PODRIDÃO DE COSTUMES NA
IGREJA DE ROMA
Causou espanto o pedido de
aposentação do Papa de Roma, Joseph Ratzinger, alemão de 85 anos de idade, ex-chefe da Inquisição. Um facto
raríssimo, ocorrido poucas vezes desde que surgiu o papado no cristianismo.
Num momento em que os movimentos
pela igualdade de direitos fazem cada vez mais barulho, seria de questionar por
que a “Santa Igreja” não permite, por exemplo, o sacerdócio feminino. Ainda que
queira apresentar-se como moderna e desfazer-se da sua imagem medieval, Roma
ainda resiste a coisas hoje corriqueiras em outros campos, como a globalização.
Se o catolicismo fincou pé em todos
os continentes, por que resistem à escolha de um “Papa” não europeu? Bento XVI
já foi um milagre, pois foi o segundo não-italiano em mais de 500 anos (o primeiro foi o seu antecessor João Paulo
II, polaco).
Agora, “Papa” argentino ou
brasileiro soaria como sacrilégio na Capela Sistina. “Papa” de cor negra então
seria “o apocalipse”.
Mas o que tentam apagar da história é que pelo menos uma mulher já
teria ocupado o trono do Vaticano: a chamada “papisa” Joana, uma das figuras
mais controversas da História. Ao longo dos séculos muitos negaram a sua
existência, contudo, é considerável o número de documentos que atestam o seu
reinado em Roma. Se de facto existiu, terá sido um feito extraordinário,
digno de Hollywood. Ter ocupado um lugar a que só homens tinham (e têm) acesso. Na “Idade das Trevas”, as
mulheres quase não tinham direitos e poucas podiam estudar, porque se cria que
eram incapazes de pensar. E em mais uma prova de que a igreja católica
permanece na Idade Média, ainda relegam as mulheres a meras serviçais.
Em todo o caso, o relato diz que, no ano 814, em
Engelheim, Alemanha, nasceu a filha de um cónego inglês que logo deu mostras de
inteligência privilegiada. Aprendeu a ler e a escrever, às escondidas, com o seu
irmão Mateus. O tutor do menino, depois que o garoto morreu, ensinou à menina
latim e o grego, e ao partir, prometeu ajudá-la a continuar os estudos. Meses
depois o pai de Joana recebeu uma carta do bispo, ordenando-lhe que lhe
enviasse a menina. No palácio episcopal, Joana enfrentou a rejeição do reitor,
que não queria uma menina na escola, mas, pela sua inteligência e pela
insistência do bispo, foi aceita. Como Joana não poderia ficar instalada junto
aos rapazes, o bispo determinou que fosse enviada à casa de um cavaleiro seu
amigo, onde ficaria alojada.
Entretanto, enfadada dos estudos, Joana resolveu
fugir. Assumiu uma identidade masculina e entrou para um mosteiro com o nome
de Johannes Anglicus (João Inglês).
Ali, com a biblioteca à sua disposição, aprofundou-se nos estudos religiosos e
clássicos, tornando-se extremamente culta e erudita. Aprendeu os rudimentos da
medicina da época e por fim foi chamada a Roma, para tratar da saúde do “papa”
Leão IV. Sempre disfarçada de homem, ganhou prestígio e respeito entre os
dignitários da igreja. Foi nomeada “secretário da Cúria” e, depois cardeal.
Com a morte do “papa” Leão IV (17 de
julho de 855), acabou eleita “Papa” e adotou o nome de João VIII,
sendo um “Papa” discreto que quase não aparecia em público. Mas certo
dia, durante uma procissão, montada num cavalo e à frente do cortejo, como era
o costume da época, Joana sentiu-se mal e caiu. Entre dores, sangue e lágrimas,
deu à luz uma criança. Os cardeais, atordoados, gritaram: “Milagre!
Milagre!”. Na verdade, o “milagre” de um “Papa” parir explica-se: ao saber
da fuga de Joana, o cavaleiro amigo do bispo não cessou de a procurar,
encontrando-a, anos depois, em Roma. Apaixonaram-se, passaram a encontrar-se às
escondidas, e o bebé seria filho desse cavaleiro.
