DUPLOS ETÉRICOS E A OBSESSÃO
Vive-se
presentemente uma onda de temor motivada pelo aumento dos crimes em todo o
mundo. A acção das autoridades não é suficiente para defender completamente os
cidadãos. Nem sempre o roubo é o objectivo final. As mulheres são violentadas,
as crianças raptadas ou aliciadas e conduzidas para paradeiros desconhecidos. O
aviltamento e degradação dos costumes são cada vez maiores.
O mundo
invisível é que domina e manipula o nosso mundo visível. Sempre foi assim. É
ali onde se formam as causas que irão produzir os efeitos no mundo físico. Na
região mais densa e inferior do mundo invisível encontram-se todas as espécies
de espíritos malignos (inferiores, boçais)
que desejam mergulhar nas sensações do mundo terreno. Essa fauna de seres sem espírito
(ou centelha do Espírito de Deus) é desprovida
de sentimentos e “alimenta-se” das energias que consegue absorver dos
sentimentos dos seres humanos. Chamamos-lhes “espíritos” apenas porque são
invisíveis para os nossos órgãos de percepção e se encontram noutra dimensão
também invisível para nós. Entre esses demónios distribuídos por tribos, com as
suas hierarquias, todos eles dominados pelos anjos decaídos que desobedeceram a
Deus e têm poder de influenciar os humanos (e que nunca podem obrigar o humano
a pecar) pululam também duplos etéricos de indivíduos que
morreram na Terra.
No entanto,
alguns espíritos mais evoluídos, superiores, estão ali com propósitos nobres e
altruístas tentando impedir que esses demónios ocupem os duplos etéricos até estes se desintegrarem. Quando um indivíduo
morre, o Corpo Vital (a componente espiritual do ser humano) separa-se do Corpo
Físico, pela ruptura do cordão de prata. Em
Eclesiastes, 12: 6 diz explicitamente: "Antes que o fio de
prata se rompa e a taça de ouro se parta, antes que a bilha se quebre na fonte
e a roldana rebente no poço. Então o pó volta para a terra de onde veio, e o
sopro vital retorna a Deus que o concedeu." . O Espírito do indivíduo regressa ao seu mundo de origem (já como
um átomo do Espírito Universal de Deus que se está a individualizar até se
fundir com a Alma do ser criado) aguardando pelo seu companheiro de
jornada, o Ego, a Alma, que seguiu para o “cemitério” colectivo, ou “casa de
repouso” da humanidade até à ressurreição.
O Corpo Astral, que
consegue circular nos dois mundos porque também é formado de matéria (muito
subtil), fazia a ligação com o Corpo Físico, e retirava-se periodicamente, levando
consigo a Alma e o Espírito, nos momentos em que o Corpo Físico entrava na fase
do sono reparador para as suas funções instintivas fazerem as “reparações”
necessárias”. Nessa altura os sonhos corriam livremente sem qualquer censura da
consciência, que estava fora, e tudo podia acontecer com a imaginação. Nesses
sonhos cometiam-se actos completamente loucos e proibidos nas fases de vigília.
Portanto, este Corpo era apenas um suporte e depois de se desligar do Corpo
Físico e se desligar da Alma e Espírito, ficava a pairar no mundo invisível,
dos “espíritos” como a tradição popular chama, até se desintegrar também. Só
que essa desintegração, mais lenta do que a desintegração do Corpo Físico,
depende do grau mais ou menos elevado do Espírito desencarnado. Se tiver
pertencido a um Ego muito evoluído, a sua desintegração é muito mais rápida.
Se, pelo contrário, ter pertencido a uma pessoa lasciva, ou uma pessoa que
tenha mergulhado completamente nos vícios do mundo carnal, sem ter ligado (ignorado
por completo) ao seu Espírito, a desintegração demora muito mais tempo.
Motivo porque as pessoas não se sentem bem nos cemitérios, principalmente de
noite, em que esses duplos etéricos deambulam por lá, ainda desorientados e
procurando as sensações a que estavam habituados no mundo físico. São atraídos
pela luz e nos velórios, quando as pessoas estão de coração aberto (ou
portas do Espírito escancaradas) onde nunca se devem ter velas (principalmente
de cera) acesas, porque esses duplos etéricos e demónios que os querem
ocupar estão ali atraídos pela luz e aproveitarão a oportunidade para tentarem
apoderar-se do Corpo Físico daqueles mais “fracos de espírito”.
O duplo etérico é uma
cópia do Corpo Físico do defunto, mas desprovido de consciência e do Espírito
que se retiraram. Tem uma vaga ideia do mundo vicioso em que viveu e, pela
atracção entre semelhantes, procura o ambiente a que estava habituado. Nestas
condições, esse duplo etérico pode ser usado pelos seres demoníacos que podem,
em muitos casos, apresentar-se a um “médium” involuntário (pessoa negativa)
com a aparência que quiserem para enganar os incautos. Têm gozo em aparecer nas
reuniões espíritas como as entidades que estão a evocar.
