O CÉREBRO DO CORAÇÃO
Martin Luther King Jr. Declarou uma vez: "As nossas vidas começam a terminar
no dia em que nos silenciamos para as coisas que realmente importam".
Tem sido esta a minha
preocupação desde o momento que comecei a enviar textos para os meus contactos,
na esperança de que alguns “acordem” e espalhem pelos contactos deles estas
mensagens de alerta.
Todo o sistema
civilizacional imposto pela Europa obedece a parâmetros bem definidos pela
elite que, desde os primórdios da civilização, estabeleceram uma agenda
para dominarem o planeta.
Já publiquei muita
matéria, mais do que suficiente para que cada um, se estiver interessado, possa
investigar por conta própria e, dentro do “conhecimento” por mim partilhado
chegarem a uma conclusão. Conclusão essa que não virá apenas do simples
raciocínio lógico, matemático, mas que virá também da fé
num saber instintivo que brota do coração. Esse saber vem do nosso
espírito, e que ainda não sabemos ouvir.
Quanto mais nos
espiritualizamos mais conectados estamos com o saber universal, o Espírito
Santo para os que já “acordaram”, que nos enche de sugestões e bons conselhos.
Durante grande
parte da história, o mundo ocidental tem acreditado que a inteligência –
tida como a capacidade de aprender e compreender — é
uma função exclusiva do cérebro. Fomos também ensinados que o cérebro está no controle,
enquanto o resto do nosso corpo, inclusive o coração, obedece aos seus
comandos.
Ocorre que, nos
anos de 1970, o casal de fisiologistas, John e Beatrice Lacey, do Fels
Research Institute, realizou uma pesquisa demonstrando que o
coração possui um sistema nervoso independente ao qual se referiram como “o
cérebro do coração”.
Foi revelado
que mais de 40 mil neurônios do coração são usados para a comunicação com os
centros cerebrais relacionados à consciência, incluindo as amígdalas, o
tálamo e o córtex cerebral. Avançando nas suas pesquisas, o casal Lacey
descobriu que o coração não obedece automaticamente às mensagens do
cérebro. Ele primeiro interpreta os sinais neurais e depois
cria uma resposta de acordo com o estado emocional da pessoa. Concluiram que o
coração possui uma lógica distinta e que os batimentos cardíacos são uma
linguagem inteligente.
Em 1992, Doc
Childre - pesquisador e especialista em stress
– fundou o Instituto HeartMath e,
ao lado de um grupo de pesquisadores,
descobriu que o coração envia mais
informações para o cérebro do que vice-versa. E que o coração possui um campo magnético mensurável a uma distância de alguns metros do corpo.
O coração tanto pode
exteriorizar as nossas emoções quanto ser influenciado pelas emoções alheias.
Quando uma pessoa se conecta a outra pelo toque físico ou até mesmo pela empatia, a atividade eléctrica dos corações e cérebros dessas
duas pessoas interliga-se e passa a comunicar-se.
Essas pesquisas
científicas vêm demonstrando que o
coração possui grande força e sabedoria, podendo conter a chave para
nos auxiliar na ruptura de um paradigma que
não mais nos atende.
Fomos educados e
crescemos dentro de um sistema rígido que impõe a autoridade da mente sobre a
do coração. Por outro lado, o mundo vem apresentando questões e demandas muito
complexas, cujas respostas e soluções Já
não são encontradas por meio exclusivo da inteligência lógica e linear
concebida pela mente.
“Modernamente
o afeto, o sentimento e a paixão (pathos) ganharam centralidade. Esse passo é
hoje imperativo, pois somente com a razão (logos) não damos conta das graves
crises por que passa a vida, a Humanidade e a Terra. A razão
intelectual precisa de integrar a inteligência emocional sem o que não
construíremos uma realidade social integrada e de rosto humano. Não se chega ao coração do coração sem passar pelo afeto e pelo amor”, afirma Leonardo Boff. (Leonardo Boff, pseudónimo de Genézio Darci Boff - Concórdia, 14 de Dezembro de 1938 - é um teólogo brasileiro, escritor e professor universitário, expoente da Teologia da Libertação no Brasil.)
Para ser
razoável, para parecer autêntica, a razão tem que se basear em algo mais
fundamental do que ela mesma. E a melhor coisa
para baseá-la é o amor. O amor
vai mais fundo do que a razão.
A linguagem universal inata do ser humano são as
emoções, e não as
palavras.
Aprendemos melhor cinestesicamente através do “sentir”, e não do “pensar”.
É por isso que dizemos: “uma imagem vale mais que mil palavras” e “falar é fácil“.
Aristóteles já intuia a supremacia da inteligência do coração,
quando disse que “Educar a mente sem educar o coração não é Educação”. E
a medicina tradicional chinesa sempre considerou o coração como
o centro da sabedoria.
A mente sabe. O
coração compreende. E é com base nessa compreensão que devemos buscar um novo
modelo de vida que se sustente a longo prazo e que não coloque em risco a
perenidade das gerações futuras. E essa inovadora estratégia não é com a
mente, é com o coração”.
(Sem adopção às regras do acordo ortográfico de 1990)
R.
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