A partir daí os relatos divergem. Segundo alguns,
a multidão apedrejou Joana e a criança até à morte, por ter profanado o trono.
Para outros, mãe e filho foram encarcerados até ao fim dos seus dias. Outra
versão seria que ambos morreram de complicações do parto.
Uns dizem que Joana nasceu no oriente, em Constantinopla
talvez, com o nome de Giliberta, e vestia-se de homem para estudar filosofia e
teologia. Depois de algum tempo, sob disfarce, impressionara tanto os
doutores da igreja católica com a sua sabedoria que foi escolhida para o trono
papal. Essa mesma versão também conta que Joana havia-se apaixonado por um
guarda suíço e engravidara dele.
Outra vertente é de que Joana seria na verdade um eunuco, que por ser
castrado não foi eleito, mas rotulado de “mulher” e assim impedido de ocupar o trono.
Já outra versão diz que Joana casou-se com um monge
na Grécia, onde se teria vestido de homem para não escandalizar o povo, pois os
padres não podiam casar-se (veja que não
mudou nada). Sob o pseudónimo Johannes Anglicus, fingia ser apenas um discípulo,
depois tornou-se monge, e depois cardeal. Após a morte de Leão IV, ficou com a
vaga do defunto. Nessa versão ela também engravida, e a justificação de ninguém
descobrir é que a túnica era larga o suficiente para esconder a barriga.
Verdade ou lenda? Se considerarmos o poder da igreja
católica naqueles tempos, e que os historiadores eram padres, é fácil
compreender por que suprimiram esse “papado” quase três anos. Depois de Leão IV
já aparece Bento III. E em 872 nomearam outro “Papa” com o mesmo nome da
“papisa” (“João VIII”).
Mas outros factos dão força à história:
- Em 1276, o “papa” João XX, após rigorosa
investigação, mudou o seu nome para João XXI, reconhecendo, assim, o “papado”
de Joana;
- Existiu também, entre os diversos bustos
papais de terracota na Catedral de Siena, um da “papisa”. Por determinação do
“Papa” Clemente VIII, sumiram com ele em 1601.
- Exatamente a partir do ano 857, data da morte da “papisa”, até ao século
XIX, era usada uma cadeira com um buraco no assento, usada nas cerimónias da
consagração de um novo “papa”. O recém-eleito sentava-se e era feito um exame
palpável para se determinar se era, de facto, do sexo masculino. Só então o camerlengo anunciava “Habemus
papam” (“temos um papa”). Essa cadeira ainda existe em Roma, não
podendo a igreja católica negar a sua existência.
Evidentemente que os católicos insistirão que isto
é apenas uma lenda para difamar a sua “Santa Igreja”. O protesto é antigo.
Barónio considera a “papisa” um monstro que os “heréticos” evocaram do
inferno. Um tal padre Labbé acusou os protestantes de serem os
inventores da história, mas tendo Joana subido à “Santa Sé” 500 anos
antes do nascimento do primeiro reformador, seria-lhes impossível tal invenção.
E Mariano, que escrevera sobre a “papisa” muito antes, não poderia estar a
citar algum reformador. Florimundo Raxmond comparou Joana, na
mesma época, a um enviado do céu para punir a igreja romana, cujas
abominações provocaram a cólera de Deus.
Muitos outros escritores descrevem o episódio. Um
dos sinais mais interessantes da existência de Joana é um decreto a riscar o
seu nome do catálogo dos “papas”. Genebrardo, arcebispo de Aix, afirma que
a “Santa Sé” foi ocupada por “Papas” tão corruptos “que deviam ser
chamados apostáticos e não apostólicos”, e que várias mulheres governaram
Roma nesse tempo. Com efeito, as cortesãs Teodora e sua
filha Maroziaco colocaram no “trono de ‘são’ Pedro” os seus amantes e
filhos ilegítimos durante um período conhecido como a "pornografia"
ou "o governo das prostitutas".
