O ENIGMA DA
VIDA E DA MORTE
(Texto sem adopção às regras do acordo ortográfico de 1990)
Encontrei
este texto de Max Heindel, cuja matéria deve interessar a muita gente. (Max Heindel, Iniciado Rosacruz e fundador da Fraternidade Rosacruz nasceu
no dia 23 de Julho de 1865. O seu pai foi Franz Ludwig Von Grasshoff,
pertencente a uma nobre família ligada à Corte Alemã durante o tempo do
Príncipe Bismarck, que depois emigrou para Copenhague, Dinamarca, onde casou-se
com uma dinamarquesa tendo três filhos desse casamento. O filho mais velho
dessa união foi Karl Ludwig Von Grasshoff, que mais tarde adoptaria o
pseudónimo de Max Heindel. Interessou-se pelos estudos de metafísica,
ligando-se a sucursal local da Sociedade
Teosófica e serviu nela como vice-presidente de 1904 a 1905. Neste período
começou a crescer dentro dele um desejo intenso e incontrolável de entender a
causa das tristezas e dos sofrimentos da humanidade e como ajudar a aliviá-las.
Começou a estudar astrologia e aí encontrou, para sua imensa satisfação, a
chave do entendimento pela qual pôde descortinar os mistérios da natureza
interna e oculta do homem).
A doutrina
que Heindel defende é a da reencarnação,
pelo que pouco falou sobre a outra corrente, também muito importante (que Jesus abraçou) que defende a Ressurreição. A Bíblia fala nestas duas doutrinas e
cada um interpreta à sua maneira e conforme o ponto que quer desenvolver.
Na minha opinião
a corrente reencarnacionista está mais ligada à vida na Terra tentando explicar
os fenómenos evolutivos e os “porquês” de certos actos e situações
inexplicáveis à luz da justiça humana, enquanto que a corrente da ressurreição
é mais universal, abrangendo os Universos infinitos, e os planos cada vez mais
etéreos do mundo espiritual até chegar ao estado da luz pura ou “centro” do
Paraíso – em fases ainda desconhecidas pelo homem pelo grau evolutivo em que
ainda se encontra. O Conhecimento vai-se actualizando conforme a capacidade de
compreensão do homem se vai desenvolvendo. Do mundo material e estudo sob
investigação do mundo astral (invisível/semi-espiritual) da primeira corrente,
depois da Ressurreição a humanidade
terá todo o Universo infinito para evoluir, passando pelos diversos Céus ou
planos dimensionais cada vez mais livres da matéria. Para isso a Alma terá de
reunir condições “especiais”, ou preparação adequada, para singrar e atingir o
verdadeiro Paraíso e, se possível, fundir-se com a centelha do espírito universal
(de Deus) que sempre a acompanhou desde o momento em que nasceu num mundo
material tornando-se um indivíduo de luz
ou energia pura.
Disse “se
possível” porque sabe-se (por espíritos
muito evoluídos auxiliados pelos seres celestes que guiam a humanidade) que
essa fusão por vezes não acontece e a Alma terá outras missões a cumprir,
ordenadas pelas Entidades celestiais que nos governam. Essas Almas até poderão
regressar ao mundo material onde nasceram para ajudarem a nova vaga evolutiva.
A Bíblia abrange todo o conhecimento e
quanto mais evoluído estiver o indivíduo mais revelações ele encontrará.
No fim faço
um comentário, sobre o que penso do assunto, para completar a informação,
proporcionando um ponto de partida para poderem analisar o tema e chegarem a
uma conclusão. Como perceberão, esta matéria não pode ser concluída pelo
simples raciocínio lógico porque não há certezas de nada. Cada um aceitará o
que a sua intuição lhes ditar e
escolherá o caminho.
Vejamos
então:
Sempre que
observamos um nascimento, parece-nos tratar-se de uma “vida nova” que vem ao
mundo. Pouco a pouco a pequena forma cresce, vive, move-se entre nós e
converte-se num factor das nossas vidas até que chega o momento em que a forma
deixa de se mover, morre e decompõe-se.
A vida que
veio sem que nós saibamos donde, voltou novamente ao além. Então, perplexos e
tristes, familiares ou amigos formulam as três grandes e eternas perguntas a
respeito da existência de onde viemos? Onde estamos e para que estamos aqui?
Para onde vamos?
