TEORIAS DA CONSPIRAÇÃO – A Caça às Bruxas contra a Pesquisa e
Análise Independente
Em Agosto de 2014, o jornal i começou a editar uma página sobre
as "teorias da conspiração". Se bem que com um tom irónico, por
enquanto, aborda temas considerados marginais e evitados por toda a imprensa em
Portugal. Mas não segui este jornal e não sei se essa página ainda continua a
ser publicada.
São poucos os jornais que se
"atrevem" a furar o boicote imposto na imprensa, ou por serem
coniventes ou por recearem as represálias nas receitas de publicidade ou…
enfim… algo que comprometa o seu património.
Pelos tabus levantados, os
jornalistas receiam pelas suas carreiras e mantém-se tudo na mesma, brincando e
achincalhando com o tema numa tentativa de ridicularizar aqueles que querem
abordar com seriedade as contradições, as pontas soltas e pistas escondidas,
por mais evidentes, de que algo cheira mal.
Enquanto alguns podem desacreditar pesquisadores
independentes (nova designação de um
teórico da conspiração) como ignorantes ou instáveis, uma pesquisa mostrou ser falsa “A ideia de que só as pessoas burras acreditam que este material é errado”.
É um perigo claro para aqueles que desejam
exercer autoridade política incontestável haver tantos indivíduos
"acordados" que procuram saber a verdade porque, na verdade, a
capacidade de disseminar livremente e discutir conhecimentos de conduta
ilegal do governo e de grupos "secretos" é o principal contrapeso à
tirania.
Uma vez
que esta capacidade não pode ser facilmente confiscada ou suprimida, "eles"
entendem que deve ser ridicularizada, marginalizada e até mesmo diagnosticada
como uma condição psiquiátrica.
Felizmente
são cada vez mais os que abrem os olhos e se apercebem que, de facto, algo está
muito mal e fora dos parâmetros normais de uma sociedade que se quer justa e
dinâmica.
Basta
olhar para o nosso país. Como é possível que grupelhos organizados, tanto na
banca que controla a economia, como nos partidos políticos, mantenham toda uma nação
refém dos seus interesses?
Transcrevo
agora este texto interessante que tenho nos meus arquivos:
TEORIAS DA CONSPIRAÇÃO – A Caça às Bruxas
contra a Pesquisa e Análise Independente
(Do site "Blog Anti Nova Ordem Mundial" com tradução
minha para português de Portugal e alguns sublinhados, sem alterar o texto
original. R)
Uma
nova cruzada está em curso para atacar a investigação e análise independente
disponível pela via informativa alternativa. Em Março deste ano saiu o
lançamento de um novo livro de Cass Sunstein, defensor da “Infiltração
Cognitiva” que propõe “infiltrar cognitivamente” grupos online e websites
alternativos. O seu novo livro é intitulado “Teorias da conspiração e outras ideias perigosas“. Também em Abril, o
confirmado braço federal de inteligência, o Southern Poverty Law Center
(SPLC), divulgou um novo relatório, “Agenda 21 : A ONU,
Sustentabilidade e Teorias da
Conspiração de Extrema Direita“. Mais recentemente, a
revista Newsweek publicou uma reportagem de capa intitulada “Os
planos para destruir a América: as teorias da conspiração são um perigo
claro e presente“.
Como
o próprio discurso sugere, esta campanha de propaganda usa o rótulo agora
familiar de “teoria da conspiração”, conforme descrito no documento da CIA
1035-960, um memorando de 1967 que define uma estratégia para os
“ativos de mídia” da CIA combaterem as críticas da Comissão Warren e
atacar investigadores independentes do assassinato do presidente John F. Kennedy.
Naquela época, os alvos incluíram o advogado Mark Lane e o promotor do distrito
de New Orleans Jim Garrison, que eram rotineiramente difamados e satirizado nos
principais meios de comunicação dos Estados Unidos.
Documentos
governamentais desclassificados provaram ser em grande parte corretas as alegações
de Lane e Garrison do envolvimento da CIA no assassinato. No entanto, a
perspectiva de ficar sujeito à difamação de teórico da conspiração continua
a ser uma arma potente para intimidar autores, jornalistas e estudiosos que
questionem eventos complexos, políticas do governo e outros assuntos
potencialmente controversos.
Reportagem da Newsweek
Como
o título de reportagem da Newsweek indica, um elemento principal das
campanhas de propaganda contemporâneas usando o rótulo de teoria da
conspiração/conspiracionista é sugerir que a desconfiança dos cidadãos em
relação às políticas e atividades do governo tende para a ação violenta. O
termo “teórico da conspiração” é intencionalmente confundida com “conspirador”,
ligando assim os dois na mente das pessoas. Imagens de Lee Harvey Oswald, Timothy
McVeigh, e Osama bin Laden são subtilmente invocadas quando os termos mágicos
são referenciados. Na realidade, são tipicamente os governos ocidentais a usar
a sua policia ou militares que provam ser os principais criadores de violência
e da ameaça de violência, internamente e no exterior.
No
seu artigo da Newsweek (imagem atrás), o autor e jornalista Kurt Eichenwald
emprega seletivamente as afirmações do SPLC, Cass Sunstein, e um punhado de
cientistas sociais para postular de um modo orwelliano que a
investigação e a análise independente da Agenda 21 das Nações Unidas ,
do impulso anti-educativo do “Common Core”, os perigos dos efeitos adversos
das vacinas e fluoretação da água, e o 11 de Setembro – todas políticas e questões
que merecem estudo sério e importante preocupação, são um “contágio” para o corpo político.
