A CABALA
SECRETA 5
– A História dos bastidores que não chega ao público.
A
verdadeira História não é o que parece. Vivemos num mundo fechado preparado à
nossa medida e os poderes visíveis nada podem contra estes poderes que se
movimentam nos bastidores da história e nunca aparecem à superfície. Só alguns
privilegiados e organizações secretas sabem a realidade.
Pela
sua extensão o texto foi dividido em 6 partes.
A Cabala Secreta —
Parte 5
Autor: Stanley Monteith, Maio de 2010.
Caro amigo da Radio Liberty:
"A frivolidade desse grupo pode ser vista na afirmação feita por
Margot Tennant que ela obteve para Milner a sua indicação para a Secretaria da
Receita em 1892 simplesmente escrevendo e pedindo para Balfour, após manter um
rápido interlúdio romântico com Milner no Egipto. Como disse um respeitável
académico amigo meu, esse grupo fazia tudo de modo frívolo, incluindo a entrada
na Guerra dos Bóeres e na Primeira Guerra Mundial." [1; professor Carroll
Quigley, The Anglo-American Establishment, pág. 31.].
"O quadro é aterrorizador porque esse poder, independente dos
objectivos para os quais esteja direccionado, é grande demais para ser entregue
com segurança a um grupo qualquer... Nenhum país que valorize a sua segurança
deve permitir aquilo que o Grupo de Milner obteve na Grã-Bretanha — isto é, que
um número pequeno de homens seja capaz de deter tal poder na administração e na
política, receba um controle quase completo sobre a publicação dos documentos
relacionados com as suas acções, seja capaz de exercer influência sobre os
canais de notícias que criam a opinião pública e consiga monopolizar de forma
tão completa a publicação e o ensino da história do seu próprio período."
[2; professor Carroll Quigley, Ibidem, pág. 197.].
"28 de Junho: O arquiduque austríaco Francisco Fernando é assassinado
e isto serve como catalisador para o início da Primeira Guerra Mundial. Em 20 e
29 de Julho, o Secretário de Estado britânico, Sir Edward Grey [próximo do
grupo de Milner política, intelectual e socialmente, de acordo com o professor
Quigley — editor] fará certas declarações para o embaixador alemão
(príncipe Karl Max Lichnowsky) que não deixam claro que a Grã-Bretanha entrará
no conflito (a Primeira Guerra Mundial) se a Alemanha entrar na guerra."
[3; Dr. Dennis Cuddy, The Globalists, pág. 32.].
"Sua Alteza Real, o príncipe Henrique, foi recebido por Sua Majestade,
o rei Jorge V, em Londres, que o encarregou de transmitir verbalmente para mim
que a Inglaterra permaneceria neutra se a guerra fosse deflagrada no continente
europeu envolvendo a Alemanha e a França, Áustria e Rússia. Esta mensagem foi
telegrafada para mim pelo meu irmão de Londres, após a sua conversa com S. M. o
rei, e repetida verbalmente no dia 29 de Julho." [4; James, W. Gerald, My
First Eighty-Three Years in America, excerto de um telegrama enviado pelo
Kaiser alemão ao presidente Wilson; pág. 218.].
A carta da Radio Liberty do mês passado discutiu a origem da Primeira
Guerra Mundial. Cecil Rhodes, Alfred Milner e a maioria dos membros da sua
cabala eram maçons, ou estavam envolvidos em outras organizações ocultistas.
Além disso, um maçom alemão contou ao Kaiser que a loja maçónica do Grande
Oriente orquestrara os eventos que levaram à Grande Guerra.
Acredito que ambos os grupos estiveram envolvidos, mas eles foram ajudados
por líderes de outros países que também estavam envolvidos no ocultismo. [5].