O temível
espectro da Morte lança a sombra fatal sobre todos os umbrais. Visita o palácio
do rico tal como a casa do pobre. Ninguém lhe escapa, velhos e novos, sãos e
enfermos, ricos e pobres. Todos, todos sem excepção, têm de passar por este portal
sombrio e desde as mais remotas idades se mantém o enigma da Vida ou o segredo
da Morte!
Tem havido,
infelizmente, muitas especulações sobre este assunto. Uma delas, das mais
populares, considera que não é possível saber-se nada de concreto sobre aquela
parte da nossa existência que decorre depois da morte até novo nascimento. É
erro e erro grave pensar-se desta maneira.
O
conhecimento, definido e concreto, pode ser obtido por todo aquele que se der
ao trabalho de desenvolver o “sexto sentido” que se encontra latente. Quando
ele desperta, abrem-se os olhos espirituais que se preparam para iniciar uma
nova existência física através do nascimento e aqueles que acabam de deixar
esta mesma vida terrena, isto é, aqueles que passaram pela mudança a que chamamos
Morte.
Vêem-se tão
clara e distintamente como vemos os seres físicos mediante os nossos olhos
carnais. Nem sequer é necessário um tipo de investigação a que chamamos directa
(investigação do mundo espiritual, de modo consciente e voluntário, estando o
espírito fora do corpo), como também não é preciso visitar a China para
conhecer as condições que ali existem. Podemos conhecer muitos pormenores de
países estrangeiros através de relatos de turistas. Sobre o mundo espiritual
existem tantos relatos e descrições como os que respeitam a qualquer dos
continentes do mundo, de África à Austrália ou Ásia.
A solução
do problema da Vida e do Ser, indicado nestas páginas está baseada nos
testemunhos idóneos e concordantes de muitos investigadores que desenvolveram
em grau apreciável a mencionada faculdade de se prepararem, cientificamente,
para a investigação nos domínios suprafísicos.
Por esta
razão, as conclusões apresentadas constituem factos científicos indiscutíveis e
tão reais como a existência da força da gravidade que mantém, nas suas órbitas,
os corpos celestes que giram em torno do Sol.
Para
resolver o problema da Vida e da Morte desenvolveram-se, ao longo dos tempos,
três teorias lógicas sobre este assunto. Partindo desta hipótese, a verdade
deverá ser encontrada numa das actuais, sem o que o problema continuaria
insolúvel.
O enigma da
Vida e da Morte é um problema básico que deve ser resolvido definitivamente. A
aceitação de uma destas teorias, em termos individuais, reveste-se de
enormíssima importância, pois ela condicionará a pessoa a vida inteira. Para
que haja uma escolha inteligente é preciso que todas sejam conhecidas,
analisadas, comparadas e discutidas, com espírito crítico e sem a mínima ideia
preconcebida, que possa, de algum modo, interferir na aceitação ou recusa de
uma em prejuízo de outra, segundo os méritos que, por essa via, lhe possam ser
atribuídos.
Vamos
enunciar desde já essas teorias. Depois veremos o seu grau de concordância com
factos reais, a razão e a lógica e em que proporção se harmonizam com outras
leis da Natureza. No universo não pode haver a mínima desarmonia entre as suas
leis e, consequentemente, as denominadas leis da Natureza devem harmonizar-se
perfeitamente com aquelas que de uma forma clara, ou implícita, estiveram ligadas
às referidas teorias.
São elas:
1 – A Teoria Materialista. Considera que a
Vida é uma jornada que vai do berço ao túmulo, que a Mente é o produto da
matéria, que o homem é a inteligência mais elevada do Cosmo e que esta perece
quando o corpo se dissolve depois da morte.
2 – Teoria Teológica. Afirma que, em cada
novo nascimento, uma Alma recém-criada surge no oceano da vida, acabada de
fazer pela mão de Deus. Considera que, no final de um curto intervalo de uma
vida, a alma passa através das portas da morte para o invisível e “ali fica”.
Defende ainda a ideia de que a felicidade ou a miséria, fica determinada pela
eternidade, pela convicção religiosa anterior à morte.
3 – Teoria do Renascimento. Ensina que cada
Alma é uma parte integrante de Deus no exercício das suas potencialidades
divinas, que desenvolve continuamente, tal como a semente se desenvolve e
converte numa planta. Este desenvolvimento decorre em repetidas existências em
corpos físicos diferentes, que permite transformar os poderes latentes em
energia dinâmica. E considera também que não há perdas definitivas, pois todos
os Egos alcançarão, por fim, a suprema perfeição e a união com Deus, levando
consigo a experiência acumulada que não é mais, afinal, que o fruto da sua
peregrinação pela matéria.
