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sexta-feira, 4 de setembro de 2020

 

A UNIDADE 731 E AS EXPERIÊNCIAS APÓS A GUERRA

 

Unidade 731 (731部隊 Nana-san-ichi Butai?) foi uma unidade secreta de pesquisa e desenvolvimento de  Guerra biológica e química do Exército Imperial Japonês que realizou experiências letais no ser humano  durante a Guerra Sino-Japonesa (1937-1945) e parte da Segunda Guerra Mundial. Foi responsável por alguns dos crimes de guerra mais notórios realizados pelo Império do Japão. A Unidade 731 ficava no distrito de Pingfang de Harbin, a maior cidade do Estado fantoche japonês da Manchúria  (agora no nordeste da China).


Foi oficialmente conhecido como o Departamento de Prevenção de Epidemia e Purificação de Água do Exército de Guandong.  Originalmente criada sob a polícia militar Kempeitai do Império Japonês, a Unidade 731 foi comandada até ao fim da guerra pelo general  Shiro Ishii, um oficial do Exército de Guangdong. A própria instalação foi construída entre 1934 e 1939 e adoptou oficialmente o nome "Unidade 731" em 1941.


Alguns historiadores estimam que até 250.000 homens, mulheres e crianças - dos quais pelo menos 600 eram fornecidos pelos Kempeitai todos os anos - foram submetidos a experiências realizadas pela Unidade apenas no prédio de Pingfang, que não inclui vítimas de outros locais de experiências médicas, como a Unidade 100.


Os participantes da Unidade 731 atestam que a maioria das vítimas que foram usadas como cobaias eram chinesas, enquanto uma pequena percentagem era de prisioneiros de guerra soviéticos, mongóis, coreanos e aliados. Quase 70% das pessoas que morreram no campo de Pingfang eram chinesas, incluindo civis e militares. Cerca de 30% das vítimas eram soviéticas. Alguns outros eram nativos do Sudeste Asiático  e de ilhas do Pacífico, na época colónias do Império do Japão e um pequeno número de prisioneiros de guerra aliados. A Unidade recebeu apoio generoso do governo japonês até ao final da guerra em 1945.




Em vez de serem julgados por crimes de guerra, os pesquisadores envolvidos na Unidade 731 receberam imunidade secreta dos Estados Unidos em troca dos dados que eles reuniram através das experiências em humanos. Outros que foram presos pelas forças soviéticas foram julgados nos julgamentos de crimes de guerra de Khabarovsk, em 1949. Os americanos não julgaram os pesquisadores para que a informação e a experiência adquiridas por eles em armas biológicas pudessem ser cooptadas no programa de guerra biológica dos Estados Unidos, como aconteceu com pesquisadores nazis na Operação paperclip.  Em 6 de Maio de 1947, Douglas MacArthur,  como Comandante Supremo das Forças Aliadas escreveu a Washington, DC  afirmando que "dados adicionais, possivelmente algumas declarações de Ishii, provavelmente podem ser obtidos informando os japoneses envolvidos de que a informação será mantida nos canais de inteligência e não será empregada como "provas de crimes de guerra". Os relatos de vítimas foram, em grande parte, ignorados ou desacreditados no Ocidente como propaganda comunista. 

 

Entretanto encontrei nos meus Arquivos um texto do site www.umanovaera.bighost.com.br que tentei aceder mas não responde. Deve estar desactivado. Como não tinha indicação de direitos reservados (sem Copyright), e facilita muito a pesquisa sobre o assunto que se encontra disperso por centenas de sites, limitei-me a traduzir para português de Portugal as partes mais relevantes, sem alterar o sentido, e incluir algumas imagens para o texto não ficar muito denso e ser melhor compreendido para os portugueses que seguem o meu blogue. Os mais curiosos poderão depois procurar textos originais e pesquisar melhor a matéria.

