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quarta-feira, 7 de dezembro de 2016


RESPOSTAS A QUESTÕES QUE ME FORAM FEITAS

Alguns amigos e amigas faziam-me algumas perguntas, do campo da espiritualidade e religião, por via mail, antes de eu começar a publicar este Blogue.

Como o grupo de amigos com quem partilhava informações começou a ficar demasiado numeroso e consumia-me muito tempo no contato pessoal, resolvi passar a escrever num blogue, sem pretensões, apenas para ir prestando alguma informação que (acho) ter a obrigação de partilhar com irmãos nossos que ainda permanecem "adormecidos" e quantos mais "acordarem" maior será a diferença.

 A Bíblia diz que quem acordou e passa a ter conhecimento tem o dever de transmitir esse conhecimento. Se o não fizer estará a pecar por omissão e negação da ajuda aos seus irmãos que permanecem na ignorância que poderão ser arrastados para as trevas porque não foram advertidos do perigo.

 Apesar de outros perigos, como vem em Mateus 7: 6 "Não deis aos cães o que é santo, nem atireis pérolas aos porcos; eles poderiam pisá-las com os pés e, virando-se, despedaçar-vos". Não devemos vacilar e tentar salvar pelo menos uma pessoa, para não sermos julgados por não o fazermos. Quem "acordou" tem a obrigação de "acordar" o máximo de pessoas que puder.

 Esta passagem é uma sentença, e significa, provavelmente, desperdício e perigo anunciar o Reino aos que não estão preocupados com ele. Pode significar que é inútil e até perigoso anunciar os princípios evangélicos àqueles cujo deus são as riquezas. O seu coração está noutro lugar. Fizeram outra opção. Ou seja: Todo o humano, consciente ou inconscientemente, tem na vida um valor fundamental, um absoluto que determina toda a sua forma de ser e viver. Qual é o absoluto? Deus ou as Riquezas?

Deus leva o ser humano à liberdade e à Vida, através da justiça que gera a partilha e a fraternidade. As riquezas são o resultado da opressão e da exploração, levando o ser humano à escravidão e à morte. É preciso escolher qual dos dois queremos servir.

Está tudo implícito na Bíblia. Vou procurar responder às dúvidas, pelo ponto de vista bíblico. Sobre a fertilização: "Todavia, nos dias de hoje, através de barrigas de aluguer, fertilização em laboratório, etc. pode permitir-se que pessoas inférteis, venham a ter filhos".

Podem pensar que, nestes processos, o Homem tem capacidade de "criar" vida, mas a verdade é que o homem está a transformar e não a criar. Nesses processos todos, vai buscar vida num local e passá-lo para outro. A vida já lá está. Ele não consegue criar vida a partir do NADA ou de um pedaço de barro, a acreditar na Bíblia.

E sobre a manipulação genética: "Futuros humanos podem ser concebidos, assim, tal qual, como boa fruta, da melhor, mais docinha, mais nutritiva, pela forma mais cara".

Com certeza que sim. Por outras palavras, quem apresentou esta questão está a dar a mesma mensagem que a Bíblia deixou, ou seja, a criação de um ser evoluído, mais perfeito e de qualidade. Porque é que Deus criou o povo escolhido? Precisamente para manter essa pureza, com a intenção de a perpetuar e dar origem a um mundo mais perfeito e melhor do que o mundo que as raças anteriores estavam a desvirtuar.

"Estando o mundo em perigo, quanto à clonagem, ou transferência de núcleos de células humanas, que também podem dar origem à criação de gente...e sabendo nós, que pode muito bem acontecer e não tão distante, como pensamos...como é que a religião justifica isto?"

A religião não tem de justificar nada. São ações do homem à revelia dos ensinamentos religiosos, e dentro do seu direito de livre arbítrio, só que assim como faz o que quer, também terá de se responsabilizar pelo que faz.

"Se Deus permite esta seleção agora, porque veio então o diluvio para destruir o que não prestava e outros cataclismos com essa finalidade?"

Deus não permite isto agora, assim como não permitiu noutras vezes, acabando com os prevaricadores, e ninguém nos pode assegurar que o castigo não esteja eminente.

Mas a Bíblia não tem o intuito de esclarecer tudo. É apenas uma mensagem. Um ponto de partida.

 Agora vou tentar explicar o que penso, fora dos ensinamentos religiosos mas que se enquadram perfeitamente no conceito da Criação e Evolução do ser humano como a única Alma pensante e consciente de ser vivo, na Terra.

Por um lado, o homem precisa de evoluir e aprender os mistérios da vida biológica, por outro, foram traçadas regras para que essa evolução se processe com rigor, certeza e segurança absoluta, em que o desenvolvimento espiritual acompanhe a perfeição biológica e fique preparada para outra etapa da evolução.

