SOBRE O DESTINO
Vou-me
lembrando do que aprendi quando estudei o Curso
de Filosofia Rosacruz e espero despertar o interesse dos que se preocupam
com os assuntos do Espírito e sua interligação com a matéria neste mundo-escola.
Quem
quiser aprofundar este tema e compreender o lado científico e o aspecto
espiritual que permitem a progressão neste mundo denso, material, numa
aprendizagem que enriquecerá a Alma para ela poder ascender a outras dimensões
e continuar a evoluir para chegar ao Pai, pode procurar a orientação da Fraternidade Rosacruz de Portugal. Ali
ganhará bases fortes para, segundo a sua Intuição ou já com uma conexão bastante forte e
bem alinhada com o Espírito Universal de Deus, “avançar” com certezas
cada vez maiores deixando para trás a fase dos simples “pressentimentos”.
Cristo
ensinou-nos que por tudo aquilo que semearmos, o mesmo havemos de colher.
Viemos
a este mundo para nos embrenharmos na matéria, conhecê-la, moldá-la, para
aprendermos o suficiente para missões mais elevadas no plano cósmico. Se
viéssemos a este mundo apenas para comer, beber, gozar, sofrer e morrer, a
nossa existência seria inútil.
Ao
entrarmos neste mundo por meio da forma física, moldada no pó da Terra e
vivificada pelo espírito que nos acompanhará na jornada evolutiva, criando o
nosso “Eu”, a nossa Alma, somos forçados a lutar contra as leis naturais, inteligentes,
vivas, e sempre prontas para nos dominarem. A Terra já estava povoada de vida
tanto no mundo visível com no mundo invisível que tem grande influência neste
planeta.
A
esmagadora maioria da humanidade, adormecida, não tem noção destas Leis pois
estão confinados numa Matrix para
conhecerem apenas as leis escritas pelo homem, impressas, inertes, que servem
apenas para orientar a sua conduta na sociedade criada nesse mundo material. As
Leis da Natureza (que já existiam quando
a humanidade foi “moldada”) são vivas, agem sobre o mundo visível, forçam a
humanidade à acção, obrigam-na a reagir para poder elevar-se a alturas
sublimes. O ser humano desenvolve-se com o sofrimento
porque para se livrar dele tem que criar condições favoráveis à sua existência
dia a dia.
Mas
tudo depende da conduta natural de cada um de nós, porque essas forças naturais
dominam-nos enquanto não tivermos poder para as dominar. Essas forças naturais
são a expressão do mundo espiritual, dos seres etéreos e, portanto, invisíveis,
mas com grande poder sobre nós. Tudo o que se passa no mundo visível é
influenciado pelo mundo invisível.
Esses
seres que povoam esse mundo, que não conseguimos percepcionar, conseguem
provocar os ciclones, tempestades, terramotos e tsunamis que tudo arrasam. No entanto também regulam o tempo e
produzem tudo quanto é necessário à nossa existência terrena.
Assim,
o homem tem que se acautelar com esses seres elementais (além da grande fauna que ali existe, desde os guardiões da natureza,
aos demónios, anjos caídos e outras hierarquias, todas elas que influenciam o
mundo visível que está sob a gestão e autoridade da humanidade) ordenando
bem os seus actos, fortalecendo a sua vontade na execução dos seus planos,
enquanto esses planos não lesem os direitos alheios e sejam, dentro das suas
possibilidades, absolutamente justas.
Se
o homem praticar acções justas, essas forças da Natureza sub-humana (espíritos dos elementos para os ocultistas)
que vivem para ajudar o ser humano a evoluir, serão respeitosos e não poderão
causar o menor mal porque o único meio de os conter é respeito e rectidão em tudo.
Se
formos justos estaremos a desenvolver um carácter nobre que nos permitirá
alcançar melhores destinos e acalmia no porvir.
O
ser humano está ligado a uma comunidade porque é um ser social e não pode
evoluir harmoniosamente sozinho, o que o condiciona. Os destinos humanos estão,
portanto, condicionados a três condições: Individuais,
comuns e colectivos.
O
destino individual é constituído por aquela soma de acontecimentos que fazem a
existência agradável, boa, desagradável ou má, mas só para uma pessoa.
O
destino comum é aquele que liga duas ou mais pessoas, para compartilharem as
mesmas alegrias e tristezas ou mesmo benefícios e malefícios, a mesma
felicidade ou desgraça. Estes constituem famílias, mas por vezes os vizinhos,
os amigos e os colegas de trabalho também são atingidos.
O
destino colectivo abrange grande número de pessoas, ou grupo de pessoas, a
aldeia, a cidade, a nação e muitas vezes grupos de nações, pois reúne todas
aquelas Almas que criaram, pelos seus crimes, as mesmas condições de destino.
Nos
destinos individuais há aqueles que vivem solitários, recusando a convivência
com outros seres, sofrem sozinhos, o que lhes torna muito dura a existência.
Nos
destinos comuns é tudo diferente. Juntam-se dois indivíduos de sexo oposto e desta união resulta a
união de todos os parentes de ambos e os filhos, e os filhos destes, e seus
associados para o estabelecimento das famílias, os pilares básicos de qualquer
sociedade.
A
todos se unem os amigos, e inimigos, os vizinhos e colegas de trabalho. Ou
seja, todas as pessoas que vivem tão perto que não podem deixar, de algum modo,
de tomar parte nas suas alegrias e tristezas.
Os
nossos pensamentos e actos esperam sempre por nós e tecem os nossos destinos,
elaboram o nosso próprio carácter. Por isso, quem desejar melhor destino, terá de modificar o seu carácter,
porque só na medida em que nos aperfeiçoarmos moralmente podemos modificar as
nossas condições de vida sombrias e dolorosas, na maior parte das vezes.
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