O QUE A FRATERNIDADE ROSACRUZ NOS ENSINA SOBRE OS ANIMAIS
Os animais domésticos, que entraram em contacto com o Homem há gerações, desenvolvem faculdades que os outros animais, que não tiveram essa vantagem, não possuem. Isto pode ser explicado pelo princípio científico de que “um fio carregado de electricidade induz uma corrente mais débil em outro fio que lhe esteja próximo, assim como um homem de moral forte induz uma tendência parecida noutro de natureza mais fraca”. Tudo quanto fizermos, dissermos, ou somos, reflecte-se ao nosso redor. Esta é a razão por que os animais domésticos parecem pensar. Eles são os mais elevados da sua espécie, quase ao ponto de individualizar-se, e as vibrações mentais do homem têm induzido neles uma actividade similar, porém, de ordem inferior.
Somente o Homem possui a cadeia completa de veículos que o correlaciona com todas as divisões dos três mundos. Ao animal falta um elo desta cadeia, a Mente. O Espírito animal, na sua descida, alcançou somente o Mundo do Desejo. Não se desenvolveu ainda até ao ponto de poder “entrar” num Corpo Denso. Portanto, o animal não tem um espírito interno individual, mas sim um Espírito-Grupo que o dirige de fora.
O animal possui o Corpo Denso, o Corpo Vital e o Corpo dos Desejos. Existe um ponto, entre as sobrancelhas, a cerca de meio centímetro abaixo da superfície da pele, que tem um ponto correspondente no Corpo Vital. Esses dois pontos eram também afastados nos homens dos primórdios da Atlântida, igualmente como o são nos animais actuais. Esses pontos estão mais próximos nos cachorros do que em qualquer outro animal, com excepção, talvez, do elefante. O Corpo Vital e o Corpo dos Desejos de um animal não estão completamente dentro do Corpo Denso, especialmente no que concerne à cabeça.
A cabeça etérica de um cavalo, por exemplo, sobressai muito além e acima da cabeça densa. Quando, em casos raros, a cabeça etérica do cavalo penetrar na cabeça do seu Corpo Denso, ele pode aprender a contar e a executar operações elementares de aritmética.
Para os mais curiosos, faço aqui uma breve explanação sobre os Reinos da Natureza, para o caso de quererem aprofundar mais os seus conhecimentos. Só que, a partir daqui terão de entrar em contacto com a Fraternidade RosaCruz de Portugal na Rua de Manuel Múrias, 12-5º Esqº. 1500-419 Lisboa, pedindo melhores esclarecimentos.
No “Conceito Rosacruz do Cosmos”, Max Heindel tece algumas considerações, importantes para os cépticos ou de espírito fechado, frisando que os textos rosacruzes não são dogmáticos nem apelam a qualquer “autoridade” que não seja a própria razão do estudante. Não há, sobre este assunto complicado, qualquer revelação que possa abranger tudo quanto esteja no Mundo, o que não quer dizer que tudo o que é exposto seja infalível, considerando o autor como omnisciente (só o Papa é que é infalível para os ignorantes que governam a Igreja de Roma). Está fora de questão um livro que tenha a pretensão de trazer a última palavra sobre o Mistério do Mundo. A Fraternidade Rosacruz não considera o “Conceito Rosacruz do Cosmos” como o Alfa e o Ómega, o último conhecimento oculto. Nesta obra, o que se afirma deve ser aceite ou repelido pelo leitor (estudante) segundo o seu próprio critério. O conhecimento não é estático, está sempre em movimento, e progride com a evolução. Podemos citar um exemplo. O Corpo Vital é formado por prismas minúsculos, o fluído Solar, incolor, muda para um tom rosáceo tal como Max Heindel, e outros investigadores, têm informado. Fizeram-se novas descobertas. Agora sabemos que em cada renascimento forma-se um novo “Cordão Prateado”, nascendo uma parte do mesmo no átomo-semente do Corpo de Desejos, situado no grande vórtice do Fígado, que a outra parte nasce no átomo-semente do Corpo Denso, no Coração e que as duas partes se unem com o átomo-semente do Corpo Vital, no Plexo Solar, e que esta união de veículos superiores e inferiores produz o despertar do feto, um novo ser vivo.
