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sábado, 1 de dezembro de 2018


O DESPERDÍCIO É CONDENÁVEL

Hoje vou abordar as consequências do mistério da força do pensamento e do poder da palavra, ou seja: NÓS SOMOS AQUILO QUE PENSAMOS QUE SOMOS e AQUILO QUE DIZEMOS QUE SOMOS.

Podemos ter ambições, ter sonhos, trabalharmos incansavelmente, mas se não PENSARMOS corretamente e se pronunciarmos palavras de desalento, de descrença, de dúvida, nunca alcançaremos nada que se aproveite.

Temos de gerir muito bem os dons que Deus no deu para não cair no desperdício inútil o que, automáticamente, nos serão tirados e "confiados" àqueles que os gerem bem.

Não é azar, como dizem os fracassados. É má gestão.

Se um ser humano pensar na doença, no fracasso, na pobreza, encontrá-los-á no seu caminho e dirá que é o seu destino. Mas não é! O ser humano é que não é capaz de reconhecer a íntima relação existente entre esse destino e os seus pensamentos. O ser humano não vê que está a criar a si próprio esse destino e pensa sempre que é uma sequência da sorte ou azar.

A pobreza tem a sua origem na mente. Os pensamentos de pobreza mantêm, a quem os alimenta, em contacto com as condições que as produzem.

Quem estiver preso a um meio em que esteja constantemente submetido a influências que destruam as suas ambições legítimas, não tem praticamente hipóteses de sair da pobreza.

É o que acontece nos "guetos" onde indivíduos de outras culturas são reunidos e ficam ao abandono e longe dos direitos que a comunidade lhes deve dar. Criam as suas próprias leis e organizam-se em "gangs" para marcarem uma posição, chamar as atenções, mas que só se prejudicam e prejudicam a comunidade ali concentrada.

Um exemplo que mostra o êxito de Portugal, um país tão pequeno, evitando a pobreza extrema e desacatos, quando recebeu milhares de "retornados" vindos das ex-colónias, foi de os espalhar pelo país, de modo a se integrarem na comunidade, evitando as cidades satélites de "guetos".

As zonas problemáticas (principalmente em Lisboa) são onde foi permitido uma grande concentração de outras raças e culturas. Os "retornados" integrados na comunidade não ficaram submetidos a meios que pudessem destruir as suas ambições legítimas e puderam singrar na vida. Vindos de terras com grandes espaços abertos e uma "visão" do mundo mais abrangente nunca desanimaram nem se deixaram influenciar pelos pensamentos mesquinhos de incapacidade e de pobreza forçada.

E no Portugal de hoje, salvo raríssimas excepções, não há registo de "retornados" indigentes, que chegaram ao país só com a roupa que traziam no corpo, de se juntarem em "guetos" de pobreza ou de se juntarem às hostes dos sem-abrigo, uma vergonha no país que com o seu Estado Social não consegue chegar a estes necessitados, a não ser a caridade da população voluntária solidária.

Além destes factores resultantes da má gestão dos líderes que se preocupam mais com eles do que com a comunidade há o factor principal que tem passado despercebido. A ganância não é monopólio do poder temporal. Também atinge as Instituições religiosas que, quanto maiores são mais despesa comportam e mais corrupção existe.

Reparem que a Igreja de Roma, que tomou "posse" da Igreja de Cristo, procurou sempre manter o povo na ignorância, chegando ao ponto de proibir a leitura da Bíblia, para satisfazer o seu "Poder" sobre a Terra, chegando ao ponto de matar e cometer genocídio. Os Papas abençoavam toda esta matança em nome de Cristo. Não é por acaso que TODOS os países de predominância católica não progrediram e mantiveram o povo na miséria. Quando houve a revolta dos que protestaram e deram origem aos credos Protestantes, os países que aderiram prosperaram e continuam hoje sendo os mais ricos e com um Estado Social a funcionar convenientemente (Salvo raras excepções de povos de cultura Anglo-saxónica, cuja doutrina foi implantada pela maçonaria que nada conseguiu na pátria mãe, a Grã-Bretanha).

                                              A Igreja Católica aliou-se sempre aos ricos
A África e América do Sul, principalmente, de grande predominância católica e seu ramo irmão Islamismo, não saem da miséria. Os Cristãos Ortodoxos até conseguem estar melhor do que os católicos romanos, precisamente a Igreja que mostra a maior riqueza e opulência. A História relata-nos todo esse choque entre as diversas culturas com a invasão dos missionários católicos que se preocupavam logo em destruir a entidade dos povos para onde iam. E deram-se mal em muitos países, nomeadamente Japão, India, Indonésia e praticamente em todo o extremo Oriente.

A Igreja Católica Romana, muito subtilmente, influenciou os crentes a aceitarem a pobreza como uma fase de enriquecimento espiritual para terem melhor acesso ao Céu que não estava reservado para os "ricos" ou para os que tinham uma vida próspera e folgada. Cortavam, pura e simplesmente, a ambição que era considerada um pecado.

A necessidade e a pobreza não correspondem à divina natureza do homem. O mal está quando os humanos não têm bastante fé em todos os bens que lhe foram reservados pelo Criador. Não ousam deixar expandir completamente os desejos dos seus corações e de reclamar a abundância que é património deles.

O homem pede pouco, espera pouco, sufoca os seus desejos (tudo causado pela influência do sistema implantado por aqueles que com tudo ficam) e limitam as suas aspirações, pensando (mal) que estão a pedir um favor. E se não "ousar" reclamar tudo o que lhe está reservado, não abre o coração para que o fluxo celestial possa entrar nele.

