EXORCISMOS - Casos de
possessão demoníaca estão a aumentar
Falemos
hoje sobre o problema dos nossos dias, em que o próprio Papa está alarmado e
acabou com o "tabu" que escondia estes fenómenos deixando as
populações completamente desamparadas e à mercê das forças malignas que
procuram destruir o ser humano, a criação de Deus com um objetivo bem definido,
mas que tem sofrido essa má influência e perdição de muitas Almas que procuram
entrar no Reino de Deus e evoluírem ao encontro do Pai e fazerem parte da
comunidade celestial que, como é lógico, não permanece estática e tem muitos
campos para assistir.
Muito
desse plano, está fora da nossa capacidade de compreensão, e o que nos
interessa, para já, é obedecer e acreditar na Palavra, fazendo a separação
entre o mundo físico, o mundo do homem pecador, e o mundo celestial a que o Homem
pode ascender não só porque Jesus se sacrificou para limpar esses pecados como
a capacidade que nos deixou de podermos "aceitar" o Espírito Santo e
pela fé beneficiarmos da Sua orientação e nos defendermos da influência dos
seres malignos e diabólicos. Eles não podem "obrigar-nos" a
aceitarmos as suas ordens, só podem influenciar-nos psiquicamente e pelo único
poder que Jesus deixou a Satanás, o domínio dos ares (ondas artesianas, rádio, televisão, internet), e para isso podemos
defender-nos com a ajuda do Espírito Santo e cumprindo os mandamentos que Deus
nos deu.
Entre
outros ensinamentos importantes Jesus disse, em João 8:23 e 24 "Vós sois
cá de baixo. Eu sou lá de cima. Vos sois deste mundo, mas Eu não sou deste
mundo. É por isso que eu digo que vós ireis morrer nos vossos pecados. Se não
acreditais que Eu Sou, morrereis nos vossos pecados".
Ou
seja: o pecado que leva à morte é permanecer fechado neste mundo de baixo,
dentro de uma ordem sócio-religiosa injusta. Jesus é a presença atuante de Deus
do Êxodo (Quando Deus se apresentou como
Eu Sou) que liberta o povo da escravidão e o conduz para uma nova vida, desejada por Deus (mundo de cima). É através da Sua morte
que Jesus realiza esse Êxodo.
De
resto, o fim de cada um está nas suas próprias mãos.
Muita
gente não acredita nesta luta entre o Bem e o mal e na influência maléfica do
mundo invisível que domina o mundo visível, até ver. Vejamos este artigo do
Jornal i.
Exorcismos. Casos de possessão demoníaca estão a aumentar
Jornal i online 19.5.2015
ROSA RAMOS 16/05/2015 19:00:00
O diabo foi banido da pregação da
Igreja nas últimas décadas, mas o
assunto voltou em força.
A culpa é do crescente paganismo e
do aumento das práticas ligadas à magia e ao esoterismo. “Há cada vez mais
casos de possessão demoníaca”, avisa o padre
Duarte Sousa Lara, exorcista da
diocese de Lamego. O alerta não é novo. Se, nas últimas décadas, o diabo foi
banido das pregações da Igreja (Nota minha: Estratégia seguida pela Igreja de Roma
totalmente nas mãos de Satanás, exceptuando, claro, alguns sacerdotes que ainda
tentam reagir. R), o assunto volta, agora, em força.
Há menos de um ano, o cardeal Rouco
Varela, arcebispo de Madrid e presidente da Conferência Episcopal Espanhola, nomeou,
de uma assentada só, oito exorcistas para a diocese de Madrid – numa decisão
sem precedentes na história da Igreja em Espanha. As nomeações, explicou, foram
motivadas pela “enorme avalancha de pedidos de ajuda relacionados com
influências malignas”.
Por cá, existem apenas três
exorcistas, nas dioceses de Santarém, Lamego e Viseu. (Nota
minha: Isto na Igreja Católica, porque nas Igrejas pentecostais e evangélicas,
o exorcismo, ou serviço de libertação, é um facto banal e rotineiro que está de
acordo com as instruções de Jesus aos apóstolos, motivo porque muitos católicos
migraram para os evangélicos onde encontram apoio. R.)