Que parte o Grupo de Milner (a sociedade secreta de Cecil Rhodes)
desempenhou? Sir Edward Grey, o Secretário das Relações Exteriores do governo
britânico, estava intimamente afiliado com o Grupo de Milner; ele conseguiu
convencer os líderes da Rússia e da França a assinarem tratados secretos em que
se comprometiam a unirem-se à Inglaterra se houvesse uma grande guerra na
Europa. Vários anos mais tarde, quando a Primeira Guerra Mundial era iminente,
Sir Edward Grey negou a existência dos acordos secretos porque o gabinete e o
povo britânico não queriam envolver-se numa guerra europeia. [6].
O professor Quigley pesquisou aquele período de tempo. Ele admirava o
objectivo idealista do Grupo de Milner (o Bloco de Cecil), mas eles não estavam
preocupados com as consequências das suas acções. O professor Quigley escreveu
o seguinte no seu livro The Anglo-American Establishment:
"A segunda geração do Bloco de Cecil era famosa naquele tempo... Esse
grupo, que borboleteava de uma grande casa de campo para outra, ou de um evento
social espectacular para outro nas residências urbanas dos seus maiorais, foi
preservado para a posteridade nos volumes autobiográficos de Margot Tennant
Asquith... A frivolidade desse grupo pode ser vista na afirmação feita por
Margot Tennant que ela obteve para Milner a sua indicação para a Secretaria da
Receita em 1892 simplesmente escrevendo e pedindo para Balfour, após manter um
rápido interlúdio romântico com Milner no Egipto. Como disse um respeitável
académico amigo meu, esse grupo fazia tudo de modo frívolo, incluindo a entrada
na Guerra dos Bóeres e na Primeira Guerra Mundial." [7].
O professor Quigley descreveu o poder
aterrorizador do Grupo de Milner:
"A influência da Chattam House aparece na sua verdadeira perspectiva,
não como a influência
de um corpo autónomo, mas como meramente um dos muitos instrumentos no
arsenal de outra potência. Quando a influência que o Instituto [NT: Chattam
House é a sede do Instituto Real das Relações Internacionais, o RIIA (Royal
Institute of International Affairs), de modo que os dois termos são usados aqui
de forma intercambiável.] possui é combinada com a influência controlada
pelo Grupo de Milner em outros campos — na educação, na administração, nos
jornais e revistas — um quadro realmente aterrorizador começa a aparecer. Esse
quadro não é chamado de aterrorizador porque o poder do Grupo de Milner era
usado para fins malignos. Não era. Pelo contrário, geralmente ele era usado com
as melhores intenções no mundo — mesmo se essas intenções fossem tão idealistas
que poderiam ser chamadas de académicas. O quadro é aterrorizador porque esse
poder, independente dos objectivos para os quais esteja direccionado, é grande
demais para ser entregue com segurança a um grupo qualquer... Nenhum país que
valorize a sua segurança deve permitir aquilo que o Grupo de Milner obteve na
Grã-Bretanha — isto é, que um número pequeno de homens seja capaz de deter tal
poder na administração e na política, receba um controle quase completo sobre a
publicação dos documentos relacionados com as suas acções, seja capaz de
exercer influência sobre os canais de notícias que criam a opinião pública e
consiga monopolizar de forma tão completa a publicação e o ensino da história
do seu próprio período." [8].
Muito pouco mudou desde aquele tempo. A sociedade secreta de Cecil Rhodes
incitou a Guerra dos Bóeres e criou o Grupo
de Milner (1902), o Grupo de Milner criou o Grupo da Mesa Redonda (1909), o Grupo da Mesa Redonda incitou a
Primeira Guerra Mundial e criou o Instituto
Real das Relações Internacionais (RIIA) em 1919, e o Conselho das Relações Internacionais (o CFR) em 1921. O CFR e o
RIIA criaram o Grupo Bilderberg em
1954, e a Comissão Trilateral em
1973. No tempo presente, as organizações (CRF, RIIA, Grupo Bilderberg e
Comissão Trilateral) têm "um controle quase completo sobre a publicação de
documentos relacionados com as suas acções', elas "exercem... influência
sobre os canais de notícias que criam a opinião pública" e
"monopolizam... de forma completa a publicação e o ensino da história do
seu próprio período." [9].
