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quinta-feira, 14 de maio de 2020


COMO ESTÁ O NOSSO PORTUGAL

 

Vi no Facebook um artigo da jornalista Clara Ferreira Alves, no Expresso, que pela sua excelência e oportunidade, desejo compartilhar com quem lê o meu blogue. Pedem para compartilhar e fazer chegar ao máximo de pessoas este artigo que revela claramente como é o nosso país na mão dos Partidos em que a justiça não funciona por que os maiores prevaricadores até são as suas clientelas, protegidos e afins.

O próprio título do artigo é revelador.

 

 



CHEGA
Não quisemos deixar de partilhar este excelente artigo de Clara Ferreira Alves - Expresso

ESTE, É O MAIOR FRACASSO, DA NOSSA DITA DEMOCRÁCIA PORTUGUESA...

Não admira, que num país assim emerjam "cavalgaduras," que chegam, ao topo, dizendo ter formação, que nunca adquiriram, (Olá camaradas Sócrates e olá Armando Vara), que usem dinheiros públicos (fortunas escandalosas), para se promoverem pessoalmente face a um público acrítico, burro e embrutecido.

Este, é um país, em que esta tal Câmara Municipal de Lisboa, desde o 25 de Abril distribui casas de renda económica, mas não de construção económica, aos seus altos funcionários e até a uns jornalistas, em que estes últimos, numa atitude de gratidão, até passaram a esconderem as verdadeiras notícias e passaram a então "prostituir-se", na sua dignidade e honra profissional, a troco de participarem, nos roubos de dinheiros públicos, destinados a gente carenciada, mas mais honesta, que todos estes bandalhos.

Em dado momento, a actividade do jornalismo constituiu-se, como um verdadeiro poder e só, pela sua acção, se sabia a verdade sobre os podres forjados, pelos políticos e pelo poder judicial, mas agora contínua a ser o tal verdadeiro poder, mas senta-se à mesa, dos muitos corruptos e com eles partilha os muitos despojos, rapando os ossos, aos esqueletos, deste triste povo burro e embrutecido, para garantir, que vai continuar burro o grande cavallia, (que em português significa "cavalgadura") e desferiu o golpe de morte, ao ensino público e coroou a acção, com a criação, das tais Novas Oportunidades.

E gente assim, mal formada vai aceitar tudo e o país será o pátio de recreio, dos mais vis mafiosos e a justiça portuguesa, não é apenas cega, é surda, é muda, é coxa e até é marreca, Portugal tem um défice de responsabilidade civil, criminal e moral muito maior, do que o seu défice financeiro e quase nenhum português se preocupa, com tudo isso e mesmo apesar de pagar os custos da morosidade, do secretismo, do encobrimento, do compadrio e da muita corrupção e os portugueses, na sua infinita e pacata desordem existencial, acham tudo isto "normal" e encolhem os ombros, por uma vez gostava, que em Portugal alguma coisa tivesse um fim, um ponto final, um assunto arrumado e não se fala mais nisso, pois vivemos, no país mais inconclusivo do mundo, em permanente agitação sobre tudo e sem concluírem mesmo nada.

Desde os Templários e as obras de Santa Engrácia, que se sabe, que nada acaba, em Portugal e que nada, é levado às últimas Consequências, mas nada, é definitivo e tudo, é mesmo improvisado, é temporário, é tudo desenrascado e da morte de Francisco Sá Carneiro e do eterno mistério, que a rodeia, foi crime, não foi crime, ao desaparecimento de Madeleine McCann, ou ao caso Casa da Pia, só sabemos de antemão, que nunca saberemos o fim, destas histórias, nem o que verdadeiramente se passou, nem quem são os criminosos, ou quantos crimes houve e tudo, a que temos direito, são as tais informações caídas, a conta-gotas e pedaços de enigma, peças de um quebra-cabeças e habituámo-nos a prescindir de apurar as verdades, porque intimamente achamos, que não saber o final da história, é uma coisa normal, em Portugal e que este, é um país onde as coisas importantes, são todas muito bem "abafadas", como se vivêssemos ainda, numa verdadeira ditadura, (como está, que é até muito bem camuflada).

