O HOMEM-MASSA ALIMENTA A PREDOMINÂNCIA DA MEDIOCRIDADE
O homem foi obrigado a tornar-se um ser
gregário porque a gregarização tende a nivelar tudo, como os gostos, hábitos e
ideais.
A humanidade foi logo acondicionada, pelas
forças invisíveis, numa Matrix para
não poder impor-se com a Autoridade e Poder que Deus lhe deu. A tradição, e
história antiga, falam no “pecado
original” que não é mais do que a “queda” da humanidade quando se deixou
seduzir por Satanás. A “expulsão” do homem do Paraíso foi, na realidade, o
corte na relação directa que o homem tinha com Deus, perdendo por isso o
usufruto da autoridade e poder de que foi investido.
Lucifer conseguiu “afastar” o homem do seu
Criador, mas não conseguiu para si a Autoridade e o Poder que Deus deu ao
homem. O que Deus dá é para sempre e ninguém tem poder para tirar essa dádiva.
Mas Lucifer acondicionou a humanidade numa “redoma”, numa Matrix, onde a mantém adormecida num mundo ilusório sem ter
consciência do seu Poder e Autoridade.
Entretanto, com a evolução, e guerra
constante entre mundos, muitos vão “acordando” e se organizando, para despertar
todos os outros que ainda estão adormecidos, com a ajuda das hostes celestes
encarregadas de os ajudar e orientar neste mundo. Os mitos que vão surgindo
deitam uma parede de fumo sobre a verdadeira história da humanidade, semeando a
confusão.
Para evitar esse nivelamento que só beneficia a média da capacidade da humanidade,
prejudicando os mais fortes e evoluídos, o individualismo foi ensinado por
Cristo.
As forças interessadas em controlar o homem
procuraram sempre misturar o individualismo
com o egoísmo.
Jesus disse que, para ser seu discípulo, o
homem devia abandonar tudo o que tivesse. Um ensinamento dirigido à emancipação
do seu poder, para que pudesse exercer a prerrogativa como indivíduo e
elevar-se acima da família e da nação (o que não significa, de modo nenhum, que
se deva menosprezar a família ou a pátria).
Sem se libertar de uma união limitada a um
grupo restrito, não será possível construir a Fraternidade Universal e eliminar
todos os separatismos.
Tudo isto para evitar o fenómeno do
aparecimento das “massas”. A massa é um grande grupo de indivíduos,
uma quantidade sem qualidade. A massa
tem um comportamento muito próprio, que é nivelado pelo indivíduo médio. Há um nivelamento de gostos, de
necessidades, de hábitos, e até o nivelamento psíquico das massas.
Antigamente,
um dirigente impunha-se pelos seus méritos próprios, físicos, intelectuais e
espirituais. Havia elites naturais.
No mundo moderno, o chefe é designado por um
poder central (Directório, Partido Político, etc.) que na maior parte das vezes
não atende às reais capacidades do indivíduo, e o prepara para esse fim. É por
isso que aumenta a predominância da mediocridade, uma vez que as elites
naturais tendem a desaparecer ou eclipsarem-se no seio das massas. Para as massas o condutor ideal poderá ser
apenas o idiota superior.
O homem-massa actua por imitação. Esse fenómeno
é aproveitado pelos organismos que oferecem os bilhetes de “claque”, para
influenciar o resto do público nos “aplausos”. Na moda acontece o mesmo. O
homem-massa pensa como as crianças, ou os selvagens, por imagens ou frases
feitas. Conseguem empolgar multidões. No homem-massa, que não lê nem pensa, que
recusa novos conceitos porque não quer reflectir, o ouvido e a vista ainda
substituem e dominam o pensamento. As suas mentes ainda não se libertaram da
sua escravidão para a vida material, ou seja, a norma deveria ser a
originalidade do pensamento (só possível com a evolução do espírito), mas os
valores que deviam ser verticais, permanecem horizontais.
