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sábado, 5 de outubro de 2019


COMPREENDENDO AS SEIS COSMOVISÕES DOMINANTES NO MUNDO

Autor: Dr. David Noebel

Forcing Change, Volume 4, Edição 2.

(Tradução minha para português de Portugal, sem adopção às regras do acordo ortográfico de 1990, e sem alterar o sentido do texto original. R)

Nota: Este artigo foi extraído do capítulo introdutório do livro Understanding the Times (Compreendendo os Tempos), do Dr. David A. Noebel, (Summit Press, Manitou Springs CO, 2006). Esse livro fornece uma comparação detalhada das seis cosmovisões discutidas neste artigo e pode ser adquirido no site do autor em http://www.summit.org. Porções do texto original foram editadas e reescritas por Chuck Edwards para compor este artigo.

 

No início dos anos noventa, o Dr. James Dobson e Gary Bauer procuraram identificar aquilo que viam acontecer com os jovens cristãos. A conclusão deles foi que:

"... nada menos do que uma grande guerra civil de valores ocorre hoje na América do Norte. Dois lados com cosmovisões tremendamente diferentes e incompatíveis estão travados num conflito amargo que permeia cada nível da sociedade." [1].

A guerra, conforme Dobson e Bauer a descreveram, é uma luta "pelos corações e mentes das pessoas; é uma guerra de ideias." [2].

De um lado está a cosmovisão Cristã, a base da civilização ocidental. Do outro lado estão cinco cosmovisões: o Islamismo, o Humanismo Secular, o Marxismo, o Humanismo Cósmico e o Pós-Modernismo. Embora essas cinco cosmovisões não concordem em cada detalhe, elas concordam unanimemente num ponto: a sua oposição ao Cristianismo bíblico.

Como em qualquer guerra, existem baixas e as ideias anticristãs fazem as suas vítimas. Pesquisas recentes indicam que até 59% dos universitários que se declaram cristãos "nascidos de novo" mudam de categoria por volta do último ano dos seus cursos. De acordo com uma pesquisa realizada pelo instituto de pesquisas de George Barna, nove de cada dez adultos que se declaram "cristãos" não têm uma cosmovisão bíblica. Para efetivamente se envolverem nessa batalha ideológica, os cristãos precisam de ter uma compreensão dos tempos e "saber aquilo que precisam de fazer" (1 Crónicas 12:32 - dos filhos de Issacar, destros na ciência dos tempos, para saberem o que Israel devia fazer, duzentos de seus chefes e todos os seus irmãos, que seguiam a sua palavra; -- Versão Almeida Revista e Corrigida).

 

O Que É uma Cosmovisão?


Todos baseiam as suas decisões e acções numa cosmovisão. Podemos não ser capazes de articular a nossa cosmovisão e ela também pode ser inconsistente, porém todos nós temos uma cosmovisão. Portanto, a pergunta é: o que é uma cosmovisão?

Uma cosmovisão é uma "estrutura interpretativa", [4] uma espécie de par de lentes por meio das quais vemos todas as coisas. A cosmovisão refere-se a qualquer conjunto de ideias, crenças ou valores que forneçam uma estrutura ou mapa para ajudá-lo a compreender Deus, o mundo, e o seu relacionamento com Deus e com o mundo. Especificamente, uma cosmovisão contém uma determinada perspectiva relacionada com pelo menos cada uma das seguintes dez disciplinas: Teologia, Filosofia, Ética, Biologia, Psicologia, Sociologia, Direito, Política, Economia e História. [4].

Este artigo resume as seis cosmovisões que atualmente exercem mais influência no mundo. Existem outras cosmovisões, mas elas são menos importantes em termos de influência. Por exemplo, o Confucionismo, o Budismo, o Taoísmo, o Hinduísmo e o Xintoísmo podem influenciar profundamente alguns países orientais, mas dificilmente afetam todo o mundo. As principais ideias e sistemas de crenças que controlam o mundo e, especialmente o Ocidente, estão contidos nas seguintes seis cosmovisões:


A Cosmovisão Cristã


Muitas pessoas, incluindo muitos cristãos, não percebem que a Bíblia trata todas as dez disciplinas de uma cosmovisão. O Cristianismo é a incorporação da afirmação de Jesus Cristo de que Ele é "o caminho, a verdade e a vida" (João 14:6). Quando dizemos: "Este é o caminho cristão", queremos dizer que este é o modo como Cristo nos faria tratar a vida e o mundo. Não é uma questão de pouca importância pensar e agir como Cristo nos instruiu.
 