Comparando
a Teoria Materialista com as leis da
Natureza que já conhecemos, verifica-se que elas se contradizem. Sabe-se que a
matéria e a energia são indestrutíveis. De acordo com tais leis, a Mente não
poderá ser destruída ao morrer o corpo. O que se verifica com a Mente é
precisamente o que se dá com a matéria e energia.
Além disso,
a Mente é evidentemente superior à matéria, pois é capaz de modelar o rosto de
tal maneira que ele se converte no seu espelho fiel. Também sabemos que todas
as partículas do nosso corpo estão em modificação constante. Se a teoria
materialista fosse verdadeira, a nossa percepção interior deveria sofrer
igualmente modificações idênticas, sem que houvesse memória alguma do período
anterior, pelo que ela não abrangeria um período de tempo superior a sete anos.
A cada sete anos o corpo é diferente pois todas as células velhas foram
substituídas por novas. O corpo é completamente renovado.
Sabemos que
não é esse o caso. O mais insignificante incidente, ainda que esquecido momentaneamente,
pode recordar-se de uma forma muitíssimo viva se a pessoa foi levada a um
estado de transe. O materialismo não tem em conta estes estados de consciência,
chamados subconscientes ou supraconscientes.
Como não os
pode explicar, ignora-os. Todavia, perante as investigações científicas que têm
demonstrado a verdade dos fenómenos psíquicos para além de qualquer dúvida,
querer ignorá-los ou, pior ainda, negá-los, é um obstáculo fatal para a Teoria
que diz resolver o problema da vida, da própria Vida.
A Teoria
Materialista trem outros defeitos enormes que a tornam indigna de ser aceite.
Já dissemos, porém, o suficiente para que a recusemos justificadamente. Vamos,
por isso, ocupar-nos das outras duas.
Uma das
maiores dificuldades da Teoria Teológica
é a sua completa e confessada falta de equanimidade. De acordo com esta Teoria
que defende a criação de uma Alma em cada novo nascimento, devem existir
muitíssimos milhões de Almas desde o princípio do mundo, mesmo considerando a
sua existência há somente uns escassos 6 000 anos. Se considerarmos que de todas
elas apenas se salvarão 144 000 como alguns pretendem, as restantes serão,
naturalmente, relegadas aos tormentos para todo o sempre. Ficaríamos
estarrecidos perante esse “plano de salvação” que se apresenta como prova do
Seu admirável amor!
Suponhamos
que em Lisboa se recebe uma comunicação, via rádio, indicado que um grande
navio com os seus 3 000 passageiros corria o perigo de naufragar. Poderíamos
considerar um magnífico e glorioso plano de salvação o envio de um pequeno bote
salva-vidas? Certamente que não. Esse plano apenas seria aceitável se estiverem
esgotados todos os meios disponíveis na tentativa de salvar todos ou, pelo
menos, a maior parte dos passageiros e tripulantes.
O plano de
salvação oferecido pelos teólogos é pior ainda do que o envio de um bote
salva-vidas para o alto mar. Se se salvassem meia dúzia de náufragos, em 3 000
pessoas, teríamos ainda assim uma percentagem muito maior que a resultante de
144 000, relativamente a todas as Almas criadas! Se Deus tivesse realmente
formulado esse plano, é lógico que não seria omnisciente uma vez que permitiria
que o diabo recolhesse a maior parte, como se deduz desta teoria.
Deixando a
grande maioria da humanidade ser atormentada para sempre nunca poderia ser bom
e se não pode ajudá-la ou a ajudar-se a si mesmo também não é todo-poderoso! Em
caso algum poderia ser Deus! Tais suposições são, por isso, completamente
absurdas e sem consistência. Atribuir tal plano a Deus constitui uma blasfémia.