Os curiosos,
inexperientes, tornam-se vítimas que se colocam facilmente sob o seu domínio.
Se esses curiosos ocultistas, desprovidos da preparação adequada, conseguirem
abandonar o corpo voluntariamente, numa “viagem astral” mesmo a pequena
distância, sem a protecção de uma entidade mais evoluída, torna-se possível, e
até frequente, a posse do Corpo Físico por uma dessas criaturas. Os
estabelecimentos hospitalares para doenças mentais albergam muitos desses
infelizes.
Há imensos casos de
pessoas que abandonam os lares por muito tempo e são encontradas em locais
distantes, sem se lembrarem da sua existência passada. Trata-se de um caso de
obsessão. Nestes casos, espíritos inferiores, incapazes de passarem para o
mundo físico, aproveitam a primeira oportunidade que se lhes apresenta para se
apossarem do corpo de alguém que o permita, forçando o Espírito encarnado a
retirar-se do seu próprio corpo. Quando isso acontece, o dono do corpo está por
perto, embora invisível aos olhos físicos. Espera uma oportunidade para retomar
a posse do corpo que lhe foi roubado. Quando o consegue adquire a personalidade
autêntica, mas não se lembra de nada que tenha ocorrido durante o período da
obsessão.
Como defender-nos da
obsessão? É simples: Basta manter uma atitude mental positiva. O medo facilita
o desencadear das situações temidas. Jamais se deverá procurar o desenvolvimento
negativo, como se faz em certos grupos, nem mesmo praticar exercícios
respiratórios, dos que são usados pelos hindus ou utilizar outros recursos
ligados às práticas de bruxaria, como os “médiuns” mal preparados,
Tarôs, Astrologia, e muito menos o “Tabuleiro” que se tornou popular nas
reuniões sociais e serões familiares, como passatempo. É extremamente perigoso.
O seu funcionamento baseia-se na intervenção de espíritos, invisíveis para os
seus utilizadores imprudentes.
Tenham atenção: Deus deu o poder e a autoridade
ao Homem. O homem só é dominado pelo submundo se o permitir. Enquanto o Homem não se deixar
influenciar pelas constantes sugestões e ilusões vindas do mundo invisível, que
tenta dominar este mundo, tem o poder. Quando alguém é “possuído” é
porque se deixou dominar pela superstição ou pelo medo (resultantes
das sugestões a que está sujeito).
Efésios 6:12 “A nossa luta, de facto,
não é contra homens de carne e osso, mas contra os principados e as
autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra os espíritos
do mal, que habitam as regiões celestiais”. Regiões celestiais são as
regiões fora do mundo físico visível.
Na sua quase totalidade,
as pessoas desconhecem em absoluto o que se passa no mundo Astral. Quanto ao
“médium”, depende da sua preparação e a maioria não suspeita minimamente das
características malévolas, ou perversas, de quem deseja comunicar por meio
dele. Pode até aceitá-lo como um ente familiar ou uma entidade angélica a quem
entrega o seu corpo para o trabalho mediúnico.
Mas as pessoas frívolas,
emotivas e desconhecedoras de todo este processo, por vezes sensitivas, que se
divertem desta maneira, revelam, só por isso, uma total ignorância dos perigos
que as espreitam. Esta prática é um convite a entidades indesejáveis, a quem se
franqueiam as portas e que prontamente comparecem como convidados.
Paulo chega a
escrever aos colossenses: “Ninguém vos domine a seu bel-prazer, com
pretexto de humildade e culto dos anjos, metendo-se em coisas que não viu;
estando debalde inchado na sua carnal compreensão, e não ligado à cabeça, do
qual todo o corpo, provido e organizado pelas juntas e ligaduras, vai crescendo
em aumento de Deus”, CI
2.18-19.
Para maior
compreensão dos leigos, não me estendo muito e não entro em detalhes, pelo que
abordo genéricamente o tema complexo sobre o Corpo Astral ou Duplo Etérico. O
mundo astral pulsa atráves dos Corpos Astral e Vital do animal e do Homem,
havendo apenas uma diferença: no animal é inteiramente formado por matéria das
regiões mais densas do mundo astral, enquanto que no Homem, mesmo nas raças
mais atrazadas, um pouco da matéria das regiões superiores entra na composição
do seu Corpo Astral.