 

Os EUA são descritos como um país cristão. Entretanto, os EUA — juntamente com toda a civilização do mundo ocidental — afastaram-se de sua herança intelectual, cultural e religiosa. Cerca de trinta anos atrás, o filósofo cristão Francis Schaeffer observou a tendência do país em direção ao secularismo como uma falha dos cristãos "em verem que tudo isto (a ruptura cultural e social) ocorreu devido a uma mudança na cosmovisão, isto é, por meio de uma transformação fundamental no modo geral como as pessoas pensam e veem o mundo e a vida como um todo." [6].

O estudo das cosmovisões em geral e da cosmovisão cristã, em particular, é um chamamento ao despertar para todos. Uma nação que procura promover os direitos humanos (incluindo o direito de nascer), a liberdade e o bem comum precisa de aderir à única cosmovisão que pode explicar a nossa existência e dignidade. Afirmamos que a dignidade humana advém do facto de termos sido criados à imagem de Deus, uma perspectiva singularmente bíblica. O abandono dessa perspectiva traz sérias consequências; basta observar o crescimento no número de abortos, nas práticas homossexuais, na eutanásia, no casamento entre pessoas do mesmo sexo, a pesquisa com células-tronco embrionárias e a tendência em direção à clonagem humana.


A Cosmovisão Islâmica


O número de muçulmanos é estimado em 1,3 mil milhões de seguidores. [7]. Nos anos recentes, a cosmovisão islâmica cresceu exponencialmente em número, poder e influência e, portanto, merece ser incluída no nosso estudo. Um artigo publicado teve o seguinte título: "O Futuro Pertence ao Islão" [8], o que fornece um incentivo adicional para que compreendamos as suas crenças e objetivos.

Escrevendo em The Sword of the Prophet (A Espada do Profeta), o comentarista e consultor em política internacional Serge Trifkovic explicou que "o Islão não é uma 'mera' religião; é todo um modo de vida e um sistema social, político e jurídico que envolve tudo e que gera uma cosmovisão peculiar para si mesmo". [9].

O Cristianismo e o Islão têm alguns ensinamentos em comum, incluindo a crença em um Deus pessoal, a criação do universo material, anjos, imortalidade da alma, céu, inferno e julgamento dos pecados. Da mesma forma, os muçulmanos aceitam Jesus como um profeta (um entre muitos), o Seu nascimento virginal, a Sua ascensão física, a Sua segunda vinda, os Seus milagres e o Seu papel como Messias. [10].

As grandes diferenças entre o Cristianismo e o Islão são: a rejeição do Islão do Deus bíblico triúno e da morte substituta de Jesus pelos pecados do mundo. Os muçulmanos também rejeitam a ressurreição física de Jesus dos mortos e a Sua reivindicação de ser o Filho de Deus.

Outra grande diferença entre o fundador do Cristianismo e o fundador do Islão é que a Bíblia descreve Jesus como alguém que teve uma vida imaculada, enquanto que as tradições do Islão retratam Maomé com muitas falhas e imperfeições.

"A prática e constante encorajamento de Maomé para o derramamento de sangue", escreve Trifkovic, "são singulares na história das religiões. Assassinatos, pilhagens, estupros e mais assassinatos estão no Alcorão e nas tradições." [11].

Além disso, a vida de Maomé "parece ter impressionado os seus seguidores com uma crença profunda no valor do derramamento de sangue como um modo de abrir as portas do Paraíso". [12]. Assim, desde o ano 622 até ao presente, a história do Islão tem sido de violência, submissão e guerra contra os infiéis (qualquer um que não seja muçulmano).

Para muitos muçulmanos, um dos legados mais importantes é ver o mundo como um conflito entre a Terra da Paz (Dar al-Islam) e a Terra da Guerra (Dar al-Harb). Por outro lado, existem muitos muçulmanos, particularmente aqueles que vivem em países ocidentais democráticos, que não creem nas passagens violentas do Alcorão sobre matar os infiéis e que a história violenta do Islão deva ser aplicada literalmente hoje. [13]. Todavia, em ambos os casos, o Islão é uma cosmovisão contra a qual os cristãos precisam de lutar.


