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quarta-feira, 31 de outubro de 2018


O ENIGMA DA VIDA E DA MORTE

(Texto sem adopção às regras do acordo ortográfico de 1990)

Encontrei este texto de Max Heindel, cuja matéria deve interessar a muita gente. (Max Heindel, Iniciado Rosacruz e fundador da Fraternidade Rosacruz nasceu no dia 23 de Julho de 1865. O seu pai foi Franz Ludwig Von Grasshoff, pertencente a uma nobre família ligada à Corte Alemã durante o tempo do Príncipe Bismarck, que depois emigrou para Copenhague, Dinamarca, onde casou-se com uma dinamarquesa tendo três filhos desse casamento. O filho mais velho dessa união foi Karl Ludwig Von Grasshoff, que mais tarde adoptaria o pseudónimo de Max Heindel. Interessou-se pelos estudos de metafísica, ligando-se a sucursal local da Sociedade Teosófica e serviu nela como vice-presidente de 1904 a 1905. Neste período começou a crescer dentro dele um desejo intenso e incontrolável de entender a causa das tristezas e dos sofrimentos da humanidade e como ajudar a aliviá-las. Começou a estudar astrologia e aí encontrou, para sua imensa satisfação, a chave do entendimento pela qual pôde descortinar os mistérios da natureza interna e oculta do homem).

A doutrina que Heindel defende é a da reencarnação, pelo que pouco falou sobre a outra corrente, também muito importante (que Jesus abraçou) que defende a Ressurreição. A Bíblia fala nestas duas doutrinas e cada um interpreta à sua maneira e conforme o ponto que quer desenvolver.

Na minha opinião a corrente reencarnacionista está mais ligada à vida na Terra tentando explicar os fenómenos evolutivos e os “porquês” de certos actos e situações inexplicáveis à luz da justiça humana, enquanto que a corrente da ressurreição é mais universal, abrangendo os Universos infinitos, e os planos cada vez mais etéreos do mundo espiritual até chegar ao estado da luz pura ou “centro” do Paraíso – em fases ainda desconhecidas pelo homem pelo grau evolutivo em que ainda se encontra. O Conhecimento vai-se actualizando conforme a capacidade de compreensão do homem se vai desenvolvendo. Do mundo material e estudo sob investigação do mundo astral (invisível/semi-espiritual) da primeira corrente, depois da Ressurreição a humanidade terá todo o Universo infinito para evoluir, passando pelos diversos Céus ou planos dimensionais cada vez mais livres da matéria. Para isso a Alma terá de reunir condições “especiais”, ou preparação adequada, para singrar e atingir o verdadeiro Paraíso e, se possível, fundir-se com a centelha do espírito universal (de Deus) que sempre a acompanhou desde o momento em que nasceu num mundo material tornando-se um indivíduo de luz ou energia pura.

Disse “se possível” porque sabe-se (por espíritos muito evoluídos auxiliados pelos seres celestes que guiam a humanidade) que essa fusão por vezes não acontece e a Alma terá outras missões a cumprir, ordenadas pelas Entidades celestiais que nos governam. Essas Almas até poderão regressar ao mundo material onde nasceram para ajudarem a nova vaga evolutiva.

A Bíblia abrange todo o conhecimento e quanto mais evoluído estiver o indivíduo mais revelações ele encontrará.

No fim faço um comentário, sobre o que penso do assunto, para completar a informação, proporcionando um ponto de partida para poderem analisar o tema e chegarem a uma conclusão. Como perceberão, esta matéria não pode ser concluída pelo simples raciocínio lógico porque não há certezas de nada. Cada um aceitará o que a sua intuição lhes ditar e escolherá o caminho.

Vejamos então:

Sempre que observamos um nascimento, parece-nos tratar-se de uma “vida nova” que vem ao mundo. Pouco a pouco a pequena forma cresce, vive, move-se entre nós e converte-se num factor das nossas vidas até que chega o momento em que a forma deixa de se mover, morre e decompõe-se.

A vida que veio sem que nós saibamos donde, voltou novamente ao além. Então, perplexos e tristes, familiares ou amigos formulam as três grandes e eternas perguntas a respeito da existência de onde viemos? Onde estamos e para que estamos aqui? Para onde vamos?

