A CRIAÇÃO
Apresento aqui um desses textos que preparei na altura
para responder à pessoa que esteve enredada numa “seita” pseudocristã que
interpretava a Bíblia a seu modo, e nas suas curtas leituras da Bíblia não
conseguia contextualizar o que lia. No Génesis
1, por exemplo, ficou com grandes dúvidas sobre a veracidade da Criação do nosso mundo em sete dias.
Espero conseguir elucidar os curiosos, e cépticos, sobre
os mistérios da Criação e compreendam melhor este tema tão controverso e
difícil de abarcar por quem não tenha ainda “acordado”.
O NADA vem do NADA, portanto algo criou o mundo.
Consideramos esse “algo” como a Entidade que TUDO criou, a quem damos milhares
de nomes, conforme as culturas de cada um. Uma lenda muito antiga diz que
quando a humanidade descobrir todos os nomes de Deus o Mundo acaba.
Lembremo-nos desta citação de Jesus Cristo, pois é preciso ter a mente aberta para aceitar o que está ao alcance dos nossos olhos,: "Reconheça o que está ao alcance dos seus olhos, e o que está oculto tornar-se-á claro para você"
A CRIAÇÃO:
"No princípio criou Deus os céus e a terra.*
Era sem forma e vazia e havia trevas sobre a face do abismo.
E o Espírito de Deus movia-se sobre a face das águas.
E disse Deus: Haja luz e houve luz.
E viu Deus que era boa a luz e fez separação entre a luz e as trevas.
E Deus chamou à luz Dia e às trevas chamou Noite.
E foi a tarde e a manhã do dia primeiro"
*De
salientar que na Bíblia protestante vem a criação dos Céus (no plural) e na Bíblia Católica já vem a criação do Céu (no
singular).
Eu também tive muitas dúvidas a princípio, quando comecei a ler a Bíblia sem uma orientação.
Há várias formas de a ler e aprendi imediatamente que a se a lermos como um romance ou procurarmos uma interpretação literal do que ali vem escrito, ficamos completamente baralhados e nada compreendemos, bem como se procurarmos outro tipo de interpretação como a esotérica ou cabalista.
A bíblia é um livro vivo e por cada vez que a lemos encontramos novo significado e avançamos um pouco mais na sua compreensão, mas é preciso lê-la toda, porque o complemento de alguns factos encontra-se noutros livros, como por exemplo, alguns factos do Génesis têm continuidade no livro de Jeremias ou Ezequiel, ou até no Novo testamento em Coríntios. A Bíblia só é compreendida por quem se humilha perante Deus e pede a sua interpretação e ai dos "intelectuais" que pretendem interpretar por conta própria. "Pois a Escritura diz: destruirei a sabedoria dos sábios e rejeitarei a inteligência dos inteligentes". (1Coríntios 1: 19).
O primeiro capítulo do Génesis não pode ser lido como um manual de ciências naturais. O Génesis foi escrito como um veículo de verdades morais e espirituais. Não podemos chegar a conclusões científicas sobre a criação do mundo a partir desta literatura mítica ou forma de género literário. Cada género literário tem regras diferentes de interpretação do respectivo sentido. O teor da narrativa põe em destaque a existência de um único Deus Vivo e Criador, que a Natureza não é divina nem está povoada por outras divindades, e que o ponto mais alto da "Criação", desta onda evolutiva, é a humanidade. E a humanidade é chamada a colaborar na obra da Criação, ao dar o nome aos animais.
A Terra seca é a ausência
de Vida e a água, a chuva, é a grande bênção (depois do segundo dia da Criação) que permite ao Criador criar os
seres vivos e modelar o Homem, como
um oleiro que reconhece a sua obra.
Deus criou esta Terra (desta onda evolutiva) para que o Homem a cultive e guarde, usufrua
dela e possua vida plena. A condição única é a de o Homem obedecer a Deus, respeitar o seu projecto de Vida e
fraternidade, e não se assenhorar e comer da árvore do conhecimento do bem e do
mal. Infelizmente o Homem não está a respeitar esta condição e sofre as
consequências.
Procurei muito, li muito sobre outras filosofias e religiões, e descobri que as descobertas da ciência quanto à origem do homem até têm cabimento na narração bíblica.
Resumindo: A Bíblia narra o surgimento desta humanidade e o seu percurso, o que quer dizer que ficou espaço para outras humanidades mais antigas. A evolução caminha em espiral, pelo que os ciclos de vida repetem-se mas não é semelhante. Cada novo ciclo está num patamar mais elevado, como numa mola helicoidal. Cada espiral da mola, repete o mesmo percurso em círculo, mas mais acima.