A Cosmovisão Humanista Secular


O Humanismo Secular (também chamado de Humanismo Laico, ou Humanismo Secularizado) refere-se principalmente às ideias e crenças delineadas nos Manifestos Humanistas de 1933, 1973 e 2000. O Humanismo Secular é a cosmovisão dominante na maioria de faculdades e universidades em todos os países ocidentais. Ele também fez avanços em muitas escolas e universidades cristãs, especialmente nas áreas de Biologia, Sociologia, Direito, Ciência Política e História.
 
Os humanistas seculares reconhecem a sala de aula como uma poderosa incubadora para doutrinar os alunos na sua cosmovisão. Operando sob a palavra da moda "liberalismo", uma agenda Humanista Secular controla o currículo nas escolas do sistema público de ensino dos EUA graças à Associação Nacional da Educação, à Academia Nacional de Ciências e diversas fundações, incluindo a Fundação Ford.

Os cristãos que pensam numa educação de nível superior precisam de estar bem instruídos a respeito da cosmovisão Humanista Secular, ou correm o risco de perderem a sua própria perspectiva cristã quase que automaticamente. No seu livro Walking Away From the Faith, a autora e professora de seminário Ruth Tucker deixa claro que os estudantes cristãos estão-se a afastar da fé por causa do ensino Humanista Secular.

As ideias do Humanismo ganharam influência proeminente em toda a sociedade moderna. B. F. Skinner, Abraham Maslow, Carl Rogers, and Erich Fromm, todos os quais receberam o título "Humanista do Ano" afetaram poderosamente a disciplina de Psicologia. Cientistas como o falecido astrónomo Carl Sagan, outro "Humanista do Ano", pregaram o seu humanismo com grande publicidade na televisão e em livros adotados no currículo escolar. Mais recentemente, o combativo ateísta e biólogo da Universidade de Oxford Richard Dawkins recebeu muita atenção com os seus livros sobre a evolução e, é claro, com o seu livro de grande sucesso de vendas Deus, um Delírio, publicado em 2006. Claramente, os humanistas estão dispostos a apoiarem a sua cosmovisão — frequentemente com mais fervor e dedicação do que os cristãos fazem pela sua fé. Por estas e por outras razões, precisamos de prestar muita atenção à cosmovisão do Humanismo Secular.


A Cosmovisão Marxista


O Marxismo é uma cosmovisão militantemente ateísta e materialista. Ele desenvolveu uma perspectiva com relação a cada uma das dez disciplinas, normalmente em grande detalhe. Baseado nos escritos de Karl Marx (fim dos anos 1800s), o Marxismo assumiu novas aparências nos anos recentes, incluindo a degradação da cultura como uma forma de atividade revolucionária. [14]. O mais recente Manifesto Comunista, intitulado Empire (Império) foi publicado no ano 2000 pela editora da Universidade de Harvard. A presença de Marx continua a ser sentida em todo o mundo.
 

O Marxismo predomina em muitos campi universitários. Recrutados nos anos 1950s e 1960s como alunos de faculdade, muitos "radicais" marxistas receberam diplomas de pós-graduação e hoje integram o corpo docente de muitas universidades.

"Com algumas poucas e notáveis excepções", diz o ex-professor da Universidade Yale Roger Kimball, "as nossas universidades e as faculdades de artes liberais instalaram todo o menu radical no centro dos seus currículos de Ciências Humanas tanto ao nível de graduação como de pós-graduação." [15]. O U.S. News and World Report publicou uma extensa matéria em 2003 intitulada "Where Marxism Lives Today" (Onde o Marxismo Vive Hoje), que diz o seguinte: "O Marxismo está tão entrincheirado em cursos que vão de Literatura a Antropologia... que hoje os estudantes estão virtualmente imersos nas ideias de Marx." [16].