O temível espectro da Morte lança a sombra fatal sobre todos os umbrais. Visita o palácio do rico tal como a casa do pobre. Ninguém lhe escapa, velhos e novos, sãos e enfermos, ricos e pobres. Todos, todos sem excepção, têm de passar por este portal sombrio e desde as mais remotas idades se mantém o enigma da Vida ou o segredo da Morte!

Tem havido, infelizmente, muitas especulações sobre este assunto. Uma delas, das mais populares, considera que não é possível saber-se nada de concreto sobre aquela parte da nossa existência que decorre depois da morte até novo nascimento. É erro e erro grave pensar-se desta maneira.

O conhecimento, definido e concreto, pode ser obtido por todo aquele que se der ao trabalho de desenvolver o “sexto sentido” que se encontra latente. Quando ele desperta, abrem-se os olhos espirituais que se preparam para iniciar uma nova existência física através do nascimento e aqueles que acabam de deixar esta mesma vida terrena, isto é, aqueles que passaram pela mudança a que chamamos Morte. 

Vêem-se tão clara e distintamente como vemos os seres físicos mediante os nossos olhos carnais. Nem sequer é necessário um tipo de investigação a que chamamos directa (investigação do mundo espiritual, de modo consciente e voluntário, estando o espírito fora do corpo), como também não é preciso visitar a China para conhecer as condições que ali existem. Podemos conhecer muitos pormenores de países estrangeiros através de relatos de turistas. Sobre o mundo espiritual existem tantos relatos e descrições como os que respeitam a qualquer dos continentes do mundo, de África à Austrália ou Ásia.

A solução do problema da Vida e do Ser, indicado nestas páginas está baseada nos testemunhos idóneos e concordantes de muitos investigadores que desenvolveram em grau apreciável a mencionada faculdade de se prepararem, cientificamente, para a investigação nos domínios suprafísicos.

Por esta razão, as conclusões apresentadas constituem factos científicos indiscutíveis e tão reais como a existência da força da gravidade que mantém, nas suas órbitas, os corpos celestes que giram em torno do Sol.

Para resolver o problema da Vida e da Morte desenvolveram-se, ao longo dos tempos, três teorias lógicas sobre este assunto. Partindo desta hipótese, a verdade deverá ser encontrada numa das actuais, sem o que o problema continuaria insolúvel.

O enigma da Vida e da Morte é um problema básico que deve ser resolvido definitivamente. A aceitação de uma destas teorias, em termos individuais, reveste-se de enormíssima importância, pois ela condicionará a pessoa a vida inteira. Para que haja uma escolha inteligente é preciso que todas sejam conhecidas, analisadas, comparadas e discutidas, com espírito crítico e sem a mínima ideia preconcebida, que possa, de algum modo, interferir na aceitação ou recusa de uma em prejuízo de outra, segundo os méritos que, por essa via, lhe possam ser atribuídos.

Vamos enunciar desde já essas teorias. Depois veremos o seu grau de concordância com factos reais, a razão e a lógica e em que proporção se harmonizam com outras leis da Natureza. No universo não pode haver a mínima desarmonia entre as suas leis e, consequentemente, as denominadas leis da Natureza devem harmonizar-se perfeitamente com aquelas que de uma forma clara, ou implícita, estiveram ligadas às referidas teorias.

São elas:

1 – A Teoria Materialista. Considera que a Vida é uma jornada que vai do berço ao túmulo, que a Mente é o produto da matéria, que o homem é a inteligência mais elevada do Cosmo e que esta perece quando o corpo se dissolve depois da morte.

2 – Teoria Teológica. Afirma que, em cada novo nascimento, uma Alma recém-criada surge no oceano da vida, acabada de fazer pela mão de Deus. Considera que, no final de um curto intervalo de uma vida, a alma passa através das portas da morte para o invisível e “ali fica”. Defende ainda a ideia de que a felicidade ou a miséria, fica determinada pela eternidade, pela convicção religiosa anterior à morte.

3 – Teoria do Renascimento. Ensina que cada Alma é uma parte integrante de Deus no exercício das suas potencialidades divinas, que desenvolve continuamente, tal como a semente se desenvolve e converte numa planta. Este desenvolvimento decorre em repetidas existências em corpos físicos diferentes, que permite transformar os poderes latentes em energia dinâmica. E considera também que não há perdas definitivas, pois todos os Egos alcançarão, por fim, a suprema perfeição e a união com Deus, levando consigo a experiência acumulada que não é mais, afinal, que o fruto da sua peregrinação pela matéria.