Como Sir Edward Grey precipitou a Primeira Guerra Mundial? O Kaiser
Guilherme II escreveu:
"Delcasse também tem uma grande parcela de culpa pela Guerra Mundial e
Grey uma parcela ainda maior, pois foi o líder espiritual da 'política de fazer
um círculo ao redor', que ele fielmente levou adiante e trouxe à
conclusão." [10].
O Dr. Dennis Cuddy pesquisou aquele período e escreveu:
"28 de Junho: O arquiduque austríaco Francisco Fernando é assassinado
e isto serve como catalisador para o início da Primeira Guerra Mundial. Em 20 e
29 de Julho, o Secretário de Estado britânico, Sir Edward Grey [próximo do
grupo de Milner política, intelectual e socialmente, de acordo com o professor
Quigley — editor] fará certas declarações para o embaixador alemão
(príncipe Karl Max Lichnowsky) que não deixam claro que a Grã-Bretanha entrará
no conflito (a Primeira Guerra Mundial) se a Alemanha entrar na guerra."
[11].
Em 1905, Sir Edward Grey planeou a "política de fazer círculos em
volta" que levou à Guerra Mundial. Ele implementou a política quando se
tornou Secretário das Relações Exteriores em 1906, e enganou o Kaiser em 1914
porque não queria que ele mediasse a disputa entre a Sérvia e a Áustria. [12].
Uma das melhores fontes de informações sobre os eventos que ocorreram
naquele tempo é o livro do embaixador James Gerard, My First Eighty-Three
Years in America. Gerard era embaixador dos EUA na Alemanha em 1914 e,
embora não estivesse ciente da agenda dissimulada do Grupo de Milner,
reconheceu o facto de que Sir Edward Grey precipitou a Grande Guerra.
O embaixador Gerard escreveu:
"Nesta questão da deflagração da guerra, é preciso observar que Sir
Edward Grey perdeu uma grande oportunidade. Se, no início, ele tivesse dito ao
embaixador alemão que a Inglaterra iria
à guerra contra a Alemanha... o
mundo poderia ter sido poupado de uma grande guerra — uma guerra que lançou as
sementes para outra guerra ainda maior vinte e cinco anos mais tarde."
[13].
A Áustria declarou guerra contra a Sérvia em 28 de Julho, a Alemanha
invadiu a Bélgica em 3 de agosto e o embaixador Gerard visitou o Kaiser
Guilherme II em 10 de agosto.
O embaixador Gerarescreveu:
"No início de agosto de 1914, o presidente Wilson enviou-me uma
mensagem por meio do Departamento de Estado dizendo que os Estados Unidos
estavam prontos a qualquer tempo
para fazerem o papel de mediador entre as potências beligerantes. Ele instruiu-me
a apresentar essa proposta ao imperador pessoalmente. Uma audiência com o
imperador [o Kaiser — editor] foi conseguida para mim na manhã do dia 10
de Agosto. O imperador estava sentado a uma mesa de ferro no pequeno jardim do
palácio em Berlim... Em linguagem formal, apresentei a minha oferta. Ela foi
rejeitada. Em seguida, o imperador convidou-me para sentar e conversar com
ele..."
"O imperador, numa das poucas ocasiões em que eu o vi com um semblante
pensativo, hesitou por alguns momentos e então disse lentamente: '— Não, a
entrada dos ingleses mudou toda a situação. Eles são um povo obstinado e nunca
deixarão de lutar."