O "menu radical" mencionado por Kimball inclui uma grande porção de determinismo económico. De acordo com Karl Marx, o problema fundamental com o capitalismo é que ele gera a exploração. Portanto, o capitalismo precisa de ser substituído por um sistema económico mais humano, um sistema que elimine o livre mercado (a propriedade privada e a troca livre e pacífica de bens e serviços) e o substitua por uma economia controlada pelo governo. As ideias económicas de Marx e a definição de políticas públicas caminham de mãos dadas. O comunismo no estilo de Marx controla um grande número de países em todo o mundo e, disfarçada com o nome de "Social-democracia", uma filosofia política de inspiração marxista engolfou os países da Europa Ocidental. Além disso, nos anos recentes, muitos países sul-americanos voltaram-se para o marxismo e muitos acreditam que a atual administração do presidente Obama e o atual Congresso dos EUA estão a levar rapidamente o país para o mesmo caminho socialista. [17].

Ademais, alguns grupos cristãos tentaram combinar a sua forma de cristianismo com as ideias de Marx sobre a igualdade social. Devido à prevalência e à natureza subversiva do Marxismo, os cristãos precisam de se acautelar dos objetivos dos professores, políticos e teólogos de pensamento marxista.


A Cosmovisão Humanista Cósmica


A cosmovisão Humanista Cósmica consiste em dois movimentos espirituais inter-relacionados. Um é conhecido como Movimento de Nova Era e o outro é o neopaganismo, que inclui práticas ocultistas, xamanismo indígena e Wicca.

O Movimento da Nova Era mistura antigas religiões orientais (especialmente o Hinduísmo e o Zen-Budismo) com um toque de outras tradições religiosas, adiciona uma dose de jargão científico e traz o bolo recém-saído do forno para a sociedade consumir. "A Nova Era", explica a pesquisadora cristã Johanna Michaelsen, "é a religião eclética máxima do eu: tudo o que você decidir que é certo para você é correto, desde que você não fique com a mentalidade estreita e exclusivista sobre aquilo." [18].



Entretanto, a suposição que a verdade reside dentro de cada indivíduo torna-se a pedra fundamental para a cosmovisão. Dar a alguém o poder de discernir toda a verdade é uma faceta da teologia e essa teologia tem ramificações que muitos membros do movimento da Nova Era também descobriram. Marilyn Ferguson, autora de A Conspiração Aquariana (um livro considerado como "o clássico divisor de águas da Nova Era”), diz que o movimento introduz "uma nova mente — o aparecimento de uma cosmovisão surpreendente" [19].

Essa cosmovisão foi resumida da seguinte forma por Jonathan Adolph: "No seu sentido mais amplo, o pensamento da Nova Era pode ser caracterizado como uma forma de utopismo, o desejo de criar uma sociedade melhor, uma 'Nova Era' em que a humanidade viva em harmonia consigo mesma, com a natureza e com o cosmos." [20].

Embora os aderentes da Nova Era não façam sérias distinções entre as religiões, considerando que todas são no fim a mesma coisa, John P. Newport explica que: "... geralmente, os neopagãos acreditam que estão a praticar uma antiga religião popular, seja como uma forma sobrevivente ou restaurada. Assim, estando focados nas religiões pagãs do passado, eles não estão particularmente interessados numa Nova Era do futuro." [21].

Por meio de livros de grande sucesso de vendas, de programas na televisão e de filmes no cinema [22], a cosmovisão Humanista Cósmica está a ganhar convertidos no Ocidente e em todo o mundo. Malachi Martin lista dezenas de organizações que são da Nova Era ou simpatizantes da visão Humanista Cósmica. Claramente, o Humanismo Cósmico, um transplante do Oriente, é uma presença crescente em todo o hemisfério ocidental.


A Cosmovisão Pós-Moderna
 

Forçados a encararem a desumanidade, a destruição e todos os horrores produzidos pelo Terceiro Reich e pelos Gulags soviéticos durante a primeira metade do século 20, grupos substanciais de humanistas iluministas e neomarxistas abandonaram as suas cosmovisões para criarem uma cosmovisão que eles acreditavam que seria mais apropriada para a realidade, resultando na viragem para o Pós-Moderno. Por volta de 1980, professores pós-modernos entravam significativamente nos Departamentos de Ciências Humanas e Ciências Sociais das universidades de todo o mundo.



