OS GOVERNANTES INVISÍVEIS
Os homens que
se encontram no primeiro plano da vida política têm realmente o poder entre as
suas mãos?
É pressuposto
que o destino das nações depende frequentemente de grupos organizados que não
estão investidos de cargos oficiais, de "sociedades secretas"
verdadeiros governos ocultos que decidem o destino da humanidade sem o nosso
conhecimento.
Ao
observarmos a sequência da História acabamos por nos interrogarmos se tudo o
que ocorre tem algum sentido e coerência pela forma caótica como tudo
"aparentemente" se processa. Até parece que a humanidade parece andar
a esmo, uma actividade frenética e inútil quando, de facto, como um
formigueiro, as acções individuais têm como fim um objectivo comum. Notamos por
um lado o equilíbrio e a ordem harmoniosa (aparente)
e por outro lado, o caos completo, a desorganização e desagregação, o que faz
os investigadores questionarem se os eventos pertencem ao acaso ou se até as
forças caóticas estão a obedecer a directrizes detalhadas sobre a orientação
desses governantes "invisíveis".
Um autor
inglês, Robert Payne, publicou em 1951 o seu livro "Zero, the Story of Terrorism",
no qual relata a existência desses dirigentes "ocultos" que, à sombra
dos governos visíveis, manejam a arma do terrorismo, a ferramenta absoluta para
dominar a humanidade, sobrepondo-se até aos grandes grupos económicos que se
limitam ao mero financiamento. "Factos estranhos" passaram a
acontecer depois da publicação do livro, desde a compra de todos os estoques
por emissários e a morte inexplicável do autor, alguns meses depois.
Entretanto,
Jacques Bergier, investigador do insólito, revelou uma lista de assuntos
proibidos para a imprensa convencional. Segundo ele a "proibição" é
de alcance mundial, e todos os directores dos jornais mais importantes têm uma
cópia dos apontamentos de Bergier, sejam capitalistas ou comunistas.
Em 1945, em
Paris, Raoul Husson (1901-67), fisiólogo e psicólogo, publicou um livro, sob o
pseudónimo de Geoffroy de Charnay, nome de um dos grandes Templários franceses,
condenado à morte pelo fogo, em 1314, juntamente com o Grão-Mestre Jacques de
Molay.
Husson revela que as sociedades secretas formam uma pirâmide de três
degraus. No primeiro, de fácil acesso, encontram-se os homens considerados
úteis. No segundo degrau, o acesso é mais seleccionado e os seus adeptos
desempenham papéis importantes influenciando no plano Nacional e Internacional.
No cimo da pirâmide estariam as sociedades secretas superiores, que agem por
trás dos bastidores. Todos os assuntos importantes da política internacional
estariam nas mãos dessas sociedades.
O conhecido
"mago" caucasiano, Gurdjieff, teria sido no Séc. XX um destes
personagens que chegaram ao ponto mais alto do domínio invisível dos assuntos
humanos. De facto, Gurdjieff declarou: "tive a
possibilidade de me aproximar do Sancta Sanctorum de quase todas as organizações herméticas, ou seja, sociedades
religiosas, ocultas, filosóficas, políticas ou místicas, e que são vedadas aos
homens comuns".
Os
"teóricos da conspiração" há muito que alertam o público sobre a
acção poderosa das "sociedades
secretas que dominam o mundo". Mas são frequentemente ignorados. Temos
como exemplo a Franco-Maçonaria no seu desempenho ao longo da Revolução
Francesa e um dos seus ramos, a Carbonária, nas revoltas em Portugal. Napoleão
Bonaparte, outro exemplo marcante, que foi "levado" ao poder pelos
"iluminados" da Bavária. Napoleão atingiu o mais alto grau na ordem
dos iluminados (Illuminati) além de
ter sido Maçon e alto dignatário de outras ordens fraternais (entre elas a Fraternidade Hermética que ele
conheceu no Egipto).
A partir do
momento em que Napoleão se deixou dominar pela ambição pessoal, e ter deixado
de ser o executor dos planos secretos, a "boa-sorte" abandonou-o e o
seu destino mudou.