Marozia
dei Teofilatti fora seduzida, ainda
adolescente, pelo corrupto “Papa” Sérgio III (904-911). Depois tiveram vários
filhos. Sérgio, que participara do absurdo julgamento do cadáver, foi descrito por Barônio, Gregório e
outros escritores como “monstro” e “criminoso
aterrorizante”. Diz um deles: “Por sete anos ocupou a
sede de são Pedro, enquanto a sua concubina, imitando a rainha Semiramis,
reinava na corte em pompa e luxo como nos piores dias do velho Império Romano”. Sobre Teodora, relata: “Esta mulher, juntamente com Marozia, a
prostituta do Papa, encheu a Sé papal com os seus filhos bastardos e converteu
o palácio em um labirinto de ladrões”. Em 914, Teodora conseguiu nomear “Papa” João X, então seu amante,
assassinado em 928 por Marozia, que queria levar o seu macho do momento (Leão
IV) ao trono. Este só durou um ano. Prejudicou-se de todo quando Marozia
percebeu que ele tinha uma prostituta mais imoral do que ela mesma. Marozia
então mexeu os pauzinhos e elegeu o seu filho Sérgio, ainda adolescente
(chamado João XI). Este, depois de uma briga com desafetos foi encarcerado e
acabou envenenado. Em 995, um neto de Marozia tomou posse como João XII, tão
corrupto quanto os outros, culpado de invocar o demónio e fazer-lhe brindes, viciado
em jogo, roubos e imoralidades e até de provocar incêndios. Nenhuma mulher
honesta, solteira, casada ou viúva, se atrevia a sair em público, pois esse “Papa”
não lhes tinha respeito. Levantou a ira do povo ao transformar o palácio papal
em bordel; passou toda a vida em adultério e assim morreu, assassinado pelo
marido da mulher com quem dormia.
E nem vamos falar muito sobre Olimpia
Maidalchini, a papisa secreta, que no século XVII comandou a igreja católica
através de seu cunhado e amante, o “Papa” Inocêncio X.
A podridão está entranhada nas muralhas do Vaticano,
depois de 1700 anos de corrupção - pois como se sabe, o
catolicismo inicia-se depois do Édito de Milão, no IV século depois de cristo -
e não antes. Temos que perguntar:
Você acha que a simples troca de um gerente
por outro, ou no máximo, a substituição do atual grupo de poder, vai mudar alguma coisa? Os dogmas
continuarão os mesmos, continuarão a crer que “sem Maria não há salvação”, que
só “pedindo à mãe o filho atende”. Não vão acabar os "santos" mais
lendários do que a “papisa” Joana. Continuarão com as suas imagens,
rezando pelos mortos, passando cinza na testa, acendendo velas, batizando
e crismando crianças , seguindo procissões. A mulher não
terá lugar de destaque, os “homens de preto” continuarão mais filósofos do que
teólogos; ainda tentarão influenciar mais a política do que a vida espiritual
das pessoas, seguirão sem poder casar, mas assediando adolescentes
imberbes. NADA MUDARÁ! Com
a desculpa do “ecumenismo”, formarão a " igreja mundial" nos
dias finais da humanidade.
Uma organização que cresceu como um câncer, um polvo
maligno que abraça mais do que apenas a praça de “são” Pedro, corrupta desde os
alicerces tenebrosos no subsolo de Roma, de repente vai passar a ser uma
referência de correção e pureza? Uma instituição tão impenetrável, misteriosa,
que torturou e matou milhões “em nome de Deus”, a ponto de julgar e condenar um
cadáver, que foi dirigida por prostitutas e hoje abriga um sem-número de homossexuais
e pedófilos , e que escolhe o chefe da polícia secreta para
líder supremo, o que mais não terá nos seus cargos mais altos? O que mais
esconderá?
Os que defendem “honestidade, transparência e
tolerância” só da boca para fora, que vivem a fazer passeatas pelo Facebook e manifestação pelo Twitter, deveriam também protestar pelo
fim da corrupção e por uma devassa nessa podridão. Que os mafiosos pelo menos
paguem pelos seus crimes e pela tentativa de manipulação das massas crédulas e
ignorantes, mostrando ao mundo o que se passa por trás daquelas muralhas.