 

A descoberta de corpos sob as ruas de Tóquio obrigou o Japão a admitir que seres humanos foram usados em experiências de armas biológicas. Sob o asfalto das ruas de Tóquio existem depósitos de restos humanos. Os operários que trabalhavam em Shinjuku, um bairro muito movimentado e em plena urbanização, depois da guerra, ficaram horrorizados. A notícia dessa descoberta ocorrida em 1989, varreu toda a cidade como uma grande onda. Incapaz de ocultar a verdade por mais tempo, o governo Japonês viu-se obrigado a reconhecer o mais terrível segredo da Segunda Guerra Mundial. A poucos metros das obras, esteve localizado o laboratório do Tenente-Coronel Shirô Ishii, pai do programa de guerra biológica do Japão: a Unidade 731.

 

As cobaias humanas empregadas nas experiências foram transferidas da base da Manchúria para o laboratório. No fim da guerra, os restos mortais destas pessoas foram enterradas numa fossa comum e lá permaneceram até à sua descoberta em 1989. Durante 40 anos as actividades da Unidade 731 foram o segredo mais bem guardado do Japão. Os trabalhos da Unidade permaneceram ocultos até à descoberta, numa loja de livros usados, de anotações feitas por um oficial dessa Unidade. Os documentos descreviam detalhadamente as experiências biológicas sobre seres humanos.

 

Quando o Japão invadiu a Manchúria, em 1931, Shiro Ishii, o microbiólogo do exército que deu execução ao desenvolvimento de armas biológicas no Japão, vislumbrou a sua oportunidade. Passou a receber uma grande verba anual e passou a dispor de 300 homens. A sua primeira missão recebeu o nome secreto de "Unidade Togo".

 

Os escolhidos para os testes humanos eram chamados de "marutas", que significa "troncos". Numerados por ordem crescente até ao número 500, os prisioneiros eram classificados desde "bandidos" e "criminosos" até "pessoas suspeitas". Eram bem alimentados e faziam exercícios regularmente, somente porque a sua saúde era vital para a obtenção de bons resultados científicos.

 

Quando Ishii necessitava de um cérebro humano para uma experiência, ordenava a obtenção do órgão. O prisioneiro era imobilizado no chão por um guarda e outro guarda quebrava-lhe o crânio com um machado. O órgão era tirado grosseiramente e levado rapidamente ao laboratório de Ishii. Os restos mortais do prisioneiro eram cremados.

 

As primeiras experiências centravam-se nas doenças contagiosas, como o antraz e a peste. Num dos testes, guerrilheiros chineses foram infectados com bactérias da peste. Doze dias depois, os infectados contorciam-se com febres de 40 graus Celcius. Um desses guerrilheiros conseguiu sobreviver por 19 dias antes que lhe fizessem uma autópsia enquanto ainda estava vivo.




Outros prisioneiros foram submetidos a descargas eléctricas de 20 000 W, outros envenenados com gás fosfina e cianeto de potássio. Os que sobreviveram ficavam à disposição para receberem injecções letais ou para serem dissecados vivos. Um campo localizado em Murden detinha os prisoneiros de guerra americanos, britânicos e australianos que também foram usados nas experiências.

 

As baixas temperaturas diminuíam o rendimento militar durante os Invernos rigorosos da Manchúria. Por isso, as experiências sobre o congelamento foram especialmente desenvolvidas. Alguns prisoneiros eram deixados nus nas temperaturas abaixo de zero e os seus membros eram golpeados com varas até que se produzissem sons secos e metálicos indicando que o processo de congelamento estava terminado. Em seguida, os corpos eram "descongelados" através de técnicas experimentais. No livro de Sheldon Harris, "Fábricas da Morte", vêm descritas outras experiências, como a suspensão de indivíduos de cabeça para baixo, para determinar quando morreriam asfixiados. Também injectavam ar nas veias dos prisioneiros para acompanhar a evolução das embolias. Noutros, injectavam urina de cavalo nos seus rins.

 



Sem nenhum sentimento de culpa, Ishii redigia regularmente os resultados das suas pesquisas. Nestes relatórios, dizia que os teStes eram realizados em macacos. O uso de seres humanos como cobaias era mantido em segredo. Até ao fim da Segunda Guerra Mundial, o tenente-coronel Ishii fez um pacto de juramento com os seus subordinados para manter as experiências em segredo. Mas apesar disso, os serviços de Informação dos Aliados possuíam muitas pastas sobre os principais microbiólogos japoneses.