O desenvolvimento ulterior do Cordão, entre o Coração e o Plexo Solar, durante os primeiros sete anos, tem a relação muito importante com o mistério da infância e o seu maior desenvolvimento (do Fígado ao Plexo Solar) no segundo período de sete anos da vida da criança, contribui para a adolescência. A partir daí, depois da formação total do Cordão Prateado, marca o fim da vida infantil e o indivíduo passa a ter uma aura individual como os adultos.
Todos os ocultistas e espiritualistas creem que existe uma ligação entre o nosso Espírito e o Corpo Físico por um cordão prateado (como o cordão umbilical). Já devem ter lido narrativas de viagens astrais em que o espírito sai do Corpo Denso para que o processo automático de regeneração do corpo funcione eficazmente. E o espírito pode divagar por onde quiser, mas sempre ligado ao corpo físico por esse cordão prateado. Só no momento da morte física é que esse cordão é desligado e o espírito e a mente (a Alma) partem para o seu destino. Esse cordão tem três ramificações (para o coração, para o Fígado e para o Plexus Solar) formando como que uma taça.
Depois de ler imensas vezes a Bíblia é que “compreendi” que estava lá a confirmação desta crença ocultista.
Em Eclesiastes, 12: 6 diz explicitamente: "Antes que o fio de prata se rompa e a taça de ouro se parta, antes que a bilha se quebre na fonte e a roldana rebente no poço. Então o pó volta para a terra de onde veio, e o sopro vital retorna para Deus que o concedeu." Quando o cordão de prata se rompe o Corpo Físico morre e regressa a pó e o nosso espírito regressa a Deus onde esperará pela ressurreição para se juntar novamente à parceria com a nossa Alma, noutro Céu, ou dimensão.
Devido a uma peculiaridade, os cavalos, os cães, os gatos e outros animais domésticos, percebem o Mundo de Desejos, ainda que nem sempre distingam entre este e o Mundo Físico. Um cavalo pode espantar-se ante uma figura invisível para o cavaleiro. Um gato pode tentar esfregar-se em pernas invisíveis para nós, pois ainda que veja o fantasma (o habitante do mundo invisível que tanta influência exerce no nosso mundo visível) não percebe que não são densas. O cão, mais sábio do que o gato, sente, muitas vezes, que existe algo que não compreende, quando vê surgir o seu dono já falecido e não pode lamber-lhe as mãos. Uiva, então, indo deitar-se a um canto com o rabo entre as pernas.
Como sabemos (ou devíamos saber) o nosso mundo está cada vez mais na posse de demónios e espíritos malignos que pretendem destruir o Homem para o dominarem completamente. Em textos anteriores já expliquei esta luta espiritual entre o mundo invisível e o mundo visível onde ainda há quem tenha preparação e força para lhes fazer frente e “acordar” o resto da humanidade para que o desequilíbrio se atenue e o Homem possa utilizar o “Poder” e a “autoridade” que Deus lhe deu.
Hoje, sabe-se que muitos espíritos malignos conseguem escapar ao domínio do Espírito-grupo dos cães e dão ordens explicitas ao animal que, sem consciência individual, não resiste e obedece. Já devem ter reparado nos inúmeros factos anómalos que têm acontecido neste mundo ultimamente, em que cães dóceis, amigos dos seus donos e companheiros, de um momento para o outro tornam-se agressivos e tentam matar membros da “sua” família humana. É a causa do domínio de um espírito maligno, que o cão vê, mas não distingue a sua natureza etérea, julgando estar a lidar com um ser físico.
Este fenómeno acontece e a própria bíblia revela essa capacidade de um animal interagir com o mundo invisível, como no caso da jumenta de Balaão cuja história é descrita em Números 22:22-31.
A seguinte ilustração talvez possa mostrar a diferença entre o Homem com o seu espírito individual interno, e o animal com o seu espírito-grupo.
Podemos imaginar um quarto dividido ao meio por uma cortina. Um dos lados representa o Mundo de Desejos. O outro, representa o Mundo Físico. Dois homens, um em cada divisão, não podem ver-se mutuamente. Mas, na cortina, há dez furos pequenos e o homem que se encontra na divisão do Mundo de Desejos pode meter os seus dez dedos das mãos por esses furos, para o outro lado que representa o Mundo Físico.
