A ESTRATÉGIA MUNDIAL DE SATANÁS
(Do site “a novaordemmundial.com, com tradução para português de
Portugal e alguns sublinhados meus sem alterar o sentido do texto).)
Por:Renald
E. Showers
Deus
entregou à humanidade o domínio sobre a terra e estabeleceu a teocracia como a forma de governo original deste
mundo (Gn 1.26-29). Numa teocracia, o governo divino é administrado por um
representante. Deus designou o primeiro homem, Adão, para ser o Seu
representante. Adão recebeu a responsabilidade de administrar o governo de Deus
sobre a parte terrena do Reino universal de Deus.
Pouco
tempo depois de ter dado esse poder ao homem, Satanás induziu Adão e Eva a
aliarem-se a ele na sua revolta contra Deus (Gn 3.1-13). Como resultado,
a humanidade afastou-se de Deus e a teocracia desapareceu da face da terra.
Além disso, com a queda de Adão, Satanás usurpou de Deus o governo do
sistema mundial. A partir de então, ele e
as suas forças malignas passaram a governar o mundo. Conforme veremos a seguir,
muitos fatores revelam essa terrível transição.
A Negação da Revelação Divina
O reinado de Satanás sobre o
mundo tem ocorrido de forma invisível, incentivando o surgimento
de cosmovisões e filosofias contrárias à verdadeira realidade.
O
diabo tinha autoridade para oferecer o domínio sobre o sistema do mundo a
quem ele quisesse, inclusive a Jesus Cristo, pois essa autoridade tinha-lhe sido entregue
por Adão (veja
Lc 4.5-6). Foi por isso que Jesus chamou Satanás de “príncipe
[literalmente, governador] do mundo” (Jo 14.30). João disse que o mundo
inteiro jaz no maligno (1 Jo 5.19) e Tiago declara que todo aquele que é
amigo do atual sistema mundano é inimigo de Deus (Tg 4.4).
Até
este ponto da nossa história, o reinado de Satanás sobre o mundo tem ocorrido
de forma invisível. Trata-se de um domínio espiritual que incentiva o
surgimento de cosmovisões e filosofias contrárias à verdadeira realidade. As
Escrituras ensinam-nos que, no futuro, Satanás irá tentar converter esse
domínio espiritual e invisível num reino político, visível e permanente –
dominando o mundo inteiro. Para alcançar o seu objetivo, Satanás precisa de
induzir a humanidade a buscar a unificação sob um governo mundial. Ele também
tem de condicionar o mundo a aceitar um governante político supremo que terá
poderes únicos e fará grandes declarações a respeito de si mesmo.
Utilizando-se
da tendência secular e humanista da Renascença e de algumas ênfases propagadas pelo
Iluminismo, o diabo conseguiu minar a fé bíblica de porções importantes do
protestantismo e também determinadas crenças do catolicismo romano e da Igreja
Ortodoxa. O resultado foi que, no final do século XIX e no início do século XX,
o mundo começou a ouvir que a humanidade nunca havia recebido a revelação
divina da verdade.
No
entanto, o único modo pelo qual a existência de Deus, Sua natureza, ideias,
modos de agir, ações e relacionamento com o Universo, com a Terra e com a
humanidade podem ser conhecidos é através da revelação divina da verdade. Por
isso, a negação dessa revelação fez com que durante o século XX muitas pessoas
concluíssem que o Deus pessoal, soberano e criador descrito na Bíblia não
existe; ou, se existe, que Ele é irrelevante para o mundo e para a humanidade.
Essa
negação da revelação divina da verdade resultou em mudanças dramáticas, que
tiveram graves consequências na sociedade e no mundo. Em primeiro lugar, ela
levou muitas pessoas ao desespero. Deus criou os seres humanos com a
necessidade de terem um relacionamento pessoal com Ele, para conhecerem o
sentido e propósito supremos desta vida. A declaração de que Deus não existe ou
é irrelevante provocou um vazio espiritual dentro das pessoas. Esse vazio levou
ao desespero e à extinção da perspetiva de alcançar o sentido e propósito
supremos desta vida.
Satanás,
então, ofereceu a bruxaria, o espiritismo, o satanismo, outras formas de
ocultismo, a astrologia, o misticismo oriental, os conceitos da Nova Era, as
drogas, algumas formas de música e outros substitutos demoníacos para preencher
esse vazio e fazer com que as pessoas sejam influenciadas por ele.
A Negação dos Absolutos Morais
A declaração de que Deus não existe ou é irrelevante provocou um
vazio espiritual dentro das pessoas.
A negação da revelação divina da verdade resultou também na negação
dos absolutos morais. O argumento mais usado é: se os padrões morais não foram
revelados por um Deus soberano que determinou que os indivíduos são responsáveis pelas
suas ações, então os absolutos morais tradicionalmente aceitos foram criados pela
humanidade. Assim sendo, uma vez que a humanidade é a fonte desses absolutos, ela tem o direito de
rejeitar, mudar ou ignorá-los.
