A MINHA OPINIÃO SOBRE O MUNDO DE HOJE
O sistema em
que vivemos é o assassino ambiental e humano perfeito e, contudo, é o sistema
que controla o Mundo e a mente das pessoas. Para este sistema sobreviver e
aumentar a produção todos os anos, é indispensável que nós violentemos o
planeta para conseguir mais e mais recursos e o envenenemos com cada vez mais
poluição.
Este é o
sistema apoiado por todos os principais movimentos políticos capitalistas do
mundo. Esta é a "sabedoria" convencional que está a destruir a Terra.
Daí em pensar na evolução negativa, ou involução, da sociedade. Tudo advém do problema das estruturas e mecanismos económicos da ideologia
vigente, do poder financeiro e seu capitalismo selvagem.
As novas
gerações estão mal-educadas, tanto na formação cívica como na formação
académica, onde aprendem que o dinheiro é que conta. Quem não produzir é um
peso para a sociedade e há-de cortar nas regalias sociais. Quanto menos
educação as pessoas receberem melhor,
menos ambições terão e permanecerão sempre na ignorância e serem explorados por
uma elite de Homens ricos que lhes incutem nas mentes que "eles" é
que criam os empregos e o trabalhador ficará dependente disso e não do seu
esforço no trabalho que na realidade é que permite haver empregos. Se lhes
faltarem as máquinas de calcular e computadores nem uma simples conta de
subtrair sabem fazer, e muito menos calcular uma raiz quadrada. Basta ir a um
estabelecimento comercial e verificar que esses jovens não conseguem fazer um
troco de cabeça, tendo de recorrer sempre às máquinas de calcular. Pode haver
excepções, mas a regra é esta.
Para mim, a
geração da informática, podem ser exímios na manipulação de máquinas
informáticas, mas nada sabem e nada têm retido nos seus cérebros. Se houver
um "apagão" prolongado, provocado ou por acidente, regressarão à
idade da pedra. Eu, observei, na minha vida profissional, no contacto que
tive com licenciados, na sua dificuldade em redigir e fazer contas e, até, para
projectos estruturais recorrem a cálculos já efectuados por outros (que
estão em memória informática) que adaptam às situações presentes. De vez em
quando lá vem a notícia de que determinada obra, ainda em construção, ruiu.
Hoje, o
"técnico" superior ou médio, aprende a operar com computadores, onde
a informação está, mesmo a mais rudimentar (em vez de estar nos seus
cérebros), do que efectiva prática profissional sem precisar de recorrer às
máquinas. Nem a Tabuada sabem! Hoje não ensinam a Tabuada no ensino
básico.
Tudo isto,
toda esta nova tecnologia mal aplicada (de auxiliar do homem passou para
orientadora do homem), recursos mal aproveitados (consequência da
falta de formação efectiva), falta de educação (cívica e académica),
contribui para a degradação do homem, para o primitivismo, para os atropelos,
para a lei do mais forte, porque se deixam seduzir com muito mais facilidade
pelo materialismo e desejo de enriquecer a qualquer custo.
Deixa de
haver um freio moral, um consciente racional, o amor pelo próximo e a
manutenção da Instituição familiar
(o núcleo de apoio de qualquer povo) com uma perspectiva de realização e
felicidade pessoal completamente distorcida da realidade. Os membros idosos
deixam de ser respeitados e passam a ser amontoados em "depósitos"
para esperarem pela morte. Até os espectáculos públicos deixaram de ser classificados
e as crianças absorvem tudo de mal que apareça e que não deve ser para a sua
idade. Já não há filtros nenhuns e como a criança mistura realidade com ficção,
acaba por experimentar na vida real aquilo que vê na televisão, cinema ou
computador.
Hoje, o
sinónimo de realização é conseguir obter dinheiro, boas casas, bons carros e
bens
materiais supérfluos, atropelando tudo e todos para os conseguirem.
A ostentação, o mostrar ser superior do vizinho do lado, é uma constante, mesmo
que se endividem até a ponta dos cabelos. A nova vida mundana, com novos
atractivos, cada vez mais radicais, levando a práticas bizarras por serem
diferentes e impressionarem os "outros" levam ao que lemos nas
páginas classificadas dos jornais: "relações íntimas, promiscuidade, troca
de casais, bruxarias, mesinhas, amarrações" até às notícias do aumento de
criminalidade com autênticos requintes de selvajaria, como notícias de
importância capital como se não houvesse nada mais importante no mundo.
Há subsídios
para praticarem o aborto, mas não há para a prevenção e para a natalidade. Não
há subsídios para a Cultura. Desmantelam Orquestras sinfónicas e companhias de ballet por falta de dinheiro, mas correm
rios de dinheiro para o futebol e estádios a apodrecerem por falta de uso.
Não há
respeito pelo semelhante, pelos seres vivos, já não se pode circular pelas ruas
em sossego e tranquilidade, mesmo à luz do dia. As residências precisam de
gradeamentos e de alarmes anti-roubo, e ainda me querem convencer de que
estamos melhor?
Os leques
salariais são cada vez mais alargados e já não existe uma classe média como
existia. As injustiças são cada vez maiores e a distância entre os ricos e os
pobres aumenta cada vez mais. Há trinta anos atrás a repartição de riqueza era
mais justa, porque todo aquele espaço vazio de
hoje, entre ricos e pobres, era ocupado pelos remediados.
De resto, já
não vale a pena falar. Das elites que se colaram aos partidos, aos compadrios e
das famílias, onde os privilégios passam de pais para filhos, sobre o olhar
complacente do povo explorado que, na sua ignorância, ainda bate palmas e tem
esperança de que "esses" indivíduos lhes possam valer, e confiam nos
partidos ultrapassados que ainda nos governam, mesmo depois dos grandes
escândalos que provocaram a actual crise mundial.
E para
resolver a crise são esses pobres que terão de contribuir com a fatia maior.
Milhares de falências, milhares de desempregados, e esses indivíduos, na
maioria desta geração, oriundos das juventudes partidárias e filhos de papás que
passaram a pasta, preocuparam-se mais em subsidiar Bancos, que apresentam
lucros imensos, e grandes empresas semi-estatais que lhes assegurarão um bom
"tacho" quando terminarem aquela comissão de serviço, e não se
preocuparam em salvar as pequenas empresas em falência.
Será que
estamos melhor?
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