Isto dá uma boa ideia do Espírito-Grupo que está no Mundo de Desejos. Os dedos representam os animais pertencentes a uma espécie. Pode movê-los a seu gosto, mas não pode empregá-los tão livre e tão inteligentemente quanto o homem que se encontra na divisão física pode ver o seu corpo. Este último vê os dedos que atravessam a cortina, observa que todos se movem, mas não pode ver a relação que existe entre eles. Todos lhe parecem separados, distintos uns dos outros. Não consegue ver que os dedos são os do homem que, atrás da cortina, governa os seus movimentos. Se fere um destes dedos, não é ferido somente o dedo, mas principalmente o homem que está por de trás da cortina. Se um animal é ferido, este sofre, mas não tanto como o Espírito-Grupo. O dedo, não tendo consciência individualizada, move-se conforme a vontade do homem, assim como os animais se movem sob os ditames do Espírito-Grupo.
Ouvimos falar do “instinto animal” e de “instinto cego”. Não existe essa coisa indefinida e vaga com instinto cego. Não há nada “cego” na maneira como o Espírito-Grupo guia os seus membros, mas há um propósito, isto sim.
O clarividente treinado, quando funciona no Mundo de Desejo, pode comunicar com esses Espíritos-Grupo das espécies animais e constatar que são muito mais inteligentes do que a grande percentagem de seres humanos. Pode observar o maravilhoso tino que demonstram ao dirigir os animais, que são os seus corpos físicos. Os espíritos animais separados ainda não são autoconscientes, daí agirem sem resistência às sugestões do Espírito-Grupo (ou a qualquer entidade maligna que consiga ludibriar o Espírito-Grupo). Os Espíritos-Grupo são entidades que pertencem a uma evolução diferente e funcionam nos mundos invisíveis onde as coisas são muito mais aparentes do que são no nosso mundo visível. Portanto, o que chamamos de Instinto, são na verdade sugestões do Espírito-Grupo, no mundo invisível, que guia os animais.
É o Espírito-Grupo que reúne os bandos de aves no Outono e as impele a emigrar para o Sul, nem demasiado cedo nem demasiado tarde, para escapar ao sopro gelado do Inverno. E é ele ainda quem as dirige de volta, na Primavera, fazendo-as voar à altura adequada, altura que varia segundo as diferentes espécies.
Os castores, guiados pelo seu Espírito-Grupo, constroem represas em rios, cruzando a corrente no ângulo rigorosamente apropriado como faria um engenheiro experimentado. É a sabedoria do Espírito-Grupo que dirige também as células hexagonais da colmeia, numa precisão geométrica incrível, e que ensina o caracol a construir a sua carapaça em espiral. Sabedoria por toda a parte, tão grande, tão imensa, que o observador atento não pode deixar de sentir-se pleno de admiração e reverência.
Devido à espiral da Evolução, os animais altamente domesticados, particularmente o cão, o cavalo, o gato e o elefante, vêm os objectos da mesma maneira que o Homem, em contornos claros e distintos.
A relação da Planta, do Animal e do Homem, com as correntes da vida na atmosfera terrestre, é mostrada simbolicamente pela Cruz.
O Animal é simbolizado pelos braços horizontais da cruz. Está entre a Planta e o Homem. A sua espinha está na posição horizontal, e através dela passam as correntes do Espírito-Grupo que é o Guardião dos espíritos animais. Nenhum animal pode permanecer constantemente na posição vertical, pois neste caso as correntes do Espírito-Grupo não poderiam guiá-lo. Morreria por não estar suficientemente individualizado a ponto de suportar as correntes espirituais que penetram através da medula espinal humana.
Os animais possuem somente vinte e oito pares de nervos espinhais, os quais estão ligados ao mês Lunar de vinte e oito dias, comparado com o Homem que tem trinta e um pares de nervos espinhais que o ligam ao mês Solar. Consequentemente, o animal depende do Espírito-Grupo para uma infusão de raios solares necessários para produzir consciência. Eles são completamente incapazes de absorver os raios directos do Sol.