O Papa Francisco também ajudou a
recuperar o tema. Só nas primeiras 48h de pontificado, desafiou o inimigo
número um da Igreja Católica por duas vezes. A 14 de Março de 2013, na Capela
Sistina, citou o escritor francês Léon Bloy:
“Quem não reza ao senhor, reza ao
Diabo.” E acrescentou: “Quando não se confessa Jesus, confessa-se o mundanismo
do Diabo.” No dia seguinte, voltou à carga e deixou um aviso aos cardeais: “Não
cedamos ao pessimismo e à amargura que o Diabo oferece. ”A batalha não ficou
por aí. Poucos dias depois, Francisco voltou a lembrar o
Demónio, num discurso aos jovens. “E nestes momentos vem o inimigo, vem o
Diabo, muitas vezes disfarçado de anjo e insidiosamente nos diz a sua palavra.
Não o escuteis”.
Mesmo assim, o Papa que mais vezes
falou do demónio foi João Paulo II, embora a expressão mais célebre na história
da relação entre o Vaticano e o Diabo pertença a Paulo VI que, em
Junho 1972, chocou a imprensa internacional. “Tenho a sensação de que o fumo
de Satanás entrou no templo de Deus através de alguma fenda”, disse, referindo-se à crise da Igreja, saída do Concílio Vaticano II, e à perda de
influência no mundo moderno. A tirada irritou a ala progressista da Igreja, que
o acusou de voltar à Idade Média.
A verdade é que, apesar de o
catecismo da Igreja Católica continuar a defender que o inferno e o demónio
existem e que o rito do exorcismo é eficaz, muitos padres, especialmente os
mais jovens, não acreditam. A partir da década de 1960, os seminários do mundo
inteiro foram banindo as cadeiras de Demonologia. O fenómeno é explicado
pela força que as correntes de Teologia mais racionalistas foram ganhando a
partir da primeira metade do século XX.
E se, até essa altura, a Igreja
exorcizava demais – até porque a Medicina não estava tão avançada no campo da
Neurologia e da Psiquiatria –, agora exorciza de menos. “Passou-se dos oito ao
80”, critica Sousa Lara. A braços com a falta de exorcistas e com a falta de fé
dos próprios padres, a Igreja tem agora de enfrentar uma sociedade pagã e de
resgatar cada vez mais católicos não praticantes com sinais de influência
diabólica.
“As pessoas recorrem em massa a
videntes, bruxos, tarô, terreiros, astrologia,
reiki e ioga e, sem o
saberem, estão a abrir portas do mundo
espiritual para a entrada do demónio”, avisa o exorcista de Lamego.
Sousa Lara garante que a prova de
que para o demónio se afastar basta viver “na graça de Deus” é o facto de,
entre os mais de 200 casos graves que atendeu nos últimos anos, nenhum envolver
católicos praticantes. “São pessoas que deixaram de praticar e de viver de
acordo com o que Deus quer”.
Neste especial, o i explica o
essencial sobre o rito mais controverso da Igreja Católica e conta a história de
Aldina, uma mulher de sucesso que precisou de seis exorcismos. Falamos também
do padre Sousa Lara, o maior exorcista português (Nota minha:
Maior exorcista português na Igreja de Roma, porque há, e até conheço um muito
bem, bons exorcistas nas Igrejas Protestantes que sempre exerceram essa
actividade e prestaram auxílio a muita gente. R) que acompanhou Gabriele Amorth, o exorcista do
Vaticano, durante 10 anos.
Em 1965, o Concílio do Vaticano II
reafirmou a existência do demónio.
A encíclica “Guadium et Spes”
é clara: “Um duro combate contra os poderes
das trevas atravessa, com efeito, toda a história humana. Começou no princípio
do mundo e durará até ao último dia”. Os
demónios são anjos. Maus, claro, porque escolheram revoltar-se contra Deus. O
mal tem menos poder que o bem (se Deus quisesse podia acabar com o demónio) e
os diabos divertem-se a fazer cair os homens em tentação e no pecado. Tudo o que
querem é ganhar almas para a sua causa de rebelião contra Deus. Para a Igreja,
e apesar de alguns padres não acreditarem, o exorcismo é a oração mais eficaz
contra o demónio. Deve ser rezada por um padre nomeado exorcista pelo bispo e
só depois de descartadas explicações científicas e médicas para os
comportamentos anómalos.
