RESPOSTAS A
QUESTÕES QUE ME FORAM FEITAS
Alguns
amigos e amigas faziam-me algumas perguntas, do campo da espiritualidade e
religião, por via mail, antes de eu começar a publicar este Blogue.
Como o
grupo de amigos com quem partilhava informações começou a ficar demasiado
numeroso e consumia-me muito tempo no contato pessoal, resolvi passar a
escrever num blogue, sem pretensões, apenas para ir prestando alguma informação
que (acho) ter a obrigação de partilhar com irmãos nossos que ainda permanecem
"adormecidos" e quantos mais "acordarem" maior será a
diferença.
A Bíblia diz que quem acordou e
passa a ter conhecimento tem o dever de transmitir esse conhecimento. Se o não
fizer estará a pecar por omissão e negação da ajuda aos seus irmãos que
permanecem na ignorância que poderão ser arrastados para as trevas porque não
foram advertidos do perigo.
Apesar de outros perigos, como vem
em Mateus 7: 6 "Não deis aos cães o que é santo, nem
atireis pérolas aos porcos; eles poderiam pisá-las com os pés e, virando-se,
despedaçar-vos". Não
devemos vacilar e tentar salvar pelo menos uma pessoa, para não sermos julgados
por não o fazermos. Quem "acordou" tem a obrigação de "acordar"
o máximo de pessoas que puder.
Esta passagem é uma sentença, e
significa, provavelmente, desperdício e perigo anunciar o Reino aos que não
estão preocupados com ele. Pode significar que é inútil e até perigoso anunciar
os princípios evangélicos àqueles cujo deus são as riquezas. O seu coração está
noutro lugar. Fizeram outra opção. Ou seja: Todo o humano, consciente ou
inconscientemente, tem na vida um valor fundamental, um absoluto que determina
toda a sua forma de ser e viver. Qual é o absoluto? Deus ou as Riquezas?
Deus leva o ser humano à liberdade e à Vida, através da justiça que gera a partilha e a fraternidade. As riquezas são o resultado da opressão e da exploração, levando o ser humano à escravidão e à morte. É preciso escolher qual dos dois queremos servir.
Está tudo implícito na Bíblia. Vou procurar responder às dúvidas, pelo
ponto de vista bíblico. Sobre a fertilização: "Todavia,
nos dias de hoje, através de barrigas de aluguer, fertilização em laboratório,
etc. pode permitir-se que pessoas inférteis, venham a ter filhos".
Podem pensar que, nestes processos, o Homem tem capacidade de
"criar" vida, mas a verdade é que o homem está a transformar e
não a criar. Nesses processos todos, vai buscar vida num local e
passá-lo para outro. A vida já lá está. Ele não consegue criar vida a partir do
NADA ou de um pedaço de barro, a acreditar na Bíblia.
E sobre a manipulação genética: "Futuros humanos podem ser concebidos, assim, tal qual, como
boa fruta, da melhor, mais docinha, mais nutritiva, pela forma mais cara".
Com certeza que sim. Por outras palavras, quem apresentou esta questão
está a dar a mesma mensagem que a Bíblia deixou, ou seja, a criação de um ser
evoluído, mais perfeito e de qualidade. Porque é que Deus criou o povo
escolhido? Precisamente para manter essa pureza, com a intenção de a perpetuar
e dar origem a um mundo mais perfeito e melhor do que o mundo que as raças
anteriores estavam a desvirtuar.
"Estando o mundo em perigo, quanto à clonagem, ou
transferência de núcleos de células humanas, que também podem dar origem à
criação de gente...e sabendo nós, que pode muito bem acontecer e não tão
distante, como pensamos...como é que a religião justifica isto?"
A religião não tem de justificar nada. São ações do homem à revelia
dos ensinamentos religiosos, e dentro do seu direito de livre arbítrio, só que assim como faz o que quer, também terá de se
responsabilizar pelo que faz.
"Se Deus permite esta seleção agora, porque veio então
o diluvio para destruir o que não prestava e outros cataclismos com essa
finalidade?"
Deus não permite isto agora, assim como não permitiu noutras vezes,
acabando com os prevaricadores, e ninguém nos pode assegurar que o castigo não
esteja eminente.
Mas a Bíblia não tem o intuito de esclarecer tudo. É apenas uma
mensagem. Um ponto de partida.
Agora vou tentar explicar o que
penso, fora dos ensinamentos religiosos mas que se enquadram perfeitamente
no conceito da Criação e Evolução do ser humano como a única Alma pensante e
consciente de ser vivo, na Terra.
Por um lado, o homem precisa de evoluir e aprender os mistérios da
vida biológica, por outro, foram traçadas regras para que essa evolução se
processe com rigor, certeza e segurança absoluta, em que o desenvolvimento
espiritual acompanhe a perfeição biológica e fique preparada para outra etapa
da evolução.
