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segunda-feira, 10 de outubro de 2022

 

INTELECTO, INSTINTO E INTUIÇÃO



O INTELECTO é a forma de funcionamento do cérebro, o INSTINTO é a forma de funcionamento do corpo e a INTUIÇÃO é a forma de funcionamento do espírito (por intermédio do coração). A cabeça só pensa (nunca chega a uma conclusão), verbaliza, é lógica e constrói teorias que nunca passam (por si) de "palha". Não tem raízes na realidade. Por isso o corpo não confia no intelecto porque precisa de viver. Na sua infinita sabedoria, Deus (o Universo ou Natureza para os que se dizem não crentes) pôs todas as funções essenciais do corpo automatizadas, que nós conhecemos como "instinto". A respiração, o batimento cardíaco, a digestão dos alimentos, a circulação do sangue, a distribuição do oxigénio na medida certa por todas as células especializadas do corpo com necessidades diferentes. Dentro do corpo processam-se milhares de tarefas automatizadas. Se fosse o intelecto a tomar conta do corpo, seria impossível a vida, por o consciente precisar de descanso e nessa altura o corpo não poderia funcionar correctamente.

Mas só sobreviver não faz sentido, pelo que o Espírito é essencial para que haja criação. Da "intuição" nasce a possibilidade da arte, da estética, do amor, da amizade. A sociedade de consumo não precisa da intuição porque só comercializa coisas tangíveis.

O intelecto teve de se desenvolver para o ser humano poder funcionar na sociedade de consumo do mundo material. O intelecto criou as ciências e tecnologia, mas é cego. Fabrica coisas mas não sabe se elas serão usadas para destruir ou para criar. Infelizmente, na sociedade cada vez mais materialista, o intelecto tornou-se o senhor de todo o nosso ser.

O objectivo do Criador é que no nosso ser, pela experiência conjunta do intelecto e sabedoria do Espírito, se forme uma Alma sapiente, com sentimento, que evolua e vá enriquecer os universos. É a eterna luta entre as trevas (seres sem Alma, robotizados, sem sentimentos e que praticam o mal para evoluírem e crescerem sempre com a ambição do poder e domínio sobre tudo e sobre todos) e a Luz (dos seres que abominam o mal e pretendem viver no Amor, na Paz, e em comunidade com os outros seres vivos, sencientes ou não).

O nosso Espírito está conectado com o Espírito de Deus e evolui na Luz. O problema é que muitos seres humanos se deixam dominar pela vida material e seus vícios, perdendo essa conexão com Deus. A parte mais densa do mundo material está povoada por seres malignos que se alimentam dos sentimentos libertados pelos humanos e tudo fazem para que tudo continue assim. Quanto mais o ser humano sofrer, mais energia vital liberta o que para eles é um maná. O Inferno é, pois, como que uma fábrica de alimentos para esses demónios. O inferno pode ser retratado conforme a vontade de cada um porque a finalidade é a mesma. Um inferno de fogo ou uma sociedade decadente servem o mesmo fim. Numa sociedade de baixos valores, decadente, o ser humano permanece sempre ansioso, angustiado e com medo. Quanto maior for o sofrimento (torturas, chacinas, guerras, ódios religiosos ou raciais, etc.) melhor e mais abundante é o maná que alimenta esses seres demoníacos das profundezas.

Para contrariar isso devemos ser positivos e alegres no coração, como vem em Provérbios 17:22 "o coração alegre serve de bom remédio mas o espírito abatido virá a secar os ossos". Reparem que a Bíblia não fala do "espírito positivo" da mente, mas sim do coração alegre. O nosso Espírito está no coração e não na mente.