1. O que é um exorcismo?
Um rito em que um padre, nomeado canonicamente
pelo bispo, expulsa demónios de uma pessoa possessa através de uma oração
litúrgica (Nota: Isto na Igreja de Roma, porque em princípio quem dá o poder aos
homens de Deus, ou apóstolos, para estas reuniões de libertação é o próprio
Espírito Santo. R).
2. Qualquer pessoa pode pedir para
ser exorcizada?
Caso haja a suspeita de que uma
pessoa possa estar sob influência demoníaca, o caso deve ser, segundo as regras
da Igreja Católica, comunicado ao padre da paróquia. Compete-lhe ouvir o
problema e tentar perceber se os comportamentos atribuídos à pessoa podem ser
de ordem médica ou psiquiátrica. Se a medicina não conseguir explicar os
fenómenos, confirma-se a hipótese da influência demoníaca e faz-se o exorcismo,
com a autorização do bispo da diocese do fiel (Nota minha: Isto
no caso de o possesso encontrar um padre que tenha fé e acredite no exorcismo.
Se for assim passará a pouca vida que lhe resta em sofrimento e adormecido por
drogas dos psiquiatras. R).
3. Quem pode exorcizar?
Em teoria, qualquer sacerdote
poderá fazê-lo. Porém, o exorcismo será tão mais eficaz quanto mais santo e
virtuoso for o padre. Além disso, na prática só os sacerdotes nomeados
canonicamente pelos bispos para fazerem exorcismos é que podem atuar. Qualquer
sacerdote – e até qualquer cristão – pode, no entanto, rezar a Oração de
Libertação que, ajudando a expulsar o mal, não é um exorcismo. (Nota
minha: Nos pentecostais e evangélicos os Pastores também foram devidamente formados em seminários
e, como nos católicos, há os Pastores especializados
em exorcismos e, pelo que sei, há tipos de exorcismos em que o Pastor tem que se preparar devidamente com
jejuns e limpezas psíquicas de oração rigorosas, porque se assim não for
não conseguirá controlar determinadas entidades em posições cimeiras na hierarquia
espiritual. R)
4. O que é, então, a oração de
Libertação?
Uma oração capaz de quebrar a
influência do demónio. Pode ser feita por um sacerdote, por um grupo de leigos
ou mesmo por qualquer cristão batizado.
Enquanto que o exorcismo serve para
esconjurar o demónio, a oração de libertação é uma prece dirigida a Deus. (Nota:
Qualquer Cristão pode orar e evocar Jesus para que o ajude. Qualquer demónio, por muito
forte que seja, não consegue resistir à evocação do nome de Jesus para
proteção. R)
5. Como se faz um exorcismo?
Antes de tudo, a pessoa que estiver
sob a influência do demónio deverá confessar-se, porque a Igreja (de Roma)
considera que se trata de um sacramento que liberta do pecado (Nota:
Nos protestantes, os cristãos não precisam do ritual da confissão, que não passa de um
ritual criado pela Igreja de Roma, e nada mais, pois Jesus ao expulsar os demónios e ao
mandar os seus discípulos fazerem o mesmo,
nunca falou em rituais e muito menos numa confissão para perdão
dos pecados. Jesus ao morrer na Cruz
limpou todos os pecados e deixou normas de comportamento sem no entanto dizer que os Apóstolos e
os futuros sacerdotes teriam autoridade para
julgar e perdoar as faltas cometidas. R).
No exorcismo propriamente dito, o
padre começa por invocar a ajuda de Deus para si próprio. Depois, benze água e sal,
mistura-os e asperge o exorcizado. De seguida, há um momento de perdão dos pecados.
Reza-se uma oração chamada Ladainha de Todos os Santos e recita-se o salmo 90.
Lê-se o Evangelho e, depois, o sacerdote impõe as mãos sobre o exorcizado.
Reza-se o Credo e um Pai-Nosso. De seguida, o exorcista mostra um crucifixo ao
exorcizado, com o qual lhe faz o Sinal da Cruz. Depois, sopra na cara da
pessoa, ordenando o afastamento do demónio. Só então é lida a oração do
exorcismo, que tem duas partes: uma, a depreciativa, de invocação a Deus; outra,
a imperativa, de expulsão de demónio. Depois reza-se uma Ação de graças e dá-se
a bênção final. (Nota: o exorcismo é feito em nome
de Jesus, por um pastor
credenciado sabedor das normas e comportamentos dos vários espíritos e
demónios, e só isso é o suficiente, independentemente de rituais, água benta, crucifixos e ladainhas. Só o
nome de Jesus é que tem a Força, o Poder. R).