O desenvolvimento biológico (físico) tem-se processado com maior
rapidez do que o desenvolvimento espiritual, daí, talvez o desequilíbrio entre
o procedimento racional e o procedimento temperamental. Se o Homem fosse criado
com todos os atributos refinados, não haveria evolução e muito menos
desenvolvimento material, porque o desenvolvimento da tecnologia depende muito
da perfeição e adaptação física do corpo humano às novas necessidades. Nós
fomos criados num mundo sujeito à componente "tempo", portanto, com
desenvolvimento ao longo da passagem desse tempo, porque quando o Homem
atingir a tal perfeição, já não precisa de viver num Universo sujeito à
passagem do tempo, e passará à fase tão esperada pelos iniciados e também
religiosos, que anseiam atingir o Paraíso ou, no meu entender, uma nova etapa
evolucionária num Universo sem tempo, num universo de imortais.
Aqui, neste universo temporal, a morte será a oportunidade para
uma nova vida num patamar superior, mais avançado da evolução.
O homem ao ser criado à semelhança de Deus, não foi à semelhança
física porque Deus não é um indivíduo, Deus é um conceito, uma função, de algo
Superior Criador dos Universos e que está fora do alcance da compreensão humana
na fase evolucionária em que se encontra. Ao Homem foi-lhe dado atributos de
Deus, neste mundo material onde tem o Poder e a Autoridade, entre eles o poder
de criar condições para o surgimento da vida biológica (não é o mesmo
que se reproduzir e multiplicar) o que, após milhares de anos de
"escolaridade", de experiência na vida material, está cada vez
mais perto de alcançar a meta. O Homem tem atributos que precisam de ser
desenvolvidos com a experiência. Se não precisasse de desenvolver esses
atributos, pelo estudo, perseverança e experiência contínua, seria igual
a Deus, um outro deus, o que não corresponde ao que foi dito: o Homem foi
criado à semelhança de Deus.
Quando atingir esse objetivo, um dos atributos oferecidos por Deus,
poderá passar para "um novo ano de escolaridade" ou seja, nova etapa
evolucionária para adquirir novo atributo que Deus lhe deu à Sua semelhança e,
assim, sucessivamente até sair da esfera de influência da passagem do tempo.
Porque é que isto se processa assim? Ninguém sabe. O
desenvolvimento da humanidade será uma mais-valia para a sapiência de uma das
facetas de Deus? Estarão a decorrer outras "experiências" de VIDA
noutros universos materiais com condições primordiais completamente diferentes?
Neste Mundo, por exemplo, o facto principal para o Homem desenvolver-se e
alcançar a sapiência, e consequente evolução tecnológica, é o de ter os dedos
oponíveis. Será que existe um outro mundo em que o ser "escolhido", o
ser Criado, não tenha os dedos oponíveis mas sim outro atributo que permita
também atingir a perfeição tecnológica?
É tudo uma incógnita. O que se sabe e conhece é o mistério da VIDA
neste pequeno Globo que roda à volta de uma estrela humilde e de pouca
importância, junto de outras conhecidas pelo Homem, e que a humanidade, por
motivos desconhecidos, segue determinado caminho evolutivo DENTRO dos
limites e de normas impostas por leis físicas de um mundo material onde estamos
inseridos.
A Bíblia, e consequentemente a Religião imanada dela, cinge-se apenas
a este universo pequeno, o planeta Terra, com algumas diretivas orientadoras
(muito distorcidas através dos tempos, apesar de haver o cuidado de se
expressarem por símbolos mais fáceis de serem preservados no tempo) para
que a humanidade se desenvolva para determinado fim. Fim esse que
desconhecemos, em pormenor, mas que sabemos, pelos avisos, profecias e pela palavra
de Deus dos livros sagrados, que corremos o risco de não alcançarmos porque os
vícios e tentações da carne, do corpo material, nos impulsionam para outros
caminhos.
Resumindo e concluindo. O que quero dizer é que independentemente do
desejo de saber o que se passa no Universo, nos Universos, no Paraíso, devemos
ter os pés na Terra e preocuparmo-nos também com a missão que nos foi confiada
no nosso Mundo material, palpável e real.
Estamos cá, na Terra, por alguma razão, muito superior à nossa
compreensão, e não devemos limitarmo-nos a sobreviver, como um suíno numa
pocilga, mas sim tentarmos apreender, estudar e experienciar os ensinamentos
dos nossos antepassados e respeitarmos a componente espiritual, já que a
componente material não consegue explicar tudo. A sabedoria acumulada em
milénios, e transmitida pelos livros sagrados, são de importância máxima para
os que querem aprender e saber.
Devemos aceitar tudo de bom e tentar corrigir tudo de mau. Se, logo à
partida rejeitarmos a experiência dos antigos, somos como os novos
profissionais e técnicos (com os canudos respetivos e nada mais do que isso)
que iniciam funções na sociedade e não querem escutar a sabedoria dos mais
velhos. Não aceitam conselhos dos mais experientes e fartam-se de fazer
asneiras.
Com esta experiência na Terra o nosso Eu, a nossa Alma espiritualiza-se
cada vez mais e ganha experiência para prosseguir a sua aprendizagem pelas dimensões
(Céus) superiores SE, há sempre um se,
conseguir sobreviver após o julgamento final e ter direito à imortalidade.
R.
Sem comentários:
Enviar um comentário