O
DESPERDÍCIO É CONDENÁVEL
Hoje vou abordar as
consequências do mistério da força do pensamento e do poder da palavra, ou
seja: NÓS SOMOS AQUILO QUE PENSAMOS QUE
SOMOS e AQUILO QUE DIZEMOS QUE SOMOS.
Podemos ter ambições,
ter sonhos, trabalharmos incansavelmente, mas se não PENSARMOS corretamente e
se pronunciarmos palavras de desalento, de descrença, de dúvida, nunca
alcançaremos nada que se aproveite.
Temos de gerir muito
bem os dons que Deus no deu para não cair no desperdício inútil o que,
automáticamente, nos serão tirados e "confiados" àqueles que os gerem
bem.
Não é azar, como
dizem os fracassados. É má gestão.
Se
um ser humano pensar na doença, no fracasso, na pobreza, encontrá-los-á no seu
caminho e dirá que é o seu destino. Mas
não é! O ser humano é que não é capaz de reconhecer a íntima relação
existente entre esse destino e os seus pensamentos. O ser humano não vê que
está a criar a si próprio esse destino e pensa sempre que é uma sequência da
sorte ou azar.
A pobreza tem a sua origem
na mente.
Os pensamentos de pobreza mantêm, a quem os alimenta, em contacto com as
condições que as produzem.
Quem
estiver preso a um meio em que esteja constantemente submetido a influências
que destruam as suas ambições legítimas, não tem praticamente hipóteses de sair
da pobreza.
É
o que acontece nos "guetos"
onde indivíduos de outras culturas são reunidos e ficam ao abandono e longe dos
direitos que a comunidade lhes deve dar. Criam as suas próprias leis e
organizam-se em "gangs"
para marcarem uma posição, chamar as atenções, mas que só se prejudicam e
prejudicam a comunidade ali concentrada.
Um
exemplo que mostra o êxito de Portugal, um país tão pequeno, evitando a pobreza
extrema e desacatos, quando recebeu milhares de "retornados" vindos
das ex-colónias, foi de os espalhar pelo país, de modo a se integrarem na
comunidade, evitando as cidades satélites de "guetos".
As
zonas problemáticas (principalmente em Lisboa) são onde foi permitido
uma grande concentração de outras raças e culturas. Os "retornados" integrados na comunidade não ficaram
submetidos a meios que pudessem destruir as suas ambições legítimas e puderam
singrar na vida. Vindos de terras com grandes espaços abertos e uma
"visão" do mundo mais abrangente nunca desanimaram nem se deixaram
influenciar pelos pensamentos mesquinhos de incapacidade e de pobreza forçada.
E
no Portugal de hoje, salvo raríssimas excepções, não há registo de
"retornados" indigentes, que chegaram ao país só com a roupa que
traziam no corpo, de se juntarem em "guetos"
de pobreza ou de se juntarem às hostes dos sem-abrigo, uma vergonha no país que
com o seu Estado Social não consegue chegar a estes necessitados, a não ser a
caridade da população voluntária solidária.
Além
destes factores resultantes da má gestão dos líderes que se preocupam mais com
eles do que com a comunidade há o factor principal que tem passado
despercebido. A ganância não é
monopólio do poder temporal. Também atinge as Instituições religiosas que,
quanto maiores são mais despesa comportam e mais corrupção existe.
Reparem
que a Igreja de Roma, que tomou "posse" da Igreja de Cristo,
procurou sempre manter o povo na ignorância, chegando ao ponto de proibir a
leitura da Bíblia, para satisfazer o seu "Poder" sobre a Terra,
chegando ao ponto de matar e cometer genocídio. Os Papas abençoavam toda esta
matança em nome de Cristo. Não
é por acaso que TODOS os países de
predominância católica não progrediram e mantiveram o povo na miséria.
Quando houve a revolta dos que protestaram e deram origem aos credos
Protestantes, os países que aderiram prosperaram e continuam hoje sendo os mais
ricos e com um Estado Social a funcionar convenientemente (Salvo raras
excepções de povos de cultura Anglo-saxónica, cuja doutrina foi implantada pela
maçonaria que nada conseguiu na pátria mãe, a Grã-Bretanha).
A Igreja Católica aliou-se sempre aos ricos
A África e
América do Sul, principalmente, de grande predominância católica e seu ramo
irmão Islamismo, não saem da miséria. Os Cristãos Ortodoxos até conseguem estar
melhor do que os católicos romanos, precisamente a Igreja que mostra a maior
riqueza e opulência. A História relata-nos todo esse choque entre as diversas
culturas com a invasão dos missionários católicos que se preocupavam logo em
destruir a entidade dos povos para onde iam. E deram-se mal em muitos países,
nomeadamente Japão, India, Indonésia e praticamente em todo o extremo Oriente.
A Igreja
Católica Romana, muito subtilmente, influenciou os crentes a aceitarem a
pobreza como uma fase de enriquecimento espiritual para terem melhor acesso ao
Céu que não estava reservado para os "ricos" ou para os que tinham
uma vida próspera e folgada. Cortavam, pura e simplesmente, a ambição que
era considerada um pecado.
A
necessidade e a pobreza não correspondem à divina natureza do homem. O mal está
quando os humanos não têm bastante fé em todos os bens que lhe foram
reservados pelo Criador. Não ousam deixar expandir completamente os desejos
dos seus corações e de reclamar a abundância que é património deles.
O homem
pede pouco, espera pouco, sufoca os seus desejos (tudo causado pela
influência do sistema implantado por aqueles que com tudo ficam) e limitam
as suas aspirações, pensando (mal) que estão a pedir um favor. E se não
"ousar" reclamar tudo o que lhe está reservado, não abre o coração
para que o fluxo celestial possa entrar nele.