Após alguma discussão adicional, o imperador disse-me que enviaria uma
mensagem pessoal ao presidente Wilson em resposta à sua oferta. Ele então
escreveu a lápis, num bloco de anotações de mensagens de telégrafo que estava
sobre a sua mesa, uma mensagem pessoal ao presidente... De maior interesse
histórico é aquela parte da mensagem que se refere a Sir Edward Grey, o
ministro britânico das Relações Exteriores, e à violação da neutralidade belga.
A mensagem dizia o seguinte:
Para o presidente dos Estados Unidos
pessoalmente: em 10/Agosto/14.
"1: Sua Alteza Real, o príncipe Henrique, foi recebido por Sua
Majestade, o rei Jorge V, em Londres, que o encarregou de transmitir
verbalmente para mim que a Inglaterra permaneceria neutra se a guerra fosse
deflagrada no continente europeu envolvendo a Alemanha e a França, Áustria e
Rússia. Essa mensagem foi telegrafada para mim pelo meu irmão de Londres, após a
sua conversa com S. M. o rei, e repetida verbalmente no dia 29 de Julho."
[14].
A mensagem do rei convenceu o Kaiser Guilherme II de que não haveria uma
grande guerra, de modo que ele não tentou mediar a disputa entre a Sérvia e a
Áustria. Por que o rei da Inglaterra enganou o seu primo, o Kaiser alemão? O
Grupo de Milner e os seus apoiantes controlavam o governo britânico; Lord
Asquith era o primeiro-ministro, Sir Edward Grey era o Secretário das Relações
Exteriores, Lord Haldane era o Secretário da Guerra, e Lord Esher era o
assessor pessoal do rei. [15].
Quem era Lord Esher? Era um dos quatro membros fundadores da sociedade
secreta de Cecil Rhodes e assessor pessoal do rei. Lord Esher acreditava que a
guerra vindoura regeneraria as nações do mundo. Isto é verdade? Sou devedor ao
Dr. Dennis Cuddy por chamar a minha atenção para as seguintes anotações no
diário de Lord Esher:
Em 3 de Agosto de 1917, Lord Esher escreveu o seguinte no seu diário
pessoal:
"Nenhum americano provavelmente morrerá antes de Novembro. Isto é uma
pena, pois o presidente Wilson pode precisar de ser firmado antes disso e
somente a morte de jovens soldados americanos poderá garantir essa
estabilidade."
Mais tarde naquele dia, Lord Esher
escreveu uma carta a L. B.:
"Ninguém pode realmente dizer que os sofrimentos do mundo foram em
vão; pois eles
regeneraram todas as nações e a nossa, em particular. Pode haver qualquer
dúvida que a guerra foi feita para o progresso e não para o retrocesso?"
[16].
Foram 21 milhões de mortos durante a Grande Guerra e 50 milhões de feridos.
Será que isto regenerou o mundo?
Oito dias mais tarde (em 11 de Agosto de
1917), Lord Esher escreveu:
"O Sr. Henry Morgenthau [futuro Secretário do Tesouro dos EUA
durante o governo Roosevelt — NT] pediu-me para telefonar para ele... Ele
foi um dos principais apoiantes do presidenteWilson na campanha eleitoral e
possui a amizade e confiança do presidente..."
"Desde o dia da eleição até ao dia em que a América declarou guerra,o
presidente Wilson e seus amigos mantêm continuamente em vista a regeneração
moral do seu país; e é com esse objectivo diante deles que, a despeito dos
horrores da guerra, eles estão preparados para sacrificar as vidas dos cidadãos
americanos. A guerra parece para esses idealistas uma Cruzada..."
"O Sr. Morgenthau está ciente e compreende a importância sobre a moral
do Exército e do povo francês de cimentar a Aliança derramando sangue americano
o mais cedo que for possível."
"Se muitas vidas têm de ser sacrificadas, a influência sobre o povo
americano somente pode ser benéfica." [17].
O embaixador Gerard registou a mensagem do Kaiser para o presidente Wilson.