O
resultado dessa racionalização falaciosa é que a sociedade acabou por
testemunhar uma tremenda decadência moral. Ela passou a rejeitar a ideia de que
apenas as relações heterossexuais e conjugais são moralmente corretas, passando
a desprezar e ameaçar cada vez mais os que defendem essa ideia. Movimentos
surgem em todo o mundo para redefinir legalmente o conceito de matrimónio e
para forçar a sociedade a aceitar essa nova ideia, a abolir ou reestruturar a
família e proteger a propagação da pornografia.
O
assassinato de seres humanos parcialmente formados (aborto) já foi legalizado
em muitos países. Algumas pessoas ainda insistem em dizer que não existe
questão moral nenhuma envolvida no suicídio assistido, na clonagem humana e na
destruição de embriões humanos em nome da pesquisa de células-tronco. O
assassinato e a mentira passaram a ser aceitos como norma. Esta falência moral ameaça
as próprias bases da nossa sociedade.
A Negação da Verdade Objetiva e dos Seus Padrões
A
negação da revelação divina da verdade resultou na conclusão de que não existe
uma verdade objetiva que seja válida para toda a humanidade. Cada indivíduo
seria capaz de determinar por si mesmo o que é a verdade. Assim sendo, aquilo
que é verdade para uma pessoa não é, necessariamente, verdadeiro para outra. A
verdade passou a ser algo subjetivo e relativo.
A
racionalização levou-nos à conclusão de que não há padrão objetivo pelo qual
uma pessoa seja capaz de avaliar se algo está certo ou errado. Agora ninguém
mais pode dizer legitimamente a outra pessoa que algo que ela está a fazer é
errado. Seguindo esta racionalização, nunca se deve dizer a outra pessoa que o
seu modo de vida é errado, mesmo que, vivendo dessa maneira, ela possa morrer
prematuramente.
Também
não será permitido que alguém diga a um adolescente que o sexo não deve ser
praticado antes do casamento. Afinal de contas, ninguém tem o direito de impor
os seus conceitos de certo ou errado sobre os outros.
Esta
negação da verdade objetiva e do padrão objetivo de certo e errado é propagada
através de uma “redefinição de valores” promovida por escolas, por
universidades, pela mídia, pela internet,
por várias publicações, por alguns tipos de música e pela indústria do
entretenimento como um todo. Algumas universidades, inclusive, já adotaram uma
política que abafa qualquer expressão do que é certo ou errado por parte de
seus alunos e professores. Esse tipo de atitude resulta em censura e
intolerância.
A
negação da verdade objetiva e dos padrões objetivos de certo e errado motivaram
alguns a defenderem que os pais devem ser proibidos de bater nos filhos quando
estes fizerem algo que os pais acreditam ser errado.
A Redefinição da Tolerância
Satanás ofereceu a bruxaria, o
espiritismo, o satanismo, outras formas de ocultismo, a astrologia, o
misticismo oriental, os conceitos da Nova Era, as drogas, algumas formas de
música e outros substitutos demoníacos para preencher o vazio espiritual e
fazer com que as pessoas sejam influenciadas por ele.
Isto
tudo também resultou num movimento que visa forçar a sociedade a aceitar um
novo conceito de tolerância. A visão histórica da tolerância ensinava que as
pessoas de opiniões e práticas diferentes deveriam viver juntas pacificamente.
Cada indivíduo tinha o direito de acreditar que a opinião ou prática contrária
à sua estava errada e podia expressar essa crença abertamente, mas não podia
ameaçar, aterrorizar ou agredir fisicamente aqueles que discordavam dele.
Porém,
a tolerância passou por uma redefinição. O novo conceito diz que acreditar ou
expressar abertamente que uma opinião ou prática de uma pessoa ou de um grupo é
errada equivale a um “crime de ódio” e, portanto, deve ser punido pela lei.
Grupos poderosos pressionam o Congresso americano, por exemplo, para fazer com
que este novo conceito se torne lei. Isso ocorrerá se for aprovado o que passou
a ser conhecido como “lei anti-ódio”. Uma vez que nos EUA já existem leis contra
ameaças ou prejuízos físicos causados a pessoas ou grupos de opiniões e
práticas distintas,
é
óbvio que o objetivo deste projeto é tornar ilegal a liberdade de crença e de
expressão. Se esse projeto for aprovado, os EUA passarão a ser mais um Estado
totalitário, comparado àqueles que adotaram a Inquisição e o comunismo.
[Tendências semelhantes se verificam na maior parte dos países ocidentais –
N.R.]
Já
que o mundo foi levado a acreditar que não há verdade objetiva válida para toda
a humanidade e nenhum padrão objetivo que sirva para verificar se algo está
certo ou errado, defende-se cada vez mais a ideia de que todos os deuses,
religiões e caminhos devem ser aceitos com igualdade. Por isso, todas as
tentativas de converter pessoas de uma religião para outra devem ser impedidas e
as afirmações de que existe apenas um Deus verdadeiro, uma religião verdadeira
e um único caminho para o céu são consideradas formas visíveis de preconceito.
