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sexta-feira, 18 de outubro de 2019


A ÁRVORE DA VIDA

 

Gosto muito de Filosofia e admiro a obra Rosa-Cruz dedicada ao estudo do Cristianismo pela componente científica, ou seja, o Cristianismo Científico, designação essa que desagrada à grande parte dos “religiosos” que ainda não compreenderam o que é “Religião” e não conseguem visionar a religião a funcionar em estreita colaboração com a ciência que consideram como um flagelo para a espiritualidade do ser humano. Não entendem que há “cientistas”, médicos, engenheiros e demais profissionais que lidam com os fenómenos do mundo material e ainda acreditam no mundo do Espírito. Hoje, por exemplo, as faculdades de medicina já têm uma cadeira sobre espiritualidade.

O objectivo do Homem, segundo o plano de Deus, é dominar a matéria, para poder ir evoluindo pelas diversas dimensões espaciais (ou Céus). O Homem começou a sua caminhada ascensional num mundo de matéria mais densa para aprender a dominá-la por completo, pelo que, conforme a sua aprendizagem, vai criando os métodos para o conseguir, para organizar, coordenar, classificar, criar e manipular, reunindo todo esse conhecimento no campo a que chamou “Ciência”. Todas essas etapas do conhecimento não se podem detalhar nem explicar em poucas palavras. São milhares de anos de evolução, o que logo à partida os “religiosos” não aceitam porque não admitem que o criacionismo pode existir “dentro” do evolucionismo. A própria Bíblia, omite muitas verdades, porque a génese foi descrita a partir da tradição e transmissão oral e tem “saltos” difíceis de explicar. Quer dizer: fala genericamente da criação do Homem sem entrar em muitos pormenores, porque de facto não há informação. Depois surgem as interrogações como, por exemplo, quem criou os Homens da terra de Nod, a Leste do Éden, para onde Caim se foi refugiar. Depois uniu-se à sua mulher (daquela tribo?) que concebeu e deu à luz o seu filho Henoc. Segundo o Genesis 4:17, Caim construiu uma cidade (uma cidade é para ser habitada. Quem seriam?). Em suma, havia o jardim do Éden, murado e protegido e havia as outras terras limítrofes que estavam habitadas. Podemos aceitar que houve a evolução de um ser, um hominídeo que, na altura propícia Deus aproveitou para “modelar” o Homem, em ambiente fechado, mais evoluído e escolhido para espalhar a sua semente pelo mundo e elevar a raça humana.

Quando Deus (com os Seus Administradores celestes) chegou à conclusão de que uma raça de humanóides já reunia condições para ser ajudada a evoluir espiritualmente tratou de criar um ambiente reservado para a desenvolver (talvez com cruzamentos genéticos no apuramento de uma raça e na instrução teórica e prática para a construção de uma sociedade civilizada) num local abrigado e a salvo dos ataques das outras hordas de humanóides cujo entretimento era a guerra, a caça e a violência. Deu a esse local o nome de Éden, o jardim do paraíso. Geograficamente, entre os rios Tigre e Eufrates, de defesa fácil, o local ideal, porque já se tinha tentado noutros dois locais e foram destruídos. Ou seja, o plano de Deus (que deve ser o mesmo em todos os planetas onde se desenvolvem seres vivos com capacidade para desenvolver a inteligência) era preparar essa raça tribal, o "povo escolhido", para mais tarde ser o agente disseminador da civilização e auxiliar o resto da humanidade a elevar-se espiritualmente. Só que essa tribo, esse povo, rejeitou todos os mandamentos e o plano fracassou. Cientistas que trabalhavam no projeto Human Genome (Projeto Genoma) ficaram perplexos diante de uma descoberta: acreditam que 97% das chamadas "sequências não-codificadas" do DNA humano correspondem a uma porção de herança genética proveniente de formas de vida extraterrestre. As sequências foram analisadas por programadores de computadores, matemáticos e outros estudiosos. O Professor Chang concluiu que o "DNA-lixo" foi criado por algum tipo de "programador alienígena". Alguém manipulou e "aperfeiçoou" a vida e a raça humana, fazendo de um hominídeo primitivo, como o homo erectus, o homo sapiens que originou, já pela evolução, o actual homo sapiens sapiens. Um dos argumentos em que se apoia essa ideia é a improbabilidade do surgimento do homo sapiens de maneira súbita, um processo que fere os princípios do Darwinismo ortodoxo. O homem contemporâneo lembra, em tudo, um ser híbrido, uma combinação genética de material extraterrestre com a herança do homo erectus. (Scientists find Extraterrestrial genes in Human DNA por John Stokes). Para corroborar tudo isto notícias recentes vieram a lume, ou seja, sabe-se agora que a teoria de Darwin sobre a evolução do Homem não está correta. Na revista NATURE International Weekly Journal of Science de 4.12.2013. vem o seguinte: " DNA DE HOMINÍDEO DESCONCERTA ESPECIALISTAS - análise da mais antiga sequência de um ancestral humano sugere um elo com uma misteriosa população".