O Kaiser escreveu:
"2. O meu embaixador em Londres transmitiu uma mensagem de Sir. E.
Gray para Berlim dizendo que somente caso a França estivesse a correr o risco
de ser esmagada é que a Inglaterra interferiria." [18].
A mensagem do rei e a mensagem de Sir Edward Gray convenceram o Kaiser que
não havia risco de uma grande guerra, de modo que ele não tentou mediar a
disputa. A Sérvia mobilizou-se durante a última semana de Julho, a Áustria
declarou guerra contra a Sérvia em 28 de Julho e suspeito que o movimento
maçónico ocupava cargos-chave em ambos os governos.
"3. No dia 30, o meu embaixador em Londres reportou que Sir Edward
Grey, durante uma conversa 'particular' lhe disse que se o conflito
permanecesse localizado entre a Rússia — não a Sérvia — e Áustria, a Inglaterra
não se moveria, mas se nós entrássemos na luta, ela tomaria decisões rápidas e
medidas graves; isto é, se eu deixasse a minha aliada Áustria na mão e lutando
sozinha, a Inglaterra não me tocaria." [19].
Neste ponto, o Kaiser, confuso com as mensagens conflitantes, escreveu:
"4. Sendo esta comunicação directamente contrária à mensagem do rei
para mim, telegrafei para S. M. (o rei) no dia 29 ou 30, agradecendo pelas suas
gentis mensagens enviadas por meio do meu irmão e implorando para ele usar todo
o seu poder para impedir que a França e a Rússia — suas aliadas — fizessem
quaisquer preparativos de guerra calculados para prejudicarem o meu trabalho de
mediação, dizendo que eu estava em constante comunicação com S. M. o czar. Na
noite, o rei respondeu-me gentilmente que tinha ordenado que seu governo usasse
toda a influência possível com os seus aliados para evitar que eles tomassem
quaisquer medidas militares provocativas. Ao mesmo tempo, S. M. perguntou-me se
eu transmitiria para Viena a proposta britânica que a Áustria fizesse de
Belgrado e de algumas outras pequenas cidades sérvias uma faixa de país, como
uma 'main-mise' [NT: expressão francesa para domínio, ou área
de influência.], para garantir que as promessas sérvias no papel fossem
cumpridas de verdade. Essa proposta foi no mesmo momento telegrafada para mim
de Viena para Londres, quase em conjunção com a proposta britânica; além disso,
eu tinha telegrafado para S. M. o czar [outro primo do Kaiser — editor]
o mesmo como uma ideia minha, antes de eu ter recebido as duas comunicações de
Viena e de Londres, pois ambas eram da mesma opinião."
"5. Transmiti imediatamente os telegramas de Viena para Londres e
vice-versa. Senti que seria capaz de reverter a situação e fiquei contente com
a possibilidade da paz." [20].
O Kaiser tentou mediar a crise. Por que fracassou ele? Os maçons queriam
destruir as monarquias europeias. O Grupo de Milner queria unir o mundo e o
movimento ocultista queria derramar o sangue de milhões de pessoas.
O Kaiser Guilherme continuou:
"6. Enquanto eu preparava uma nota para S. M. o czar na manhã do dia
seguinte para informá-lo que Viena, Londres e Berlim tinham concordado com o
tratamento das questões, recebi o telefonema de Sua Excelência o chanceler de que
na noite anterior o czar tinha dado a ordem de mobilizar todo o Exército Russo,
o que, é claro, também significava contra a Alemanha; até então os exércitos do
sul tinham sido mobilizados contra a Áustria." [21].
Por que mobilizou o czar o seu exército e precipitou a Primeira Guerra Mundial?