Os Animais futuramente alcançarão um estágio evolutivo tão elevado quanto o humano. Nessa ocasião os humanos terão subido para um grau mais elevado. Existem razões ocultas, explicadas claramente no “Conceito Rosacruz do Cosmos”, porque a criação de animais deveria ser, cuidadosamente, fiscalizada para o bem-estar e avanço de todo o reino animal. Os animais no seu estado selvagem estão livres de doenças e de dor, porque a sua propagação se faz sob o cuidado e direção do Espírito-Grupo, somente naqueles períodos do ano que são propícios para essa finalidade.
Os Iluminados sabem que os animais são seus “irmãos mais jovens” e devem ajudá-los do mesmo modo que estamos a ser ajudados desde que começamos a percorrer o caminho. No actual estágio da nossa viagem evolucionária, todos sabem, inerentemente, que é errado matar e o Homem amará e protegerá os animais em todos os casos. A ganância e interesses egoístas cegam o Homem em relação aos direitos deles, por enquanto. No “desporto” é que se cometem as maiores crueldades intencionais contra os animais.
É visando o dinheiro e o lucro que os animais são assassinados e muitos também são criados para terem o mesmo fim. Os “aficionados” pelo “desporto”, os caçadores, atiram a criaturas indefesas sem outro propósito a não ser o de transmitir uma ideia falsa da sua bravura.
É difícil compreender como essas pessoas, que parecem sãs e bondosas, na generalidade religiosos que frequentam os seus templos de culto, podem passar por cima de todos os seus instintos e alcançarem a selvageria, matando por pura luxúria e regozijando-se com essa destruição. E, certamente, uma grande reversão ao mais baixo dos instintos dos animais selvagens e jamais poderá ter qualquer semelhança remota com algo “nobre”.
Após a morte, um animal permanece por um período maior ou menor de tempo, de acordo com o estágio da sua evolução num Corpo de Desejos feito de matéria do Mundo do Desejo. O clarividente pode ver até mesmo o besouro que morreu indo por um caminho e gradualmente desaparecer. Ele permanece somente alguns poucos momentos na sua forma antes que o espírito volte para a fonte central do Espírito-Grupo. (Motivo por que várias “seitas” de monges Tibetanos, principalmente, se preocupam tanto com a “vida” e chegam, inclusivamente, a varrer o chão à sua frente, para não pisarem, e matarem inadvertidamente, qualquer forma de vida inferior. Esses Monges são clarividentes conscientes) .
No caso do cavalo, vaca ou de qualquer dos animais superiores, existe, correspondentemente, uma permanência maior e mais consciente no Mundo do Desejo, do que no caso dessas formas mais inferiores.
Os espíritos animais são enviados de tempos em tempos pelo Espírito-Grupo para uma encarnação em corpos de animais da sua tribo, um espírito para cada corpo. Ao morrer, regressam ao Espírito-Grupo, tendo adquirido um grau mais elevado de consciência do que quando nasceram. Isto ajuda o Espírito-Grupo a evoluir e, em troca, ele governa os espíritos dos animais separados nas suas tribos. (No Reino Animal, por exemplo, dentro da subfamília Homininae que abrange os grandes primatas, excepto o Orangotango, existem as tribos dos Gorillini, gorilas, e Hominini, os humanos e chimpanzés).
Depois da morte do Corpo Físico, o espírito do animal deixa o corpo morto e retorna imediatamente para o Espírito-Grupo. O amor e cuidados que lhes damos, favorecem-nos naturalmente na sua evolução. Enquanto os animais selvagens agem inteiramente sob os ditames do Espírito-Grupo, a que chamamos “Instinto”, os animais domésticos demonstram uma capacidade de pensar totalmente além da evolução normal alcançada por eles no momento presente. Uma vez que sabemos que os animais domésticos aprendem connosco e que todo o acto bondoso que lhes fazemos os ajuda no seu progresso, podemos seguramente deduzir que os animais que se tornaram domesticados, com o tempo tornar-se-ão os mestres dos seus irmãos menos avançados.
Os serviços prestados pelos que estão num estágio inferior aos que estão mais elevados, como trampolim, só pode ser pago por serviço. O mais elevado deve ao mais inferior um débito de gratidão. Cristo reconheceu isto quando disse que sem alunos não poderia haver professor e, em gratidão, o privilégio de ensinar e trazer para o mundo a maravilhosa Religião Cristã. Ele lavou os pés dos seus discípulos. Em épocas futuras, os reinos inferiores, a actuarem como trampolim e como meios para o nosso crescimento e experiência, vão precisar da nossa ajuda e do nosso trabalho.
