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domingo, 30 de agosto de 2020


OS GOVERNANTES INVISÍVEIS

Os homens que se encontram no primeiro plano da vida política têm realmente o poder entre as suas mãos?

É pressuposto que o destino das nações depende frequentemente de grupos organizados que não estão investidos de cargos oficiais, de "sociedades secretas" verdadeiros governos ocultos que decidem o destino da humanidade sem o nosso conhecimento.


Ao observarmos a sequência da História acabamos por nos interrogarmos se tudo o que ocorre tem algum sentido e coerência pela forma caótica como tudo "aparentemente" se processa. Até parece que a humanidade parece andar a esmo, uma actividade frenética e inútil quando, de facto, como um formigueiro, as acções individuais têm como fim um objectivo comum. Notamos por um lado o equilíbrio e a ordem harmoniosa (aparente) e por outro lado, o caos completo, a desorganização e desagregação, o que faz os investigadores questionarem se os eventos pertencem ao acaso ou se até as forças caóticas estão a obedecer a directrizes detalhadas sobre a orientação desses governantes "invisíveis".



Um autor inglês, Robert Payne, publicou em 1951 o seu livro "Zero, the Story of Terrorism", no qual relata a existência desses dirigentes "ocultos" que, à sombra dos governos visíveis, manejam a arma do terrorismo, a ferramenta absoluta para dominar a humanidade, sobrepondo-se até aos grandes grupos económicos que se limitam ao mero financiamento. "Factos estranhos" passaram a acontecer depois da publicação do livro, desde a compra de todos os estoques por emissários e a morte inexplicável do autor, alguns meses depois.

Entretanto, Jacques Bergier, investigador do insólito, revelou uma lista de assuntos proibidos para a imprensa convencional. Segundo ele a "proibição" é de alcance mundial, e todos os directores dos jornais mais importantes têm uma cópia dos apontamentos de Bergier, sejam capitalistas ou comunistas.



Em 1945, em Paris, Raoul Husson (1901-67), fisiólogo e psicólogo, publicou um livro, sob o pseudónimo de Geoffroy de Charnay, nome de um dos grandes Templários franceses, condenado à morte pelo fogo, em 1314, juntamente com o Grão-Mestre Jacques de Molay. 
Husson revela que as sociedades secretas formam uma pirâmide de três degraus. No primeiro, de fácil acesso, encontram-se os homens considerados úteis. No segundo degrau, o acesso é mais seleccionado e os seus adeptos desempenham papéis importantes influenciando no plano Nacional e Internacional. No cimo da pirâmide estariam as sociedades secretas superiores, que agem por trás dos bastidores. Todos os assuntos importantes da política internacional estariam nas mãos dessas sociedades.

O conhecido "mago" caucasiano, Gurdjieff, teria sido no Séc. XX um destes personagens que chegaram ao ponto mais alto do domínio invisível dos assuntos humanos. De facto, Gurdjieff declarou: "tive a possibilidade de me aproximar do Sancta Sanctorum de quase todas as organizações herméticas, ou seja, sociedades religiosas, ocultas, filosóficas, políticas ou místicas, e que são vedadas aos homens comuns".


Os "teóricos da conspiração" há muito que alertam o público sobre a acção poderosa das "sociedades secretas que dominam o mundo". Mas são frequentemente ignorados. Temos como exemplo a Franco-Maçonaria no seu desempenho ao longo da Revolução Francesa e um dos seus ramos, a Carbonária, nas revoltas em Portugal. Napoleão Bonaparte, outro exemplo marcante, que foi "levado" ao poder pelos "iluminados" da Bavária. Napoleão atingiu o mais alto grau na ordem dos iluminados (Illuminati) além de ter sido Maçon e alto dignatário de outras ordens fraternais (entre elas a Fraternidade Hermética que ele conheceu no Egipto).

A partir do momento em que Napoleão se deixou dominar pela ambição pessoal, e ter deixado de ser o executor dos planos secretos, a "boa-sorte" abandonou-o e o seu destino mudou.