Outra
personalidade que beneficiou com a sua iniciação numa seita templária, foi
Cristóvão Colombo que, ao contrário da teoria tradicional dos compêndios de
História, não navegou às cegas. Ele recebeu o conhecimento dos navegadores ao
serviço do Templo, que o levaram ao Novo Mundo. O caso de Joana d'Arc levanta
também muitas questões. Numa época em que todas as mulheres eram excluídas de
qualquer actividade política, ela teve todas as portas abertas. A história
tradicional vai pelo caminho mais fácil ao atribuir a sua actuação através da
"santidade", mas as "pistas" apontam para uma poderosa
sociedade secreta que a terá apoiado, e preparado todo o percurso a cumprir.
Que grande segredo portava Joana d'Arc, que só quis confiar ao futuro rei
Carlos VII?
Por outro
lado, sempre que alguém pretende colocar uma barreira na evolução determinada e
planeada, os "governos invisíveis" interferem. Vários casos,
atribuídos a fanáticos isolados, foram reconhecidos como execuções friamente
decididas. O assassino existe, mas é somente o agente que executa uma tarefa
decidida por um poderoso grupo oculto.
Os políticos
que conhecem as manobras complicadas que se passam por trás dos bastidores são
muito raros e, quando certas figuras começam a atrapalhar os planos secretos
que estão a ser executados, quer tenham ou não consciência disso, são tomadas
as medidas necessárias, que podem ser sumárias ou secretas, para eliminá-las.
Por via de regra, os atentados políticos da história caracterizam-se pela presença
de um assassino fanático, instrumento de um grupo poderoso e insuspeito que
permanece fora da cena.
Em seguida,
esses fanáticos são eliminados depois do atentado (por policias ou pelo próprio povo) ou, quando presos, se não houver
garantia do seu silêncio, são eliminados de forma definitiva. Aliás, esses
"executores" são normalmente "dispensáveis" e escolhidos
por isso.
A Revue Internationale des Societés Secrétes
relata uma sentença dita por uma personalidade importante que disse acerca do
Arquiduque Francisco Fernando, da Áustria: "É boa
pessoa. É uma lástima que esteja condenado. Vai morrer nos degraus do
trono". Este tipo de
declaração faz-nos reflectir: O destino do Arquiduque, assassinado em Serajevo,
que deu origem à Primeira Guerra Mundial,
já estava decidido dois anos antes do facto.
Quem teria
tomado a decisão?
Tudo leva a
crer que a Guerra de 1914 já era esperada, preparada e "programada",
dois ou três anos antes do seu início. Muitos grupos "espirituais",
alguns ligados aos governantes secretos do mundo, têm uma actividade temporal
bem definida. Em 1969, vários dirigentes do Opus
Dei entraram activamente para o governo franquista, apresentando
abertamente a sua influência política concreta, não só na Península Ibérica,
como também mais ou menos 50 000 membros no mundo inteiro. O Opus Dei afirma que é unicamente uma
associação de fiéis cuja finalidade é só religiosa e apostólica, fazendo com
que os seus adeptos sigam normas de vida católica na sua totalidade, não apenas
na vida particular, mas também na integração altruísta, sem esquecer as
condições objectivas do mundo moderno, que utilizam, como as finanças e a
actividade política.
Uma
curiosidade: O assassinato do Rei D. Carlos, de Portugal, que ditou o fim da
Monarquia e implantação da República, decorreu nos mesmos moldes do assassinato
do Arquiduque austríaco, como se ambos tivessem sido perpetrados pela mesma
"sociedade secreta" que manipulava o decorrer da História na Europa.
Para
reconhecer, entre os personagens conhecidos, ou desconhecidos, da História,
quais os que teriam recebido as suas tarefas directamente dos governantes
invisíveis, é preciso distinguir duas categorias de personalidades: Uma de
homens que tiveram papel de destaque no plano histórico e que estavam a par dos
grandes segredos, como Richelieu, Disraeli (o
primeiro-ministro da rainha Victória) e Lenine. A segunda categoria
compreendia os personagens que não aparecem em nenhum livro de História:
tiveram um papel activo, apesar de secreto, influenciando a situação histórica
e política.
Timothée-Ignatz
Trebitsch, um aventureiro judeu, foi
a eminência parda para facilitar o advento do nazismo na Alemanha. Outra
personalidade que parece ter tido um papel importante no campo da política
secreta é o "mago" inglês Aleister Crowley (1875-1947). Num passado
mais remoto, encontramos as figuras enigmáticas do conde de Saint-Germain e
Cagliostro.