E os novos códigos Penal e de Processo Penal, em nada, vão mudar e este estado de coisas apesar, dos jornais e das suas televisões, dos blogs, dos computadores e da Internet, mas apesar de termos acesso, em tempo real, ao maior número de notícias de sempre, então o povinho continua, sem saber nada e esperando nunca vir a saber, com toda a sua própria naturalidade e do caso Portucale, à Operação Furacão, da compra, dos tais submarinos e às escutas, ao primeiro-ministro, do caso da Universidade Independente, ao caso da Universidade Moderna, do Futebol Clube do Porto, ao Sport Lisboa Benfica, da corrupção, dos árbitros à corrupção, dos autarcas, de Fátima Felgueiras, a Isaltino Morais, da Braga Parques, ao grande empresário, do Bibi, das queixas tardias de Catalina Pestana, às de João Cravinho e há, por aí alguém, quem acredite, que há algum, destes ditos secretos arquivos e dos seus possíveis alegados, são muitos os alegados crimes, que acabem, por ser investigados, julgados e devidamente punidos? Vale e Azevedo pagou, por todos? Quem se lembra, dos doentes infectados, por acidente e negligência de Leonor Beleza, com o vírus da sida? Quem se lembra do miúdo electrocutado, no semáforo e do outro afogado, num parque aquático? Quem se lembra, das crianças assassinadas, na Madeira e do mistério, dos crimes imputados, ao padre Frederico? Quem se lembra, que um, dos raros condenados, em Portugal, o mesmo padre Frederico, acabou a passear, no Calçadão de Copacabana, no Brasil? Quem se lembra do autarca alentejano queimado, no seu carro e cuja a sua cabeça, foi roubada do Instituto de Medicina Legal? Em todos estes casos e muitos outros, até menos falados e tão sombrios, são até enrodilhados, como estes e as verdades, a que tivemos direito, foram nenhumas.

O caso McCann, cujo desenvolvimentos, vão do escabroso, ao incrível, mas ainda há alguém, que acredita, que se venha a descobrir o corpo da criança, ou até a condenarem alguém? As últimas notícias dizem, que Gerry McCann, não seria pai biológico da criança e assim contribuindo, para a confusão, desta investigação, em que a Polícia espalha rumores e indícios, que não têm substância e a miúda desaparecida, em Figueira? O que lhe aconteceu? E todas as crianças desaparecida antes delas, quem as procurou? E o processo do Parque, onde tantos clientes procuravam prostitutos, alguns menores, onde tanta gente "importante" estava envolvida, o que aconteceu? Arranjou-se um bode expiatório e foi, o que aconteceu e as famosas fotografias, da tal Teresa Costa Macedo? Aquelas, em que ela reconheceu imensa gente "importante", desde jogadores de futebol, milionários, políticos, onde estão? Foram destruídas? E quem as destruiu e porquê? E os tais crimes de evasão fiscal, do tal jornalista Artur Albarran e mais os seus negócios escuros, do tal grupo Carlyle do senhor Carlucci, em Portugal e onde, é que isso pára? O mesmo grupo Carlyle, onde até labora o ex-ministro Martins da Cruz e apeado, por causa de um pequeno crime, sem importância, o da cunha, para a sua filha e aquele médico do Hospital de Santa Maria, suspeito de ter assassinado doentes, por negligência? Exerce medicina? E os que sobram e todos os dias, vão praticando os seus crimes de colarinho branco sabendo, que a justiça portuguesa, não é apenas cega, é surda, é muda, é coxa e até é marreca.

Passado o prazo da intriga e de um tal sensacionalismo, todos estes casos, são arquivados, nas gavetas, de todas estas nossas consciências e condenados, ao esquecimento e ninguém quer saber as verdades, ou pelo menos, tentar saber a verdade, nunca saberemos as verdades, sobre o caso Casa Pia, nem saberemos, quem eram as redes e os tais "senhores importantes", que abusaram, abusam e abusarão dessas crianças, em Portugal, sejam rapazes, ou raparigas e visto, que os abusos sobre as meninas, ficaram sempre, na sombra e existe, em Portugal uma camada subterrânea de segredos e injustiças, de protecções e lavagens, de corporações e famílias, de eminências e reputações, de dinheiros e negociações que impedem a escavação de todas as verdades e este, é o maior fracasso desta dita democrácia camuflada, à portuguesa.

Clara Ferreira Alves - "Expresso."

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