6. Ocorrem manifestações violentas
durante os exorcismos, como nos filmes?
O padre Sousa Lara, exorcista de
Lamego, explica que, nos casos mais complicados, há situações parecidas com as
que se vêem no cinema, embora nos filmes os fenómenos sejam “exagerados”. Há
casos em que os exorcizados ganham uma força sobrenatural tão grande que
precisam de ser amarrados e agarrados por várias pessoas. O exorcizado de um
caso grave entra sempre em transe e não se recorda de nada. Durante o
exorcismo, fala. Mas é o demónio quem está a falar. É também comum que os exorcizados
vomitem, gritem, falem línguas estranhas ou tenham convulsões. Ao contrário do
que acontece nos filmes, os padres não perdem muito tempo a falar com os
demónios. “O mais importante e o que se tenta fazer, é conseguir ler a oração
até ao fim”, explica Sousa Lara.
7. Quais são as causas da possessão
diabólica?
Há várias causas, sendo que a
Igreja defende que os fiéis que sejam praticantes, se confessem e andem “na
graça de Deus” não serão afetados. Celebrar um pacto com o demónio, assistir a
sessões espíritas, a cultos satânicos ou ritos esotéricos, ser vítima de
malefícios (magia negra) ou ter sido oferecido pela própria mãe a Satanás são as razões mais comuns
que podem conduzir à possessão. Porém, o padre Sousa Lara garante que a esmagadora
maioria dos distúrbios são causados pelo recurso cada vez maior a formas de
adivinhação – tarô, astrologia, videntes, etc. – e a práticas de magia branca
ou negra (sejam bruxarias para fazer mal a outras pessoas ou rituais para fazer
bem).
8. Que sinais podem indicar a
presença de distúrbios diabólicos?
Dependendo do grau de influência do
demónio na pessoa, os sintomas vão variando – desde sensações ligeiras e dores
de cabeça a casos de possessão completa. Falar línguas desconhecidas, manifestar
uma força fora do normal e ter aversão a coisas sagradas (não conseguir, por
exemplo, entrar numa igreja) são sinais comuns nos casos graves. Ver, ouvir, sentir,
cheirar e imaginar coisas inexplicáveis à luz das ciências psicológicas também
são sintomas: o demónio age, com facilidade, sobre os sentidos. Ter sintomas
que a medicina não consegue explicar – como desmaiar e não ter qualquer doença
–, encontrar bruxarias à porta de casa, ver objetos a mexer-se sozinhos ou
electrodomésticos que se ligam e desligam de repente ou qualquer outra manifestação
inexplicável à luz da ciência e da medicina são sinais de alerta. (Nota:
Normalmente quem tenha problemas
de possessão não pode ouvir falar na bíblia nem em Jesus. Pode aceitar tudo mas não aguenta ouvir
o nome de Jesus. Tem sono e boceja muito quando
se fala na Bíblia Sagrada e na Santa Trindade. R)
9. Todos estes casos precisam de
exorcismos?
Não. O padre Sousa Lara explica que
só cerca de 10% dos casos que lhe chegam precisam realmente de exorcismos. A
maioria das situações melhoram (Nota: Situações de desequilíbrio que precisam de aconselhamento
psicológico e que se resolvem pelo meio da fé do indivíduo que acredita nos
rituais da Igreja em vez de ir fazer despesa com um psicólogo ou um psiquiatra.
Outros procuram o espiritismo e bruxaria e aí é que são então vítimas da possessão
demoníaca. R) com a confissão, a ida à missa, a
comunhão frequente e a oração contínua. Também há casos que se resolvem com a
Oração de Libertação, sem que seja necessário partir para o rito do exorcismo.
Além disso, o exorcista espanhol José Fortea explica, no livro “Tratado de demonologia e manual de
exorcistas” que é preciso distinguir a possessão diabólica (situações em que um
demónio possui o corpo de uma pessoa) de influência diabólica (casos em que o
demónio não chega a possuir o corpo da pessoa, mas em que ainda assim lhe consegue
causar danos: doenças, sensações no corpo e algum controlo da mente, através de
pensamentos estranhos). Há ainda outro fenómeno, chamado “circumdatio”,
em que o demónio “assedia” continuadamente a pessoa. Nestes casos, explica o
padre espanhol, é comum a pessoa ver objetos a moverem-se sozinhos, ouvir
ruídos, sentir cheiros, ter pesadelos e visões.