Cada nova espiral representa um ciclo de vida, uma nova humanidade e todos os seres vivos que a acompanham.
Pelo que nos diz a ciência, os estudos arqueológicos e a antropologia, há vestígios de civilizações anteriores ao aparecimento de Adão, bem como de uma fauna e flora diferentes, como os dinossauros e outros, mas o ciclo de vida da nova humanidade, depois de destruída e extinta a velha, começa com Adão. E a Bíblia narra o início, o meio e o fim desse ciclo.
A velha humanidade, no patamar inferior da espiral de vida, autodestruiu-se como o está a fazer a humanidade actual. Deus está novamente desiludido com o Homem, que criou e a quem deu o livre-arbítrio na evolução, e não será a primeira vez que o Homem se auto-eliminará e seja criada outra humanidade para iniciar outra caminhada pela vida e a quem dará o poder sobre a Nova Terra.
Creio que a humanidade que errou e foi extinta na carne, permanece pelo espírito na Terra, só que sem poder sobre ela, poder esse que foi dado à nova humanidade. E isso cria conflitos. Os espíritos da velha humanidade, o joio que foi separado e condenado a vaguear pela Terra e acompanhar a evolução dos novos "donos", todos aqueles que se aliaram aos anjos caídos e são seguidores de Lucífer, o anjo que se revoltou contra Deus, conhecidos como demónios e de quem tanto fala Jesus no Novo Testamento, tudo fazem para que o Homem fracasse na realização do plano que Deus tem para ele.
Quanto mais se elevar a nova humanidade mais para trás ficarão esses espíritos imundos e mais próximo estará o seu julgamento final e condenação nesta onda evolutiva. Deus pô-los de quarentena e quando chegar a altura serão condenados. Acredito que essa "condenação" será a impossibilidade de esses seres ascenderem para a nova dimensão espacial a que o Homem ascenderá.
Se procurarmos bem veremos que está implícito no Livro Sagrado dos Cristãos que essa quarentena seria de um determinado número de anos (não me lembro quantos. Mas qualquer teólogo deve saber) e que, conforme as profecias do Apocalipse, estará muito próximo ou mesmo já na altura de alguns anjos caídos poderem ter acesso ao mundo visível do ser humano de hoje, o que poderá explicar os fenómenos cada vez mais numerosos de crueldades e ritos satanistas e completa dissolução de costumes num prenúncio do juízo final.
Portanto, tentarei interpretar este pequeno texto:
No princípio criou Deus os céus e a terra. Não há dúvidas sobre isto. Os Céus, ou Dimensões espaciais, e a Terra que também acompanhará o Homem na sua ascensão porque a Terra é também um ser vivo com o seu corpo físico e corpo etéreo que lhe permitirá passar por outras Dimensões.
Era sem forma e vazia e havia trevas sobre a face do abismo. Lógico. Depois da destruição do planeta, a Terra ficou informe, sem nada, e as trevas sobre a face do abismo será o espaço sideral. Um pedaço de rocha informe a vaguear no abismo sem fundo do espaço.
Procurei muito, li muito sobre outras filosofias e religiões, e descobri que as descobertas da ciência quanto à origem do homem até têm cabimento na narração bíblica.
Resumindo: A Bíblia narra o surgimento desta humanidade e o seu percurso, o que quer dizer que ficou espaço para outras humanidades mais antigas. A evolução caminha em espiral, pelo que os ciclos de vida repetem-se mas não é semelhante. Cada novo ciclo está num patamar mais elevado, como numa mola helicoidal. Cada espiral da mola, repete o mesmo percurso em círculo, mas mais acima.
Cada nova espiral representa um ciclo de vida, uma nova humanidade e todos os seres vivos que a acompanham.
Pelo que nos diz a ciência, os estudos arqueológicos e a antropologia, há vestígios de civilizações anteriores ao aparecimento de Adão, bem como de uma fauna e flora diferentes, como os dinossauros e outros, mas o ciclo de vida da nova humanidade, depois de destruída e extinta a velha, começa com Adão. E a Bíblia narra o início, o meio e o fim desse ciclo.
A velha humanidade, no patamar inferior da espiral de vida, autodestruiu-se como o está a fazer a humanidade actual. Deus está novamente desiludido com o Homem, que criou e a quem deu o livre-arbítrio na evolução, e não será a primeira vez que o Homem se auto-eliminará e seja criada outra humanidade para iniciar outra caminhada pela vida e a quem dará o poder sobre a Nova Terra.