O filósofo cristão J. P. Moreland observa que o Pós-Modernismo refere-se a uma abordagem filosófica principalmente na área da Epistemologia, ou aquilo que conta como conhecimento ou verdade. Falando em termos bem amplos, Moreland diz: "O Pós-Modernismo representa uma forma de relativismo cultural sobre coisas como a verdade, a realidade, a razão, os valores, o significado linguístico, o 'eu' e outras noções." [23].

Embora existam diversas formas de Pós-Modernismo, três valores são unificadores: (1) um comprometimento com o relativismo; (2) uma oposição às meta-narrativas, ou explicações totalizadoras da realidade que são verdadeiras para todas as pessoas em todas as culturas; (3) a ideia de realidades culturalmente criadas. Cada um desses comprometimentos tem o propósito de negar que exista uma cosmovisão ou um sistema de crenças que possa ser considerado como Verdade absoluta.

O instrumento metodológico mais eficaz do Pós-Modernismo, que é usado extensivamente nos Departamentos de Letras modernos, é conhecido como Desconstrução, que significa (1) que as palavras não representam a realidade e (2) que os conceitos expressos em sentenças em qualquer idioma são arbitrários.

Alguns pós-modernistas chegam ao ponto de desconstruírem a própria humanidade. Assim, juntamente com a morte de Deus, da verdade e da razão, a humanidade também é obliterada. Paul Kugler observa a inversão irónica: "Hoje, é o sujeito que declarou que Deus estava morto cem anos atrás que agora tem a sua própria existência colocada em questão." [24].

Para complicar as coisas ainda mais, precisamos de reconhecer que existe também uma variedade chamada de "Pós-Modernismo Cristão" [25]. Tal é a essência do Pós-Modernismo dominante — uma cosmovisão que afirma que não existem cosmovisões. Essa cosmovisão "anti cosmovisão" certamente requer a atenção dos cristãos atentos.


Conclusão


Não podemos negligenciar estas cinco cosmovisões anticristãs. A base para muito daquilo que é ensinado nas salas de aula nas escolas públicas hoje vem do pensamento secularizado, marxista, humanista cósmico e pós-moderno e recebe diversos rótulos: Progressismo, Multiculturalismo, Politicamente Correto, Desconstrucionismo, e Educação para a Auto-Estima. Ou, como é frequentemente o caso, os rótulos são deixados de lado e os cursos são ministrados a partir de suposições anticristãs sem que os estudantes sejam informados qual a cosmovisão que está a ser expressa. A neutralidade na educação é um mito.

O primeiro capítulo do livro de Daniel explica como ele e os seus companheiros se prepararam para sobreviverem e florescerem no meio de um choque entre civilizações no seu tempo. Acreditamos que os jovens cristãos equipados com um conhecimento abrangente e uma compreensão da cosmovisão cristã e das suas rivais possam tornar-se "Daniéis" que não ficarão nas laterais, mas que entrarão em campo para participarem na grande colisão de cosmovisões no século 21.

A sociedade florescerá somente à luz da verdade e quando a ênfase retornar para uma perspectiva cristã. Essa mudança drástica em ênfase pode ser produzida por meio da liderança de milhares de estudantes cristãos bem-informados e confiantes que pensem de modo amplo e profundo a partir de uma bem-afiada cosmovisão bíblica e se levantem como líderes na educação, nos negócios, na ciência e no governo.

O nosso desejo de produzir essa mudança em ênfase é a razão fundamental por que o nosso ministério cristão produz currículos e recursos para as escolas cristãs e para as famílias que oferecem educação no próprio lar para as suas crianças (primária, básica e de segundo grau), apresenta treino em cosmovisão para professores de todo o país e do mundo e organiza conferências para os estudantes e para os adultos. Maiores informações podem ser obtidas na nossa página na Internet em http://www.summit.org.

Notas Finais

1. James C. Dobson e Gary L. Bauer, Children at Risk: The Battle For the Hearts and Minds of Our Kids (Dallas, TX: Word, 1990), pág. 19.

2. Ibidem, pág. 19-20.

3. Extraído de "College Student Survey". Cooperative Institutional Research Program, UCLA. Artigo on-line em http://www.gseis.ucla.edu/heri/css_po.html. [Nota: O vínculo não está mais ativo].

