O JURAMENTO DOS JESUÍTAS
JURAMENTO dos
JESUÍTAS
“Assim, pois, com todas as minhas forças, defenderei esta doutrina
e os direitos e os costumes de Sua Santidade contra todos os usurpadores
heréticos ou autoridades protestantes... e de todos os aderentes a quem se
considera hereges e usurpadores, inimigos da Santa Sé ou Madre Igreja de Roma”.
“Prometo e declaro que farei quando se me apresente oportunidade,
guerra sem quartel, secreta ou abertamente, contra todos os hereges e
protestantes, tal como se me ordene fazer, extirpá-los-ei da face da terra, que
não tomarei em conta, idade, sexo, ou condição, que enforcarei, queimarei, destruirei,
envenenarei, cegarei, estrangularei vivos esses infames hereges; abrirei o
ventre das suas esposas e baterei com a cabeça de seus filhos na parede, a fim
de aniquilar execranda raça”.
“Que quando não posso fazer isso abertamente, empregarei secretamente
a taça de veneno, a estrangulação, a aço do punhal, a bala de chumbo sem ter
consideração à classe, dignidade ou autoridade das pessoas, quaisquer que
sejam...”.
“Para isso consagro-lhe toda a minha alma e todas as minhas forças
físicas e com a adaga que recebo agora, escreverei meu nome com sangue em
testemunho deste juramento, se manifestar falsidade ou tibieza em minhas
determinações podem meus irmãos camaradas, soldados da milícia do Papa, cortar
as minhas mãos e meus pés, enforcar-me, abrir meu ventre e nele queimar enxofre
e aplicar-me todos os castigos que se possam conceber e executar sobre a terra
e que a minha alma seja torturada pelos demônios nas chamas infernais para todo
o sempre”.
Mas o Vaticano logo teve de reconhecer que havia feito da Companhia de Jesus um bode expiatório. Em pouco tempo, ficou claro que os Estados europeus não estavam implicando especificamente com os jesuítas – mas, sim, com uma interferência direta de qualquer fé sobre os seus assuntos. Em 1814, o papa Pio VII restaurou a ordem sob a justificativa de que “O mundo católico exige com unanimidade o restabelecimento da Companhia de Jesus”.
A Companhia rapidamente se reestruturou, mas a vida para os jesuítas e a Igreja não seria nada fácil nos séculos seguintes. Em um mundo impactado pela Teoria da Evolução de Darwin e por ideologias que viam a religião como fonte de atraso e ignorância, a Igreja Católica precisava de se reinventar. Mas, em vez de tentar adaptar-se aos novos tempos, o Vaticano preferiu reagir reforçando os seus símbolos mais tradicionais. Mais uma vez, os jesuítas estariam na vanguarda da defesa da fé.
O primeiro movimento, no século XIX, foi o resgate do símbolo do “Sagrado Coração de Jesus”, uma imagem poderosa que lembrava ao mundo que os ataques impiedosos contra a fé sangravam o coração de Cristo. Depois, veio o resgate da imagem de Maria, por meio do dogma da Imaculada Conceição, em 1854. E finalmente, quando o Concílio Vaticano 1º declarou, em 1870, a infalibilidade papal nos assuntos relativos à moral e à fé, os jesuítas também estavam presentes na condenação aos erros do “racionalismo, do materialismo e do ateísmo”.
Dali em diante, a Igreja sobreviveu não apenas às duas Guerras Mundiais no século 20, como testemunhou a expansão, ascensão e queda dos regimes comunistas – queda ajudada por um empurrãozinho nada desprezível do carismático papa João Paulo II. Após a morte do João de Deus, que resgatou o poder da Igreja no Ocidente, houve quem apostasse que já era hora de um jesuíta assumir o papado. Mas a eleição do cardeal alemão Joseph Ratzinger parecia confirmar a tese de que caberia aos jesuítas manter-se sempre à margem da burocracia do clero para executar missões em nome do Papa.
Se, em momentos de emergência, o Vaticano sempre contou com os jesuítas, a crise produzida pela renúncia de Bento XVI talvez tenha criado as condições ideais para a chegada do primeiro jesuíta ao papado. Enquanto Francisco levanta a bandeira da humildade já nos primeiros dias do seu pontificado, resta saber quais serão as armas que o primeiro soldado de Cristo na Santa Sé usará para defender a sua fé. Um bom histórico, a sua ordem já tem.
Mas as mortes e torturas demoníacas no currículo da “Santa”
Igreja Católica Apostólica Romana não faltam, e nunca vão faltar.
Para quem queira
investigar, a página de Robespierre Cardoso da Cunha é muito esclarecedora:
A
verdade é que ao longo da História, os Jesuítas foram, várias vezes, expulsos
dos países onde operavam. E por alguma razão foi. Os poderes políticos da época
sabiam muito bem o poder oculto dos jesuítas e das suas intrigas e
contra-informação pondo os governos reféns das suas manipulações. O saber, e a
informação, são uma força, e os jesuítas conseguiram SEMPRE impor-se no campo
do ensino e consequentemente do “aconselhamento” das elites governantes,
mantendo sempre o povo na ignorância dos factos relevantes da sociedade. Os
seus Colégios eram centros de doutrinação ideológica para reforçar o seu
poderio junto das populações.
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