Creio que a humanidade que errou e foi extinta na carne, permanece pelo espírito na Terra, só que sem poder sobre ela, poder esse que foi dado à nova humanidade. E isso cria conflitos. Os espíritos da velha humanidade, o joio que foi separado e condenado a vaguear pela Terra e acompanhar a evolução dos novos "donos", todos aqueles que se aliaram aos anjos caídos e são seguidores de Lucífer, o anjo que se revoltou contra Deus, conhecidos como demónios e de quem tanto fala Jesus no Novo Testamento, tudo fazem para que o Homem fracasse na realização do plano que Deus tem para ele.
Quanto mais se elevar a nova humanidade mais para trás ficarão esses espíritos imundos e mais próximo estará o seu julgamento final e condenação nesta onda evolutiva. Deus pô-los de quarentena e quando chegar a altura serão condenados. Acredito que essa "condenação" será a impossibilidade de esses seres ascenderem para a nova dimensão espacial a que o Homem ascenderá.
Se procurarmos bem veremos que está implícito no Livro Sagrado dos Cristãos que essa quarentena seria de um determinado número de anos (não me lembro quantos. Mas qualquer teólogo deve saber) e que, conforme as profecias do Apocalipse, estará muito próximo ou mesmo já na altura de alguns anjos caídos poderem ter acesso ao mundo visível do ser humano de hoje, o que poderá explicar os fenómenos cada vez mais numerosos de crueldades e ritos satanistas e completa dissolução de costumes num prenúncio do juízo final.
Portanto, tentarei interpretar este pequeno texto:
No princípio criou Deus os céus e a terra. Não há dúvidas sobre isto. Os Céus, ou Dimensões espaciais, e a Terra que também acompanhará o Homem na sua ascensão porque a Terra é também um ser vivo com o seu corpo físico e corpo etéreo que lhe permitirá passar por outras Dimensões.
Era sem forma e vazia e havia trevas sobre a face do abismo. Lógico. Depois da destruição do planeta, a Terra ficou informe, sem nada, e as trevas sobre a face do abismo será o espaço sideral. Um pedaço de rocha informe a vaguear no abismo sem fundo do espaço.
O espírito de Deus movia-se sobre a face das águas. Na rocha informe, devido
ao frio glacial do espaço sideral, existia uma forte névoa de gelo condensado,
como os meteoros errantes pelo espaço. Uma nuvem, que os antigos davam o nome
de espírito de Deus nas suas crónicas.
E disse Deus: Haja luz
e houve luz. Esta luz não é a luz do
Sol, mas o "haja luz", em vários contextos, significa "saber", o
princípio básico que permite criar algo.
E viu Deus que era boa a luz e fez separação entre luz e trevas. O narrador, da época, para dizer que o conceito "haja luz" é o certo e melhor decisão para encetar uma tarefa, pois sem conhecimento não é possível fazer nada, fala que Deus viu "que era boa" e que fez a "separação" entre a luz e as "trevas" que não é mais do que a separação entre o conhecimento, o saber, e a ignorância ou falta de luz. Um plano de execução baseado no saber e no conhecimento.
E Deus chamou à luz Dia e às trevas chamou Noite. Seria preciso identificar os dois conceitos. Ficou estabelecido que luz seria também conhecida como dia, e trevas como noite. Mais para a frente compreender-se-á a importância destas designações.
E viu Deus que era boa a luz e fez separação entre luz e trevas. O narrador, da época, para dizer que o conceito "haja luz" é o certo e melhor decisão para encetar uma tarefa, pois sem conhecimento não é possível fazer nada, fala que Deus viu "que era boa" e que fez a "separação" entre a luz e as "trevas" que não é mais do que a separação entre o conhecimento, o saber, e a ignorância ou falta de luz. Um plano de execução baseado no saber e no conhecimento.
E Deus chamou à luz Dia e às trevas chamou Noite. Seria preciso identificar os dois conceitos. Ficou estabelecido que luz seria também conhecida como dia, e trevas como noite. Mais para a frente compreender-se-á a importância destas designações.
E foi a tarde e a manhã do dia primeiro". Esta afirmação não pode
ser interpretada como um dia de 24 horas. Este "dia primeiro" é a
primeira fase da criação e corresponde a milhares de anos de evolução na
modelação do pedaço de rocha seguindo um plano bem estipulado. Agora falta o resto para compreendermos
melhor : Haja uma expansão no meio
das águas, e haja separação entre águas e águas. Toda a rocha, a ser
modelada, cheia de humidade, era uma mistura de vapor de água com tal
concentração que inundava as baixas com água líquida, mas essa concentração não
era o suficiente (ou não estavam reunidas as condições) para cair em forma de
chuva. Não havia chuva.
