SERÁ O
PLANETA TERRA (da Terceira Dimensão) O INFERNO DESCRITO NA BÍBLIA – Parte I
Todas
as doutrinas filosóficas, e religiões, falam num juízo final onde os seres
humanos serão recompensados ou serão castigados.
A
filosofia mais aceite, ou, como direi, mais comum nos povos ocidentais, de
influência judaico-cristã, é a de que existem um Paraíso e um Inferno, para
onde serão encaminhadas as Almas depois do julgamento final.
É
um conceito demasiado simplista.
Se
atendermos às condições proporcionadas a cada ser quando nasce na Terra, serão
todos julgados pela mesma bitola, ou seja, aquele que nasceu “num berço de
ouro”, sem lhe faltar meios para uma educação esmerada e superior, e aquele que
nasceu “na sarjeta”, em que tudo falta e sem condições para uma boa educação,
serão julgados “apenas” pelo seu comportamento na sociedade numa vida
temporal na Terra. O que é injusto.
Certamente
que aquele que nasceu sem condições para ter uma vida digna, tendo muitas vezes
de roubar para sobreviver, está em desvantagem nesse julgamento, pelos padrões
da nossa Civilização, tirando razão às religiões que defendem uma única Vida
temporal e julgamento final para a eternidade.
Só
estaria em igualdade, ou em superioridade, se o ser humano fosse regido pelas
mesmas leis da natureza que regem todos os outros seres, ou seja a Lei da
Sobrevivência, a Lei do mais forte, matar para sobreviver, roubar para não
passar fome, a selecção natural, dando razão aos agnósticos que acreditam que
só há uma Vida e depois o vazio absoluto.
Algumas
correntes filosóficas defendem que a Alma humana migra sucessivamente por
várias vidas em corpos densos (materiais) aprendendo tudo o que diz respeito à
Vida na matéria, evoluindo cada vez mais até conseguir a identificação com o
UNO, Deus, ou outro nome que identifica aquela Força Omnipotente que rege todo
o Universo, o que seria a solução mais justa porque TODOS, uns mais rápido do
que outros, trilhando vários caminhos bem ou mal escolhidos, que limitarão ou
acelerarão a
velocidade da progressão, alcançarão um dia o Paraíso e o regresso ao seio de
Deus Pai.
O
Cristianismo defende a hipótese da ressurreição, em que todos serão julgados,
mas não voltarão a reincarnar num mundo material (neste caso a Terra) mas sim
“habitar” o Novo Reino, no plano astral, onde não haverão as moléstias e
fraquezas do corpo nascido aí. A ideia morre aqui. Uma vida eterna nesse
Paraíso.
Mas…
pelo estudo de muitas Almas evoluídas, sabe-se que a harmonia só se alcança
quando todos terão as mesmas oportunidades e possam evoluir com proveito, nem
que seja em “turmas” diferentes, de acordo com o desenvolvimento espiritual
conseguido até à morte física.
No
mundo físico são criadas as Almas, os Egos de cada individuo, pela experiência
conjunta do Espírito Interno (doado por Deus no acto do nascimento)
que porta as directrizes essenciais para o “arranque” do novo Ego, e do Corpo Físico que armazena no seu
“cérebro” todo o arquivo essencial para o desenvolvimento na matéria. Na Alma
duas forças se formam: o Intelecto e a Mente, e tudo dependerá do equilíbrio
entre estas duas forças.
Quando
da morte física, o corpo regressa ao pó, onde foi modelado, a Alma vai para o
depósito das Almas e o Espírito regressa ao Espírito de Deus, mas mantendo a
sua individualidade. Quando da ressurreição, será modelado um novo Corpo,
adequado ao mundo dimensional onde irá continuar a evolução da Alma, que
receberá, para o vivificar, o Espírito que acompanhou aquela entidade na Terra.
E essa distribuição pelos novos planos dimensionais respeita o grau de evolução
de cada Alma no momento da morte física. Ficam todos em igualdade de meios e
condições para evoluírem.
Esta
energia criadora (Deus), num dos seus processos evolutivos para o conhecimento
completo sobre o domínio da matéria, larga centelhas (Átomos) de si própria que, mergulhando na matéria – que não é mais
do que espírito cristalizado – numa saga, comum nos seres irracionais a
princípio, vai acompanhando e orientando a vida na matéria até chegar à
individualização, continuando a sua experiência evolutiva como indivíduo (a Alma) nos seres racionais, até tomar
consciência da sua origem espiritual e regressar novamente ao UNO com
conhecimento acumulado.