Será inútil, portanto, procurar por um certo Elo Perdido que jamais será encontrado! Desde muito tempo alguns sabiam a resposta a este enigma crucial, porém devido às restrições científicas, religiosas e políticas impostas nas suas épocas jamais a puderam revelar publicamente. A solução foi buscar por metáforas, para revelar essa verdade - uma verdade sempre (e ainda hoje) extremamente perigosa de pronunciar - Stanley Kubrick e o Cientista e Astrofísico Carl Sagan, nos anos 60, revelaram-na subtilmente no filme 2001 Uma Odisseia no Espaço, mediante a alegoria do MONOLITO, significando que dentre os hominídeos terrestres, APENAS UM TIPO DELES, o mais propício, foi o escolhido para ser geneticamente modificado.... À IMAGEM E SEMELHANÇA – para assim forjar e dar origem ao HOMO SAPIENS que herdaria a terra!


Será que na 1ª Epístola aos Coríntios, no capítulo 15, versículos 46 a 49, Paulo nos revela isto só que de uma forma mais compreensível para o tempo em que desconheciam a manipulação genética e levaram os factos para o campo eminentemente espiritual? "o primeiro a ser feito não foi o corpo espiritual, mas o animal, e depois o espiritual. O primeiro homem foi tirado da terra (homem produto da evolução material, o Homo Erectus) e é terrestre; o segundo homem vem do Céu (fusão do ADN da raça evoluída vinda do céu com o ADN do Homo Erectus gerando o Homo Sapiens). O homem feito da terra foi o modelo dos homens terrestres; o homem do Céu é o modelo dos homens celestes. E assim como trouxemos a imagem do homem terrestre, assim também traremos a imagem do homem celeste".

Paulo não refere o espírito vital, o "sopro de Deus", mas refere-se concretamente ao "modelo" dos homens celestes. Fala na existência de "outros" homens vindos do Céu (espaço sideral, sendo o Homo Sapiens uma cópia deles). E na Bíblia não vem em parte nenhuma que o Homem modelado fora baptizado com o nome de Adão. O nome de Adão apareceu subitamente, na tradução católica (Por suposição dos “redactores” da época influenciados pela lista dos ascendentes hebreus, elaborada por Moisés, que vai só até Adão, pressupondo ser este o primeiro homem). Quando da “falta” de Adão e Eva, havia no Éden mais Homens, que tratavam da manutenção do complexo e não eram “descendentes” de Adão. Além disso havia mais homens, ou hominídeos, fora do complexo, organizados em grupos tribais que até tinham acesso ao jardim para aprender e serem doutrinados, pois a missão da raça escolhida era precisamente elevar o resto da humanidade. A expulsão do Éden, simbolizada em Adão e Eva, abrangia toda a raça escolhida que fora modelada para elevar a humanidade, que “apanhou” as culpas dos seus líderes no jardim.

A raça modelada, expulsa do Éden, misturou-se com os anjos caídos e com as outras raças elevando-as pela mistura de sangues, mas dando lugar à corrupção geral do género humano. Só muito depois é que os Judeus misturaram a sua história da fundação de uma Nação com a história religiosa conhecida, assumindo o estatuto de “povo escolhido”, pela sua relação privilegiada com uma facção dos seres celestes liderados por Javé (e não com Deus directamente) que velavam pela evolução daquele povo que tinha os genes ainda em estado quase puro, incutindo neles a necessidade de se afastaram por completo das outras raças. Mas a semente já estava lançada e a humanidade prosseguiu a sua evolução física e desenvolvimento intelectual e espiritual. O Deus dos Judeus era um deus guerreiro, impiedoso, ciumento e castigador, um deus da raça, em oposição ao verdadeiro Deus amoroso, terno e justo de Jesus.