Os Aliados estavam ansiosos para obter detalhes das experiências com seres humanos, aos quais atribuíam um grande valor. No final da guerra, os cientistas que também estudavam a guerra biológica nos Estados Unidos, iniciaram uma série de entrevistas com os técnicos japoneses, sem considerarem as implicações éticas que o assunto envolvia. Uma vez constatados os factos, o Departamento de guerra de Washington, apesar de saber que o grupo dirigido por Ishii violou as "normas de guerra" não pensou em acusá-los. Para impedir que os soviéticos obtivessem as informações de Ishii, os EUA fizeram um pacto com o próprio. As experiências deviam ser ocultadas. Os prisioneiros de guerra que regressavam, davam terríveis depoimentos sobre as experiências que foram realizadas neles. Se estes depoimentos se tornassem conhecidos, a opinião pública ficaria indignada e exigiria medidas drásticas. Portanto, havia apenas uma saída: o encobrimento dos factos.

 

Os Procuradores do tribunal de crimes de guerra de Tóquio foram orientados para que investigassem superficialmente os factos. Os prisioneiros de guerra foram coagidos a guardar segredo. Foi oferecida imunidade a todos os membros da Unidade de Ishii, em troca de informações e cooperação. Iniciava-se o maior encobrimento de factos de guerra. Com a descoberta, em 1989, dos corpos enterrados nos subterrâneos de Tóquio, a história veio à tona e os ex-combatentes começaram a relatar as suas experiências.

 

Que me mantém se não a verdade", pois jamais esquecerei", declarou Joseph Gozzo, antigo engenheiro de aviação, a viver em São José, Califórnia. Enquanto esteve preso, foi usado em experiências onde teve bastões de vidro introduzidos no ânus. "Não posso acreditar que o nosso governo os tenha deixado livres", disse (sem saber que continuaram livres, com privilégios e bem pagos). Em 1986, o ex-prisioneiro de guerra Frank James relatou as suas lembranças a um comité do Congresso dos Estados Unidos: "Eramos apenas pequenas peças de um jogo, sempre soubemos que existia um encobrimento". Outro ex-prisioneiro, Max McClain que juntamente com o seu companheiro de cela, George Hayes, eram colocados em fila para receberem injecções. Dois dias depois, Hayes lamentava-se: "Mac, não sei o que esses desgraçados me deram, mas sinto-me muito mal". Naquela noite, dissecaram Hayes.

 

A audiência demorou apenas metade de um dia e somente um dos duzentos sobreviventes foi convocado. O responsável pelos arquivos do exército declarou que os documentos obtidos de Ishii haviam sido devolvidos ao Japão, ainda na década de cinquenta. Surpreendentemente não se preocupou em fazer fotocópias dos documentos.

 

Por aqui se vê a hipocrisia e o desprezo dos governantes por aqueles que os elegem e pagam impostos para os seus chorudos salários.

 

Na intensão de ocultar a verdade, os governos dos EUA e Japão, negaram que tais atrocidades tivessem ocorrido. Mas, apesar disso, uma série de relatórios oficiais tornaram-se públicos. Num arquivo do Quartel-General de MacArthur, consta que a investigação da Unidade 731, foi realizada sob as ordens da Junta de Chefes do Estado Maior e "é essencial guardar segredo absoluto na intensão de proteger os interesses dos Estados Unidos e salvá-lo do escândalo".

 

Salvaguardar os interesses dos EUA ou esconder o seu cinismo e falta de consciência moral e não cumprimento dos tratados e convenções a proibir actos sujos e "desumanos" na arte da Guerra, para se manterem nas suas posições de chefia?

 

Finalmente em 1993, o segredo oficial tornou-se público com a abertura dos relatórios das experiências biológicas da Segunda Guerra Mundial. Muitos responsáveis pelas experiências japonesas escaparam ilesos e ninguém lhes pediu responsabilidades. Vários deles graduaram-se em medicina e um deles chegou a dirigir uma companhia farmacêutica japonesa. Outros ocuparam cargos que foram desde a Associação Médica Japonesa até à vice-presidência da Green Red Cross Corporation. Um membro da equipa de congelamento chegou a tornar-se empresário importante da indústria frigorífica japonesa. Shirô Ishii morreu em 1959 sem mostrar nenhum sinal de arrependimento.