Num
público funcional, particularmente nos académicos e jornalistas honestos que
desinibidamente
aprofundam estes e outros problemas semelhantes – transgénicos, o terrorismo patrocinado
pelo Estado, os perigos da radiação não-ionizante – uma vez que tais fenómenos representam
graves ameaças à soberania popular e a auto-determinação. Tais intelectuais,
então, fornecem descobertas importantes para fomentar o vigoroso debate
público.
Sem
isto, segmentos da população ainda
capazes de pensamento crítico tendem a acessar e investigar informações que
os leva a questionar decretos burocráticos e, em alguns casos, sugerem uma
agenda política potencialmente mais ampla. No mundo de hoje, no entanto, esses projetos
de pesquisa realizada pela plebe que são expressamente reservados ao governo ou
financiados por tecnocratas financiados por fundações “distorcem o debate que é
fundamental para a democracia”, diz o cientista político de Dartmouth
Brendan Nyhan.
Com
isso em mente, um exercício ainda instrutivo simples para ilustrar o recurso
psicolinguística da técnica de propaganda da teoria da conspiração é substituir
“teorias da conspiração” ou “conspiracionistas” com a frase, “pesquisa
e análise independentes” ou ” pesquisadores independentes”.
Vamos aplicar isso a algumas passagens da peça recente da Newsweek Eichenwald.
Por
exemplo, “A pesquisa psicológica mostrou que a única característica que
indica
constantemente a probabilidade que alguém vai acreditar em
‘pesquisa e análise independentes’ é se essa pessoa acredita em outras
‘pesquisas e análises independentes’", conclui sabiamente Eichenwald. “Uma das
maneiras mais comuns de introduzir ‘pesquisas e análises’ independente é ‘só
para fazer perguntas’ sobre uma versão oficial“, diz Karen Douglas,
co-editor do Jornal Britânico de Psicologia Social e um académico
sénior… pela Universidade de Kent do Reino Unido”.
De facto, substituindo as frases de acordo ao longo do artigo
neutraliza significativamente o seu efeito de propaganda.
Os
pesquisadores concordam: 'pesquisas e análises independentes' são defendidas por pessoas
em todos os níveis da sociedade buscando maneiras de acalmar o caos da vida, às
vezes simplesmente para reforçar convicções.
Enquanto
o crescimento no número de agências de notícias ajudou a espalhar ‘pesquisas
e análises independentes‘, não se compara ao impacto dos meios de
comunicação sociais e da Internet, dizem os especialistas. Teóricos
da conspiração (ou pesquisadores independentes) do 11 de Setembro
protestam
fora
do World Trade Center em 2011 [legenda da foto do artigo da Newsweek]
“Se
você tem redes sociais de pessoas que falam um com o outro, você pode ter
‘pesquisas e análises independentes’ (‘teorias da conspiração’ no original) se
espalhar rapidamente“, diz Cass Sunstein, professor da Harvard
Law School… “Literalmente, é como se fosse contagioso".
Enquanto
alguns podem desacreditar pesquisadores independentes como ignorantes ou
instáveis, a
pesquisa mostrou ser falsa “A ideia de que só as pessoas burras acreditam que
este material é errado”, diz Nyhan de Dartmouth. As
pessoas que mais fortemente acreditavam em ‘pesquisas e análises independentes’
eram significativamente
menos propensas a usar protetor solar ou ter um exame médico anual.
De
acordo com um relatório recém-lançado do Southern Poverty Law Center (SPLC),
a ‘pesquisa e análise independentes’ fluiu em Abril numa audiência perante a
Comissão de Educação do Senado do Alabama sobre a legislação para permitir que
os distritos escolares para rejeitar o “Common Core” (traduzido por “Núcleo
Comum”, uma série de padronizações no método de ensino que na verdade emburrece as crianças, em inglês).
É
verdade. Desde 11 de Setembro de 2001, a internet tem cada vez mais
permitido que as pessoas comuns acessem, estudem e compartilhem informações sobre
eventos e fenómenos importantes como nunca antes. E como um estudo recente
publicado na proeminente revista Frontiers of Psychology sugere, a
apresentação de “teorias da conspiração alternativos” para as explicações
endossadas pelo governo de 11 de Setembro de 2001 é um sinal de “individualização“,
ou bem-estar psicológico e contentamento.
Tal
condição é um perigo claro para aqueles que desejam exercer autoridade política
incontestável. Na verdade, a capacidade
de disseminar livremente e discutir conhecimentos de conduta ilegal do governo
é o principal contrapeso à tirania. Uma vez que esta capacidade não pode ser
facilmente confiscada ou suprimida, deve ser ridicularizada,, segundo
"eles" marginalizada e até mesmo diagnosticada como uma condição
psiquiátrica.
O
recente abandono da neutralidade da rede pode eventualmente subjugar ainda mais
o “transtorno” da pesquisa, pensamento e análise independente. Até lá, as
tentativas da imprensa corporativa para enganar e aterrorizar o público
americano com o nome já gasto da teoria da conspiração será uma característica
predominante do que passa pelas notícias e comentários de hoje.
Fontes:
- Blog Anti Nova Ordem Mundial: “Teorias da Conspiração” A Caça as
Bruxas Contra a Pesquisa e Análise Independente
- Global Research: Cracking The “Conspiracy
Theories’” Psycholinguistic Code: The Witch Hunt against Independent Research
and
Analysis (original)
- SPLC: Agenda 21: The UN, Sustainability and
Right-Wing Conspiracy Theory
- [Livro] Cass Sustein: Conspiracy Theories
and Other Dangerous Ideas
- Newsweek: The Plots to Destroy America:
Conspiracy Theories Are a Clear and Present Danger