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segunda-feira, 19 de dezembro de 2016


UM POUCO DE HISTÓRIA

Quando a mãe de Jesus, a irmã da sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena estavam junto à cruz, Jesus viu a sua mãe ao lado de João, o seu discípulo preferido, disse a Maria: "Mulher, eis aí o teu filho". Depois disse a João: "Eis aí a tua mãe", e desde aquela hora João recebeu-a em sua casa (João 19:26,27).

A devoção a Maria como mãe de Deus, não está correta. Maria era mãe de Jesus na Terra e nunca a mãe de Jesus Cristo no Céu, uma das personalidades da Santa Trindade.

Para separar as "águas" Jesus nunca, mas NUNCA, tratou Maria como mãe, mas sim por MULHER, para salientar claramente que Maria nunca poderia ser a sua mãe no mundo do Espírito, nos Céus.

Deus criou tudo, inclusivamente o ser humano que, segundo o Seu plano, deu origem às Almas individuais resultantes da experiência conjunta do Corpo Físico (do mundo material) com o Espírito que o vivificou quando implantado. Dessa parceria nasceria uma Alma, um EU consciente, que se iria desenvolvendo até se espiritualizar por completo.

Não se pode pensar, de modo nenhum, nem figurativamente nem metaforicamente, que uma humana seja mãe de Deus.

Segundo os líderes da Igreja de Roma, que tiveram os seus delírios de superioridade absurda quando tentaram dominar o mundo temporal, e não apenas espiritual, por serem os "representantes" de Cristo na Terra, a introdução do culto mariano vem da interpretação (deles, claro) da passagem de João 19:26,27, considerando-a uma metáfora em que Maria "representaria" o povo da antiga aliança que se conservou fiel às promessas e espera do Salvador, e o discípulo amado representaria o novo povo de Deus, formado por todos os que dão a sua adesão a Jesus. Na relação mãe/filho, a Igreja de Roma pretende mostrar a unidade e continuação do povo de Deus, fiel à promessa e herdeiro da sua tradição. Uma desculpa esfarrapada para justificar a adoção do culto pagão que vinha de há milénios e cujos "senhores" do mundo sempre pretenderam que perdurasse.

Ou seja: Segundo os príncipes (Príncipes! a onde chega o orgulho daquela gente) da Igreja, os católicos têm-se revisto no discípulo amado, considerando-se filhos de Maria. Só que isso nunca foi explicado nem ensinado ao povo de fiéis. As pessoas não fazem a mínima ideia sobre os rituais que fortalece com a sua energia. É massa bruta energética que só serve para alimentar o submundo invisível da dimensão mais baixa da matéria. Jesus nunca estabeleceu uma hierarquia. Os novos "sacerdotes" é que criaram um sistema em que eles, em primeiro lugar e muito acima dos Homens, é que "falavam" e "agiam" em nome de Deus. Ninguém o podia contestar e os poucos que o fizeram foram condenados por heresia.

Trata-se duma interpretação abusiva dos Cardeais, numa hierarquia inventada pelo sistema que foi montado na Igreja de Roma numa época em que o orgulho, a ganância e o desejo de poder, subverteram todos os valores que Jesus ensinou aos seus discípulos. A infabilidade do Papa e mais outros dogmas impostos só mostraram uma atitude de superioridade e Poder na Terra, em nome de Deus, para satisfação das suas vaidades, mordomias e sensação de estarem acima de tudo e de todos. Até há pouco tempo ainda, os Papas eram transportados em palanques todos cobertos a ouro. João Paulo I nem teve tempo de contestar essa extravagância aceitável no mundo atrasado da época e João Paulo II é que acabou com esse ritual porque viu perfeitamente que estava completamente ultrapassado para os dias mais modernos. E o beija-mão aos Bispos também está fora do aceitável para o ser humano evoluído de hoje. Não se justifica. Ninguém andava a beijar as mãos dos discípulos de Jesus, a quem Jesus deu autoridade e poder para falarem em Seu nome.

Tudo ao contrário do ensino e atitude de Jesus, que considerava todos os seus discípulos como iguais e irmãos. O verdadeiro Pastor é aquele que segue Jesus, colocando-se ao serviço da comunidade, sendo capaz de amá-la até ao fim, dando por ela a própria vida (João 21:15-23). A Igreja Católica Romana esteve sempre conivente com os ditadores e opressores do povo. Nas áreas geográficas da sua influência (América do Sul, África e Europa do Sul) é onde há mais opressão, atraso e miséria. As áreas de influência Protestante (portanto, aqueles que rejeitaram o domínio católico) o progresso é maior e as populações vivem melhor. (Vejam o exemplo da Irlanda católica, sempre muito mais atrasada e miserável que a Irlanda Protestante. É um facto).

Quem quiser aprofundar o tema e saber como é que apareceu o culto às Deusas Pagãs e adoração à Virgem Maria, leiam o texto que publico a seguir "A Adoração à Virgem Maria e às Deusas Pagãs". É bom saber um pouco de História e não "embarcar" nas historinhas que nos põem à frente.

R.

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