais parecem cúpulas, e que, em alguns casos, se encontram em perfeito alinhamento.

O artigo afirma ainda que John O'Neil, o antigo director da secção científica do «New York Herald Tribune», declarou ter observado uma gigantesca estrutura, semelhante a uma ponte, situada no Mar das Tempestades, na Lua.

Fim do telegrama.

O doutor Seaborg, presidente da Comissão Americana de Energia Atómica, declarou publicamente em Moscovo, em Dezembro de 1969, que a tripulação da Apolo 11 descobrira, na face oculta da Lua, traços suspeitos cuja simetria fazia lembrar sinais deixados pelas rodas de um carro... Por outro lado, certas manchas assemelhavam-se a construções implantadas no relevo lunar...

O que se passará com o nosso satélite?

Várias luzes resplandecentes apareceram na Lua em 1821, sobretudo na cratera Aristarque. Desconcertados a princípio, os astrónomos acabaram por concluir que fora uma simples ilusão de óptica, quando, três anos mais tarde, apareceu lá de novo uma luz, com a forma de uma estrela. Em 1959 foi assinalada outra luz resplandecente. Na mesma noite desta última observação, dois objectos redondos e luminosos partiam da Lua a uma velocidade inacreditável. (Hoje, há inúmeros vestígios de construções, naves destruídas, supondo ter existido por lá uma civilização mais avançada do que a nossa. Hoje, com a evolução da informação e Internet é fácil investigar). Dois anos mais tarde foi, uma vez mais, observado ali um piscar luminoso. No mesmo dia, cinco objectos abandonaram o satélite do lado leste, com cerca de quinze segundos de intervalo. Depois descobriu-se uma espécie de cabo luminoso, e um objecto situado na sua orla...

Visíveis com simples binóculos, foram observados, na mesma cratera, clarões, a 15 de Novembro de 1965 e o mais curioso é que as autoridades da NASA o confirmaram, pois a coisa era demasiado óbvia para desmentirem ou guardarem o silêncio habitual.

Em 1958 e 1961, um astrónomo soviético, Nikolai Kozyrev, detectou no mesmo lugar uma erupção vulcânica. No ano seguinte quatro astrónomos americanos confirmaram-no de novo. Em Novembro de 1962, foram observadas na sua orla duas manchas ovais de luz vermelha e mais tarde, em Junho de 1965, avistou-se um estranho raio de luz branca e brilhante, quando a cratera Aristarque estava na zona de sombra. No mês seguinte, aparece por várias vezes um raio de luz branca, durando cada manifestação um minuto e meio.

Foi descoberto, também, o misterioso satélite alienígena que orbita o nosso planeta, a que deram o nome de Cavaleiro Negro, que consegue “fugir” de todas as tentativas de aproximação.

Em Dezembro de 1947, o inglês Hodgson notou pontos luminosos na face escura. Um astrónomo japonês, o doutor Kenzaburo Toyada, da Universidade Meiji, observou na noite de Setembro de 1958, um fenómeno fantástico que se desenrolou no Mar da Serenidade, à esquerda do Mar da Tranquilidade. Em letras muito negras e nítidas, viu as duas palavras seguintes colocadas uma debaixo da outra: PYAX e JWA. Outras duas pessoas viram essas palavras pelo telescópio. Também foi visto um X na cratera Erastótenes, e a letra grega Gamma na cratera Littrow.

Desde 26 de Novembro de 1958 que um misterioso satélite, a que os sábios chamam Cavaleiro Negro, envia mensagens em fonia numa língua desconhecida, as quais foram captadas em quase todo o mundo. Por outro lado, entre 2 812 objectos espaciais que giravam à volta do globo nos anos setenta, de quem eram os 184 satélites que não pertenciam a nenhuma grande potência ? A revista Planeta no seu número 9 do mês de Maio de 1973, faz referência às experiências no espaço, citando:

" Agosto de 1965 - Gordon Cooper e Charles Conrad, astronautas tripulantes da nave Gemini 5, avisam pela rádio que uma coisa em forma de disco, com brilho esverdeado, aproxima-se deles. Cooper que já vira antes um objecto não identificado no espaço, faz comentários para a imprensa sobre o seu misterioso encontro e foi censurado oficialmente pela NASA.