4. Norman L. Geisler e William D. Watkins, Worlds Apart (Grand Rapids, MI: Baker Book House, 1989), pág. 11.

5. Outras áreas poderiam ser incluídas em uma definição de cosmovisão, como as artes, porém estas dez disciplinas contêm as áreas principais, atuando como uma teia de ideias em interação, que contribuem para uma visão total do mundo e da vida.

6. Francis A. Schaeffer, A Christian Manifesto (Westchester, IL: Crossway Books, 1981), pág. 17.


8. "The Future Belongs to Islam", de Mark Steyn, 20 de outubro de 2006, acessado em 4/5/2009, http://www.macleans.ca/culture/books/article.jsp?content=20061023_134898_134898.

9. Serge Trifkovic, The Sword of the Prophet (Boston, MA, Regina Orthodox, 2002), pág. 55.

10. Ibidem, pág. 369.

11. Op cit., pág. 51.

12. Ibn Warraq1 (Ed.), The Quest for the Historical Muhammad, New York, 2000, pág. 349, citado em Trafkovic, pág. 51.

13. Veja "The American Islamic Forum for Democracy", em http://www.aifdemocracy.org.

14. Paul Edward Gottfried, The Strange Death of Marxism: The European Left in the New Millennium (Columbia, MO, University of Missouri Press, 2005); David Horowitz, Unholy Alliance: Radical Islam and the American Left (Washington, DC: Regnery Publishing, 2004); Michael Hardt e Antonio Negri, Empire (Cambridge, MA, Harvard University Press, 2000); Rolf Wiggershaus, The Frankfurt School: Its His­tory, Theories, and Political Significance (Cambridge, NY, MIT, 1998); Raymond Aron, The Opium of the Intellectuals (terceira impressão, New Brunswick, NJ, Transaction, 2003).

15. Roger Kimball, Tenured Radicals (New York, NY, Harper and Row, 1990), pág. xiii.

16. U.S. News and World Report, Special Collection Edition, 2 de setembro de 2003, pág. 86.

17. Veja o artigo on-line "The Socialization of America", de David Noebel, acessado em 4/5/2009, http://www.summit.org/blogs/pd/2009/03/the_socialization_of_america.php

18. Johanna Michaelsen, Like Lambs to the Slaughter (Eugene, OR, Harvest House, 1989), pág. 11.

19. Marilyn Ferguson, The Aquarian Conspiracy (Los Angeles, CA: J. P. Tarcher, 1980), pág. 23.

20. Adolph, pág. 11.

21. John P. Newport, The New Age Movement and the Biblical Worldview: Conflict and Dialogue (Grand Rapids, MI, Eerdmans Publishing Co, 1998) pág. 214.

22. Livros de autores sucessos de vendas incluem A Profecia Celestina e Conversas com Deus, enquanto que os temas Humanistas Cósmicos são explícitos em programas de televisão como Buffy, a Caça-Vampiros, Slayer e Lost, bem como em filmes como Pocahontas, Mulan, e Guerra nas Estrelas (direcionados para as crianças) e Sexto Sentido, Gladiador, Dança com Lobos, e Hidalgo (para o público adulto), apenas para citar alguns em cada categoria.

23. Veja o artigo "Postmodern­ism and the Christian Life" no website de J. P. Moreland. Veja também de J. P. Moreland e William Lane Craig, "Filosofia e Cosmovisão Cristã", Edições Vida Nova, http://www.vidanova.com.br/produtos.asp?codigo=192.

24. Walter Truett Anderson, The Future of the Self: Exploring the Post-Identity Society (New York, NY, Tarcher/Putnam, 1997), pág. 32.

25. Veja D. A. Carson, The Gagging of God: Christianity Confronts Pluralism (Grand Rapids, MI, Zondervan, 1996); Myron B. Penner, ed., Christianity and the Postmodern Turn (Grand Rapids, MI, Brazos Press, 2005); e D. A. Carson, Becoming Conversant with the Emerging Church (Grand Rapids, MI, Zondervan, 2005).



Autor: Dr. David Noebel, artigo original em http://www.forcingchange.org
Data da publicação: 22/3/2011
Transferido para a área pública em 22/7/2012

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