Se mantivermos a nossa mentalidade restrita e imperfeita os nossos pensamentos serão limitados e mesquinhos. Limitamo-nos aos pequenos interesses (grandes para muitos) materiais que a nada levam a não ser desavenças, mal-estar, doenças e tudo o mais que os pensamentos negativos atraem. Não temos a fé poderosa em Deus para recebermos aquilo que Ele nos dá.

Em Mateus 13 vem: "Quando os discípulos perguntam a Jesus por que razão falava ele em parábolas, Jesus respondeu que a eles (Os discípulos) foi-lhes permitido conhecer os mistérios do Reino do Céu, mas aos restantes não". Então, no versículo 12, o mistério adensa-se mas é uma verdade que ninguém entende, a não ser aqueles que podem entender porque "ouvem" e "compreendem", "olham" e "vêm". Diz assim o versículo 12: "Pois, a quem tem, será dado ainda mais, será dado em abundância; mas àquele que não tem, será tirado até o pouco que tem".

O quê!!! Os que têm recebem ainda mais e os que não têm ainda lhes é tirado o pouco que têm.

Para perceber esta parábola é preciso "saber" qual a condição do homem e os poderes que Deus lhe deu e se, de facto, utiliza esses poderes sensatamente e com sabedoria, ou se os desperdiça inutilmente.

O ser humano não deve, nem pode, desperdiçar o poder que Deus lhe deu. Se faz isso não merece os benefícios a que teria direito, que passarão para outros que utilizem esse dom.

Portanto, um dos grandes segredos da vida é aprender a fazer penetrar em nós a grande corrente das forças divinas e emprega-las eficazmente. Quando um homem compreende essa lei da transfusão divina, o seu poder multiplica-se e torna-se um cooperador do Criador. Se Deus lhe deu o Poder e a Autoridade porque não os exercer sensatamente cumprindo o objectivo da sua criação? Por alguma razão Deus lhe deu esses dons e como qualquer gestor que recebeu Poder e Autoridade para gerir uma empresa, o homem deve exercer o "cargo" com lealdade e rigor.

Quando entendermos que tudo provém de Deus e Ele nos dá tudo, livre e copiosamente, quando vivemos em harmonia com o Universo criado, quando a carne (o pecado) é vencida e o egoísmo destruído, então finalmente avançaremos mais rapidamente para conhecer o Pai.

Quando perdermos o desejo de explorar os nossos irmãos e reconhecermos o Bem, então viveremos mais perto de Deus. São as más acções e falsos pensamentos que restringem a entrada do fluxo divino nos nossos corações. Quando aprendermos a "ver" as coisas, em vez de as julgarmos mesquinhamente, e não limitarmos os nossos pensamentos, descobriremos que o que procuramos também nos procura e encontrá-lo-emos a meio do caminho.

A atitude mental deve corresponder às realidades que procurarmos. A prosperidade cria-se primeiro mentalmente (um arquétipo no mundo do desejo). Não podemos atrair a opulência se criarmos um arquétipo de pobreza. É fútil trabalharmos arduamente para obter uma coisa no mundo físico, quando esperamos outra na mente espiritual. Se a nossa atitude mental for oposta fecha todas as comunicações. Uma das maiores maldições neste mundo é a crença da necessidade da pobreza.

Muitos julgam que é absolutamente necessário haver pobres e que certas pessoas tenham sido criadas para o serem. Mas no plano do Criador (é lógico) não havia pobreza, nem miséria, nem desamparo quanto ao homem. Não devia haver nem um só pobre no nosso planeta.

A terra é opulenta de recursos. Somos pobres no meio da abundância só porque os nossos pensamentos são falsos e limitados. Destroem-se milhares de milhares de toneladas de alimentos para manter os "preços do mercado", reduzem-se produções para o mesmo, e morrem milhões de pessoas à fome por falta desses alimentos destruídos. Por quê?

A vida abundante, plena, bela, livre era a que nos estava destinada.

O mal vem todo do submundo, do mundo invisível, que influencia o homem para o Mal e implanta nele a ganância pelas riquezas materiais.

O Homem tem que se espiritualizar e começar a utilizar os Poderes de que foi investido e cumprir o plano de Deus.

O homem ao espiritualizar-se (ter a sua religião interior apoiada na verdade) compreende enfim que Deus é a fonte de todos os bens e que, se estiver continuamente em contacto com Ele (O seu espirito, sempre conectado com o Espírito Santo, consiga melhor contacto com a Alma), as Suas riquezas cairão nele abundantemente e que nunca carecerá de nada. O homem pobre é aquele que é pobre nas suas ideias, nas suas simpatias, nas suas apreciações, nos seus sentimentos, pobre na opinião de si mesmo, sobre o seu pobre destino, sobre as suas capacidades e que comete o crime de se depreciar a si mesmo e desperdiça o dom que lhe foi atribuído. Aquele que é melhor construtor mental é, consequentemente, melhor construtor material. Os seus pensamentos fortes, confiantes, gravam-se com mais intensidade no mundo do desejo e o arquétipo, a materialização, processar-se-á com maior rapidez. A história ensina-nos que os maiores construtores, na humanidade, fazem comparativamente menos com as próprias mãos. Constroem com o pensamento. São sonhadores práticos. A sua energia, o seu querer, a sua fé, concretizam o seu desejo, misteriosamente, assim como misteriosamente a semente encerrada no grão produz o tipo de planta nele oculto.

É preciso ter fé e acreditar naquela máxima muito conhecida em que o homem pelo pensamento e força da fé remove montanhas.

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