Dezembro de 1968 - Frank Borman e James Lowell batem o recorde de permanência no espaço a bordo do Gemini 7, girando catorze dias em órbita. Durante esse voo avistaram e fotografaram diversos objectos estranhos, de forma e aparência diversas. Dois desses objectos tinham a forma de pêra e voavam juntos. Outros eram chatos e outros ainda, alongados.

13 de Setembro, durante o voo Gemini 11. O veículo estava a voar na sombra da Terra pilotado pelo astronauta Charles Conrad. Richard Gordon, flutuando fora da nave, tirava fotografias de estrelas quando foi avisado pelo companheiro que o radar da nave acusava um corpo estranho viajando rapidamente em sentido contrário. Gordon conseguiu fotografar esse objecto e diz: O objecto tinha a forma de pêra, cor alaranjada e emitia feixes de luz. Passou a menos de cem metros da nossa nave.

Em 1969, os tripulantes das naves Apolo 10, 11 e 12 registaram o encontro com objectos estranhos a caminho da Lua. John Yong, da Apolo 10, comunicou no dia 19 de Maio que avistara dois objectos misteriosos que giravam e luziam fracamente, bastante afastados da sua nave. Em Julho foi o voo famoso da Apolo 11, quando Neil Armstrong e Edwin Aldrin desceram na Lua pela primeira vez. Durante a sua missão avisam estarem a ser seguidos por misteriosos objectos luminosos. A Apolo 12, lançada para a Lua em 14 de Novembro de 1969, foi igualmente seguida por objectos misteriosos".

Fim de citação.

Em 21 de Julho de 1969 - notícia divulgada por Giuseppe Grazzini - pelas 04h56 da manhã, quando a Apolo 11 desce na Lua, as transmissões de rádio foram interrompidas por interferências estranhas. O centro de Houston ordena aos astronautas que controlem os aparelhos. Armstrong desce, afasta-se da cápsula e exclama: " que diabo é isto ? ". De Houston perguntam-lhe o que se passa. "Vejo objectos enormes", responde ele. "Meu Deus!  Estão aqui outras astronaves. Encontram-se alinhadas  no outro bordo da cratera e estão a observar-me". Este diálogo não foi gravado para a televisão, mas foi recolhido por diversos radioamadores.

Fugindo da cena espacial e procurando vestígios na Terra, também surgem hipóteses bastante interessantes, como o caso das abelhas, que vêm reforçar a existência de seres mais evoluídos do que o ser humano, principalmente há milhares de anos.

Um pedaço de âmbar, com uma colónia de abelhas fossilizadas há mais de dez milhões de anos pode ser visto no museu de História Natural de Nova Iorque, oferecendo-nos um mudo testemunho geológico da presença das abelhas, tal e qual como são nos nossos dias.


Muito antes do aparecimento do homem sobre a face da Terra, muito antes do surgimento dos principais mamíferos e primeiros peixes, muito antes que surgissem as aves e a quase totalidade dos vegetais, as abelhas já povoavam o ar húmido das selvas do carbonífero e faziam as suas colónias com reservas de mel. A estrutura perfeita, a conformação orgânica e social bem definida, tudo o que hoje é uma prova de uma evolução na qual o automatismo tomou conta de funções vitais que nos levam a pensar num instinto desenvolvido até aos limites da inteligência, tudo isso já estava definido naquelas abelhas que o âmbar milenar conservou para satisfazer a curiosidade do nosso espírito observador.

Os cálculos dos cientistas contemporâneos fixaram de uma maneira precisa os estágios geológicos pelos quais a Terra passou, e pelos estudos feitos cuidadosamente chegaram à conclusão de que, entre o momento em que a crosta terrestre e a sua atmosfera apresentaram condições favoráveis para as manifestações rudimentares de vida e o período em que a colónia de abelhas ficou fossilizada no pedaço de âmbar, a evolução deste insecto efectuou-se a partir das suas formas mais primitivas porque já na era carbonífera aparece como uma colónia social perfeitamente desenvolvida. Ou seja, a abelha conhecida não alterou a sua constituição física nem os seus modelos sociais nestes milhares de anos, sendo a sua evolução, neste planeta, um mistério.

