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segunda-feira, 1 de outubro de 2018


O HOMEM-MASSA ALIMENTA A PREDOMINÂNCIA DA MEDIOCRIDADE

 
O homem foi obrigado a tornar-se um ser gregário porque a gregarização tende a nivelar tudo, como os gostos, hábitos e ideais.

A humanidade foi logo acondicionada, pelas forças invisíveis, numa Matrix para não poder impor-se com a Autoridade e Poder que Deus lhe deu. A tradição, e história antiga, falam no “pecado original” que não é mais do que a “queda” da humanidade quando se deixou seduzir por Satanás. A “expulsão” do homem do Paraíso foi, na realidade, o corte na relação directa que o homem tinha com Deus, perdendo por isso o usufruto da autoridade e poder de que foi investido.

Lucifer conseguiu “afastar” o homem do seu Criador, mas não conseguiu para si a Autoridade e o Poder que Deus deu ao homem. O que Deus dá é para sempre e ninguém tem poder para tirar essa dádiva. Mas Lucifer acondicionou a humanidade numa “redoma”, numa Matrix, onde a mantém adormecida num mundo ilusório sem ter consciência do seu Poder e Autoridade.

Entretanto, com a evolução, e guerra constante entre mundos, muitos vão “acordando” e se organizando, para despertar todos os outros que ainda estão adormecidos, com a ajuda das hostes celestes encarregadas de os ajudar e orientar neste mundo. Os mitos que vão surgindo deitam uma parede de fumo sobre a verdadeira história da humanidade, semeando a confusão.

Para evitar esse nivelamento que só beneficia a média da capacidade da humanidade, prejudicando os mais fortes e evoluídos, o individualismo foi ensinado por Cristo.

As forças interessadas em controlar o homem procuraram sempre misturar o individualismo com o egoísmo.

Jesus disse que, para ser seu discípulo, o homem devia abandonar tudo o que tivesse. Um ensinamento dirigido à emancipação do seu poder, para que pudesse exercer a prerrogativa como indivíduo e elevar-se acima da família e da nação (o que não significa, de modo nenhum, que se deva menosprezar a família ou a pátria).

Sem se libertar de uma união limitada a um grupo restrito, não será possível construir a Fraternidade Universal e eliminar todos os separatismos.

Tudo isto para evitar o fenómeno do aparecimento das “massas”. A massa é um grande grupo de indivíduos, uma quantidade sem qualidade. A massa tem um comportamento muito próprio, que é nivelado pelo indivíduo médio. Há um nivelamento de gostos, de necessidades, de hábitos, e até o nivelamento psíquico das massas.


Antigamente, um dirigente impunha-se pelos seus méritos próprios, físicos, intelectuais e espirituais. Havia elites naturais.

No mundo moderno, o chefe é designado por um poder central (Directório, Partido Político, etc.) que na maior parte das vezes não atende às reais capacidades do indivíduo, e o prepara para esse fim. É por isso que aumenta a predominância da mediocridade, uma vez que as elites naturais tendem a desaparecer ou eclipsarem-se no seio das massas. Para as massas o condutor ideal poderá ser apenas o idiota superior.

 


   
O homem-massa actua por imitação. Esse fenómeno é aproveitado pelos organismos que oferecem os bilhetes de “claque”, para influenciar o resto do público nos “aplausos”. Na moda acontece o mesmo. O homem-massa pensa como as crianças, ou os selvagens, por imagens ou frases feitas. Conseguem empolgar multidões. No homem-massa, que não lê nem pensa, que recusa novos conceitos porque não quer reflectir, o ouvido e a vista ainda substituem e dominam o pensamento. As suas mentes ainda não se libertaram da sua escravidão para a vida material, ou seja, a norma deveria ser a originalidade do pensamento (só possível com a evolução do espírito), mas os valores que deviam ser verticais, permanecem horizontais.

