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sexta-feira, 5 de março de 2021

 

SOBRE A NATUREZA DE DEUS

 

Do ebook: INSÓLITO, MISTÉRIOS DO CÉU, DA TERRA, DO ESPAÇO E DO TEMPO – Nos Domínios do Realismo Fantástico de Sérgio O. Russo, escritor brasileiro, nascido e residente no Rio de Janeiro, pesquisador há 45 anos de temas do género Realismo Fantástico, autor de 10 livros sobre este tema tão apaixonante. Os seus sites são bloqueados muitas vezes, pelo que deve ter posto o dedo na ferida daqueles que pretendem que a humanidade permaneça na ignorância e não saiba a verdade. Para quem goste de explorar estes temas o site actual é http://www.dominiosfantasticos.com.br/id3000.htm . Os meus cumprimentos a O. Russo. Esta versão é livre com alguns acrescentos meus (e imagens). Quem quiser ver o original é só ir ao site e procurar o poste com o nome "A NATUREZA DE DEUS".

 

Deus é Espírito, é uma essência, por isso difícil de mostrar e muito difícil de compreender, face à tradição e à personalização que as Religiões "inventaram", especialmente a Cristã, em que gravaram na mente das pessoas uma imagem criada à semelhança do Homem. Ou seja, um velho de barbas sentado num trono.

Deus é uma "função" e não um ser personalizado.

Se olharmos para o tampo de uma mesa, por exemplo, com um microscópio electrónico (super capacidade de resolução) veremos o objecto que conhecemos, a superfície do tampo, a desaparecer e a aparecer um campo aberto salpicado de pontos, a que chamamos átomos, a redopiarem e aparelharem com outros de natureza diferente e cuja “vibração” os mantém coesos e determina como é aquele objecto material. Tudo o que percepcionamos vibra e no seu conjunto é como se fosse um “oceano” vibratório que se vai adensando conforme a escala de resolução for menor. Toda a realidade será em função da escala em que estamos a operar. Ou seja: pode-se confirmar o antiquíssimo axioma hermético “o que está em cima é como o que está em baixo. O microcosmo é como o macrocosmo, se bem que em escala diferente”.

 


Por esta ordem de ideias, se tivéssemos um meio para aumentar a resolução da escala do espaço e de tudo contido no Universo, não distinguiríamos nada, a não ser o tal oceano pintalgado, de espaços vazios com os átomos a rodopiar, sendo em maior número em determinados pontos e em menor número noutros e até quase inexistentes noutros locais (como no espaço “vazio”, por exemplo, que nunca está completamente vazio, cujos átomos isolados permitem a interconexão constante entre todos os átomos e seus componentes mais reduzidos).

 


 

Os Átomos e Moléculas são as “peças” que se usam para criar novas substâncias. Podemos fazer uma analogia com um conjunto de peças Lego. Este “oceano” vibra constantemente e as frequências diferentes umas das outras é que produzem os seres e objectos diferenciados, mas todos conectados uns com os outros. Se “alguém” conseguir a chave de cada vibração (só possível em Deus) domina o Universo, ou Universos. Assim como o macrocosmos tem o seu Universo próprio e o microcosmos idem, este “oceano” que abarca tudo é a Entidade Superior que controla tudo, como um supercérebro, onde está todo o conhecimento e saber cósmico. Poderemos imaginar essa Entidade como o Ser Supremo com a FUNÇÃO de Deus, pois Deus é uma função e não um ser personalizado.

E, deste modo, até compreendemos o dogma de que “Deus está em toda a parte”, “Deus é omnipresente e omnisciente porque, de facto, todas as coisas, incluindo os seres vivos, e o ser humano, têm em si um Fotão deste “oceano” que lhes foi doado para vivificar o invólucro físico “modelado” (para cada um, vivo ou não vivo, com a vida que conhecemos) para poderem evoluir em determinado mundo material, neste caso o planeta Terra. Esse átomo, essa Centelha do Espírito de Deus, é o Espírito de cada um (nos seres individuais) ou de cada grupo de seres (nos que caminham para a individualidade ou nos que caminham para a vida conhecida por nós, pois uma estrela, um planeta, por exemplo tem outra forma de vida pois nascem, crescem e morrem como nós) e está sempre conectado com a origem, ou seja com o Espírito Universal de Deus, o Espírito Santo. A Física Quântica dá o nome de “fotão” ao átomo energético que vivifica todas as criaturas. Este “fotão” é, segundo a ciência, um corpúsculo, imaterial para os nossos sentidos, um veículo de energia com uma massa quase nula mas com alguma densidade.