Tudo isto sugere uma hipótese que já não é - na era atómica em que vivemos - tão temerária: A abelha não é deste planeta. Teria chegado à Terra vinda de outro planeta muitos milhões de anos mais velho, e do qual talvez só existam presentemente errantes despojos cósmicos. Ali onde um cinturão de asteróides - entre Marte e Júpiter - assinala o antigo lugar de um planeta destroçado, pode ter florescido numa outra época um mundo semelhante ao nosso. Ou então serem originárias doutras galáxias, pois não devemos estar sós no Universo.

Além do mais, desde esses tempos remotos já transcorreram milénios, sobrevieram cataclismos, erupções vulcânicas, anomalias cósmicas, sem que a abelha tenha sido por isso afectada ou tenha sido forçada a variar o seu sistema de vida.

Talvez, pois, não estejam muito longe da verdade os antigos e valiosíssimos documentos do Tibete, conservados com zelo pelos Lamas, nos inacessíveis mosteiros nos Himalaias. Neles se conta a origem do homem e se explica como este chegou, doutro planeta, trazendo consigo as sementes do trigo e os enxames de abelhas.

Para já, é um facto que as abelhas há dez milhões de anos tinham a mesma evolução das actuais, o que pressupõe, sem sombra de dúvidas, a sua exportação para a Terra por seres inteligentes, capazes de cruzarem o espaço exterior.

E para finalizar, vejamos agora as opiniões de personalidades responsáveis:

Doutor Carl Sagan - astrónomo da Universidade da Califórnia, membro do Space Biology Advisory Committee, da NASA, da Academia de Ciências e do Comité das Forças Armadas: "Creio que existem objectos voadores não identificados".

Lord Dowding - Marechal-em-chefe da Força Aérea Inglesa: "A existência desses engenhos é evidente e aceito-os inteiramente".

Almirante Delmer Fahrnex - Antigo chefe dos mísseis da Marinha dos EUA, numa conferência de imprensa a 16 de Janeiro de 1957: "Relatórios positivos indicam que objectos entram na nossa atmosfera em velocidades fantásticas são comandados por inteligências pensantes".

Albert M. Chop - antigo Director do Serviço Secreto da Força Aérea dos EUA: "Uma coisa é certa, estamos a ser observados por seres que vêm do espaço".

 
Enfim, há uma série infindável de relatos sobre a existência de seres extraterrenos, e para quem queira entrar neste campo misterioso e interessante, existem obras muito completas acerca do assunto. Limitamo-nos a citar alguns exemplos a título de curiosidade. Não podemos ter a pretensão, de modo nenhum, de sermos os únicos a habitar o Universo, tão extenso e cheio de vida como vimos.

Em 08 de Dezembro de 2018 durante o processo de acoplamento da cápsula DRAGON da empresa Space X com a Estação Espacial Internacional (ISS) uma espaçonave descrita como sendo triangular foi flagrada durante uma transmissão ao vivo.

 
Por outras palavras,  “alguém, sem a menor cerimónia circulava por ali. O objecto, evidentemente de natureza alienígena, seguia por trás a cápsula Dragon da Space X até desaparecer no espaço. Claro que era um objecto totalmente estranho e jamais poderia fazer parte do processo de acoplamento da cápsula à ISS (exactamente aquilo que poderia ser descrito como um UFO). Algo que foi descrito como sendo um UFO DOURADO que chegou inclusivamente a aproximar-se muito da Estação Espacial passando bem diante do astronauta da ISS que estava fora da Estação, o que também foi transmitido ao vivo. Contudo, o que chamava mais a atenção era a sua cor dourada e o brilho reflectido. Tudo isso é apenas mais uma prova de que inteligências e espaçonaves alienígenas observam atentamente a Estação Espacial Internacional. Por quê e para quê?

 

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019


O NOSSO UNIVERSO - Panorâmica
 
AS ESTRELAS

 
Já falamos de vários habitantes da nossa galáxia, faltando apenas dizer alguma coisa acerca daqueles objectos brilhantes que nos fascinam nas noites límpidas - as Estrelas.


De diversos tamanhos, conforme a sua origem e evolução, podem ser colocadas em séries contínuas, atendendo a vários factores como temperatura, cores e densidades, que reflectem o seu grau de evolução, pois são também seres com uma finalidade - nascem, evoluem e morrem.
 