Depois de alcançar o primeiro objectivo, o de ter Poder sobre a matéria, e de saber que não reside aí todo o seu fim, a Filosofia Rosa-Cruz defende que o conhecimento há-de tornar-nos verdadeiramente “religiosos”, naquela acepção legítima de religar-nos (re-ligare) à essência espiritual que temos dentro de nós. O conhecimento desenvolverá, assim, o sentimento de altruísmo e do dever para estabelecimento da Fraternidade Ideal.

Por isso tenho acompanhado as obras do Cristão místico Max Heindel, cujos ensinamentos são divulgados pela Fraternidade Rosa-Cruz de Portugal. Um dos factores que me seduziu e me fez confiar nesta Fraternidade foi o de não aceitarem, no seu seio, pessoas que fazem profissão e que vivem na exploração da ingenuidade e fraquezas espirituais dos seres humanos, como hipnotizadores, quiromantes, médiuns ou astrólogos.

Para compreender os ensinamentos que vêm a seguir, é preciso um estudo básico, muito completo, pormenorizado, sobre a evolução da Vida na matéria e para isso seria preciso fazer o “seminário” de estudos, como fazem os Católicos e Protestantes nos seus próprios Seminários. O “Seminário” Rosa-Cruz, podemos chamar assim, tem como leitura básica “O Conceito Rosa-Cruz do Cosmos” ou “Cosmogonia dos Rosa-Cruzes”. A maioria das pessoas, atentas aos fenómenos espirituais, têm conhecimento das centenas de obras publicadas sobre espiritualidade (Se bem que grande parte, infelizmente, estarem erradas e serem idólatras) já estão mais ou menos familiarizadas com esta matéria esotérica e podem “aceitar” estes ensinamentos só pela “crença” e não pelo raciocínio lógico. É uma questão de fé, porque lidamos com afirmações muito difíceis (e até impossíveis) de demonstrar a leigos, sem a formação adequada para poderem perscrutar o mundo invisível. Mas muitos já se perguntaram como é que essa “evolução” material se processou no tempo. Quais os órgãos que apareceram em primeiro lugar e como foi o seu aperfeiçoamento, no tempo. O cérebro humano, por exemplo, processou-se à semelhança de uma casa à qual foram adicionadas novas alas e superestruturas no decorrer da filogénese (A Filogénese estuda a história da evolução humana, nomeadamente a constituição dos seres humanos como sujeitos cognitivos. Ou seja, o sentido filogenético está presente quando a palavra evolução nos remete para o progresso da espécie humana, ocorrido desde as longínquas origens da vida até à forma que os Homens assumem na actualidade). Esta, aparentemente, entregou ao Homem uma herança de três cérebros. O Homem (o hominídeo) foi provido de um cérebro mais antigo, semelhante aos dos répteis. O segundo foi herdado dos mamíferos inferiores e o terceiro é uma aquisição dos mamíferos superiores, o qual atinge o seu máximo desenvolvimento dando-lhe o poder da linguagem simbólica.

A divisão em dois hemisférios processou-se sendo o hemisfério esquerdo, racional, e o direito, intuitivo e emotivo.


Vejamos, então, uma carta muito interessante de Max Heindel, sobre “A Árvore da Vida”.

Os leitores de obras esotéricas confundem, por vezes, o significado bíblico e alquímico da expressão “Árvore da Vida”.

Vamos estudar este assunto. Recuemos na história da humanidade. Houve tempo em que o ser humano era bissexual. Podia fecundar e ser fecundado, gerando novos corpos sem auxílio externo. A forma física era diferente. Não tinha cérebro. Quando foi necessário adquirir este órgão, para que o espírito exercitasse a capacidade criadora por meio do pensamento, como já o fazia no mundo físico por meio do corpo físico, reteve-se-lhe metade da força sexual.

Para se reproduzir, cada ser humano teve de procurar, depois, o auxílio de quem possuísse o polo sexual oposto ao que tinha disponível. Enquanto não tinha cérebro e, consequentemente, os seus olhos “não tinham sido abertos”, não tinha consciência do mundo material. Não se podia orientar sozinho.