O professor Quigley descreveu os eventos
que levaram à guerra:
"A Sérvia, confiante no apoio russo, enviou à Áustria uma resposta
parcialmente favorável, parcialmente evasiva e, em pelo menos um aspecto em
particular (o uso de juízes austríacos nos tribunais sérvios) negativa. A
Sérvia mobilizou-se antes de enviar a resposta; a Áustria mobilizou-se assim
que a resposta foi recebida e, em 28 de Julho, declarou guerra. O czar russo,
sob severa pressão de seus generais, emitiu, retratou-se, modificou e reemitiu
uma ordem para a mobilização geral. Como o planeamento militar alemão para uma
guerra em duas frentes especificava que a França precisaria de ser derrotada
antes que a mobilização russa fosse completada, a França e a Alemanha ordenaram
ambas a mobilização em 1 de Agosto e a Alemanha declarou guerra à Rússia.
Quando as tropas alemãs começaram a deslocar-se para a região oeste, a Alemanha
declarou guerra à França (em 3 de Agosto) e à Bélgica (4 de Agosto). A
Grã-Bretanha não podia permitir que a França fosse derrotada e, além disso,
estava moralmente comprometida pelas conversações militares de 1906-1914 e pelo
Acordo Naval de 1912. Além disso, o desafio alemão nos oceanos, nas actividades
comerciais em todo o mundo e nas actividades coloniais em África não podia
ficar sem ser respondido. Em 4 de Agosto, a Grã-Bretanha declarou guerra à
Alemanha, enfatizando a iniquidade do seu ataque à Bélgica, embora na reunião
do gabinete de 29 de Julho, houve concordância que esse ataque, se ocorresse,
não obrigaria legalmente a Grã-Bretanha a ir à guerra. Embora essa questão
tenha sido divulgada entre a população e discussões intermináveis tenham
ocorrido sobre a obrigação da Grã-Bretanha de defender a neutralidade da
Bélgica pelos termos do Tratado de 1839, aqueles que tomaram a decisão viram
claramente que a razão real para a guerra era a de que a Grã-Bretanha não podia
permitir que a Alemanha derrotasse a França." [22].
A maioria dos historiadores apresenta esta explicação hoje porque não
percebe que os maçons e o grupo de Milner incitaram a guerra. O Kaiser
Guilherme II propôs interromper a invasão da França, mas Sir Edward Grey
ignorou a oferta.
O Kaiser Guilherme continuou:
"7. Num telegrama de Londres, o meu embaixador informou-me que
compreendia que o governo britânico garantiria a neutralidade da França e
desejava saber se a Alemanha se absteria de atacar. Telegrafei para S. M. o rei
pessoalmente que a mobilização, sendo já executada, não poderia ser parada, mas
se S. M. pudesse garantir com as suas forças armadas a neutralidade da França,
eu me absteria de atacá-la, a deixaria em paz e empregaria as minhas tropas em
outro lugar. S. M. respondeu-me que achava que a minha oferta estava baseada num
mal-entendido; e, tanto quanto posso lembrar, Sir. E. Grey nunca considerou
seriamente a minha oferta. Ele nunca a respondeu. Em vez disso, declarou que a
Inglaterra tinha de defender a neutralidade da Bélgica, que teve de ser violada
pela Alemanha por razões estratégicas, pois notícias tinham sido recebidas que
a França já estava a preparar-se para entrar na Bélgica, e o rei belga tinha
rejeitado o meu pedido de uma passagem livre com a garantia de liberdade para o
seu país. Sou muito agradecido pela mensagem do presidente." Guilherme, H.
R. [23].
Por que o rei da Inglaterra e Sir Edward Grey enviaram mensagens
conflitantes ao Kaiser? Por que Sir Edward Grey não aceitou a oferta do Kaiser
de parar a invasão da França? Por que o rei da Bélgica não deu ao Exército
alemão a permissão de transitar pelo seu país? Ainda existe muito mais para
contar, porém terei de deixar para a carta do próximo mês.