Dentro destes factores de classificação poderemos salientar em primeiro lugar as séries de temperaturas de superfície, que vão de 3 000 a 30 000 graus centígrados aproximadamente, seguindo-se das frias vermelho-azuladas às amarelas e esverdeadas até às quentes, em que o seu volume ultrapassa um milhão de vezes o do Sol, e por último a série de «densidade média» cuja variação vai das Anãs-brancas, murchas e degeneradas, às Supergigantes-vermelhas, com densidade média de apenas um milionésimo da água.
 
Não há dúvida que a evolução prevalece através destas três séries, só que de modo estranho por vezes. O começo das estrelas, ou seja a origem da sua irradiação, de poeiras e gases, parece ser bem representado pelos glóbulos sem luz de matéria interestelar, tão gigantescos que tornam menores as maiores supergigantes-vermelhas, cuja contracção gravitacional inevitável provoca o seu encolhimento e consequente aquecimento interior, afluindo para a superfície a energia radiante sob a forma de um halo avermelhado anunciando a chegada de uma luz no firmamento. Estes glóbulos só podem ser detectados quando têm atrás de si brilhantes e difusas nebulosidades.

 
As estrelas estão sujeitas a vicissitudes: umas inflam nas suas atmosferas externas e convertem-se em Novas; outras explodem completamente, as Supernovas; algumas perdem matéria desastrosamente através do derramamento centrífugo, como as Vermelhas-gigantes pingando lentamente material no espaço; outras ainda giram tão rapidamente que é comum separarem-se em duas ou três; e finalmente há as que nascem aparentemente em grupos de controlo gravitacional indeterminado, e outras aglomerações globulares notavelmente cerradas, como as Plêiades.
 
Entretanto, em todo o lado, as estrelas e os seus sistemas estão a evoluir, tornando-se algumas mais pesadas pelo apresamento de meteoritos, e todas a perderem massa através das suas radiações.
 
Outra das vicissitudes da vida das estrelas, inevitável e muito frequente, é o nascimento de planetas, alguns dos quais produzem macromoléculas e organismos auto produtores, o que nos leva às fases biológicas da evolução cósmica. Nestas transformações, e vidas das estrelas, vemos como o universo não está estático, antes pelo contrário, cheio de movimento, sendo absolutamente espantoso estes fenómenos que no caso da formação duma Supernova foi afirmado por vários astrónomos como “a mais vigorosa catástrofe na história do universo, excepto a própria criação”.
 
Numa definição simples, a supernova resulta da explosão de uma estrela, e se o desastre é causado ou estimulado por colisão frontal com outra estrela ou com outro corpo qualquer, ou se é causado pelo colapso da estrutura estelar, com uma transformação consequente da massa atómica em radiação, ou se ele “simplesmente acontece”, não se sabe ainda.
 
As estrelas mais afastadas que se conseguiram fotografar são supernovas em galáxias distantes da nossa. Hoje sabe-se que as explosões estelares em Cassiopeia - estrela de Tycho - e em Ofíunco - Stella Nova de Kepler - eram supernovas, chegando ambas a terem um brilho no céu comparável ao planeta mais brilhante, com um aumento de luminosidade de cerca de um milhão de vezes.
 
Uma terceira supernova, nas redondezas da nossa galáxia, foi observada em 1054 por astrónomos japoneses, dando origem à conhecida nebulosa do Caranguejo, ainda em expansão.

A nebulosa do Caranguejo possui no centro uma estrela de neutrões superdensa, resultado da explosão da estrela original. É ela que emite o objecto chamado de pulsar, pulsos periódicos de rádio, luz e radiação. A interacção do pulsar com as rajadas de partículas emitidas por ele, mais o material libertado pela estrela pouco antes dela tornar-se uma supernova é o que dá forma à sua intrigante figura. Para ter uma noção real de como a nebulosa se parece, os aparatos fizeram as suas observações abrangendo o máximo possível das variações de faixa do espectro electromagnético. A escala foi desde as ondas de rádio, passando pela luz invisível, infravermelho, ultravioleta e terminando nas ondas de raio-X.

A supergigante S Dourados, considerada a mais brilhante por enquanto, localizada na borda de um dos agrupamentos abertos da grande Nuvem de Magalhães, é uma estrela variável, com luminosidade média de um milhão de vezes mais do que o Sol, e expele mais de 200 triliões de toneladas de radiação por minuto.
 