Outra personalidade que beneficiou com a sua iniciação numa seita templária, foi Cristóvão Colombo que, ao contrário da teoria tradicional dos compêndios de História, não navegou às cegas. Ele recebeu o conhecimento dos navegadores ao serviço do Templo, que o levaram ao Novo Mundo. O caso de Joana d'Arc levanta também muitas questões. Numa época em que todas as mulheres eram excluídas de qualquer actividade política, ela teve todas as portas abertas. A história tradicional vai pelo caminho mais fácil ao atribuir a sua actuação através da "santidade", mas as "pistas" apontam para uma poderosa sociedade secreta que a terá apoiado, e preparado todo o percurso a cumprir. Que grande segredo portava Joana d'Arc, que só quis confiar ao futuro rei Carlos VII?

Por outro lado, sempre que alguém pretende colocar uma barreira na evolução determinada e planeada, os "governos invisíveis" interferem. Vários casos, atribuídos a fanáticos isolados, foram reconhecidos como execuções friamente decididas. O assassino existe, mas é somente o agente que executa uma tarefa decidida por um poderoso grupo oculto.

Os políticos que conhecem as manobras complicadas que se passam por trás dos bastidores são muito raros e, quando certas figuras começam a atrapalhar os planos secretos que estão a ser executados, quer tenham ou não consciência disso, são tomadas as medidas necessárias, que podem ser sumárias ou secretas, para eliminá-las. Por via de regra, os atentados políticos da história caracterizam-se pela presença de um assassino fanático, instrumento de um grupo poderoso e insuspeito que permanece fora da cena.

Em seguida, esses fanáticos são eliminados depois do atentado (por policias ou pelo próprio povo) ou, quando presos, se não houver garantia do seu silêncio, são eliminados de forma definitiva. Aliás, esses "executores" são normalmente "dispensáveis" e escolhidos por isso.

A Revue Internationale des Societés Secrétes relata uma sentença dita por uma personalidade importante que disse acerca do Arquiduque Francisco Fernando, da Áustria: "É boa pessoa. É uma lástima que esteja condenado. Vai morrer nos degraus do trono". Este tipo de declaração faz-nos reflectir: O destino do Arquiduque, assassinado em Serajevo, que deu origem à Primeira Guerra Mundial, já estava decidido dois anos antes do facto.


Quem teria tomado a decisão?

Tudo leva a crer que a Guerra de 1914 já era esperada, preparada e "programada", dois ou três anos antes do seu início. Muitos grupos "espirituais", alguns ligados aos governantes secretos do mundo, têm uma actividade temporal bem definida. Em 1969, vários dirigentes do Opus Dei entraram activamente para o governo franquista, apresentando abertamente a sua influência política concreta, não só na Península Ibérica, como também mais ou menos 50 000 membros no mundo inteiro. O Opus Dei afirma que é unicamente uma associação de fiéis cuja finalidade é só religiosa e apostólica, fazendo com que os seus adeptos sigam normas de vida católica na sua totalidade, não apenas na vida particular, mas também na integração altruísta, sem esquecer as condições objectivas do mundo moderno, que utilizam, como as finanças e a actividade política.


Uma curiosidade: O assassinato do Rei D. Carlos, de Portugal, que ditou o fim da Monarquia e implantação da República, decorreu nos mesmos moldes do assassinato do Arquiduque austríaco, como se ambos tivessem sido perpetrados pela mesma "sociedade secreta" que manipulava o decorrer da História na Europa.


Para reconhecer, entre os personagens conhecidos, ou desconhecidos, da História, quais os que teriam recebido as suas tarefas directamente dos governantes invisíveis, é preciso distinguir duas categorias de personalidades: Uma de homens que tiveram papel de destaque no plano histórico e que estavam a par dos grandes segredos, como Richelieu, Disraeli (o primeiro-ministro da rainha Victória) e Lenine. A segunda categoria compreendia os personagens que não aparecem em nenhum livro de História: tiveram um papel activo, apesar de secreto, influenciando a situação histórica e política.

Timothée-Ignatz Trebitsch, um aventureiro judeu, foi a eminência parda para facilitar o advento do nazismo na Alemanha. Outra personalidade que parece ter tido um papel importante no campo da política secreta é o "mago" inglês Aleister Crowley (1875-1947). Num passado mais remoto, encontramos as figuras enigmáticas do conde de Saint-Germain e Cagliostro.