No íntimo do homem-massa acaba por se
instalar o vazio psíquico e só consegue encontrar a sua maior-valia quando
integrado num grupo. Entre ele e o grupo passa a haver uma relação de
compensação e passa a ser facilmente telecomandado. Se, isolado, podia ter sido
um sábio, etc., no meio da multidão não passa de um animal que actua por
instinto. Os exemplos são muitos. Pessoas pacíficas, tímidas, quando absorvidos
numa manifestação de massas acabam por ter comportamentos completamente
anómalos onde brota toda a sua agressividade e maus instintos e cometem actos
completamente inadmissíveis quando estão no seu ambiente normal. Reconhecem que
realmente não compreendem o que lhes aconteceu para agirem daquele modo.
Como estas pessoas perderam os valores
tradicionais quando da sua ruptura com o meio, estão desequilibradas e vão
procurar aderir a um grupo, seja político, religioso, etc. Os grupos religiosos
procuram fornecer valores sagrados (se bem que muitos de mérito muito
discutível) com que substituem os valores perdidos.
Porém não tem consciência nem discernimento
necessários para ajuizar o seu valor autêntico, uma vez que a massificação
provoca o enfraquecimento e mesmo a perda de consciência, pelo que se deixa seduzir
pelo aparato e encenação a que recorrem todos esses grupos. Os seus ideais
pessoais são rapidamente anulados. O grupo tem uma influência muito forte sobre
a psicologia individual.
O indivíduo isolado tem as suas opiniões, em
regra firmes. Mas na presença de outros essas opiniões modificam-se. E o ideal
ocidental do homem fica assim prejudicado porque da “massa” não sai o pioneiro,
o sábio, o santo.
Motivo por que é um perigo a espiritualidade
de grupo, para massas, especialmente
as de origem oriental, não cristã.
Na prática, vê-se que o messianismo dos
vários grupos que surgem periodicamente um pouco por todo o lado e que prometem
o “único” caminho para a salvação, ou realização pessoal, têm um valor contestável.
As causas que levam as pessoas a engrossar as suas fileiras são sempre as
mesmas. O vazio psíquico que se instalou em cada uma, a rejeição dos valores
antigos, sem a necessária substituição pelos novos valores criados durante a
evolução, lutam pela auto-suficiência e liberdade, mas continuam dependentes de
uma autoridade superior ou de um pai protector. Não têm raciocínio lógico e o
pensamento abstracto e o raciocínio não estão devidamente treinados. Perderam a
percepção da realidade.
Deste modo, os supostos “mestres”, os
“gurus”, personificam o pai salvador mas, em regra geral, os manipulam. Depois
de conquistarem a confiança do indivíduo passam à fase seguinte que é a redução
da sua consciência. O indivíduo fica privado das suas capacidades críticas. A
personalidade é modificada, por reflexo do conformismo, por imitação e
sugestão.
O objectivo, com exercícios físicos e
espirituais penosos, é conduzir ao esgotamento mental e físico. Reduzem a
alimentação de uma forma drástica e quando a fraqueza aparece a corrente de
informação e doutrinação é intensa. Em pouco tempo cria-se um autómato. A
violação psíquica, a crueldade mental e física, a par da evangelização e
doutrinação, revela uma agressividade enorme.
Para evitar perdas de tempo e perigos,
pode-se alcançar o desenvolvimento espiritual sem cair em dependências inúteis.
O homem que espera que os outros lhe valham, em vez de confiar em si e trabalhar, não irá longe. E com o
conhecimento que for adquirindo poderá iluminar outros espíritos. O
conhecimento aumenta na razão directa do seu uso, ou seja: Quanto mais ensinamos, tanto mais aprendemos.
Por
isso, quando damos recebemos e crescemos em liberdade.
Quem sobe mais alto (espiritualmente) vê com
mais clareza. Apercebe-se dos erros e combate-os, mesmo com grande dificuldade
pelas limitações das “massas”.
Mesmo as reuniões em que é mantida uma
atitude positiva não são aconselhadas. Os poderes latentes de todos os membros
ficam misturados e as visões dos mundos internos, que às vezes se obtêm, são
resultado da influência das faculdades dos demais. Por isso, o clarividente que
obtém os seus poderes num círculo, é como uma planta de estufa: demasiadamente
limitado para que se lhe possa confiar o cuidado dos demais.
Sem comentários:
Enviar um comentário