Outros tipos de estrelas surgem várias vezes por ano no nosso sistema galáctico e também nos outros - as Novas-comuns. Supõe-se representarem apenas uma erupção explosiva da porção mais exterior duma estrela, sendo no máximo supergigantes 10 000 vezes mais luminosas que o Sol, mas dificilmente um por cento tão brilhantes como as supernovas médias. Muito frequentes na nossa Via Láctea e na vizinha galáxia de Andrómeda, dão a impressão, com certas reservas, de serem, antes das suas explosões, estrelas ligeiramente inferiores do tipo espectral ordinário.
 
Actualmente, utilizando meios mais perfeitos e eficazes, como o espectroscópio, e pela análise das ondas de luz e rádio, as descobertas são infindáveis e revolucionárias como, por exemplo, os quasares, os corpos celestes mais distantes que se conhecem, com dimensões relativamente reduzidas à escala cósmica - pouco maiores do que o nosso Sistema Solar - cujo brilho muda rapidamente de intensidade. Já foram localizados para cima de 350 supondo-se que os mais distantes estejam a 10 mil milhões de anos-luz - um ano luz corresponde aproximadamente a 9 460 800 000 000 quilómetros.

A sua localização torna-se possível graças à emissão de energia em quantidades incríveis, produzindo alguns quasares mais energia do que uma centena de grandes galáxias, o que equivale a 10 triliões de estrelas. Em apenas um segundo, um quasar normal irradia energia suficiente para suprir as necessidades de força eléctrica do nosso planeta durante biliões de anos.
 
É difícil explicar como é possível produzir tais quantidades de energia. Alguns cientistas admitem que nem mesmo as reacções nucleares conhecidas poderiam gerá-la, e tentam explicar esses fabulosos mananciais de energia como resultado de um colapso gravitacional maciço, ou mesmo uma “neutralização” causada pelo impacto entre a matéria e a sua recíproca a antimatéria.
 
Na década de 1930, Robert Oppenheimer e outros, previam que o colapso duma estrela gigante, várias vezes maior do que o Sol, poderia transformá-la num corpo celeste estável muito menor do que uma anã-branca. Esse astro acabaria por ficar com uma densidade incrível, apenas com cerca de 15 quilómetros de diâmetro. A extraordinária força gravitacional esmagaria os próprios átomos, comprimindo todo o espaço livre e conservando principalmente partículas nucleares chamadas Neutrões. Para este estranho corpo celeste foi proposto o nome de Estrela-nêutron.
 
Em 1967, os astrónomos confirmaram esta teoria com a descoberta das Pulsares, estrelas pulsáteis cujas violentas explosões de radiação ocorrem com uma periodicidade regular, variável de estrela para estrela, indo desde uma “pulsação” de quatro em quatro segundos nas mais lentas até trinta “pulsações” por segundo nas mais rápidas. A sua densidade - já descobriram umas cem - excede a de qualquer substância conhecida no nosso planeta. Uma colher, das de chá, dessa matéria deve pesar mil milhões de toneladas, ou seja o equivalente a 200 milhões de elefantes.
 
Mas existe algo ainda menor e mais denso no Universo: o chamado Buraco Negro, o produto final do catastrófico colapso de uma estrela de grandes dimensões. É a última concentração da matéria, prevista pela teoria da relatividade de Einstein, aceite durante anos pelos cientistas como uma inevitabilidade teórica, mas só recentemente confirmada como “certeza possível” por intermédio de telescópios equipados com raios x instalados a bordo de foguetões espaciais e satélites. Trata-se de um fenómeno provocado por uma estrela em colapso onde se manifestam - no seu interior - pressões elevadíssimas e uma força de gravidade tão intensa que nem deixa escapar a luz. Deste modo a estrela pode “cintilar” mas a sua luz nunca se vê. Este fenómeno de astrofísica, embora permanentemente invisíveis, exerce poderosa influência nos outros corpos celestes.

Kip Thorne, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, afirma ser impossível saber o que há dentro de um buraco negro, visto não irradiar nenhuma forma de energia capaz de ser estudada e dar informações.
 
Enfim, há corpos celestes e estrelas dos mais diversos tamanhos, massa e luminosidade, sendo algumas das estrelas 10 milhões de vezes maiores do que o Sol. Vivem isoladas ou aos pares, crescem, explodem, recomeçam novo ciclo de vida, e morrem.