 


Um Deus-Átomo dorme em cada pedra. Logo, desperta em cada planta. Move-se em cada animal; pensa em cada homem e ama em cada anjo. Por conseguinte, devemos tratar cada pedra como se fora um vegetal. A cada vegetal como um animal querido. Cada animal como um ser humano e todo o ser humano como a um anjo”. (da Sagrada Tradição Tibetana)

Os Evangelhos “apócrifos”, ocultados às massas, são bem claros ao afirmar que:Se Deus dormisse ou parasse de sonhar o Universo desapareceria instantaneamente”!

Os antigos místicos ensinavam que toda a criação não passa de uma visualização de Deus e que no princípio era apenas a Mente, que através de um mistério profundíssimo residia em Si Mesma. Ela, apesar de Perfeita, sonhava com uma perfeição maior ainda. E nos seus sonhos indescritíveis e sublimes visualizava miríades de mundos habitados pelas mais exóticas e fascinantes criaturas. Então, em um dado momento, estabeleceu a primeira e a mais elevada das suas Leis: Todo o Amor Sozinho Jamais Passará de Uma simples Metade! E o Amor, naquela que foi a sua expressão mais pura, necessitando portanto da sua contraparte, apoderou-se daqueles sonhos sublimes, saturando-os de uma intensa Luz. Aí estava o Ponto-Zero do nosso fantástico Universo, pois aquela Força Mental Sublime tornando-se maravilhosamente o Pai, e também a Mãe, saturada daquele imenso e luminoso Amor, sentiu necessidade imperiosa de CRIAR.

Então, Ela se fragmentou, expandindo-se, através de um movimento contínuo e progressivo que perdura até aos dias actuais, dando forma sensível a todos os Universos que com o nosso coexistem e, também, a todas as criaturas originárias dos seus sonhos, as quais promovem as suas existências em múltiplas e variadas dimensões. Todas essas criaturas, Células, partículas Dela Mesma, com a experiência das quais virá a aprender, por um processo de simples delegação e baseado no livre arbítrio, tornando assim mais Perfeita e Luminosa, no exacto momento em que este actual ciclo estiver completo, voltando tudo a residir de forma maravilhosa no Absoluto, assim como era no Princípio. Essa é, por conseguinte, a segunda maior de todas as verdades: vivemos e nos movemos na Consciência Ilimitada de Deus. Todo o Universo é Mental e a matemática dos homens jamais será idêntica à do Absoluto. Leis maravilhosas e inflexíveis ordenam toda a Criação, do contrário seria o caos. Nada, por mais poderoso que seja, ou venha a se tornar, poderá contrariar uma Ordem e uma Legislação Justa e Perfeitamente estabelecidas. Os grandes espiritualistas, desde os tempos mais recuados do antigo Oriente, já conheciam coisas a respeito das quais a verdadeira ciência de hoje começa a especular. O Criado reside dentro do Não-Criado.

O Universo, na medida em que o tentamos conhecer, passa por um ciclo de expansão a partir da Célula-Mãe Original (ou aquilo que os cientistas denominam BIG-BANG) quando finalmente retornará à contracção, de volta ao seu Ponto de Partida, ocasião em que o Absoluto meditará a respeito das experiências da sua Criação e de forma maravilhosa iniciará um outro processo, dando forma sensível a novos e muito promissores Universos. Glorioso então, é o papel de cada um de nós no Esquema Cósmico. Grande a missão do homem e também de todas as criaturas, ao fazerem parte integrante dos Sublimes Propósitos de Deus. Através de extensos ciclos, as Almas, todas elas partículas dessa Mente Sublime e Inefável, deverão pois aprender através da própria experiência: Desde as formas mais brutas, até às mais refinadas e subtis, cumpre-se aí uma outra Lei maravilhosa: da centelha ao mineral; do mineral ao vegetal; do vegetal ao animal; do animal ao homem; do homem ao Anjo; do Anjo ao Arcanjo e finalmente do Arcanjo a Deus – retornando assim ao glorioso Ponto de Partida.