Há mais sobre o Instinto e Intuição. “Grosso modo” o Instinto faz parte do nosso Corpo Físico e a Intuição faz parte da nossa Consciência que, apesar de ser produto da experiência conjunta Corpo/Espírito, tem noção da existência de uma fonte de informação suprafísica a que dominamos como “pressentimentos” ou “intuição”, o tão conhecido 6º SentidoA Intuição dá-nos as respostas a questões fundamentais da nossa existência. O problema é sabermos interpretar os avisos. Essa compreensão e interpretação são mais claras conforme a evolução espiritual de cada ser. Eu sei que a Intuição é a percepção subconsciente de tudo aquilo que o nosso espírito nos comunica, na sua missão de auxílio na elevação da Alma, numa simbiose do conhecimento necessário para a evolução material e espiritual.O Intelecto, produto do desenvolvimento do Cérebro, vagueia no meio, e manifesta-se sempre em todas as acções inerentes ao mundo material. O Cérebro trabalha apenas para o mundo que vê e compreende, com fundamentos baseados no conhecimento científico adquirido pelo estudo e experimentação dos fenómenos físicos. O Cérebro é lógico e não pode confundir-se com a Intuição que vem do mundo suprafísico. A Intuição é “Inteligência”, mas uma inteligência que não é semelhante à inteligência do Intelecto. Um indivíduo intelectual não é necessariamente inteligente, e o indivíduo inteligente não é necessariamente intelectual. Podemos encontrar um homem de campo, analfabeto, de tal maneira inteligente que até um grande intelectual, ou professor, não se compara a ele. Podemos observar, por exemplo, que a generalidade dos intelectuais não são inteligentes, porque não precisam de ser inteligentes para sobreviver. Portanto, a Intuição (que é alimentada pelo saber universal) pode confundir-se com Intelecto, mas não. É pura inteligência. Há imensos casos de pessoas que resolvem problemas matemáticos instantaneamente enquanto o intelectual tem de fazer inúmeros cálculos demorados para chegar ao mesmo resultado. Ainda recentemente mostraram no Facebook uma criança de 5 anos que resolvia instantaneamente problemas matemáticos, qualquer que fosse a dificuldade. Não tinha tempo para efectuar cálculos. O resultado “aparecia” instantaneamente na sua consciência (para não dizer Cérebro). Todos os seres estão conectados ao Espírito Universal de Deus, à fonte da sabedoria e do conhecimento, que vão utilizando na sua jornada de “criação” e aperfeiçoamento de uma Alma individual, cuja prioridade neste mundo físico é aprender a dominar a matéria. Há canais adequados para o acesso a essa fonte, que se vai tornando mais fácil se o indivíduo não descurar o desenvolvimento concomitante do seu Espírito, havendo no entanto as excepções que confirmam a regra, de alguns, sem se saber porquê, terem acesso instantâneo à fonte sem obedecer às tais regras criadas, com etapas seguras e bem controladas, para a evolução de cada ser humano. O ser humano, na sua formação material não pode absorver todo o saber e conhecimento ao seu dispor sem ser por fases calibradas para o seu grau de evolução em cada etapa. Conforme for evoluindo mais capacidade terá para absorver conhecimentos que o ultrapassam.

Os cientistas, como não sabem o que se passa, dizem que a Intuição funciona em “Saltos quânticos”, sabe-se lá o que isso significa. Não há nenhum processo metodológico. A INTUIÇÃO VÊ SIMPLESMENTE AS COISAS. O Conhecimento está no Espírito Universal de Deus e está sempre à disposição do nosso Espírito que é uma centelha do Espírito Universal e nos foi doado para vivificar o nosso corpo físico. A conexão está lá. O problema é saber utilizá-la. Aqueles que se vão desenvolvendo espiritualmente e não perdem essa conexão com o Espírito Santo, vão-se apercebendo, cada vez mais, dos segredos do Universo e a partir de um dado momento ficam como que com uma “chave da Vida”, tornando-se intuitivos conscientes. O Intelecto não sabe explicar objectivamente o que é o Amor, mas uma pessoa intuitiva consegue ver se há, ou não, Amor e confiança em si ou se há dúvidas em si. Pode ver isso como se fossem “coisas”. O Amor não é uma “coisa”, mas uma realidade. Com o desenvolvimento da espiritualidade, a Intuição começa a funcionar cada vez melhor e neste caso seremos realmente humanos pela primeira vez. Começamos a entrar na Vida “consciente” e a perceber a verdadeira realidade.

Todos nós temos um Guia dentro de nós.