No íntimo do homem-massa acaba por se instalar o vazio psíquico e só consegue encontrar a sua maior-valia quando integrado num grupo. Entre ele e o grupo passa a haver uma relação de compensação e passa a ser facilmente telecomandado. Se, isolado, podia ter sido um sábio, etc., no meio da multidão não passa de um animal que actua por instinto. Os exemplos são muitos. Pessoas pacíficas, tímidas, quando absorvidos numa manifestação de massas acabam por ter comportamentos completamente anómalos onde brota toda a sua agressividade e maus instintos e cometem actos completamente inadmissíveis quando estão no seu ambiente normal. Reconhecem que realmente não compreendem o que lhes aconteceu para agirem daquele modo.

Como estas pessoas perderam os valores tradicionais quando da sua ruptura com o meio, estão desequilibradas e vão procurar aderir a um grupo, seja político, religioso, etc. Os grupos religiosos procuram fornecer valores sagrados (se bem que muitos de mérito muito discutível) com que substituem os valores perdidos.

Porém não tem consciência nem discernimento necessários para ajuizar o seu valor autêntico, uma vez que a massificação provoca o enfraquecimento e mesmo a perda de consciência, pelo que se deixa seduzir pelo aparato e encenação a que recorrem todos esses grupos. Os seus ideais pessoais são rapidamente anulados. O grupo tem uma influência muito forte sobre a psicologia individual.

O indivíduo isolado tem as suas opiniões, em regra firmes. Mas na presença de outros essas opiniões modificam-se. E o ideal ocidental do homem fica assim prejudicado porque da “massa” não sai o pioneiro, o sábio, o santo.

Motivo por que é um perigo a espiritualidade de grupo, para massas, especialmente as de origem oriental, não cristã.

Na prática, vê-se que o messianismo dos vários grupos que surgem periodicamente um pouco por todo o lado e que prometem o “único” caminho para a salvação, ou realização pessoal, têm um valor contestável. As causas que levam as pessoas a engrossar as suas fileiras são sempre as mesmas. O vazio psíquico que se instalou em cada uma, a rejeição dos valores antigos, sem a necessária substituição pelos novos valores criados durante a evolução, lutam pela auto-suficiência e liberdade, mas continuam dependentes de uma autoridade superior ou de um pai protector. Não têm raciocínio lógico e o pensamento abstracto e o raciocínio não estão devidamente treinados. Perderam a percepção da realidade.

Deste modo, os supostos “mestres”, os “gurus”, personificam o pai salvador mas, em regra geral, os manipulam. Depois de conquistarem a confiança do indivíduo passam à fase seguinte que é a redução da sua consciência. O indivíduo fica privado das suas capacidades críticas. A personalidade é modificada, por reflexo do conformismo, por imitação e sugestão.

O objectivo, com exercícios físicos e espirituais penosos, é conduzir ao esgotamento mental e físico. Reduzem a alimentação de uma forma drástica e quando a fraqueza aparece a corrente de informação e doutrinação é intensa. Em pouco tempo cria-se um autómato. A violação psíquica, a crueldade mental e física, a par da evangelização e doutrinação, revela uma agressividade enorme.

Para evitar perdas de tempo e perigos, pode-se alcançar o desenvolvimento espiritual sem cair em dependências inúteis. O homem que espera que os outros lhe valham, em vez de confiar em si e trabalhar, não irá longe. E com o conhecimento que for adquirindo poderá iluminar outros espíritos. O conhecimento aumenta na razão directa do seu uso, ou seja: Quanto mais ensinamos, tanto mais aprendemos.

Por isso, quando damos recebemos e crescemos em liberdade.

Quem sobe mais alto (espiritualmente) vê com mais clareza. Apercebe-se dos erros e combate-os, mesmo com grande dificuldade pelas limitações das “massas”.

Mesmo as reuniões em que é mantida uma atitude positiva não são aconselhadas. Os poderes latentes de todos os membros ficam misturados e as visões dos mundos internos, que às vezes se obtêm, são resultado da influência das faculdades dos demais. Por isso, o clarividente que obtém os seus poderes num círculo, é como uma planta de estufa: demasiadamente limitado para que se lhe possa confiar o cuidado dos demais.

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