 

No meio político o crime compensa, pelos vistos.

 

Antes de cessar as suas actividades, Ishii influenciou profundamente os Aliados, levando-os a ignorarem o termo que impedia a utilização de seres humanos como cobaias de experiências científicas, estabelecido no acordo de 1925 na Convenção de Genebra. Os cidadãos dos EUA e Reino Unido serviram de cobaias. Durante mais de 40 anos os Governos do Reino Unido e EUA testaram armas biológicas nos seus cidadãos desavisados.

 

As armas químicas e biológicas são os mais terríveis instrumentos de destruição em massa. Com baixo custo e de fácil produção, são capazes de dizimar populações, envenenar colheitas, e deixar gerações doentes e deformadas entre os que conseguem sobreviver. Tudo isto a baixo custo e sem necessidade de grandes efectivos de tropas.

 

Com o acordo secreto com Ishii os EUA tomaram conhecimento em primeira mão dos efeitos que numerosos agentes causaram nos seres humanos. Os Governos ocidentais concederam imunidade a todos os membros da Unidade 731, para terem acesso às suas descobertas. Os Governos dos EUA e Britânico obtiveram detalhes exaustivos dos efeitos da guerra biológica. Receberam também relatórios de autópsias ao vivo, dissecações em fetos e bebés, além de um estudo meticuloso sobre os sintomas da peste, do tifo, doenças venéreas, varíola, gangrena, salmonelíase, escarlatina, tétano, coqueluche e inúmeras doenças atrozes. O facto do Ocidente ter permitido que Ishii ficasse impune, constituiu um dos segredos mais obscuros da Segunda Guerra Mundial.

 

Sabendo que as doenças poderiam ser os agentes biológicos ideais, os Governos começaram um programa na base de ataques "suaves" em algumas das suas cidades mais importantes para determinar os métodos eficazes de comunicação em massa.

 

Quando se iniciou a "guerra fria" entre o ocidente e o bloco soviético, o Pentágono começou a temer que um submarino soviético pudesse entrar nas suas águas e libertar uma nuvem de bactérias e se retirasse antes que a população desse por alguma coisa. Deste modo, em Setembro de 1950, dois barcos-patrulha da marinha americana, na baía de São Francisco, lançaram uma nuvem de serratia marcescens, uma bactéria relativamente benigna desenvolvida nos laboratórios de Port Down no Reino Unido.

 

Depois de seis destes ataques "suaves" percebeu-se que 300 quilómetros quadrados da área de São Francisco tinham sido contaminados. Esta experiência provou que uma cidade importante era totalmente incapaz de defender-se de uma contaminação em massa, provocada por uma bactéria através do ar.

 

No final dos anos 50, o exército dos EUA tinha realizado experiências em Savannah, na Geórgia, e em Avon Park, na Flórida. Grandes quantidades de mosquitos foram lançadas por aviões em zonas residenciais, uma técnica da Unidade 731. Muitos residentes ficaram doentes, outros morreram. Em seguida, militares disfarçados de funcionários de saúde pública, realizaram testes médicos aos infectados. Ainda que os detalhes dessas experiências permaneçam secretos, acredita-se que os mosquitos eram portadores da febre-amarela, um vírus que provoca febres altas e vómitos e provoca a morte de um em cada três infectados (Isto, num país que se diz campeão da Democracia e dos direitos humanos, sobre a sua própria população). Outros testes (sempre sem o conhecimento das populações atingidas, simples cobaias sem direitos, num absoluto desprezo dos direitos fundamentais dos cidadãos que deviam proteger) foram realizados no Reino Unido, Canadá e EUA, culminando com um "ataque" à cidade de Nova Iorque em 1966. Agentes da Chemical Corps Special Operation Division borrifaram, através das grades de ventilação das estações do metro, a bactéria Bacillus nas horas de maior movimento. A turbulência criada pelas composições demonstrou que esse era um meio adequado para propagar bactérias por toda a cidade.