Assim, a raça humana, que abusa agora dos animais, terá então de actuar como seus servidores, ajudando-os a alcançar o máximo na escola da evolução, o que será conseguido nos dias futuros.
Os espíritos animais, cujos corpos são agora torturados no inferno da vivissecção sem nenhum propósito, ou são mortos para alimento, tornar-se-ão, no futuro, nossos alunos e será nosso dever, como seus guardiões, ajudá-los a crescer e a propagar a Vida, da qual o Homem agora os priva.
A vivissecção é considerada por todos os estudantes ocultistas como uma abominação e está entre os mais negros de todos os crimes.
É evidente que o progresso evolucionário está a elevar os reinos inferiores, assim como a humanidade. Os animais, principalmente as espécies domesticadas, aproximam-se da individualização.
A partir do momento em que os pioneiros da nossa “onda” de Vida (as raças Árias) ocuparam formas parecidas com os Monos, eles progrediram até ao seu presente estado de desenvolvimento, enquanto as Formas (que eram o tal “elo perdido” que os cientistas procuram) degeneraram e estão agora animados pelos últimos atrasados do período anterior.
Em vez de serem os progenitores das espécies superiores, os monos são os atrasados que ocupam os mais degenerados exemplares daquilo que antes foi a forma humana. Em lugar de ser o Homem que ascendeu dos Antropoides, o contrário é que é a verdade: os Antropoides são uma degeneração do Homem. A ciência materialista, que trata só da forma, equivocou-se e tirou conclusões erróneas a esse respeito.
Cada onda de Vida permanece, entretanto, definitivamente confinada dentro dos seus próprios limites. Os Antropoides podem alcançar-nos e converterem-se em seres humanos, mas dos outros animais. Nenhum pode alcançar o nosso particular estado de desenvolvimento. Alcançarão um estado análogo.
A Ciência descobriu ultimamente que a hemodiálise resultante da inoculação do sangue de um indivíduo nas veias de outra espécie diferente, produz a morte do mais inferior dos dois. Assim, o animal, no qual se inocule o sangue de um homem, morrerá. O sangue de um cachorro injectado nas veias de uma ave, mata-a, mas o cachorro nada sofrerá com a inoculação do sangue da ave nas suas veias. Por isso, quando se injecta sangue de um animal superior nas veias de outro de espécie inferior àquele, procurando afirmar-se, mata a forma que o aprisiona e liberta-se. Quando, pelo contrário, o sangue de um animal de espécie inferior é inoculado nas veias de um animal de espécie superior, o Espírito deste é capaz de expulsar o Espírito menos evoluído e assimilar o sangue para os seus próprios propósitos, não se produzindo prejuízo algum visível.
O Espírito-Grupo procura sempre preservar a integridade do seu domínio no sangue da espécie que está a seu cargo. Ele ressente-se da criação de animais que produzem híbridos.
Por exemplo, quando um cavalo e uma jumenta produzem uma mula, a mescla de sangue estranho destrói a faculdade propagadora de modo que o híbrido não pode perpectuar-se. Esta é uma abominação sob o ponto de vista, pois a mula não está definitivamente sob o domínio dos Espírito-Grupo dos cavalos, nem do Espírito-Grupo dos jumentos, se bem que não esteja tão afastada de ambos, que possa ficar completamente fora da sua influência.
Portanto, quando se acasalam dois animais de espécies muito diferentes, o Espírito-Grupo dos animais que os envia ao nascimento como espíritos separados, simplesmente impede a fertilização do Átomo Semente. Mas, se por um lado recusa a perpectuação dos híbridos, por outro permite que alguns que estão a seu cargo aproveitem a oportunidade para renascer quando dois de espécies análogas se acasalam. Assim, podemos ver que a infusão de sangue estranho debilita a influência do Espírito-Grupo e este, em consequência, destrói a forma ou a faculdade procriadora que está sob o seu domínio.
Sem adopção às regras do acordo ortográfico de 1990. Fotos da Net
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