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terça-feira, 23 de abril de 2019


A REALIDADE SOBRE A MIGRAÇÃO DO ESPÍRITO

Sem adopção às regras do acordo ortográfico de 1990

 
Sou uma peça, se bem que ínfima, de uma cadeia de informação que pretende manter um pequeno grupo informado, fazendo votos para que essa informação se expanda cada vez mais para bem daqueles que nos sucedem.

Celebremos e tentemos seguir o exemplo de Cristo, celebrando a Vida e a sua vitória sobre a morte que, não esquecemos, é extensiva aos que n'Ele acreditam.

Para os crentes os meus votos de que tenham passado uma Boa Páscoa.

A personalidade é um dote singular, de natureza original, cuja existência não depende do Espírito. Ela é forjada na parceria Corpo material/Espírito que dão origem à Mente e forjam a Alma. As personalidades podem ser similares, mas nunca idênticas. As pessoas de um determinado grupo, tipo, ordem ou padrão, podem-se parecer umas com as outras, e de facto se parecem, mas elas nunca são idênticas.

A personalidade é essa feição do indivíduo que conhecemos e que nos torna possível identificar tal indivíduo no futuro, independente da natureza e do grau de mudança na Forma (Corpo), Mente ou estado espiritual. A personalidade é aquela parte de toda a pessoa que nos permite reconhecê-la e identificá-la de forma positiva como aquela que conhecemos anteriormente, não importa o quanto tenha mudado em virtude da modificação do veículo de expressão e manifestação de sua personalidade.

A personalidade das criaturas distingue-se por dois fenómenos característicos, que se manifestam por si mesmo no comportamento e reacção do mortal: a autoconsciência e, associada à esta, o livre-arbítrio.

 
A efusão da personalidade é uma prerrogativa exclusiva do Pai Universal, a Fonte de Todas as Personalidades. E Ele concede personalidade a numerosas ordens de seres conforme estes operam nos diversos níveis da realidade universal.

 
Da mesma forma, a entidade espiritual Superna, Deus, o Arquitecto do Universo, o Criador, na sua grandeza, faz contacto directo com o homem mortal e dá uma parte do Seu ser infinito, eterno e incompreensível, para viver e morar dentro dele. Esta dádiva Divina, uma centelha (átomo) do Espírito Universal (fragmento espiritual do Pai), é uma fracção PRÉ-PESSOAL da essência absoluta de Deus, que passará a habitar na Mente do homem, mas que não possui personalidade.
Poderá individualizar-se juntamente com a individualização da Alma e por vezes (não todas) fundir-se com a Alma. Os Espíritos não são "criados" como entidades individuais. São entidades fragmentadas constituindo a presença real de Deus dentro do homem. “O Reino de Deus está dentro de vós”.

São entidades independentes que vieram de Deus para vivificar os corpos materiais originais na Terra. Buscam a personalidade através da união definitiva com o hospedeiro onde estão domiciliados. Quando o Homem segue a liderança deste espírito interior, que na prática significa fazer a Vontade de Deus, consegue eternizar-se, alcançar a sobrevivência, ou seja a identificação final com o Pai que o criou.
 
Mas o Homem, sendo de natureza quase que totalmente material e de origem animal, e habitado por uma partícula divina da mais pura realidade espiritual conhecida no Universo, está sempre em tensão com os instintos naturais herdados da natureza material e o impulso permanente que o Espírito exerce a fim de espiritualizar a sua natureza humana.

Tal situação, esta condição dual de pertencer à natureza e ainda ser capaz de transcender a natureza, de ser finito e habitado por uma partícula do infinito, aliado ao facto do nascer puro e ignorante e possuir livre-arbítrio, ocasiona muita ansiedade e origina o mal potencial. E é graças à colaboração efectiva com o Espírito que o homem consegue tomar as decisões morais e fazer as escolhas espirituais que permitam esta união definitiva entre Deus e o Homem.  

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