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quinta-feira, 23 de agosto de 2018


SOBRE O DESTINO

Vou-me lembrando do que aprendi quando estudei o Curso de Filosofia Rosacruz e espero despertar o interesse dos que se preocupam com os assuntos do Espírito e sua interligação com a matéria neste mundo-escola.

Quem quiser aprofundar este tema e compreender o lado científico e o aspecto espiritual que permitem a progressão neste mundo denso, material, numa aprendizagem que enriquecerá a Alma para ela poder ascender a outras dimensões e continuar a evoluir para chegar ao Pai, pode procurar a orientação da Fraternidade Rosacruz de Portugal. Ali ganhará bases fortes para, segundo a sua Intuição ou já com uma conexão bastante forte e bem alinhada com o Espírito Universal de Deus, “avançar” com certezas cada vez maiores deixando para trás a fase dos simples “pressentimentos”.

Cristo ensinou-nos que por tudo aquilo que semearmos, o mesmo havemos de colher.

Viemos a este mundo para nos embrenharmos na matéria, conhecê-la, moldá-la, para aprendermos o suficiente para missões mais elevadas no plano cósmico. Se viéssemos a este mundo apenas para comer, beber, gozar, sofrer e morrer, a nossa existência seria inútil.

Ao entrarmos neste mundo por meio da forma física, moldada no pó da Terra e vivificada pelo espírito que nos acompanhará na jornada evolutiva, criando o nosso “Eu”, a nossa Alma, somos forçados a lutar contra as leis naturais, inteligentes, vivas, e sempre prontas para nos dominarem. A Terra já estava povoada de vida tanto no mundo visível com no mundo invisível que tem grande influência neste planeta.

A esmagadora maioria da humanidade, adormecida, não tem noção destas Leis pois estão confinados numa Matrix para conhecerem apenas as leis escritas pelo homem, impressas, inertes, que servem apenas para orientar a sua conduta na sociedade criada nesse mundo material. As Leis da Natureza (que já existiam quando a humanidade foi “moldada”) são vivas, agem sobre o mundo visível, forçam a humanidade à acção, obrigam-na a reagir para poder elevar-se a alturas sublimes. O ser humano desenvolve-se com o sofrimento porque para se livrar dele tem que criar condições favoráveis à sua existência dia a dia.

 
Mas tudo depende da conduta natural de cada um de nós, porque essas forças naturais dominam-nos enquanto não tivermos poder para as dominar. Essas forças naturais são a expressão do mundo espiritual, dos seres etéreos e, portanto, invisíveis, mas com grande poder sobre nós. Tudo o que se passa no mundo visível é influenciado pelo mundo invisível.

Esses seres que povoam esse mundo, que não conseguimos percepcionar, conseguem provocar os ciclones, tempestades, terramotos e tsunamis que tudo arrasam. No entanto também regulam o tempo e produzem tudo quanto é necessário à nossa existência terrena.

 
Assim, o homem tem que se acautelar com esses seres elementais (além da grande fauna que ali existe, desde os guardiões da natureza, aos demónios, anjos caídos e outras hierarquias, todas elas que influenciam o mundo visível que está sob a gestão e autoridade da humanidade) ordenando bem os seus actos, fortalecendo a sua vontade na execução dos seus planos, enquanto esses planos não lesem os direitos alheios e sejam, dentro das suas possibilidades, absolutamente justas.

 
 
 
Se o homem praticar acções justas, essas forças da Natureza sub-humana (espíritos dos elementos para os ocultistas) que vivem para ajudar o ser humano a evoluir, serão respeitosos e não poderão causar o menor mal porque o único meio de os conter é respeito e rectidão em tudo.

Se formos justos estaremos a desenvolver um carácter nobre que nos permitirá alcançar melhores destinos e acalmia no porvir.

O ser humano está ligado a uma comunidade porque é um ser social e não pode evoluir harmoniosamente sozinho, o que o condiciona. Os destinos humanos estão, portanto, condicionados a três condições: Individuais, comuns e colectivos.

O destino individual é constituído por aquela soma de acontecimentos que fazem a existência agradável, boa, desagradável ou má, mas só para uma pessoa.

O destino comum é aquele que liga duas ou mais pessoas, para compartilharem as mesmas alegrias e tristezas ou mesmo benefícios e malefícios, a mesma felicidade ou desgraça. Estes constituem famílias, mas por vezes os vizinhos, os amigos e os colegas de trabalho também são atingidos.

O destino colectivo abrange grande número de pessoas, ou grupo de pessoas, a aldeia, a cidade, a nação e muitas vezes grupos de nações, pois reúne todas aquelas Almas que criaram, pelos seus crimes, as mesmas condições de destino.

Nos destinos individuais há aqueles que vivem solitários, recusando a convivência com outros seres, sofrem sozinhos, o que lhes torna muito dura a existência.

Nos destinos comuns é tudo diferente. Juntam-se dois indivíduos de sexo oposto e desta união resulta a união de todos os parentes de ambos e os filhos, e os filhos destes, e seus associados para o estabelecimento das famílias, os pilares básicos de qualquer sociedade.

A todos se unem os amigos, e inimigos, os vizinhos e colegas de trabalho. Ou seja, todas as pessoas que vivem tão perto que não podem deixar, de algum modo, de tomar parte nas suas alegrias e tristezas.

Os nossos pensamentos e actos esperam sempre por nós e tecem os nossos destinos, elaboram o nosso próprio carácter. Por isso, quem desejar melhor destino, terá de modificar o seu carácter, porque só na medida em que nos aperfeiçoarmos moralmente podemos modificar as nossas condições de vida sombrias e dolorosas, na maior parte das vezes.
 
Texto sem adopção às regras do acordo ortográfico de 1990.
 

 

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