10. Como se pode afastar o demónio,
segundo a igreja?
Para a Igreja, basta viver na graça
de Deus, praticar o bem, ir à missa, comungar, confessar-se e rezar o terço
todos os dias. Pode recorrer-se, para autoproteção, a objectos sagrados
benzidos (como crucifixos), peregrinar até lugares sagrados e rezar-se a Oração
de Libertação. (Nota: não apoio esta
sugestão da utilização de objetos (ídolos), o que é idolatria
fortemente reprovada na Bíblia Sagrada. O que interessa, no fundo, é o indivíduo
ter fé em Deus e fazer as suas orações periódicas, evitar sessões espíritas,
tarôs, videntes, curandeiros, e tudo aquilo que a Bíblia avisa para evitar. Só
o facto de ter uma Bíblia em casa e a ler de vez em quando é um sinal de que é
uma criatura de Deus. Basta agir e cumprir as normas de procedimento de um
verdadeiro cristão conforme ensina a Bíblia. Ter um comportamento reto e justo
não é o mesmo que frequentar as missas e rituais que não compreende e muito
menos a salvação através da prática do Bem. Jesus sublinhou muito bem que a salvação vem através da Graça, e não do
comportamento. Deus deu essa Graça para os que acreditam n'Ele e no seu Filho
feito Homem, Jesus. R)
11. Um não católico pode ser
exorcizado?
Sim. Os não batizados e batizados
noutras confissões religiosas podem ser exorcizados. Aos que pertencem a
confissão monoteísta – como muçulmanos e judeus – não é necessário que
abandonem a sua religião. Basta que tenham fé num único Deus verdadeiro. Já os
que professem uma religião politeísta deverão abandonar a sua crença em vários
deuses que, para a Igreja, é falsa.
12. Há exorcismos fora da igreja
católica?
Sim, há exorcismo nas várias
confissões cristãs. Nos ramos ortodoxos, os exorcismos são até muito parecidos
com o ritual católico.
13. É verdade que o demónio conta os
pecados das pessoas presentes no exorcismo, incluindo os do padre?
O padre José Fortea, exorcista
espanhol, diz que não, embora admita que os demónios ameaçam muitas vezes
fazê-lo e, em alguns casos, inventam até pecados. O padre Sousa Lara confirma
que o demónio faz ameaças para incutir o medo, mas que aquilo que diz
durante os exorcismos nunca é verdadeiro.
14. Porque é que alguns católicos, incluindo
padres, não acreditam no demónio?
Importa explicar que a Igreja
Católica continua a defender, como há dois mil anos, que o demónio e o inferno
existem e que o exorcismo é eficaz. O que aconteceu, sobretudo a partir da
primeira metade do século xx, é que algumas correntes da Teologia começaram a
defender um racionalismo maior. Os padres deixaram de fazer tantos exorcismos
e, com o avanço da medicina, a acreditar que os distúrbios diabólicos podem ser
de origem psicológica. E o padre Sousa Lara concorda que muitos são. O
problema é que, diz, “passou-se dos oito aos 80” e o racionalismo tornou-se
excessivo nas últimas décadas. A maioria dos seminários aboliu as cadeiras de
Demonologia (estudo dos demónios). Seja como for, não é compatível ser-se padre
e não acreditar no diabo e no inferno – uma vez que a Igreja defende a sua
existência.
15. Uma das causas da possessão
diabólica é o recurso a práticas de adivinhação. Isso significa, então, que um
católico não pode recorrer
à astrologia ou magia?
É verdade. Um católico não deve,
nem pode, recorrer a qualquer forma de adivinhação. A Bíblia condena essas
práticas em várias passagens e o exorcista Sousa Lara avisa que toda e
qualquer adivinhação tem por detrás uma ligação ao demónio. O mesmo se aplica
ao ioga, ao tarô e ao reiki. A magia, mesmo que seja branca – para fazer o bem
a alguém ou atrair coisas boas –, pressupõe também pactos com o diabo. Por
vezes, as pessoas que recorrem a essas práticas não sabem, porque o fazem
através de bruxos, videntes ou médiuns que até usam imagens de Cristo.
16. Porque Deus não destrói os
demónios?