O presidente Obama afirma que a recessão acabou, mas isto não é verdade. O
governo Bush forneceu 750 biliões de dólares para os bancos recuperarem os seus
activos podres com o programa TARP, de 2008. O governo Obama alocou 862 biliões
de dólares para estimular a economia em 2009, o Sistema da Reserva Federal
pagou 1,7 trilião de dólares aos grandes bancos pelos CDOs (Collateralized
Debt Obligations) problemáticos em 2010 e, de acordo com o site de notícias
económicas Bloomberg (em Novembro de 2008), o governo federal gastará 8,5 triliões
de dólares para estimular a economia. O que o governo conseguiu até agora? A
taxa oficial de desemprego está em 9,6%, mas a real é superior a 21%, quase um
milhão de pessoas perderão as suas casas neste ano, e o PIB caiu de 3,5% no
primeiro trimestre para 1,68% no segundo trimestre de 2010. Por que a
gigantesca infusão de fundos não ressuscitou a economia dos EUA? Acredito que a
Irmandade das Trevas esteja a tentar
destruir o país e transferir a produção industrial para a Ásia, onde o PIB
cresce na faixa de 8-10% ao ano.
O que você pode fazer? Pode revestir-se de toda a armadura de Deus e
permanecer firme contra os ardis dos homens ímpios que controlam o país,
porque:
A nossa força nada faz;
Estamos, sim, perdidos.
Mas, nosso Deus socorro traz
E somos protegidos.
Defende-nos Jesus,
O que venceu na cruz,
Senhor dos altos céus;
E, sendo o próprio Deus,
Triunfa na batalha. [24].
Estamos, sim, perdidos.
Mas, nosso Deus socorro traz
E somos protegidos.
Defende-nos Jesus,
O que venceu na cruz,
Senhor dos altos céus;
E, sendo o próprio Deus,
Triunfa na batalha. [24].
Barbara e eu agradecemos o seu suporte
fiel e também suas orações.
Em Cristo,
Stanley Monteith.
Referências
1. Carroll Quigley, The Anglo-American Establishment,
Books in Focus, 1981, pág. 31.
2.
Ibidem, pág. 197.
3. Dr. Dennis Cuddy, The Globalists: The Power Elite
Exposed, Hearthstone Publishing, 2001, pág. 32.
4. James W. Gerard, My First Eight-Three Years in
America, Doubleday & Company, 1951, pág. 218.
5.
Carroll Quigley,
op. cit., págs. 31-32.
6.
Viscount Grey of
Fallodon, Twenty-Five Years: 1892-1916, Frederick A. Stokes, Vol. II, New York, 1926, págs. 15-17. Veja
também: http://www.answers.com/topic/1st-viscount-edward-grey-grey-of-
fallodon.
7.
Quigley, op. cit., pág. 31.
8.
Ibidem, pág. 197.
9.
Barry Goldwater, With
No Apologies, William Morrow and Company, Inc., 1979, págs. 280-286.
10. Wilhelm II, The Kaiser's Memoirs, Harper &
Brothers Publishers, New York, 1922, pág. 257.
11. Dr. Dennis Cuddy, op. cit.
12. Bertrand Russell, Autobiography of Bertrand Russell,
Routledge, New York, 1967, pág. 156.
13. James W. Gerard, op. cit., pág. 255.
14. Ibidem, pág. 217.
16. Reginald Esher, Journals and Letters of Reginald
Viscount Esher, Ivor, Nicholson and Watson, Londres, 1938, págs. 131-132.
17. Ibidem, págs. 133 e 135.
18. Gerard, op. cit., pág.
218.
19. Ibidem.
20. Ibidem, págs. 218-219.
21. Ibidem.
22. Carroll Quigley, Tragedy and Hope: A History of the
World in Our Time, The Macmillan Company, New York, 1966, pág. 225.
23. Gerard, op. cit., págs.
219-220.
24. Martinho Lutero, segunda
estrofe do hino Castelo Forte, http://nethymnal.org/htm/m/i/mightyfo.htm.
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