Comparando a Teoria Materialista com as leis da Natureza que já conhecemos, verifica-se que elas se contradizem. Sabe-se que a matéria e a energia são indestrutíveis. De acordo com tais leis, a Mente não poderá ser destruída ao morrer o corpo. O que se verifica com a Mente é precisamente o que se dá com a matéria e energia.

Além disso, a Mente é evidentemente superior à matéria, pois é capaz de modelar o rosto de tal maneira que ele se converte no seu espelho fiel. Também sabemos que todas as partículas do nosso corpo estão em modificação constante. Se a teoria materialista fosse verdadeira, a nossa percepção interior deveria sofrer igualmente modificações idênticas, sem que houvesse memória alguma do período anterior, pelo que ela não abrangeria um período de tempo superior a sete anos. A cada sete anos o corpo é diferente pois todas as células velhas foram substituídas por novas. O corpo é completamente renovado.

Sabemos que não é esse o caso. O mais insignificante incidente, ainda que esquecido momentaneamente, pode recordar-se de uma forma muitíssimo viva se a pessoa foi levada a um estado de transe. O materialismo não tem em conta estes estados de consciência, chamados subconscientes ou supraconscientes.

Como não os pode explicar, ignora-os. Todavia, perante as investigações científicas que têm demonstrado a verdade dos fenómenos psíquicos para além de qualquer dúvida, querer ignorá-los ou, pior ainda, negá-los, é um obstáculo fatal para a Teoria que diz resolver o problema da vida, da própria Vida.

A Teoria Materialista trem outros defeitos enormes que a tornam indigna de ser aceite. Já dissemos, porém, o suficiente para que a recusemos justificadamente. Vamos, por isso, ocupar-nos das outras duas.

Uma das maiores dificuldades da Teoria Teológica é a sua completa e confessada falta de equanimidade. De acordo com esta Teoria que defende a criação de uma Alma em cada novo nascimento, devem existir muitíssimos milhões de Almas desde o princípio do mundo, mesmo considerando a sua existência há somente uns escassos 6 000 anos. Se considerarmos que de todas elas apenas se salvarão 144 000 como alguns pretendem, as restantes serão, naturalmente, relegadas aos tormentos para todo o sempre. Ficaríamos estarrecidos perante esse “plano de salvação” que se apresenta como prova do Seu admirável amor!

Suponhamos que em Lisboa se recebe uma comunicação, via rádio, indicado que um grande navio com os seus 3 000 passageiros corria o perigo de naufragar. Poderíamos considerar um magnífico e glorioso plano de salvação o envio de um pequeno bote salva-vidas? Certamente que não. Esse plano apenas seria aceitável se estiverem esgotados todos os meios disponíveis na tentativa de salvar todos ou, pelo menos, a maior parte dos passageiros e tripulantes.

O plano de salvação oferecido pelos teólogos é pior ainda do que o envio de um bote salva-vidas para o alto mar. Se se salvassem meia dúzia de náufragos, em 3 000 pessoas, teríamos ainda assim uma percentagem muito maior que a resultante de 144 000, relativamente a todas as Almas criadas! Se Deus tivesse realmente formulado esse plano, é lógico que não seria omnisciente uma vez que permitiria que o diabo recolhesse a maior parte, como se deduz desta teoria.

Deixando a grande maioria da humanidade ser atormentada para sempre nunca poderia ser bom e se não pode ajudá-la ou a ajudar-se a si mesmo também não é todo-poderoso! Em caso algum poderia ser Deus! Tais suposições são, por isso, completamente absurdas e sem consistência. Atribuir tal plano a Deus constitui uma blasfémia.