Sem
nos preocupar-nos com o objectivo global da evolução do Universo, e tudo nele
contido, ao debruçarmo-nos sobre o que acontece no planeta Terra, o que é que
verificamos?
Verificamos
que a vida na Terra é um caos provocado pelo próprio ser humano. A evolução
está manchada de guerras, genocídios, brutalidade, torturas e de episódios
horríveis, como que para marcar, ou registar com clareza, tudo na Alma do ser
humano para entrar em processos mais avançados da evolução.
Ao
analisarmos a história das Religiões, chegamos à conclusão que elas acompanham
essa evolução.
A
principio o Homem era temente das forças da natureza. Depois começou a adorar
ídolos e esboçou uma sociedade em que predominavam as “penas de talião”, do
“olho por olho”, “dente por dente”. Leis consideradas bárbaras hoje em dia, mas
absolutamente necessárias para aquela fase da evolução. A Alma encerrada num
invólucro material muito grosseiro precisava de “sentir” o mundo à sua volta, e
o Corpo Denso ainda em construção precisava de muitos aperfeiçoamentos.
Pela
violência externa, as empalações, os sacrifícios humanos, abriam caminho na
capacidade de memória desses corpos em bruto, POUCO SENSÍVEIS FÍSICAMENTE, impulsionando
o desenvolvimento do seu intelecto.
Parece
que a maneira mais rápida de aprender e registar melhor na memória, é a via do
sacrifício e das sensações dolorosas. É o que os cientistas fazem para
condicionar o comportamento de seres irracionais e ensiná-los a desempenhar
determinadas tarefas, e os “fanáticos” religiosos utilizam para aumentar a
sensibilidade dos seus espíritos pela via dolorosa.
Quando
a evolução do corpo material do ser humano atingiu a fase considerada como
ideal para o desenvolvimento espiritual e evolução da Alma, o ser humano,
ajudado por outras Almas mais evoluídas que encarnam na Terra para essa missão,
entrou na fase actual da espiritualidade em que os valores ensinados no Velho
Testamento da Bíblia, passaram a ser insuficientes. A Lei mosaica estava mais
orientada para a vida material, para a orientação de comportamentos numa
comunidade (nem que fosse pela força), de
“olho” por “olho”. Agora era preciso o homem consciencializar-se da sua
natureza espiritual, superior à sua natureza material.
Jesus,
e outros espíritos iluminados, trouxeram novos ensinamentos, em que o
desenvolvimento espiritual tem mais importância para o desenvolvimento e
aprendizagem do ser eterno que todos nós somos. Passamos à fase do espírito e
dos valores espirituais, um conceito mais abstracto e mais difícil de
compreender para quem vive preso aos valores materiais, sem saber que a sua
Alma é eterna e que seguirá o seu caminho na evolução para a identificação com
o UNO, de onde provém.
Portanto,
esse conhecimento sensorial adquirido pelo sacrifício físico é relativo, pelo
que na fase seguinte o ser humano começou a recorrer ao intelecto que brotou
daí, julgando esse conhecimento de memórias (que
lhe permitem recordar experiências) mais desenvolvido.
Partindo
da experiência, de eliminatórias sucessivas e investigação intuitiva, vai desvendando, pouco a pouco, o Universo
e cria técnicas que lhe serão úteis na sua EVOLUÇÃO MATERIAL, cujo objectivo é
aprender a manipular e criar seres
materiais, sem no entanto conseguir criar VIDA, o que só conseguirá numa
fase futura da sua evolução.
No
fim deste ciclo, como previsto, o ser
humano já desvendou os segredos da criação de corpos físicos, como a
manipulação genética dos vegetais e a criação de clones de animais, encontrando-se preparado para a fase seguinte
NOUTRA DIMENSÃO TEMPORAL.
A
par deste avanço tecnológico evolui espiritualmente porque a investigação, além
de se basear em factos concretos, segue também conceitos abstractos no domínio
do “provável” ou “improvável” mas “possível”. A primeira ida à Lua, por exemplo, não podia ser baseada
em factos provados – portanto objectivos – mas sim numa previsão baseada em
outros factores que “provavelmente” dariam certo. Nunca lá tinham ido e não
havia, por isso, uma experimentação com dados concretos. Os Cientistas seguiram
um raciocínio da pura especulação filosófica.
Ora,
a meu ver, e para quem acredita na reencarnação, a Terra é um Mundo Escola,
onde muitos espíritos, ou Almas, passam por uma penitência necessária para a
sua evolução. A TERRA É O INFERNO PROPAGADO PELA BÍBLIA. Basta ver o que se
passa.
(Continua)
R.
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