Os sentimentos dos
animais e das raças humanas menos desenvolvidas focalizam-se intensamente na
satisfação das suas necessidades e paixões mais inferiores, cuja expressão se
encontra na matéria das regiões inferiores do mundo astral. Por esta razão, e
para que possam sentir emoções mais elevadas e dirigi-las para objectivos
superiores, necessitam de materiais correspondentes nos seus corpos astrais. À
medida que o Homem progride na escola da vida, as suas experiências ensinam-no
e os seus desejos tornam-se melhores, mais puros. Desta forma, gradativamente,
a matéria do Corpo Astral sofre a correspondente modificação, em que as cores
sombrias da parte inferior são substituídas pela matéria mais pura e brilhante
das regiões superiores. O Corpo Astral aumenta de tamanho, de modo que o de um
santo é um objecto glorioso, de transparência luminosa, de uma pureza de cores,
incomparável e impossível de descrever. Essa luminosidade que rodeia o Corpo
Físico é conhecida por “Aura”.
No Corpo Astral (pode-se chamar assim para não complicar)
existem centros sensoriais que, ainda estão em estado latente na maioria das
pessoas. O despertar destes centros de percepção corresponde ao descerrar os
olhos num cego. Estes centros sensoriais ao serem despertados parecem vórtices.
Estão fixos em relação ao Corpo Físico. Na generalidade dos casos estes centros
não passam de simples remoinhos sem utilidade como meios de percepção. Porém
todos podem despertá-los tendo em conta de que dos métodos usados dependem os
resultados conseguidos.
No clarividente involuntário,
desenvolvido no sentido negativo e impróprio, estes vórtices giram da direita
para a esquerda, ou seja, na direcção oposta à dos ponteiros do relógio.
No clarividente voluntário, devidamente
desenvolvido, giram na mesma direcção dos ponteiros do relógio, brilham
esplendorosamente e ultrapassam muito a brilhante luminosidade do Corpo Astral
normal. O clarividente voluntário pode ver e investigar à vontade o mundo
invisível dos espíritos.
Os clarividentes
involuntários, cuja sensibilidade apareceu espontaneamente ou por meios
negativos, são espelhos que reflectem o que se passa à sua frente, incapazes de
obterem conhecimentos reais. E essa clarividência não surge quando querem, pelo
que têm necessidade de recorrer à charlatanice para não perderem “clientes”.
Para a maioria das pessoas é quase impossível distinguir
entre ambos, mas existe uma regra que toda a gente já ouviu e podem seguir com
confiança: Nenhum clarividente
genuinamente desenvolvido empregará a sua faculdade por dinheiro, ou qualquer
presente, ou donativos recebidos por interposta pessoa (assistente ou
familiar), nem tão-pouco para satisfazer a curiosidade mas, só e unicamente,
para ajudar a humanidade. Quem seja capaz de ensinar o método apropriado
para o desenvolvimento dessa faculdade nunca cobrará nada. Os que pedem ou
recebem dinheiro para exercer essa faculdade ou dar lições sobre ela, nada
possuem que valha a pena pagar. Reparem que os “médiuns” que exercem profissão
disso, são cada vez mais doentes e sem forças. Muitos mal podem andar uns
passos fora do ambiente onde trabalham. Os demónios, os espíritos inferiores e
toda a fauna que habita o mundo inferior, na dimensão mais densa da matéria,
alimentam-se das energias (sentimentos)
irradiadas pelos seres humanos e quanto mais sofrimento houver, mais fortes são
essas energias, um verdadeiro maná para esses seres do submundo. Quanto mais
caos provocarem, guerras, mortes, violência, etc., melhor “alimentados”
ficarão. Motivo porque sempre lutaram, e lutam, para que a humanidade não
consiga ascender para uma dimensão mais elevada (Reino de Deus, como ensina a Bíblia) já no mundo astral onde não
existem doenças, fome, guerras, onde, por consequência, liberto de energias
negativas dos mundos da Terceira e Quarta Dimensões.
Portanto, depois da morte física, o Corpo Astral
mantém-se por algum tempo mais na Terra até se desintegrar por completo, e
passar por uma série de experiências perturbadoras. Para quem ainda não
compreendeu ainda o que é este corpo etérico ou astral há exemplos muito
esclarecedores que provam a sua existência. Um indivíduo a quem lhe foi
amputado um membro continua a “sentir” por algum tempo a sua existência, com
comichão, frio e até dores.
O membro
amputado é do Corpo Físico, mas a sua réplica no Corpo Astral permanece até se
desintegrar por completo. Há casos de indivíduos que sentiram dores quando o
membro amputado foi mal embalado quando foi enterrado (como é de Lei) que só passaram quando o duplo etérico se
desintegrou. Pessoas que arrancam dentes, continuam por algum tempo a sentir
esses dentes como se ainda estivessem lá fisicamente.
A morte não
transforma ninguém e o pecador não se converte num santo apenas porque
abandonou o corpo material. Aquilo que for semeado na Terra, será colhido um dia,
em qualquer lugar, quando for o momento oportuno. Haverá sempre um momento em
que se terá de assumir a consequência dos actos e deles se arrepender.
O trabalho de
Deus pode ser lento mas é perfeito.
(Sem
adopção às regras do acordo ortográfico de 1990)
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