O termo "Sinarquia", pela etimologia Grega, pressupõe a realização de uma Ordem Sagrada num equilíbrio perfeito, de uma harmonia complexa, que seria o reflexo das leis cósmicas. Está associado a uma das mais misteriosas sociedades secretas modernas de governantes invisíveis, tendo sido introduzido pelo grande esoterista Alexandre Saint-Yves, que viveu entre 1842 e 1909. Recebeu do Papa o título de marquês de Alveydre e tornou-se conhecido como Saint-Yves d'Alveydre.

Viu-se escolhido pelos governantes invisíveis do mundo para executar os seus planos, tendo deixado um número de obras muito estranhas: Mission des Souverrains, Mission des Juifs, Mission de l'Inde, L'Archéometre. Saint-Yves apregoava o ideal de uma sinarquia universal, a Sinarquia do Império, e não restam dúvidas de que manteve contacto directo com os mais altos governantes secretos.

A Sinarquia do Império tinha uma estrutura hierárquica, essencial para o sistema, e que era resumida no seu símbolo: um triângulo em quatro níveis, mostrando no interior um olho cujo vértice coincidia com a extremidade de uma estrela de cinco pontas. Em todas as sociedades secretas realmente poderosas encontramos sempre esta estrutura hierárquica, cujos diferentes níveis de actividades são estritamente separados de forma que cada grupo actue no seu nível e para que os chefes supremos possam agir sem nunca serem percebidos.

O antagonismo entre o Bem e o Mal está presente em todos os campos. No fim deste ciclo terrestre, a acção das forças demoníacas seria terrível, prega a tradição. Segundo uma tradição francesa. Espera-se a aparição, após acontecimentos apocalípticos, de um legítimo soberano, o grande monarca anunciado por Nostradamus e aguardado com ansiedade. Só que as versões são muitas e é difícil, senão impossível, a identificação.
O que se conclui é que os aspectos negativos do mundo, o chamado Mal, são cosmicamente inevitáveis no desenvolvimento do ciclo terrestre. O próprio mal é uma necessidade metafísica a ser integrada no plano divino.

De acordo com uma tradição oral, as Sinarquias do Império, usariam também, como senha, o antigo símbolo chinês que indica a complementação indissolúvel e a ligação inexplicável entre os dois polos cósmicos universais – positivo e negativo – ou masculino e feminino.

Esse símbolo é formado por um círculo branco e preto. A parte branca e a preta estão separadas por uma linha em espiral. Na parte preta encontra-se um ponto branco e na parte branca há um ponto preto. Isto quer dizer que no apogeu da fase evolutiva do ciclo terrestre (o triunfo do branco), o preto nunca desaparece por completo e a sua presença está assinalada por aquele ponto e, inversamente, na fase involutiva do ciclo (triunfo do preto) o ponto branco permanece sempre.

Na tradição dos Rosa-Cruzes existe uma hierarquia de mestres desconhecidos, um Conselho constituído por doze homens, que supervisionam a evolução da humanidade. Acima deles existiria outra hierarquia de entidades que já superaram o nível mortal humano, conhecida como o "invisível permanente".

Assim como existe a iniciação autêntica, que transporta a um estado supra-humano, há em contrapartida a "pseudo-iniciação", cuja finalidade é a divulgação da subversão e do caos, trabalhando para "o fim do mundo". Ao que parece, essas forças contrárias estão incluídas no plano divino.

A raça humana possui no seu íntimo a possibilidade de adquirir poderes para elevar-se a um nível superior, mas poucos são os que conseguem. Onspensky, discípulo de Gurdjieff, cita em Fragments d'un Enseigment Inconnu a seguinte observação: "Se dois ou três homens despertos se encontram no meio de uma multidão de adormecidos, eles reconhecem-se imediatamente, enquanto os adormecidos não poderão vê-los. Se duzentos homens conscientes achassem necessária uma intervenção, poderiam mudar todas as condições de existência na Terra".