Max Heidel

Meus comentários:

Sobre a Teoria do Renascimento, tenho algo a acrescentar. Se de facto é assim, algo está mal. Temos os exemplos de pessoas (espíritas, médiuns, bruxos, curiosos, etc.) que passam o tempo, em mesas redondas ou outras, a “chamar” entidades conhecidas pelas suas grandes obras na Terra, como o Dr. Sousa Martins por exemplo, a pedir ajuda e até só por curiosidade ou para dar espectáculo. Esses espíritos ficam assim “acorrentados” num limbo para responderem às chamadas, mas como os adeptos são milhares como é que o Dr. Sousa Martins, por exemplo, comparece a todas as chamadas nos locais mais diversos, à mesma hora, se não é omnisciente como Deus e não pode estar em toda a parte ao mesmo tempo? Por esta ordem de ideias esses seres “desencarnados” não podem preparar o próximo nascimento na Terra porque estão “de serviço” permanente às solicitações constantes. Além disso, como compreender a degradação total do homem moderno, em que os valores humanos já quase não existem. Não há ética nem moral e os valores egoístas prevalecem. Se, de facto, as Almas vão aprendendo em cada reencarnação e se aperfeiçoando constantemente, como é que a humanidade está em regressão e cada vez pior. Seria mais lógico um aperfeiçoamento visível nos valores e moral da humanidade. E o que se vê é o contrário. O homem está cada vez mais bárbaro e o que conta é a lei do mais forte e os métodos para a matança entre eles são cada vez mais letais. Não há respeito pela Vida, quer seja de outros humanos, quer seja das outras espécies que povoam o planeta que também é agredido para satisfação das suas necessidades egoístas. Em suma, não se vêem melhorias nenhumas no comportamento e gerência das comunidades nem melhorias no comportamento dos indivíduos. Essas Almas não aprendem nada com a História, porque os erros continuam e até pioram. Nada nos diz que o homem moderno é mais “civilizado”, nos valores e na moral, do que o homem primitivo. Nasci em África, conheço bem os naturais “primitivos” e seus costumes e posso afirmar que eram justos e sãos. Respeitam a natureza e os animais. Só matavam em caso de necessidade e nunca por “desporto” como o homem “civilizado” europeu. A ocupação de África pelos homens “civilizados”, e com Almas mais evoluídas (como apregoam os defensores da Teoria do Renascimento) é que corromperam e degradaram esses povos tornando-os “bárbaros” quando se sentiram colonizados e sujeitos a todas as sevícias e mortandade em nome de uma civilização sem valores sólidos e justos.

Nesta Teoria fala-se sobre o que aconteceria com as famílias quando se encontrassem depois da morte. O falecido teria à sua espera um pai, uma mãe, um irmão ou um marido ou esposa, o que será estranho, pois todas essas Almas, pela mesma Teoria, já estariam noutro local numa nova reencarnação, mas o problema maior não é esse. Em Mateus 22:29-30 Jesus revela a verdade, ou seja, muitos povos tinham como tradição o irmão do defunto providenciar o sustento da viúva e casar com ela, e acontecia que numa família numerosa, por exemplo a viúva passar a viver com os restantes irmãos, um de cada vez, conforme iam morrendo. Qual deles é que estaria à espera da falecida?

Hoje, a maioria das pessoas casadas separam-se e divorciam-se e passam por vários casamentos. Os filhos deixam de crescer num lar único para circularem por vários lares, perdendo o apego à família unida, o pilar de cada sociedade. Além disso as próprias leis “modernas” têm como finalidade destruir esta estrutura tão importante nas comunidades, retirando os filhos aos pais por vários motivos considerados certos pelas leis humanas cada vez mais impessoais e sem levar em conta o sentimento, mas sim os interesses estabelecidos.

Sobre a Teoria Teológica é melhor acrescentar mais alguma informação. Max Heindel diz, sobre esta teoria, que a Alma passa através das portas da Morte para o “invisível” e “ali fica”. Falta acrescentar que ali fica à espera da ressurreição e julgamento final, ou prova final, para determinar se conseguiu as condições necessárias para evoluir no Mundo do Espírito, começando pelo Mundo Astral, um mundo semi-espiritual, o prometido Reino de Deus, a fase dourada da humanidade. Supõe-se que a nova etapa começa no primeiro Céu e a Alma vai progredindo pelas outras Dimensões espaciais superiores, ou Céus, como seres alados, até chegar à condição de Ser de Luz e se fundir com o seu espírito que sempre a acompanhou desde que nasceu na Terra.


O Conhecimento é disponibilizado conforme o grau de evolução do Ser, pelo que ninguém sabe, no presente, concretamente o que se passará no futuro.

Heindel foca mais a sua atenção sobre a vida na Terra e sua evolução no mundo material. Para ele não há evolução progressiva no Mundo do Espírito. Para ele a evolução é feita na Terra e só depois é que essa Alma iria para mundos materiais mais desenvolvidos (outros planetas) e continuaria o processo sempre em mundos materiais.