Quê é então o “bem” e quê é verdadeiramente o “mal”, dentro de todo esse imenso contexto? Caberá somente ao livre arbítrio das criaturas mais adiantadas do processo evolutivo, estabelecer os parâmetros mediante os seus próprios critérios de entendimento. De mundos para mundos, das esferas brutas para as esferas mais refinadas e subtis, todas as almas viajam verdadeiramente nesse extenso ciclo, subordinadas à sempre inflexível Lei do Carma, refinando-se ou estacionando, de acordo com os seus próprios actos e merecimentos. Assim, podemos entender através de uma maneira muito mais lógica e racional, a existência de outras criaturas espalhadas pela vastidão incomensurável e radiante dessa Mente Maravilhosa dentro da qual vivemos e promovemos as nossas existências, muito embora ainda não tenhamos inteiramente compreendido e alcançado toda a Sua Magnitude e Extensão.

Miríades de mundos, não menos habitados do que o nosso, espalham-se certamente por este e quem sabe por muitos outros Universos, situados em inúmeras outras dimensões que não as física e material a que estamos habituados e condicionados a conhecer, interpenetrando-se de maneira fantástica, assim como hoje a própria ciência verdadeiramente de vanguarda tende a reconhecer. E essa ciência, diante daquilo que classifica como “um imenso número de coincidências físicas altamente improváveis”, vem, a cada dia que passa, curvar-se diante da enorme sabedoria do passado, ao constatar que existe de facto uma Suprema Inteligência, a qual, na falta de uma denominação talvez melhor e mais apropriada, chamamos DEUS. Cientistas sérios e renomados estão plenamente cientes de que o Universo não aconteceu por mero acaso e é até mesmo dirigido por aquilo que chamam de uma “observação participante”.

Essa directriz inteligente é regida por uma constante numérica, ou seja, números com a magnitude de 1 seguido por 40 zeros (equivalente a 10 elevado à trigésima nona potência) e que está presente desde a minúscula partícula do Átomo até a mais grandiosa Galáxia. Isso que também classificam de Isotropia Inteligente, por outro lado, é prioritariamente dirigido no sentido específico de criar a VIDA, o que em outras palavras significa que essa mesma vida é uma constante em todos os rincões do espaço sideral. As diversas equações matemáticas igualmente provam a espantosa existência de uma Força Planeadora que movimenta e mantém todas as coisas, uma espécie de MENTE que permeia tudo. Foi, assim, constatado que uma movimentação de Átomos gera uma radiação de 3 graus Kelvin, um tipo de corrente uniformemente ionizada que banha todo o Cosmo com restos arrefecidos de uma expansão (ou explosão inicial) extremamente quente, ocorrida há muitos biliões de anos. Essa radiação, um tipo de energia extremamente rara, é responsável pela geração da vida quimicamente organizada onde quer que existam as condições favoráveis para seu desenvolvimento.

E isso não é tudo: essa Directriz Inteligente que permeia tudo, bifurcou o Universo criando também uma infinidade de MUNDOS PARALELOS e descontínuos, dotados igualmente da mais alta probabilidade de sustentação de vida. De espanto em espanto, os mais notáveis cientistas concordam com os Mestres do passado, que afirmavam ser Deus Essencialmente Matemático e portanto Absolutamente Justo. De facto, a mais pura de todas as matemáticas se manifesta em toda a Criação. Os estudos permitiram concluir que uma fantástica mecânica quântica, que decididamente não pode ter sido mero fruto do acaso, estabelece leis e directrizes que atestam uma profunda conexão entre a Cosmologia e a Teoria atómica e todos esses números não se tratam de meras unidades arbitrárias, obras inegáveis, portanto, de uma Inteligência Fantástica e Absoluta, muito além da compreensão do homem.