O domínio dos dirigentes ocultos, supervisionados por eles, faz-se também pelo uso sistemático da força dos símbolos. Nas ideologias que exploram as massas, o uso dos símbolos mostram a sua eficácia ao activar e despertar a energia que se encontra profundamente arreigada na psique humana, na parte que constitui o inconsciente colectivo da humanidade. A cruz gamada, por exemplo, um dos símbolos mais antigos e mais significativos, dominou por completo um povo. A suástica com os braços representados para a direita apresenta a fase evolutiva e com os braços para a esquerda representa a fase regressiva de um ciclo terrestre no seu conjunto. Os chefes Nazis escolheram a suástica virada para a esquerda, como símbolo de sua ideologia, propositadamente, com o intuito de se valerem das forças involutivas, caóticas e desintegrantes. No seu delírio a ideologia Nazi usou uma influência invertida do Antigo Testamento, no que diz respeito ao "povo eleito", à raça eleita. Talvez pensassem que quanto mais apresentassem as catástrofes, mais rapidamente chegaria a "idade de ouro" e todo o mal desapareceria.

O texto sânscrito Vishnu Purana descreve que a época de Kaly (a deusa da mãe natureza), a época da destruição, poderá ser identificada quando "a sociedade atingir um nível em que a propriedade outorgue categoria, a riqueza for a única fonte de virtude, a paixão constituir o único laço de união entre marido e mulher, a falsidade for a matriz do sucesso na vida, o sexo o único meio de prazer, e quando os ornamentos exteriores se confundirem com a religião interior".

Guénon, um espírito muito lúcido e sensível à percepção dos sinais apocalípticos do nosso tempo, é autor do livro "A Era da Quantidade e o Sinal dos Tempos", escrito no período entre as duas Guerras, onde preconiza a robotização das massas, disse: "Os homens ficarão uns autómatos, animados artificial e momentaneamente por uma vontade infernal, e isto dará uma ideia nítida do que acontece à própria beira da dissolução final".

Hoje, as influências mágicas mudaram na sua forma, no seu ritual e na sua aparência, mas as técnicas de condicionamento mágico continuam a subsistir. Basta observarmos com que facilidade se lança uma moda. O que pode ser feito com uma moda pode ser aplicado em muitos outros campos, porque o comprimento de uma saia e um slogan político, além do controlo da informação, podem ser divulgados da mesma maneira.

Goebbels, o único ministro da propaganda Nazi, sabia perfeitamente que as massas podem ser manobradas, porque prevalece a lei pela qual o comportamento de uma colectividade desorganizada é sempre caracterizado pelo nível intelectual mais baixo.

PRECISAMENTE O QUE ESTÁ A ACONTECER NO PORTUGAL DE HOJE.

Uma tese defendida por muitos estudiosos ligados à corrente do realismo fantástico (entre os quais o falecido Jacques Bergier) salienta que, desde os primórdios da História, o mundo é governado na realidade por grupos de homens, só muito raramente conhecidos, das sociedades secretas. A sua existência nunca é pressentida, até ao momento em que um facto imprevisível os leva a manifestar-se abertamente.

No Portugal de hoje, país Cristão e Católico, são cada vez mais os sinais de um plano anticristão, de moral e valores anticristãos, que se vêem reflectido no ensino primário e a influência cada vez maior para o reconhecimento e sobreposição de outras religiões, principalmente muçulmana (com grandes subsídios para a construção de uma grande Mesquita em Lisboa). No Parlamento saem, cada vez mais, leis que vão contra a moral e ética Cristã. Será por acaso?

Quem quiser aprofundar pode ver este link:

Esses homens que governam nos bastidores, por sua vez, obedeceriam a determinações de poderosas inteligências ainda mais ocultas e de compreensão praticamente impossível para o comum dos homens. Como escreveu o autor de ficção Científica Philip José Farmer no seu livro "O Universo às avessas": "Poderes sobre-humanos dirigem, do vértice da Pirâmide dos governantes visíveis e invisíveis toda a evolução de todos os sistemas planetários e das Galáxias, incluindo todos os Homens e os seres que os habitam".

Se isso for verdade, a limitada inteligência humana seria incapaz de configurar o conjunto dos ciclos dos planetas e das galáxias, da mesma forma que uma célula do nosso organismo não tem a capacidade de entender a estrutura do conjunto ao qual pertence.

Fonte: Revista Planeta – Sociedades Secretas.

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