Max
Heidel
Meus
comentários:
Sobre
a Teoria do Renascimento, tenho algo
a acrescentar. Se de facto é assim, algo está mal. Temos os exemplos de pessoas
(espíritas, médiuns, bruxos, curiosos,
etc.) que passam o tempo, em mesas redondas ou outras, a “chamar” entidades
conhecidas pelas suas grandes obras na Terra, como o Dr. Sousa Martins por
exemplo, a pedir ajuda e até só por curiosidade ou para dar espectáculo. Esses
espíritos ficam assim “acorrentados” num limbo para responderem às chamadas,
mas como os adeptos são milhares como é que o Dr. Sousa Martins, por exemplo,
comparece a todas as chamadas nos locais mais diversos, à mesma hora, se não é
omnisciente como Deus e não pode estar em toda a parte ao mesmo tempo? Por esta
ordem de ideias esses seres “desencarnados” não podem preparar o próximo
nascimento na Terra porque estão “de serviço” permanente às solicitações
constantes. Além disso, como compreender a degradação total do homem moderno,
em que os valores humanos já quase não existem. Não há ética nem moral e os
valores egoístas prevalecem. Se, de facto, as Almas vão aprendendo em cada
reencarnação e se aperfeiçoando constantemente, como é que a humanidade está em
regressão e cada vez pior. Seria mais lógico um aperfeiçoamento visível nos
valores e moral da humanidade. E o que se vê é o contrário. O homem está cada
vez mais bárbaro e o que conta é a lei do mais forte e os métodos para a
matança entre eles são cada vez mais letais. Não há respeito pela Vida, quer
seja de outros humanos, quer seja das outras espécies que povoam o planeta que
também é agredido para satisfação das suas necessidades egoístas. Em suma, não
se vêem melhorias nenhumas no comportamento e gerência das comunidades nem
melhorias no comportamento dos indivíduos. Essas Almas não aprendem nada com a
História, porque os erros continuam e até pioram. Nada nos diz que o homem
moderno é mais “civilizado”, nos valores e na moral, do que o homem primitivo.
Nasci em África, conheço bem os naturais “primitivos” e seus costumes e posso
afirmar que eram justos e sãos. Respeitam a natureza e os animais. Só matavam
em caso de necessidade e nunca por “desporto” como o homem “civilizado”
europeu. A ocupação de África pelos homens “civilizados”, e com Almas mais
evoluídas (como apregoam os defensores da
Teoria do Renascimento) é que corromperam e degradaram esses povos
tornando-os “bárbaros” quando se sentiram colonizados e sujeitos a todas as
sevícias e mortandade em nome de uma civilização sem valores sólidos e justos.
Nesta
Teoria fala-se sobre o que aconteceria com as famílias quando se encontrassem
depois da morte. O falecido teria à sua espera um pai, uma mãe, um irmão ou um
marido ou esposa, o que será estranho, pois todas essas Almas, pela mesma
Teoria, já estariam noutro local numa nova reencarnação, mas o problema maior
não é esse. Em Mateus 22:29-30 Jesus
revela a verdade, ou seja, muitos povos tinham como tradição o irmão do defunto providenciar o sustento da viúva e
casar com ela, e acontecia que numa família numerosa, por exemplo a viúva
passar a viver com os restantes irmãos, um de cada vez, conforme iam morrendo. Qual
deles é que estaria à espera da falecida?
Hoje, a maioria das pessoas casadas separam-se e divorciam-se e passam por
vários casamentos. Os filhos deixam de crescer num lar único para circularem
por vários lares, perdendo o apego à família unida, o pilar de cada sociedade.
Além disso as próprias leis “modernas” têm como finalidade destruir esta
estrutura tão importante nas comunidades, retirando os filhos aos pais por
vários motivos considerados certos pelas leis humanas cada vez mais impessoais
e sem levar em conta o sentimento, mas sim os interesses estabelecidos.
Sobre
a Teoria Teológica é melhor
acrescentar mais alguma informação. Max Heindel diz, sobre esta teoria, que a
Alma passa através das portas da Morte para o “invisível” e “ali fica”. Falta
acrescentar que ali fica à espera da ressurreição
e julgamento final, ou prova final, para determinar se conseguiu as condições
necessárias para evoluir no Mundo do Espírito, começando pelo Mundo Astral, um
mundo semi-espiritual, o prometido Reino de Deus, a fase dourada da humanidade.
Supõe-se que a nova etapa começa no primeiro Céu e a Alma vai progredindo pelas
outras Dimensões espaciais superiores, ou Céus, como seres alados, até chegar à
condição de Ser de Luz e se fundir com o seu espírito que sempre a acompanhou
desde que nasceu na Terra.
O Conhecimento é disponibilizado
conforme o grau de evolução do Ser, pelo que ninguém sabe, no presente,
concretamente o que se passará no futuro.
Heindel
foca mais a sua atenção sobre a vida na Terra e sua evolução no mundo material.