Em Eclesiastes 12, o ensinamento está lá: "Quando os braços e mãos tremerem e as pernas curvarem, quando os dentes deixarem de moer e cair a escuridão nos olhos, quando se fecharem os ouvidos e os lábios se cerrarem, de deixar de ouvir o tom melodioso dos passarinhos ao amanhecer, perder o sabor do tempero, é porque o homem já está a caminho da morada eterna. Quando o cordão de prata se romper e a taça de ouro (Ligação do cordão de prata com o corpo e espírito) se parte, então o pó (corpo físico) volta para a terra de onde veio, e o sopro divino (o nosso espírito) retorna a Deus que o concedeu". A Alma, com o nosso Ego, vai para o Seol/Hades repousar e aguardar o julgamento final para poder continuar, ou não, a sua evolução.  

Portanto, sou de opinião de que a evolução propriamente dita da Alma se processa no Mundo do Espírito, pelo que a Alma, após uma paragem de “transição”, acordará no mundo astral, semi-espiritual, para nova aprendizagem de preparação para outros planos superiores cada vez mais espirituais e sem vestígios da matéria.                                                                                                                                                                                                                      
Na passagem para outra dimensão, para o Céu que todos ouvem falar (que na realidade é um dos Céus a atravessar) o ser humano já não tem um corpo material e utiliza o corpo astral que já não necessita de alimento terreno mas sim alimento de natureza celeste, o "maná escondido" que só será dado aos que a ele têm direito

Ao contrário do que a Teoria do Renascimento acredita, Jesus ensinou então que na ressurreição os homens e as mulheres não se casarão pois serão como os anjos do céu. Ou seja, não podemos misturar a vida material com a vida no mundo do espírito, Pelas condicionantes da evolução na Terra, as sociedades são constituídas tendo como base a família, o que não acontece no mundo do espírito. No mundo do espírito as Almas são únicas e assexuadas (como os anjos) porque mesmo na Terra o ser humano tem as duas componentes dentro de si – macho e fémea – e complementam-se para a sobrevivência do pilar da sociedade estabelecida na Terra. No mundo do espírito todos os seres criados se encontram, mas fazendo parte do UM, ainda individualizados mas caminhando para a identificação total com Deus, pertencendo à mesma consciência universal e com inteiro acesso a tudo. Aqueles que eram pais, maridos, avós, irmãos, na Terra encontram-se com aqueles que foram seus filhos, irmãos, netos e esposas na Terra, mas como seres independentes, unidos pelo Amor em Cristo, um Amor puro, não carnal, sem as amarras e as tradições apenas válidas no mundo material em que era preciso lutar pelo sustento e sobrevivência. Pelo que não haverá uma "hierarquia" nas relações.

Depois da ressurreição e exame final em que é concedida a segunda Vida e imortalidade às Almas que trabalharam para isso, estas continuarão o seu caminho pelos diversos Céus, ou dimensões espaciais, sempre acompanhadas pelo espírito que lhes foi dado pelo Criador no seu nascimento no mundo material. Quando da morte física, o corpo voltou à sua origem – pó – e o espírito regressou ao mundo espiritual e a Alma ao Hades, o cemitério universal, onde esperará adormecida pela ressurreição.

Portanto tudo o que se uniu na Terra só é válido na Terra. No Céu, ou mundo espiritual, as regras são outras e de acordo com a independência e individualidade da Alma até esta se fundir com a centelha do espírito universal que a acompanha sempre. Os pormenores, nenhum humano os sabe. O ser humano sabe apenas o que lhe é permitido saber, até uma fronteira delimitada.

Como o sabe? Pelo que lê dos profetas de Deus (1Tessalonicenses, 5:19-21) e pela INTUIÇÃO que se vai desenvolvendo conforme o seu espírito (Mente e Alma, aliados ao nosso espírito) progride no conhecimento. Chamo a essa caminhada como a "espiritualização" do ser, em que o ser humano se vai desligando da matéria cada vez mais e terá cada vez mais acesso ao Espírito Universal. Os que não conseguem, mergulham cada vez mais no mundo material até perderem por completo o contacto com o Espírito Santo. Deixam de sentir a Intuição, os pressentimentos, o modo como “sentimos” o nosso espírito a dialogar connosco.

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