O termo
"Sinarquia", pela etimologia Grega, pressupõe a realização de uma
Ordem Sagrada num equilíbrio perfeito, de uma harmonia complexa, que seria o
reflexo das leis cósmicas. Está associado a uma das mais misteriosas sociedades
secretas modernas de governantes invisíveis, tendo sido introduzido pelo grande
esoterista Alexandre Saint-Yves, que viveu entre 1842 e 1909. Recebeu do Papa o
título de marquês de Alveydre e tornou-se conhecido como Saint-Yves d'Alveydre.
Viu-se
escolhido pelos governantes invisíveis do mundo para executar os seus planos,
tendo deixado um número de obras muito estranhas: Mission des Souverrains, Mission des Juifs, Mission de l'Inde,
L'Archéometre. Saint-Yves apregoava o ideal de uma sinarquia universal, a Sinarquia
do Império, e não restam dúvidas de que manteve contacto directo com os
mais altos governantes secretos.
A Sinarquia do Império tinha uma estrutura
hierárquica, essencial para o sistema, e que era resumida no seu símbolo: um
triângulo em quatro níveis, mostrando no interior um olho cujo vértice
coincidia com a extremidade de uma estrela de cinco pontas. Em todas as
sociedades secretas realmente poderosas encontramos sempre esta estrutura
hierárquica, cujos diferentes níveis de actividades são estritamente separados
de forma que cada grupo actue no seu nível e para que os chefes supremos possam
agir sem nunca serem percebidos.
O antagonismo
entre o Bem e o Mal está presente em todos os campos. No fim deste ciclo
terrestre, a acção das forças demoníacas seria terrível, prega a tradição.
Segundo uma tradição francesa. Espera-se a aparição, após acontecimentos
apocalípticos, de um legítimo soberano, o grande monarca anunciado por
Nostradamus e aguardado com ansiedade. Só que as versões são muitas e é
difícil, senão impossível, a identificação.
O que se
conclui é que os aspectos negativos do mundo, o chamado Mal, são cosmicamente inevitáveis no desenvolvimento do ciclo
terrestre. O próprio mal é uma necessidade metafísica a ser integrada no plano
divino.
De acordo com
uma tradição oral, as Sinarquias do Império, usariam também, como senha, o
antigo símbolo chinês que indica a complementação indissolúvel e a ligação
inexplicável entre os dois polos cósmicos universais – positivo e negativo – ou
masculino e feminino.
Esse símbolo
é formado por um círculo branco e preto. A parte branca e a preta estão
separadas por uma linha em espiral. Na parte preta encontra-se um ponto branco
e na parte branca há um ponto preto. Isto quer dizer que no apogeu da fase
evolutiva do ciclo terrestre (o triunfo
do branco), o preto nunca desaparece por completo e a sua presença está
assinalada por aquele ponto e, inversamente, na fase involutiva do ciclo (triunfo do preto) o ponto branco
permanece sempre.
Na tradição
dos Rosa-Cruzes existe uma hierarquia de mestres desconhecidos, um Conselho
constituído por doze homens, que supervisionam a evolução da humanidade. Acima
deles existiria outra hierarquia de entidades que já superaram o nível mortal
humano, conhecida como o "invisível permanente".
Assim como
existe a iniciação autêntica, que transporta a um estado supra-humano, há em
contrapartida a "pseudo-iniciação", cuja finalidade é a divulgação da
subversão e do caos, trabalhando para "o fim do mundo". Ao que parece,
essas forças contrárias estão incluídas no plano divino.
A raça humana
possui no seu íntimo a possibilidade de adquirir poderes para elevar-se a um
nível superior, mas poucos são os que conseguem. Onspensky, discípulo de
Gurdjieff, cita em Fragments d'un
Enseigment Inconnu a seguinte observação: "Se
dois ou três homens despertos se encontram no meio de uma multidão de
adormecidos, eles reconhecem-se imediatamente, enquanto os adormecidos não
poderão vê-los. Se duzentos homens conscientes achassem necessária uma
intervenção, poderiam mudar todas as condições de existência na Terra".