Se
mantivermos a nossa mentalidade restrita e imperfeita os nossos pensamentos
serão limitados e mesquinhos. Limitamo-nos aos pequenos interesses (grandes
para muitos) materiais que a nada levam a não ser desavenças, mal-estar,
doenças e tudo o mais que os pensamentos negativos atraem. Não temos a fé
poderosa em Deus para recebermos aquilo que Ele nos dá.
Em Mateus
13 vem: "Quando
os discípulos perguntam a Jesus por que razão falava ele em parábolas, Jesus
respondeu que a eles (Os discípulos) foi-lhes permitido conhecer os
mistérios do Reino do Céu, mas aos restantes não". Então,
no versículo 12, o mistério adensa-se mas é uma verdade que ninguém
entende, a não ser aqueles que podem entender porque "ouvem" e
"compreendem", "olham" e "vêm". Diz assim o versículo
12: "Pois, a
quem tem, será dado ainda mais, será dado em abundância; mas àquele que não
tem, será tirado até o pouco que tem".
O quê!!! Os
que têm recebem ainda mais e os que não têm ainda lhes é tirado o pouco que
têm.
Para
perceber esta parábola é preciso "saber" qual a condição do homem e
os poderes que Deus lhe deu e se, de facto, utiliza esses poderes sensatamente
e com sabedoria, ou se os desperdiça inutilmente.
O ser
humano não deve, nem pode, desperdiçar o poder que Deus lhe deu. Se faz isso
não merece os benefícios a que teria direito, que passarão para outros que
utilizem esse dom.
Portanto,
um dos grandes segredos da vida é aprender a fazer penetrar em nós a grande
corrente das forças divinas e emprega-las eficazmente. Quando um homem
compreende essa lei da transfusão divina, o seu poder multiplica-se e torna-se
um cooperador do Criador. Se Deus lhe deu o Poder e a Autoridade porque
não os exercer sensatamente cumprindo o objectivo da sua criação? Por alguma
razão Deus lhe deu esses dons e como qualquer gestor que recebeu Poder e
Autoridade para gerir uma empresa, o homem deve exercer o "cargo" com
lealdade e rigor.
Quando
entendermos que tudo provém de Deus e Ele nos dá tudo, livre e copiosamente,
quando vivemos em harmonia com o Universo criado, quando a carne (o pecado) é vencida e o egoísmo
destruído, então finalmente avançaremos mais rapidamente para conhecer o Pai.
Quando
perdermos o desejo de explorar os nossos irmãos e reconhecermos o Bem, então
viveremos mais perto de Deus. São as más acções e falsos pensamentos que
restringem a entrada do fluxo divino nos nossos corações. Quando aprendermos a
"ver" as coisas, em vez de as julgarmos mesquinhamente, e não
limitarmos os nossos pensamentos, descobriremos que o que procuramos também nos
procura e encontrá-lo-emos a meio do caminho.
A atitude
mental deve corresponder às realidades que procurarmos. A prosperidade cria-se
primeiro mentalmente (um arquétipo no mundo do desejo). Não podemos
atrair a opulência se criarmos um arquétipo de pobreza. É fútil trabalharmos
arduamente para obter uma coisa no mundo físico, quando esperamos outra na
mente espiritual. Se a nossa atitude mental for oposta fecha todas as
comunicações. Uma das maiores maldições neste mundo é a crença da
necessidade da pobreza.
Muitos
julgam que é absolutamente necessário haver pobres e que certas pessoas tenham
sido criadas para o serem. Mas no plano do Criador (é lógico) não havia
pobreza, nem miséria, nem desamparo quanto ao homem. Não devia haver nem um só
pobre no nosso planeta.
A terra é
opulenta de recursos. Somos pobres no meio da abundância só porque os nossos
pensamentos são falsos e limitados. Destroem-se milhares de milhares de
toneladas de alimentos para manter os "preços do mercado", reduzem-se
produções para o mesmo, e morrem milhões de pessoas à fome por falta desses
alimentos destruídos. Por quê?
A vida
abundante, plena, bela, livre era a que nos estava destinada.
O mal vem
todo do submundo, do mundo invisível, que influencia o homem para o Mal e
implanta nele a ganância pelas riquezas materiais.
O Homem
tem que se espiritualizar e começar a utilizar os Poderes de que foi investido
e cumprir o plano de Deus.
O
homem ao espiritualizar-se (ter a sua religião interior apoiada na verdade) compreende
enfim que Deus é a fonte de todos os bens e que, se estiver continuamente em contacto
com Ele (O seu espirito, sempre conectado com o Espírito Santo, consiga
melhor contacto com a Alma), as Suas riquezas cairão nele abundantemente e
que nunca carecerá de nada. O homem pobre é aquele que é pobre nas suas ideias,
nas suas simpatias, nas suas apreciações, nos seus sentimentos, pobre na
opinião de si mesmo, sobre o seu pobre destino, sobre as suas capacidades e
que comete o crime de se depreciar a si mesmo e desperdiça o dom que lhe foi
atribuído. Aquele que é melhor construtor mental é, consequentemente,
melhor construtor material. Os seus pensamentos fortes, confiantes, gravam-se
com mais intensidade no mundo do desejo e o arquétipo, a materialização,
processar-se-á com maior rapidez. A história ensina-nos que os maiores
construtores, na humanidade, fazem comparativamente menos com as próprias mãos.
Constroem com o pensamento. São sonhadores práticos. A sua energia, o seu
querer, a sua fé, concretizam o seu desejo, misteriosamente, assim como
misteriosamente a semente encerrada no grão produz o tipo de planta nele
oculto.
É preciso
ter fé e acreditar naquela máxima muito conhecida em que o homem pelo
pensamento e força da fé remove montanhas.
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