 

O "ataque" infectou quase um milhão de pessoas e a convicção de que não há formas de defesa eficazes fez os EUA dedicarem-se à pesquisa de aplicações militares, as possibilidades de sobreviver a um ataque inimigo ou, pelo menos, a capacidade de actuar através de infecções em massa teriam que estar garantidas. Os conhecimentos adquiridos não foram utilizados para fins militares até à guerra da Coreia. Uma noite os habitantes do povoado de Min-Chung ouviram um avião sobrevoar os telhados das suas casas e quando foram à rua descobriram um grande número de ratos do mato (a maioria mortos) e muitos feridos por terem sido lançados do avião. Os habitantes do povoado queimaram todos os que conseguiram encontrar, excepto quatro para análise. Constataram que estavam infectados pela peste bubónica.

 

De recordar que o campeão da Democracia e dos direitos dos seres humanos, são o único país ocidental que experimentou, no terreno, todas as armas de destruição massiva, desde as biológicas à bomba nuclear.

 

Uma comissão internacional investigou este e outros incidentes semelhantes. Quanto ao que aconteceu em Mim-Chung confirmaram que os roedores estavam infectados com a peste bubónica e, inclusivamente, conseguiram identificar o avião que os lançou. Foi um F-82, um caça nocturno de dupla fuselagem norte-americano. O Governo dos EUA (como seria de esperar) negou as acusações. Na Guerra do Vietname o exército americano utilizou, em profusão, desfolhantes nas selvas (o famoso químico laranja que até envenenou soldados americanos) onde os Vietcong se refugiavam. Em resposta às denúncias feitas pelos médicos de Saigão, o Pentágono insistiu que a utilização de produtos químicos para destruir a vegetação não violava nenhum tratado internacional, esquecendo-se que essa "chuva" química além de cair na vegetação também caía sobre todos os seres vivos, incluindo humanos, na área. A verdade é que o "agente laranja" era letal. Nos recém-nascidos apareceram terríveis deformações, triplicaram os casos de bebés com o lábio leporino e espinha bífida. O número de bebés nados-mortos duplicou. Em 1977 o Governo dos EUA publicou a convenção das armas biológicas considerando que era "incompatível com a consciência da humanidade".




No entanto, as experiências continuaram secretamente. Encaradas como a "bomba atómica do pobre" as armas biológicas são uma opção atractiva e barata. Durante a Guerra do Golfo as forças aliadas foram muito cautelosas com os possíveis ataques já que a combinação da alta temperatura com a pele suada torna os soldados muito vulneráveis aos agentes biológicos.

 

Se o uso das armas biológicas em um contexto militar é alarmante, pensar que grupos terroristas têm acesso a elas inspira pavor. Em 1995 o ataque com gás Sarin no Metro de Tóquio, cometido por membros de uma seita Aum Shinriyko, provou 12 mortes apenas. Se a mistura química e o sistema de difusão tivessem sido um pouco diferente, o número de mortes tinha sido muito maior.

 

Sabe-se agora que a seita Aum pregava a destruição do Ocidente, e as armas biológicas teriam facilitadas pela Rússia desejando conseguir ajuda financeira do Japão. Acredita-se que a seita, auxiliada pelos serviços secretos Russos, pode ter tido acesso às indústrias químicas russas. Por causa da expansão do crime organizado na Rússia, as potenciais ocidentais temem que as armas possam ser adquiridas no mercado negro. É muito fácil transportar e esconder os mesmos elementos necessários para realizar o atentado de Tóquio. Dois produtos químicos inofensivos podem ser misturados para se tornarem agentes mortais, o que significa que, em teoria, estão ao alcance de qualquer organização decidida a obtê-los. Parece absurdo pensar que a Inglaterra e os EUA, quando decidiram manter em segredo as actividades da Unidade 731, podiam prever estas ameaças da guerra biológica moderna. Contudo, fazer experiências com armas potencialmente tão destrutivas, poucos anos depois das devastadoras explosões de Hiroshima e Nagasaki, é um facto que desafia a lógica. Enquanto construía os fundamentos da Terceira Guerra Mundial, o Ocidente lançava sobre o mundo uma nova e terrível forma de morte.

 

 

 

 

 

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