O pluralismo religioso está a tornar-se lugar-comum hoje em dia.
Se não há nenhum padrão
objetivo para determinar o certo e o errado, então que base uma sociedade ou um
indivíduo pode usar para concluir que matar é errado? Isso incluiu os assassinatos
praticados por médicos que fazem abortos ou os massacres provocados por psicopatas
em escolas e em lugares públicos? Pois, talvez alguns desses atos violentos sejam
resultantes do facto dos seus autores terem concluído que, se não existe um
padrão objetivo para determinar o que é certo e o que é errado, para eles é correto
assassinar.
Se
essa espécie de lei anti-ódio for aprovada, ela terá consequências drásticas.
As pessoas que virem este tipo de lei ser posta em prática acreditarão que esse
é o caminho correto. Mas, durante as campanhas eleitorais e nas sessões
legislativas, os políticos poderão fazer acusações uns aos outros ou dizer que
as ações dos seus oponentes são erradas?
O Desejo de Unidade
A
negação da revelação divina da verdade gerou uma crescente convicção de que o
objetivo da humanidade deve ser a unidade. O Manifesto Humanista II diz: Não
temos evidências suficientes para acreditar na existência do sobrenatural.
Trata-se de algo insignificante ou irrelevante para a questão da sobrevivência
e satisfação da raça humana. Por sermos não-teístas, partimos dos seres
humanos, não de Deus, da natureza, não de alguma deidade.[1]
O
argumento prossegue: Não somos capazes de descobrir propósito ou
providência divina para a espécie humana... Os humanos são responsáveis pelo
que somos hoje e pelo que viermos a ser. Nenhuma deidade irá salvar-nos;
devemos salvar-nos a nós mesmos.[2]
À
luz do pensamento de que a salvação da destruição total depende da própria
humanidade, o Manifesto continua: Repudiamos a divisão da humanidade por
razões nacionalistas. Alcançamos um ponto na história da humanidade onde a
melhor opção é transcender os limites da soberania nacional e andar em direção
à edificação de uma comunidade mundial na qual todos os setores da família
humana poderão participar. Por isso, aguardamos pelo desenvolvimento de um
sistema de lei e ordem mundial baseado num governo federal transnacional.
(Nova Ordem Mundial)[3]
Finalmente,
o documento declara: O compromisso com toda a humanidade é o
maior compromisso de que somos capazes. Ele transcende as fidelidades parciais
à Igreja, ao Estado, aos partidos políticos, a classes ou raças, na conquista
de uma visão mais ampla da potencialidade humana. Que desafio maior há para a
humanidade do que cada pessoa tornar-se, no ideal como também na prática, um
cidadão de uma comunidade mundial?[4]
O assassinato de seres humanos parcialmente formados (aborto) já
foi legalizado em muitos países.
A
existência de instituições internacionais, como a Corte Internacional de
Justiça e as Nações Unidas, os meios de transporte rápidos, a
comunicação instantânea e a internacionalização crescente da economia
fazem com que a formação de uma comunidade mundial unificada pareça ser
possível. O tremendo aumento da violência, incluindo a ameaça de terrorismo que
paira sobre todo o mundo, pode levar a civilização a
um governo mundial unificado em nome da sobrevivência (Precisamente o plano dos
Illuminati para a implantação da Nova Ordem Mundial).
A Deificação da Humanidade
A
negação da revelação divina da verdade criou uma tendência em deificar-se a
humanidade. Thomas J. J. Altizer, um dos teólogos protestantes do movimento
“Deus está morto” da década de 60, alegava que, uma vez que a humanidade negou
a existência de um Deus pessoal, ela deve alcançar a sua auto-transcendência
como raça, algo que ele chamava de “deificação do homem”.[5]
O
erudito católico Pierre Theilhard de Chardin ensinava que o deus que deve ser
adorado é aquele que resultará da evolução da raça humana.[6]
Com
tais mudanças iniciadas com a negação da revelação divina, Satanás está a
seduzir o mundo para que caminhe em direção à unificação da humanidade. Ela
ocorrerá quando todos estiverem sob um governo mundial único que condicionará o
planeta a aceitar o seu líder político máximo, o Anticristo, o qual terá
poderes únicos e alegará ser o próprio Deus. (Renald
E. Showers — Israel My Glory — http://www.chamada.com.br)
Notas:
1.
Humanist Manifesto II, American Humanist Association
[www.americanhumanist.org/about/manifesto2.html].
2.
Idem.
3.
Ibidem.
4. Ibidem.
5. John Charles Cooper, The Roots of
The Radical Theology, Westminster, Philadelphia, 1967,
p.
148.
6.
Idem.
Extraído de Revista Chamada da Meia-Noite agosto de 2002
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