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quarta-feira, 26 de julho de 2017


SERÁ O PLANETA TERRA (da Terceira Dimensão) O INFERNO DESCRITO NA BÍBLIA – Parte I

Todas as doutrinas filosóficas, e religiões, falam num juízo final onde os seres humanos serão recompensados ou serão castigados.

A filosofia mais aceite, ou, como direi, mais comum nos povos ocidentais, de influência judaico-cristã, é a de que existem um Paraíso e um Inferno, para onde serão encaminhadas as Almas depois do julgamento final.

É um conceito demasiado simplista.

Se atendermos às condições proporcionadas a cada ser quando nasce na Terra, serão todos julgados pela mesma bitola, ou seja, aquele que nasceu “num berço de ouro”, sem lhe faltar meios para uma educação esmerada e superior, e aquele que nasceu “na sarjeta”, em que tudo falta e sem condições para uma boa educação, serão julgados “apenas” pelo seu comportamento na sociedade numa vida temporal  na Terra. O que é injusto.

Certamente que aquele que nasceu sem condições para ter uma vida digna, tendo muitas vezes de roubar para sobreviver, está em desvantagem nesse julgamento, pelos padrões da nossa Civilização, tirando razão às religiões que defendem uma única Vida temporal e julgamento final para a eternidade.

Só estaria em igualdade, ou em superioridade, se o ser humano fosse regido pelas mesmas leis da natureza que regem todos os outros seres, ou seja a Lei da Sobrevivência, a Lei do mais forte, matar para sobreviver, roubar para não passar fome, a selecção natural, dando razão aos agnósticos que acreditam que só há uma Vida e depois o vazio absoluto.

Algumas correntes filosóficas defendem que a Alma humana migra sucessivamente por várias vidas em corpos densos (materiais) aprendendo tudo o que diz respeito à Vida na matéria, evoluindo cada vez mais até conseguir a identificação com o UNO, Deus, ou outro nome que identifica aquela Força Omnipotente que rege todo o Universo, o que seria a solução mais justa porque TODOS, uns mais rápido do que outros, trilhando vários caminhos bem ou mal escolhidos, que limitarão ou acelerarão a velocidade da progressão, alcançarão um dia o Paraíso e o regresso ao seio de Deus Pai.

O Cristianismo defende a hipótese da ressurreição, em que todos serão julgados, mas não voltarão a reincarnar num mundo material (neste caso a Terra) mas sim “habitar” o Novo Reino, no plano astral, onde não haverão as moléstias e fraquezas do corpo nascido aí. A ideia morre aqui. Uma vida eterna nesse Paraíso.

Mas… pelo estudo de muitas Almas evoluídas, sabe-se que a harmonia só se alcança quando todos terão as mesmas oportunidades e possam evoluir com proveito, nem que seja em “turmas” diferentes, de acordo com o desenvolvimento espiritual conseguido até à morte física.

No mundo físico são criadas as Almas, os Egos de cada individuo, pela experiência conjunta do Espírito Interno (doado por Deus no acto do nascimento) que porta as directrizes essenciais para o “arranque” do novo Ego, e do Corpo Físico que armazena no seu “cérebro” todo o arquivo essencial para o desenvolvimento na matéria. Na Alma duas forças se formam: o Intelecto e a Mente, e tudo dependerá do equilíbrio entre estas duas forças.

Quando da morte física, o corpo regressa ao pó, onde foi modelado, a Alma vai para o depósito das Almas e o Espírito regressa ao Espírito de Deus, mas mantendo a sua individualidade. Quando da ressurreição, será modelado um novo Corpo, adequado ao mundo dimensional onde irá continuar a evolução da Alma, que receberá, para o vivificar, o Espírito que acompanhou aquela entidade na Terra. E essa distribuição pelos novos planos dimensionais respeita o grau de evolução de cada Alma no momento da morte física. Ficam todos em igualdade de meios e condições para evoluírem.

Esta energia criadora (Deus), num dos seus processos evolutivos para o conhecimento completo sobre o domínio da matéria, larga centelhas (Átomos) de si própria que, mergulhando na matéria – que não é mais do que espírito cristalizado – numa saga, comum nos seres irracionais a princípio, vai acompanhando e orientando a vida na matéria até chegar à individualização, continuando a sua experiência evolutiva como indivíduo (a Alma) nos seres racionais, até tomar consciência da sua origem espiritual e regressar novamente ao UNO com conhecimento acumulado.

