PARAPSICÓLOGOS versus CHARLATÃES

Os diversos canais da Televisão abordam sempre as eleições primárias nos Estados Unidos, e os mais atentos devem ter ouvido, mais do que uma vez, os críticos e comentadores falarem da forte influência das Igrejas Evangélicas sobre o eleitorado americano.

Pois, esta influência, altamente conservadora, é exercida por pastores tão fundamentalistas como os fundamentalistas islâmicos, o que pressupõe que a humanidade, pelo menos nesta parte do Mundo, está em conflito muito difícil de sanar, porque cada parte entra abertamente nessa luta do Bem contra o Mal, que eu tenho frisado nos meus textos.

O problema é quem é quem! Todos defendem que estão do lado do Bem contra as forças satânicas do Mal.

As informações que eu tenho partilhado são do conhecimento desses "pastores" que falam abertamente em "espíritos" e "demónios", com os respectivos nomes de que são conhecidos, e baseiam a maior parte das suas prédicas na interpretação do Apocalipse da Bíblia, porque sabem que o tempo da privação está aí. Eles explicam, por outras palavras e dando outros nomes aos responsáveis pela manipulação e decadência da humanidade, precisamente aquilo que venho expondo desde o primeiro momento.

Talvez seja a atitude mais acertada, porque fogem das explicações dogmáticas das outras igrejas Cristãs, que pelo hermetismo das suas explicações não chegam à maioria dos fiéis. As pessoas ficam melhor avisadas, porque a sua linguagem mais terra a terra, citando os nomes dessas forças maléficas, lhes faz ver os perigos que as suas almas correm neste mundo material da terceira dimensão.

Como já uma vez afirmei, procuro investigar e estudar todas as crenças. Não estou filiado em nenhuma seita ou ordem secreta, quando muito colaboro, quando solicitado, com a Fraternidade Rosacruz de Portugal, que está aberta a toda a gente e não tem nada de secreto. Conheci muitos parapsicólogos, alguns autênticos charlatães, e toda a fauna ocultista que inundou Portugal logo após o 25 de Abril.

Como na altura era Director Técnico de uma grande empresa de Artes Gráficas, apareciam para publicação as mais variadas revistas sobre parapsicologia, astrologia, mediunidade, etc, etc.

Uma coisa aprendi, com os sábios genuínos. TODO AQUELE QUE QUIZER FAZER FORTUNA COM A EXPLORAÇÃO DESTES FENÓMENOS, COBRAR DINHEIRO POR CONSULTAS DIZENDO QUE QUEREM AJUDAR, NÃO TÊM PODERES NENHUNS. Quem tenha problemas, complexos e taras, deve procurar, de preferência, um psiquiatra, psicanalista ou psicólogo. Se quiser, e tiver fé, poderá procurar alguém, honesto, um “pastor” por exemplo, com experiência destes fenómenos, e QUE NÃO COBRE UM TOSTÃO, que poderá aconselhar e levantar-lhe a auto-estima. Porque a cura ESTÁ DENTRO DE NÓS.

Agora, se querem apenas benefícios materiais, bons empregos, ganhar a lotaria, etc., não é aí que encontrarão ajuda.

Tudo o de bom, ou de mau, que tenhamos na vida a nós o devemos. Ninguém é totalmente feliz, nem totalmente realizado. Há bons e maus momentos e a nossa defesa está na auto-estima e na vivência "positiva". Os antigos eram muito sábios e este ditado popular está muito certo: "Quem vento semeia, colhe tempestades".

Aprendi muito, por exemplo, com um alto representante duma Igreja, o Exarca da Igreja Ortodoxa Grega para a Alemanha e a Europa Central, MARKIANOS, que visitou Portugal em Agosto de 1978, que defendia que devíamos seguir os ensinamentos da tradição, sobrepondo-os até às práticas religiosas impostas, e que afirmou numa entrevista à revista "a Gnose": "Está escrito que o mundo voltar-se-á contra a Igreja, que a moral do mundo tornar-se-á ordinária, quer dizer, pobre, terrível… O mundo caminha para a falência, para o colapso mental".

 

Eu fui uma das poucas pessoas que o recebeu na sala VIP do aeroporto da Portela, que o levou para o hotel Sheraton onde se travou o primeiro encontro informal e uma das duas pessoas que o acompanhou, sempre, pelas suas deslocações em Lisboa.

Fiquei plenamente surpreendido com a abordagem que fazia, em conversas particulares (falávamos Francês), sobre o Mundo. Os seus conhecimentos sobre o oculto e sobre a “tal” história “Não Convencional” eram impressionantes. Aprendi muito com aquele ser extraordinário. E constatei que, afinal, não eram só as seitas ocultas, ou ordens secretas, que abordavam tais assuntos. As grandes religiões, e outras a que os católicos chamam "seitas", abordam estas matérias sem complexos. Falam abertamente dos mundos dos espíritos e demónios e da luta constante entre o Bem e o Mal.