Ministro do Vaticano defende casais gays
Quarta, 6 de
fevereiro de 2013 - O
ministro do Vaticano para a Família (“monsenhor” Vicenzo Paglia, presidente do
Pontifício Conselho da Família) reconheceu direitos para os casais “de facto”,
homossexuais ou não. Em um encontro com a imprensa, Paglia explicou que são
situações que o Estado deve resolver para impedir injustiças e
discriminações. “É preciso encontrar soluções no âmbito do código civil
para garantir questões patrimoniais e facilitar condições de vida para impedir
injustiças com os mais fracos. Infelizmente, não sou um
especialista em direito, mas, pelo que sei, me parece o caminho que precisa de ser
percorrido”, disse. Paglia é um dos fundadores da
Comunidade de Santo Egídio, organização que mediou conflitos internacionais,
defensor da canonização de Arnulfo Romero, um padre salvadorenho, e costuma ter
posições abertas sobre temas sociais. Designado em 2012 para administrar um dos
ministérios-chave do Vaticano, reiterou a sua defesa do casamento tradicional,
entre um homem e uma mulher, que considera “elemento fundador” da sociedade: “As formas de
vida comum não familiares constituem um verdadeiro arquipélago de situações. É
claro que é preciso garantir os direitos individuais”, afirmou,
manifestando a sua total oposição a formas de discriminação contra os
homossexuais. “Em vários países, a homossexualidade é considerada um
crime. É preciso combater isso”, disse. Por sua vez, condenou a
aprovação da adoção por parte de casais do mesmo sexo. “A Igreja
conhece o preço do que é uma família sem filhos, dos idosos sozinhos e dos
doentes. A família transformou-se ao longo de décadas, mas nunca vamos
abandonar o seu “genoma”, ou seja, que é formada por um homem, uma mulher e
seus filhos”, disse.
A abertura
em direcção à aprovação de direitos dos gays por parte de uma
alta figura do Vaticano divide o movimento homossexual italiano. “Pela primeira
vez um hierarca da Igreja reconhece direitos de casais homossexuais e denuncia
que no mundo há muitos países que consideram a homossexualidade um crime”,
declarou satisfeito Franco Grillini, da rede Gaynet. Menos positiva foi a
reação de Aurélio Mancuso, líder do movimento Equality Itália: “Reconhecer os
direitos individuais equivale a manter a atual situação. Ou seja, ausência de
direitos”. O tema da legalização do casamento gay irrompeu
na Igreja católica, que até agora havia mantido uma posição firme sobre o
assunto.
Comentário – agora que BentoXVI pediu o boné, paira uma grande interrogação
sobre a praça de “São” Pedro. Várias conjecturas são feitas, até mesmo a de que
uma conspiração secreta (do tipo das que vemos em filmes de Hollywood) forçou o
velho Ratzinger a ir para casa pescar trutas. Pode até ser, mas a fala desse
tal “ministro da família” pode ser um sinal de que o discurso tido como
conservador está com os dias contados. Eu não duvido, pois a “santa igreja”
admitir que aceita pecados como a sodomia e a homossexualidade e até os
defende, é mesmo de admirar. Se bem que quem aceita pecados como a idolatria e
inúmeras heresias pode aceitar qualquer coisa. Foi assim no passado, quando
admitiu que lendas de povos bárbaros se transformassem em histórias de
“santos”, quando aceitou costumes pagãos no seu catecismo oficial, e quando se
corrompeu com os reis da terra, que qualquer estudante do primeiro grau pode comprovar
nos seus livros didáticos de História Geral. E é justamente essa mistura, essa
promiscuidade com o poder político e a corrupção moral que a levará, por fim, a
tornar-se no poderoso braço religioso do anticristo, sob a liderança daquele
que a Bíblia chama de “o falso profeta”. Para saber mais, leia Apocalipse capítulo 13.
Vicenzo Paglia defende casamento de gays... não se surpreenda se esse for o próximo manda-chuva por lá.
NOTA: Artigo que encontrei nos meus arquivos e,
infelizmente, na altura não apontei o nome do autor que merece todos os créditos.
No entanto para os curiosos, junto estas fontes:
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