E fez Deus a expansão, e fez a separação entre as águas que estavam
de baixo da expansão e as águas que estavam sobre a expansão. A expansão que Deus fez
foi a criação da atmosfera e separação da água líquida (charcos, mares, rios)
da água vaporizada (nuvens). Foi a limpeza do Globo informe (movimento de rotação da rocha, para
culminar na maravilha que se tornou a (re)construção do planeta destruído).
A essa expansão deu o nome de Céu. Esta separação das águas e aparecimento das
nuvens e atmosfera límpida (o céu) são consequência da gravidade proporcionada
pelo movimento de rotação da Terra. Foi a tarde e a manhã do dia segundo.
Ajuntem-se as águas debaixo do céu num lugar; e apareça a porção seca. E assim foi. Foi a criação dos continentes (ou um continente, a que os estudiosos de hoje chamam Pangeia, que acabou de se separar pela deriva das placas teutónicas dando origem aos continentes actuais) e dos oceanos (Mares). Deus mandou a terra produzir erva verde, erva que dê semente e árvores frutíferas de várias espécies. Foi a tarde e a manhã do dia terceiro.
Depois seguiu-se a criação dos luminares ou luzeiros e do homem (o ponto fulcral de toda a criação, já depois de haver chuva e o barro poder ser moldado) e dos demais seres vivos e flora, com os respectivos ciclos reprodutivos. O luminar a que chamamos Sol para o Dia e as estrelas para a noite. Dia quarto. Deus mandou as águas produzirem répteis em abundância e voem as aves sobre os céus. Criou as baleias. Seguidamente, mandou a terra produzir almas viventes, conforme a sua espécie, gado e répteis, e feras. Quinto dia.
E façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança, e domine sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre o gado e sobre toda a terra e tudo o que se mova sobre a terra. Com certeza que não se trata de uma semelhança física mas sim no espírito, nos atributos, e possibilidade de evolução até à perfeição. Sexto dia. E descansou no sétimo dia.
Quanto aos sete dias da criação, é poesia, e não pode ser entendido literalmente. Cada dia, representa uma fase de execução do plano da criação, e deveria corresponder a milhares de anos, para que tudo se processasse naturalmente e sabiamente.
Toda esta narrativa da Bíblia vem de recolhas das tradições orais dos povos da altura, desde 2000 a 1500 antes de Cristo, o que, como sabemos, torna muito difícil descodificar as lendas e factos concretos.
É a minha opinião.
Ajuntem-se as águas debaixo do céu num lugar; e apareça a porção seca. E assim foi. Foi a criação dos continentes (ou um continente, a que os estudiosos de hoje chamam Pangeia, que acabou de se separar pela deriva das placas teutónicas dando origem aos continentes actuais) e dos oceanos (Mares). Deus mandou a terra produzir erva verde, erva que dê semente e árvores frutíferas de várias espécies. Foi a tarde e a manhã do dia terceiro.
Depois seguiu-se a criação dos luminares ou luzeiros e do homem (o ponto fulcral de toda a criação, já depois de haver chuva e o barro poder ser moldado) e dos demais seres vivos e flora, com os respectivos ciclos reprodutivos. O luminar a que chamamos Sol para o Dia e as estrelas para a noite. Dia quarto. Deus mandou as águas produzirem répteis em abundância e voem as aves sobre os céus. Criou as baleias. Seguidamente, mandou a terra produzir almas viventes, conforme a sua espécie, gado e répteis, e feras. Quinto dia.
E façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança, e domine sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre o gado e sobre toda a terra e tudo o que se mova sobre a terra. Com certeza que não se trata de uma semelhança física mas sim no espírito, nos atributos, e possibilidade de evolução até à perfeição. Sexto dia. E descansou no sétimo dia.
Quanto aos sete dias da criação, é poesia, e não pode ser entendido literalmente. Cada dia, representa uma fase de execução do plano da criação, e deveria corresponder a milhares de anos, para que tudo se processasse naturalmente e sabiamente.
Toda esta narrativa da Bíblia vem de recolhas das tradições orais dos povos da altura, desde 2000 a 1500 antes de Cristo, o que, como sabemos, torna muito difícil descodificar as lendas e factos concretos.
É a minha opinião.
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