O domínio dos
dirigentes ocultos, supervisionados por eles, faz-se também pelo uso
sistemático da força dos símbolos. Nas ideologias que exploram as massas, o uso
dos símbolos mostram a sua eficácia ao activar e despertar a energia que se
encontra profundamente arreigada na psique humana, na parte que constitui o
inconsciente colectivo da humanidade. A cruz gamada, por exemplo, um dos
símbolos mais antigos e mais significativos, dominou por completo um povo. A
suástica com os braços representados para a direita apresenta a fase evolutiva e com os braços para a
esquerda representa a fase regressiva
de um ciclo terrestre no seu conjunto. Os chefes Nazis escolheram a suástica virada
para a esquerda, como símbolo de sua ideologia, propositadamente, com o intuito
de se valerem das forças involutivas, caóticas e desintegrantes. No seu delírio
a ideologia Nazi usou uma influência invertida do Antigo Testamento, no que diz
respeito ao "povo eleito", à raça eleita. Talvez pensassem que quanto
mais apresentassem as catástrofes, mais rapidamente chegaria a "idade de ouro"
e todo o mal desapareceria.
O texto
sânscrito Vishnu Purana descreve que
a época de Kaly (a deusa da mãe natureza), a época da destruição, poderá ser
identificada quando "a sociedade atingir um nível em que a
propriedade outorgue categoria, a riqueza for a única fonte de virtude, a
paixão constituir o único laço de união entre marido e mulher, a falsidade for
a matriz do sucesso na vida, o sexo o único meio de prazer, e quando os
ornamentos exteriores se confundirem com a religião interior".
Guénon, um
espírito muito lúcido e sensível à percepção dos sinais apocalípticos do nosso
tempo, é autor do livro "A Era da
Quantidade e o Sinal dos Tempos", escrito no período entre as duas
Guerras, onde preconiza a robotização das massas, disse:
"Os homens ficarão uns autómatos, animados artificial e momentaneamente
por uma vontade infernal, e isto dará uma ideia nítida do que acontece à
própria beira da dissolução final".
Hoje, as
influências mágicas mudaram na sua forma, no seu ritual e na sua aparência, mas
as técnicas de condicionamento mágico continuam a subsistir. Basta observarmos
com que facilidade se lança uma moda. O que pode ser feito com uma moda pode
ser aplicado em muitos outros campos, porque o comprimento de uma saia e um slogan político, além do controlo da
informação, podem ser divulgados da mesma maneira.
Goebbels, o
único ministro da propaganda Nazi, sabia perfeitamente que as massas podem ser
manobradas, porque prevalece a lei pela qual o comportamento de uma
colectividade desorganizada é sempre caracterizado pelo nível intelectual mais
baixo.
PRECISAMENTE O QUE ESTÁ A
ACONTECER NO PORTUGAL DE HOJE.
Uma tese
defendida por muitos estudiosos ligados à corrente do realismo fantástico (entre os quais o falecido Jacques Bergier) salienta
que, desde os primórdios da História, o mundo é governado na realidade por
grupos de homens, só muito raramente conhecidos, das sociedades secretas. A sua
existência nunca é pressentida, até ao momento em que um facto imprevisível os
leva a manifestar-se abertamente.
No Portugal
de hoje, país Cristão e Católico, são cada vez mais os sinais de um plano
anticristão, de moral e valores anticristãos, que se vêem reflectido no ensino
primário e a influência cada vez maior para o reconhecimento e sobreposição de
outras religiões, principalmente muçulmana (com
grandes subsídios para a construção de uma grande Mesquita em Lisboa). No
Parlamento saem, cada vez mais, leis que vão contra a moral e ética Cristã. Será por acaso?
Quem quiser aprofundar pode ver este
link:
Esses homens
que governam nos bastidores, por sua vez, obedeceriam a determinações de
poderosas inteligências ainda mais ocultas e de compreensão praticamente
impossível para o comum dos homens. Como escreveu o autor de ficção Científica
Philip José Farmer no seu livro "O
Universo às avessas": "Poderes
sobre-humanos dirigem, do vértice da Pirâmide dos governantes visíveis e
invisíveis toda a evolução de todos os sistemas planetários e das Galáxias,
incluindo todos os Homens e os seres que os habitam".
Se isso for
verdade, a limitada inteligência humana seria incapaz de configurar o conjunto
dos ciclos dos planetas e das galáxias, da mesma forma que uma célula do nosso
organismo não tem a capacidade de entender a estrutura do conjunto ao qual
pertence.
Fonte:
Revista Planeta – Sociedades Secretas.
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