Sabe-se ainda que o Universo, actualmente em período de expansão progressiva, um dia qualquer chegará ao seu término, recolhendo-se – ou retraindo-se - a um ponto único que é teoricamente denominado de Ómega. A partir daí será iniciado um novo ciclo de expansão. Voltaire afirmou que não se pode conceber que o relógio exista e não exista o relojoeiro. Balzac, por sua vez já escrevera que Deus é um Número Dotado de Movimento que é sentido porém nunca demonstrado. E, bem antes de todos eles, os antigos já diziam que a Divindade é o Alfa e o Ómega, o Princípio e o Fim. Fred Hoile, o renomado astrónomo, chegou à espantosa conclusão de que as Galáxias seriam verdadeiras “zonas de consciência”, em outras palavras, seres pensantes e conscientes - muito além da nossa limitada percepção.

Werner Von Braun, cientista da Alemanha nazi e posteriormente especialistas em foguetes da NASA, declarou que “as leis naturais do Universo são tão precisas que não temos nenhuma dificuldade em construir naves espaciais para voar até à Lua, e podemos cronometrar o voo com a precisão duma fracção de segundos. Estas leis devem ter sido estabelecidas por alguém” No que modernamente concorda o expoente da Física, Stephen Hawking, ao afirmar: “Quanto mais examinamos o Universo, tanto mais verificamos que não é de jeito nenhum arbitrário, mas obedece a certas leis bem definidas que regulam diferentes áreas. Parece muito razoável supor que existam alguns princípios unificadores, de modo que todas as leis sejam parte de alguma lei maior.” A própria natureza, aliás, nos demonstra a existência inegável de uma Força sublime que está por trás de tudo.

Acredita-se que vida aqui na Terra tenha sido fecundada a partir de partículas cósmicas provenientes do espaço exterior que a teriam banhado nos seus primórdios, quando ainda era extremamente jovem. Os sábios acreditam que essas partículas ionizadas verdadeiramente viajam pelo espaço, fecundando com as sementes da vida aqueles corpos celestes mais propícios. Uma espécie de “bênção ionizada” que foi originada desde a colossal explosão, ou expansão, inicial, a qual denominam Big-Bang. A questão inicial, dúvida que sempre afligiu a criatura pensante desde os primórdios do tempo, finalmente já tem a sua resposta: Deus existe? As evidências demonstram, (e até mesmo a ciência outrora céptica e materialista assim acredita) que seria negar a própria Vida, renegar a própria Luz que nos envolve e até mesmo abjurar os astros que cintilam no céu, aquele que através um clamoroso contra-senso pretender afirmar que não. Enfim, Deus, A Causa Primeira e Infinita de Todas as Coisas, porquanto Inefável, jamais poderá ser definido pelo homem, cuja mente é finita. Mas nada impede que uma ciência muito evoluída especule sobre a sua Sublime Natureza.

E, assim sendo, talvez a maior, melhor e mais precisa especulação sobre isso tenha partido de um ser extraterrestre, benévolo e altamente espiritualizado, que manteve contacto directo, físico, com o brasileiro Dino Kraspedon: “Deus é uma Linha Isotrópica, Paralela a Si Mesma e Vibrando por Si Própria em ângulos retos. Ele é como um sistema axial, no qual o ponto de intersecção das linhas está em todos os lugares ao mesmo tempo. Então Ele é muitos, porque as dimensões estão contidas Nele. E quando elas se permutam “n” equivale ao Infinito”.

E essa Energia Maravilhosa, essa Força Axial e Imensa, que a tudo isotropicamente permeia (isto é, aquela sublime energia que está em todas as partes ao mesmo tempo, sendo especificamente destinada à criação da VIDA), a existência de todas as criaturas nos mais diversos rincões do Universo parece não se tratar mais de mera suposição, porém, SIM, de uma certeza absoluta; uma verdade eterna e inquestionável.

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