Para ele não há evolução progressiva no Mundo do Espírito. Para ele a evolução
é feita na Terra e só depois é que essa Alma iria para mundos materiais mais
desenvolvidos (outros planetas) e
continuaria o processo sempre em mundos
materiais.
Em
Eclesiastes 12, o ensinamento está lá: "Quando os braços e mãos tremerem e as pernas curvarem, quando os
dentes deixarem de moer e cair a escuridão nos olhos, quando se fecharem os
ouvidos e os lábios se cerrarem, de deixar de ouvir o tom melodioso dos
passarinhos ao amanhecer, perder o sabor do tempero, é porque o homem já está a
caminho da morada eterna. Quando o cordão de prata se romper e a taça de ouro
(Ligação do cordão de prata com o corpo e espírito) se parte, então o pó (corpo físico) volta para a terra de
onde veio, e o sopro divino (o nosso espírito) retorna a Deus que o
concedeu". A Alma, com o nosso Ego, vai para o Seol/Hades
repousar e aguardar o julgamento final para poder continuar, ou não, a sua
evolução.
Portanto,
sou de opinião de que a evolução propriamente dita da Alma se processa no Mundo
do Espírito, pelo que a Alma, após uma paragem de “transição”, acordará no
mundo astral, semi-espiritual, para nova aprendizagem de preparação para outros
planos superiores cada vez mais espirituais e sem vestígios da matéria.
Na
passagem para outra dimensão, para o Céu que todos ouvem falar (que na realidade é um dos Céus a
atravessar) o ser humano já não tem um corpo material e utiliza o corpo
astral que já não necessita de alimento terreno mas sim alimento de natureza
celeste, o "maná escondido" que só será dado aos que a ele têm
direito
Ao contrário do que a Teoria do Renascimento acredita, Jesus ensinou então
que na ressurreição os homens e as mulheres não se casarão pois serão como os
anjos do céu. Ou seja, não podemos misturar a vida material com a vida no mundo
do espírito, Pelas condicionantes da evolução na Terra, as sociedades são
constituídas tendo como base a família, o que não acontece no mundo do espírito.
No mundo do espírito as Almas são únicas e assexuadas (como os anjos) porque
mesmo na Terra o ser humano tem as duas componentes dentro de si – macho e
fémea – e complementam-se para a sobrevivência do pilar da sociedade
estabelecida na Terra. No mundo do espírito todos os seres criados se
encontram, mas fazendo parte do UM, ainda individualizados mas caminhando para
a identificação total com Deus, pertencendo à mesma consciência universal e com
inteiro acesso a tudo. Aqueles que eram pais, maridos, avós, irmãos, na Terra
encontram-se com aqueles que foram seus filhos, irmãos, netos e esposas na
Terra, mas como seres independentes, unidos pelo Amor em Cristo, um Amor puro,
não carnal, sem as amarras e as tradições apenas válidas no mundo material em que
era preciso lutar pelo sustento e sobrevivência. Pelo que não haverá uma
"hierarquia" nas relações.
Depois da ressurreição e exame final em que é concedida a segunda Vida e imortalidade às Almas que trabalharam para isso, estas continuarão o seu caminho pelos diversos Céus, ou dimensões espaciais, sempre acompanhadas pelo espírito que lhes foi dado pelo Criador no seu nascimento no mundo material. Quando da morte física, o corpo voltou à sua origem – pó – e o espírito regressou ao mundo espiritual e a Alma ao Hades, o cemitério universal, onde esperará adormecida pela ressurreição.
Portanto tudo o que se uniu na Terra
só é válido na Terra. No Céu, ou mundo espiritual, as regras são outras e
de acordo com a independência e individualidade da Alma até esta se fundir com
a centelha do espírito universal que a acompanha sempre. Os pormenores, nenhum
humano os sabe. O ser humano sabe apenas o que lhe é permitido saber, até uma
fronteira delimitada.
Como o sabe? Pelo que lê dos profetas de Deus (1Tessalonicenses, 5:19-21) e pela INTUIÇÃO que se vai desenvolvendo
conforme o seu espírito (Mente e Alma, aliados ao nosso espírito) progride no
conhecimento. Chamo a essa caminhada como a "espiritualização" do
ser, em que o ser humano se vai desligando da matéria cada vez mais e terá cada
vez mais acesso ao Espírito Universal. Os que não conseguem, mergulham cada vez
mais no mundo material até perderem por completo o contacto com o Espírito
Santo. Deixam de sentir a Intuição,
os pressentimentos, o modo como “sentimos” o nosso espírito a dialogar
connosco.
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