DECLÍNIO E RUPTURA DOS EUA
Um dos principais analistas políticos russos afirmou que a tempestade económica nos Estados Unidos confirma a sua visão de que o país caminha para o colapso e será desmembrado em partes separadas.
O professor Igor Panarin declarou numa entrevista publicada a 24 de Novembro de 1998 pelo diário Izvestia: "O dólar não está assegurado por nada. A dívida externa do país tem crescido como uma avalanche, apesar de que no princípio dos anos 1980 não havia dívida. Em 1998, quando fiz a minha previsão, ela havia excedido os 2 milhões de milhões (triliões). Agora há mais de 11 milhões de milhões de dívida. Isto é uma pirâmide que só pode entrar em colapso".
O jornal afirma que as terríveis previsões de Panarin para a economia dos EUA, feitas inicialmente numa conferência internacional na Austrália, há 10 anos atrás quando a sua economia parecia forte, ganharam mais credibilidade com os acontecimentos posteriores.
Ao ser perguntado quando a economia dos EUA entraria em colapso, Panarin disse: "Ela já está a entrar em colapso. Devido à crise financeira, três dos maiores e mais antigos cinco bancos da Wall Street já deixaram de existir, e dois mal estão a sobreviver. As suas perdas são as maiores da história. Agora o que assistiremos é uma mudança no sistema de regulação a uma escala financeira global. A América não será mais a reguladora financeira do mundo".
Quando lhe perguntaram quem substituiria os EUA na regulação dos mercados mundiais, respondeu: "Dois países poderiam assumir este papel: a China, com as suas vastas reservas, e a Rússia, que podia desempenhar o papel de um regulador na Eurásia".
Perguntado porque esperava que os EUA se desmembrassem em partes separadas, disse: "Por todo um conjunto de razões. Primeiramente, os problemas financeiros nos EUA ficarão piores. Milhões de cidadãos ali perderam as suas poupanças. Os preços e o desemprego estão em ascensão. A General Motors e a Ford estão à beira do colapso, e isto significa que todas as cidades ficarão sem empregos. Governadores já estão a pedir dinheiro insistentemente ao governo federal. A insatisfação está a crescer, e no momento isto está a ser sustido apenas por causa das eleições e da esperança de que Obama possa fazer milagres. Mas na Primavera já estará claro que não há milagres".
Ele também mencionou o "ajustamento político vulnerável", a "falta de leis nacionais unificadas" e "divisões entre a elite, as quais tornaram-se claras nestas condições de crise".
A sua previsão é que os EUA romper-se-ão em seis partes — a Costa do Pacífico, com a sua crescente população chinesa; o Sul, com os seus hispânicos; o Texas, onde movimentos pela independência estão em ascensão; a Costa do Atlântico, com a sua diferente e separada; cinco dos mais pobres estados centrais com suas grandes populações de nativos americanos; e os estados do norte, onde a influência do Canadá é forte.
Ele ainda sugeriu que "nós [russos] ainda podíamos reclamar o Alasca — ele foi cedido apenas em arrendamento (on lease), afinal de contas".
Quanto ao destino do US dólar, declarou: "Em 2006 foi efectuado um acordo secreto entre o Canadá, o México e os EUA sobre uma divisão comum, o Amero, como nova unidade monetária. Isto poderia assinalar preparativos para substituir o dólar. As centenas (de milhões) de notas de dólar que inundaram o mundo poderiam ser simplesmente congeladas. Sob o pretexto, digamos, de que terroristas estão a falsificá-las e de que precisariam de ser verificadas".
Acerca da reacção da Rússia à sua visão do futuro, Panarin considerou que deve "Desenvolver o rublo como uma divisa regional. Criar uma bolsa de petróleo em funcionamento pleno, a efectuar transacções em rublos... Devemos romper as cadeias que nos atam ao Titanic financeiro, o qual na minha opinião afundará em breve".
Sabemos hoje que esse
declínio é devido à acção agressiva da China, quanto ao plano muito bem
preparado que a colocou na dianteira da alta finança. A China tem-se espalhado
por todo o mundo e compra tudo o que pode e, principalmente, respaldou a sua
moeda, o Yuan, em ouro, enquanto que o dólar americano não está respaldado em
NADA. Contava com o monopólio do dólar para transaccionar o petróleo no mundo,
mas a China e a Rússia já "furaram" o sistema e com a recente
epidemia do Corona Vírus o petróleo está a perder valor abruptamente o que
inflaciona o dólar americano e prepara a morte do Petrodólar. Sem o Petrodólar a economia dos EUA colapsa.
Já se pôs a ideia de os Estados Unidos declararem a
incapacidade de fazer pagamentos em dólares lançando em alternativa uma nova moeda que não
valerá mais que vinte cêntimos.
Logo
no princípio quando se começou a desenhar ao conhecimento público o rebentamento
da bolha especulativa do imobiliário em Agosto de 2007 (ou ainda antes) começaram igualmente a
correr teorias, devido à astronómica dívida externa, sobre a inevitabilidade da
implosão do Dólar como moeda de referência no mercado financeiro global.
Teorias,
como sempre rotuladas de "conspiratórias”, começaram a circular no que
respeita a uma suposta moeda alternativa cunhada pelo Tesouro dos
Estados Unidos. O neo-conservador Hal Turner, um ex-jornalista
detentor de um programa periódico na rádio, alvo de represálias pela
administração Bush, divulgou pormenorizadamente a intenção dos EUA governados
pelos ultra-conservadores de substituírem o dólar por uma nova moeda.
Trata-se
do “Amero” um derivativo da raiz América – a nova moeda única para a
União da América do Norte (um pouco
como o Euro para a União Europeia)
a circular com a cumplicidade dos governos do Canadá e México. Os EUA
pensavam, com este remédio, curar a doença progressiva de que foram atacados na
década de 70, quando iniciaram o declínio da então maior nação com excedente de
créditos com que inundavam o resto do mundo, para a situação de nação com a
maior dívida mundial por volta do ano 2000.
O rebentamento da bolha da
“nova economia” e a saída pela via 11 de Setembro para a odisseia da guerra
generalizada contra os moinhos de vento do terrorismo têm feito o resto do
caminho para a falência a ponto de economistas liberais como Peter
Schiff reclamarem para a América de hoje o cognome de Segunda
República de Weimar.
O
Amero seria então como moeda de substituição ao velho émulo do marco alemão
da década de 1920 quando, devido ao seu valor desprezível, era queimado nos
fogões de cozinha uma vez que comprar lenha com as notas saía muito mais caro.
Pelos
vistos esse plano ainda não foi posto em prática. Os Democratas não se entendem
com os Republicanos, e a América vai-se impondo ao mundo enquanto pode, pelo
seu enorme poderio bélico.
Sem adopção às
regras do acordo ortográfico de 1990.
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