A reprodução era conduzida pelos anjos. Juntavam-se em certas épocas, quando as forças planetárias eram propícias ao acto reprodutor que se realizava como sacrifício religioso. Por meio deste contacto íntimo desenvolveu-se um estado primário de consciência e Adão pode “conhecer” a esposa. Com o tempo a consciência focou-se cada vez mais no mundo físico. Parte da humanidade adquiriu a percepção do corpo (do qual temos, agora, nítida consciência). Converteu-se em pioneira, na pregadora do evangelho do corpo. A outra parte continuou sem ter a noção deste veículo (como nos acontece, ainda, agora, em relação a algum órgão, quando gozamos de boa saúde). Só com o auxílio daqueles pioneiros puderam começar a dirigir a consciência para o corpo.

Os pioneiros da espécie notaram também que os corpos morriam. Aprenderam a substituí-los mediante a intervenção duma classe de espíritos que se tinham atrasado na onda da evolução a que pertenciam os anjos. Eram, por assim dizer, semi-deuses. São os espíritos lucíferos: os dadores da luz. Ajudaram o Homem a ganhar experiência e a gerar novos corpos em qualquer altura (nota: os anjos caídos, a tentação de Eva, e o pecado que a bíblia narra. R).

Os corpos assim gerados ainda não eram perfeitos (nem mesmo hoje o são). Como não tinham em conta as influências planetárias, esses corpos eram de facto inferiores aos que seria possível obter pela concepção em condições ideais. Além disso, surgiram “as dores de parto”, como tinha sido profetizado.

A ignorante espécie humana começou a exercer a função criadora sem restrições. Os anjos passaram a utilizar o período entre a morte e o renascimento para lhes ensinar a construir corpos cada vez mais eficientes.

Se, naquele tempo, os nossos antepassados tivessem aprendido a renovar o corpo vital à vontade, não teriam conhecido a morte. Seriam imortais como os deuses. Todavia, nessas condições, teriam imortalizado a própria imperfeição.

O progresso seria impossível. Até aprender a reproduzir-se à vontade o Homem era um ser eminentemente espiritual. Estava cego para o mundo físico. Porém, usando o segredo de vitalizar o corpo, frustraria a evolução. Vemos, pois, que a morte natural não é um castigo. Pelo contrário, é a nossa melhor ajuda para o desenvolvimento (da espécie. R). Liberta-nos de um fardo que já não serve para aprender mais nada. Retira-nos do ambiente de onde colhemos já todos os benefícios, para aprendermos a construir outro corpo mais perfeito e a usá-lo em melhores condições. Deste modo aproximamo-nos cada vez mais da perfeição.

A peregrinação continuará até ao momento em que estivermos preparados para dominar o poder da Vida (um dos objectivos principais ao aprender a dominar a matéria. R) quando o corpo estiver purificado. Servirá muito melhor e durante muito mais tempo. Estará, então, em condições para iniciar a busca da pedra filosofal, o elixir da vida.

Os alquimistas procuravam obter esse corpo, Santo e Puro. As sua verdadeiras experiências nada tinham que ver com aspectos físicos, como podem supor os desconhecedores. Foi a linguagem que usaram que deu origem a essa crença. Era-lhes impossível exprimirem-se de outro modo. Viviam numa época em que a Igreja dominadora e apóstata os teria levado à morte logo que descobrisse as reais intenções.

Deste ponto de vista, a transmutação dos metais vis em ouro é uma realidade, não só do ponto de vista físico como espiritual. O ouro sempre foi o símbolo do espírito e os verdadeiros alquimistas aspiravam à pureza dos corpos de natureza inferior e convertê-los noutros, de natureza superior, mais espiritualizados.

A pureza foi comparada à transparência. No Antigo Testamento fala-se no Templo de Salomão, que foi construído sem ruído de pedra nem de cinzel. O mais formoso dos ornamentos era o “mar de bronze”. Hirão Abif, o arquitecto, conseguiu, como última realização, transmutar todos os metais da Terra e torna-los transparentes, como cristal. O Novo Testamento também se refere a uma cidade maravilhosa que tinha um “mar de cristal”. O iniciado, situado no Oriente, aspira a tornar-se diamantina, pura e transparente. No Ocidente, a pedra filosofal é o símbolo da Alma purificada, extraída dos Corpos que se transmutaram e espiritualizaram. A Alma que pecar morrerá mas, em contrapartida, a Alma pura será imortalizada pelo elixir que é a Árvore da Vida. Converter-se-á num Corpo Vital que durará milénios como veículo do espírito.

Max Heindel

(Sem adopção às regras do acordo ortográfico de 1990)

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