O desenvolvimento biológico (físico) tem-se processado com maior rapidez do que o desenvolvimento espiritual, daí, talvez o desequilíbrio entre o procedimento racional e o procedimento temperamental. Se o Homem fosse criado com todos os atributos refinados, não haveria evolução e muito menos desenvolvimento material, porque o desenvolvimento da tecnologia depende muito da perfeição e adaptação física do corpo humano às novas necessidades. Nós fomos criados num mundo sujeito à componente "tempo", portanto, com desenvolvimento ao longo da passagem desse tempo, porque quando o Homem atingir a tal perfeição, já não precisa de viver num Universo sujeito à passagem do tempo, e passará à fase tão esperada pelos iniciados e também religiosos, que anseiam atingir o Paraíso ou, no meu entender, uma nova etapa evolucionária num Universo sem tempo, num universo de imortais.

Aqui, neste universo temporal, a morte será a oportunidade para uma nova vida num patamar superior, mais avançado da evolução.

O homem ao ser criado à semelhança de Deus, não foi à semelhança física porque Deus não é um indivíduo, Deus é um conceito, uma função, de algo Superior Criador dos Universos e que está fora do alcance da compreensão humana na fase evolucionária em que se encontra. Ao Homem foi-lhe dado atributos de Deus, neste mundo material onde tem o Poder e a Autoridade, entre eles o poder de criar condições para o surgimento da vida biológica (não é o mesmo que se reproduzir e multiplicar) o que, após milhares de anos de "escolaridade", de experiência na vida material, está cada vez mais perto de alcançar a meta. O Homem tem atributos que precisam de ser desenvolvidos com a experiência. Se não precisasse de desenvolver esses atributos, pelo estudo, perseverança e experiência contínua, seria igual a Deus, um outro deus, o que não corresponde ao que foi dito: o Homem foi criado à semelhança de Deus.

Quando atingir esse objetivo, um dos atributos oferecidos por Deus, poderá passar para "um novo ano de escolaridade" ou seja, nova etapa evolucionária para adquirir novo atributo que Deus lhe deu à Sua semelhança e, assim, sucessivamente até sair da esfera de influência da passagem do tempo.

Porque é que isto se processa assim? Ninguém sabe. O desenvolvimento da humanidade será uma mais-valia para a sapiência de uma das facetas de Deus? Estarão a decorrer outras "experiências" de VIDA noutros universos materiais com condições primordiais completamente diferentes? Neste Mundo, por exemplo, o facto principal para o Homem desenvolver-se e alcançar a sapiência, e consequente evolução tecnológica, é o de ter os dedos oponíveis. Será que existe um outro mundo em que o ser "escolhido", o ser Criado, não tenha os dedos oponíveis mas sim outro atributo que permita também atingir a perfeição tecnológica?

É tudo uma incógnita. O que se sabe e conhece é o mistério da VIDA neste pequeno Globo que roda à volta de uma estrela humilde e de pouca importância, junto de outras conhecidas pelo Homem, e que a humanidade, por motivos desconhecidos, segue determinado caminho evolutivo DENTRO dos limites e de normas impostas por leis físicas de um mundo material onde estamos inseridos.

A Bíblia, e consequentemente a Religião imanada dela, cinge-se apenas a este universo pequeno, o planeta Terra, com algumas diretivas orientadoras (muito distorcidas através dos tempos, apesar de haver o cuidado de se expressarem por símbolos mais fáceis de serem preservados no tempo) para que a humanidade se desenvolva para determinado fim. Fim esse que desconhecemos, em pormenor, mas que sabemos, pelos avisos, profecias e pela palavra de Deus dos livros sagrados, que corremos o risco de não alcançarmos porque os vícios e tentações da carne, do corpo material, nos impulsionam para outros caminhos.

Resumindo e concluindo. O que quero dizer é que independentemente do desejo de saber o que se passa no Universo, nos Universos, no Paraíso, devemos ter os pés na Terra e preocuparmo-nos também com a missão que nos foi confiada no nosso Mundo material, palpável e real.

Estamos cá, na Terra, por alguma razão, muito superior à nossa compreensão, e não devemos limitarmo-nos a sobreviver, como um suíno numa pocilga, mas sim tentarmos apreender, estudar e experienciar os ensinamentos dos nossos antepassados e respeitarmos a componente espiritual, já que a componente material não consegue explicar tudo. A sabedoria acumulada em milénios, e transmitida pelos livros sagrados, são de importância máxima para os que querem aprender e saber.

Devemos aceitar tudo de bom e tentar corrigir tudo de mau. Se, logo à partida rejeitarmos a experiência dos antigos, somos como os novos profissionais e técnicos (com os canudos respetivos e nada mais do que isso) que iniciam funções na sociedade e não querem escutar a sabedoria dos mais velhos. Não aceitam conselhos dos mais experientes e fartam-se de fazer asneiras.

Com esta experiência na Terra o nosso Eu, a nossa Alma espiritualiza-se cada vez mais e ganha experiência para prosseguir a sua aprendizagem pelas dimensões (Céus) superiores SE, há sempre um se, conseguir sobreviver após o julgamento final e ter direito à imortalidade.
 
R.

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