Algumas doutrinas falam num espírito exterior que exerce essa função mas a realidade é outra, e muito simples. O nosso Guia é o Espírito que nos foi doado à nascença e que faz parte do Espírito Universal, porque é um Átomo do Espírito de Deus. Ele está sempre a comunicar connosco transmitindo o Conhecimento e Saber Universal. Como muitos não conseguem manter a ligação “limpa” com o Espírito, por causa da estática e muitos ruídos de fundo, alguma coisa vai passando, sob a capa de “pressentimentos” ou “intuição”. São os chamados apelos do Coração que se contrapõem ao raciocínio lógico. Para que tudo corra bem temos que deixar de pensar logicamente. A lógica está sempre associada ao medo. Se pensarmos antes da acção proposta pela Intuição surgem as dúvidas e temos de “convencer” o raciocínio lógico a actuar, acabando por perdermos a oportunidade e o “momento de agarrar” oportunidades que a linha da Vida nos oferece no momento. O Intelecto precisa de tempo e enquanto está a ponderar, a contemplar e a pensar, perde tempo precioso e o “momento” passa. A Vida não espera por nós. Temos de viver no imediato. Devemos deixar que o nosso Espírito faça acontecer o que quer que seja, não interferindo com a Mente. Isso é muito difícil porque somos treinados para agir com a Mente intelectual, com o Cérebro que na maior parte das vezes tem o obstáculo do Medo pela frente. As nossas escolas, universidades, toda a nossa cultura, todo o padrão da nossa civilização ensina o Cérebro, ou a nossa cabeça. O Intelecto é “ensinado”, vem da formação material, enquanto que o Espírito é inteligência porque faz parte do Saber Universal.

O problema para a humanidade, ou o seu grande desequilíbrio entre o Intelecto e o Espírito, vem do facto da grande dificuldade em manter a “linha” aberta com o seu espírito. Todos nascem com e por esse Espírito que os vivificam, mas pela educação e formação (implantados pelas forças malignas que querem destruir o ser humano) não permitem que ele nos ajude. Cortamos a comunicação com ele mas podemos reatar esse contacto com o desenvolvimento espiritual (a espiritualização do ser) ou o simples facto de consciencializarmos que ele existe e precisa de ser alimentado. Quando conseguirmos harmonizar o desenvolvimento material com o desenvolvimento espiritual tudo será melhor.

A acção mais simples, e que dá menos trabalho para alimentar o Espírito, é a Oração. Não se sabe como, mas sabe-se que dá resultado. Quanto mais orarmos com convicção (e não rezar mecanicamente o que foi ensinado na catequese) mais nos aproximamos do mundo espiritual e conseguimos ter acesso ao Conhecimento e Saber nele contido e que está sempre ao nosso dispor.

Os grandes cientistas afirmam que sempre que foi feita uma grande descoberta nunca foi feita pela Mente racional, mas sim pelo Espírito (pela Intuição). Alguns podem reagir negativamente porque não conseguem uma base sustentável, científica, para justificarem a resposta que vem do além, mas reconhecem os seus benefícios.

Quantas vezes nos deitamos com um problema insolúvel a martelar o cérebro e durante o sono, em que a consciência se apaga, e o Intelecto está adormecido, o problema é resolvido inconscientemente. A solução "aparece" pura e simplesmente sem os bloqueios e censuras do raciocínio lógico. As grandes descobertas são intuitivas e não intelectuais. As antigas escrituras dizem que o "mestre", ou guru exterior, serve apenas para encontrar o guru interior, o nosso Espírito e só então ele nos levará à verdade.

Portanto, se eu encontrei o meu Espírito e interajo com ele, poderei olhar para dentro de alguém e "sentir" o seu espírito. Se eu for realmente um guia para alguém toda a minha orientação será levar esse alguém até ao seu Espírito. Aquilo que pretendo, então, é empurrar a pessoa do seu raciocínio lógico para a sua força intuitiva, da sua mente argumentadora para o seu guia de confiança – o seu Espírito. Fazer com que a pessoa confie mais no coração, nos "pressentimentos”, e cultive o Espírito para que, com o desenvolvimento espiritual, passe dos pressentimentos para o "saber" e ter confiança.

A sabedoria vem do mais profundo do nosso ser e não do Intelecto. No cérebro só está aquilo que lhe é permitido estudar e aprender na vida material. Motivo porque a evolução do ser humano na Terra, a aprendizagem da Alma, vem da experiência conjunta do Corpo físico com o Espírito.





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