Se Deus quiser, pode fazê-lo,
porque é mais poderoso. O demónio (anjo mau) é uma criação divina, goza do dom
da existência e usou do seu livre arbítrio (que o Homem também tem) para escolher
revoltar-se contra Deus e o bem. Deus permite a sua acção maléfica e as
tentações porque assim poderá pôr à prova a fé dos homens.
17. Os exorcistas devem temer a
vingança do demónio?
O padre que se dedica a este
ministério deve rezar o rosário (quatro terços) todos os dias e pedir proteção
a Deus contra as investidas do demónio. Se o poder de Deus é infinito e o do
demónio não, nada há a temer, diz a Igreja. Basta só andar na graça de Deus e
ser um bom católico para o afastar.
18. O que faz com que um demónio
saia de um corpo num exorcismo?
Há três causas que levam o demónio
a abandonar um corpo. A primeira está na sua vontade em sair, algo que acontece
com os demónios mais fracos. Para estes diabos, as orações e os rituais
sagrados são torturas tão profundas que rapidamente atingem o limite do
sofrimento. A segunda causa é a persistência do exorcista, no caso de demónios
mais fortes. E depois há o poder da oração, que debilita gradualmente o
demónio, forçando a sua saída, embora o processo seja mais demorado. Se Deus
quiser, a qualquer momento e sem que nada seja necessário, a pessoa pode ser
curada.
19. O que é um demónio?
Um anjo condenado eternamente. Não
tem corpo e a sua existência assume um carácter inteiramente espiritual.
Segundo a Igreja, os anjos maus não foram criados maus. Tornaram-se malévolos
por que o escolheram ser e quando foram submetidos a uma prova divina. Os que
desobedeceram transformaram-se em demónios. Há, assim, uma luta constante entre
o bem e o mal, lá em cima e cá em baixo, na terra.
20. Quantos nomes tem o demónio?
O demónio é conhecido, segundo a
Igreja, por dez nomes. Satã ou Satanás, no Antigo Testamento, é o mais
poderoso e inteligente dos demónios que se rebelaram contra Deus. Diabo é como
chama o Novo Testamento a Satã. Embora seja frequente usar as
palavras “diabo” e “demónio” como sinónimo, a Bíblia distingue-os. O diabo é o
mais poderoso, o “tentador”, a “serpente”, o “maligno”. (Nota
minha: Na classe espiritual criada por Deus existem os Querubins, os Serafins,
Arcanjos e os Anjos, dos quais um terço caíram juntamente com Lucífer e continuam
a ser entidades espirituais das mais poderosas enquanto que existem milhões de
demónios que estão na mais baixa base da hierarquia demoníaca. Satanás é o
Diabo. É o mais alto príncipe na classe dos Anjos caídos. Já nos Evangelhos se
fala sobre a Legião que é um grupo de mais de dois mil demónios que o próprio
Jesus expulsou para uma vara de porcos. Portanto as entidades espirituais que
oprimem o Homem estão espalhadas por uma hierarquia. R)
Belzebu é usado como sinónimo de
diabo e significa “senhor das moscas”. Lilit surge na tradição judaica como um
ser demoníaco e, na mitologia mesopotâmica, é um génio com cabeça e corpo de
mulher, mas asas e patas de pássaro. Asmodeu é um termo que procede do persa “aesma daeva”, que significa “espírito de
cólera”. Sátiro significa “peludo” ou “bode” e deriva do hebraico “sa’ir”. Já
“demónio” vem do grego “daimon” e quer dizer “génio”. Na mitologia
greco-romana, os demónios não eram forçosamente uma entidade maléfica, mas no
Novo Testamento surgem sempre associado a seres malignos.
Belial, que significa “senhor” e
“Apolion” (“destruidor”) são outros nomes. Por fim, há Lúcifer, que significa
“estrela da manhã” e que alguns demonologistas acreditam ser o segundo demónio
mais importante na hierarquia demoníaca
(Nota: Lucífer era o título do Anjo da Luz que se
rebelou contra Deus e por isso foi-lhe tirado esse título e passou a ser
conhecido como Satanás. R).
Conclusão: O ritual da Igreja de Roma interessa apenas ao
possesso. Funciona psicologicamente. Os espíritos e demónios não ligam nenhuma a
estas ladainhas criadas no tempo
da Inquisição como arma para dominar psicologicamente as pessoas que acusavam
como sendo bruxos.
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