Sem nos preocupar-nos com o objectivo global da evolução do Universo, e tudo nele contido, ao debruçarmo-nos sobre o que acontece no planeta Terra, o que é que verificamos?

Verificamos que a vida na Terra é um caos provocado pelo próprio ser humano. A evolução está manchada de guerras, genocídios, brutalidade, torturas e de episódios horríveis, como que para marcar, ou registar com clareza, tudo na Alma do ser humano para entrar em processos mais avançados da evolução.

Ao analisarmos a história das Religiões, chegamos à conclusão que elas acompanham essa evolução.

A principio o Homem era temente das forças da natureza. Depois começou a adorar ídolos e esboçou uma sociedade em que predominavam as “penas de talião”, do “olho por olho”, “dente por dente”. Leis consideradas bárbaras hoje em dia, mas absolutamente necessárias para aquela fase da evolução. A Alma encerrada num invólucro material muito grosseiro precisava de “sentir” o mundo à sua volta, e o Corpo Denso ainda em construção precisava de muitos aperfeiçoamentos.

Pela violência externa, as empalações, os sacrifícios humanos, abriam caminho na capacidade de memória desses corpos em bruto, POUCO SENSÍVEIS FÍSICAMENTE, impulsionando o desenvolvimento do seu intelecto.

Parece que a maneira mais rápida de aprender e registar melhor na memória, é a via do sacrifício e das sensações dolorosas. É o que os cientistas fazem para condicionar o comportamento de seres irracionais e ensiná-los a desempenhar determinadas tarefas, e os “fanáticos” religiosos utilizam para aumentar a sensibilidade dos seus espíritos pela via dolorosa.

Quando a evolução do corpo material do ser humano atingiu a fase considerada como ideal para o desenvolvimento espiritual e evolução da Alma, o ser humano, ajudado por outras Almas mais evoluídas que encarnam na Terra para essa missão, entrou na fase actual da espiritualidade em que os valores ensinados no Velho Testamento da Bíblia, passaram a ser insuficientes. A Lei mosaica estava mais orientada para a vida material, para a orientação de comportamentos numa comunidade (nem que fosse pela força), de “olho” por “olho”. Agora era preciso o homem consciencializar-se da sua natureza espiritual, superior à sua natureza material.

Jesus, e outros espíritos iluminados, trouxeram novos ensinamentos, em que o desenvolvimento espiritual tem mais importância para o desenvolvimento e aprendizagem do ser eterno que todos nós somos. Passamos à fase do espírito e dos valores espirituais, um conceito mais abstracto e mais difícil de compreender para quem vive preso aos valores materiais, sem saber que a sua Alma é eterna e que seguirá o seu caminho na evolução para a identificação com o UNO, de onde provém.

Portanto, esse conhecimento sensorial adquirido pelo sacrifício físico é relativo, pelo que na fase seguinte o ser humano começou a recorrer ao intelecto que brotou daí, julgando esse conhecimento de memórias (que lhe permitem recordar experiências) mais desenvolvido.

Partindo da experiência, de eliminatórias sucessivas e investigação intuitiva, vai desvendando, pouco a pouco, o Universo e cria técnicas que lhe serão úteis na sua EVOLUÇÃO MATERIAL, cujo objectivo é aprender a manipular e criar seres materiais, sem no entanto conseguir criar VIDA, o que só conseguirá numa fase futura da sua evolução.

No fim deste ciclo, como previsto, o ser humano já desvendou os segredos da criação de corpos físicos, como a manipulação genética dos vegetais e a criação de clones de animais, encontrando-se preparado para a fase seguinte NOUTRA DIMENSÃO TEMPORAL.

A par deste avanço tecnológico evolui espiritualmente porque a investigação, além de se basear em factos concretos, segue também conceitos abstractos no domínio do “provável” ou “improvável” mas “possível”. A primeira ida à Lua, por exemplo, não podia ser baseada em factos provados – portanto objectivos – mas sim numa previsão baseada em outros factores que “provavelmente” dariam certo. Nunca lá tinham ido e não havia, por isso, uma experimentação com dados concretos. Os Cientistas seguiram um raciocínio da pura especulação filosófica.

Ora, a meu ver, e para quem acredita na reencarnação, a Terra é um Mundo Escola, onde muitos espíritos, ou Almas, passam por uma penitência necessária para a sua evolução. A TERRA É O INFERNO PROPAGADO PELA BÍBLIA. Basta ver o que se passa.

(Continua)

R.

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