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domingo, 5 de agosto de 2018


PORMENORES…

Apesar do cepticismo de muitos e curiosidade pelo que acontece após a “morte”, desperta de forma contínua e aliciante os diversos tipos intelectuais, chegando a invadir a linha de pensamento materialista mais irredutível.

Podemos recordar que também houve mentes refractárias à ideia da existência de influências planetárias nos organismos vivos. Paradoxalmente, essa realidade até é demonstrada pelas descobertas da ciência moderna. Os planetas, que possuem uma existência física, produzem também influências físicas. Podem mesmo contribuir para modificações profundas no comportamento ou nas ideias a nível individual ou colectivo.

Consideremos o signo do Aquário, por exemplo. É um signo fixo e o domicílio de Saturno. As pessoas nascidas sob a sua influência são, em regra, bastante firmes nas suas convicções. São algo pessimistas e exigem, frequentemente, a demonstração dos factos antes de os aceitarem. Em vez de se deixarem arrastar pelas emoções, preferem encarar os assuntos com racionalidade e frieza.

Quando Úrano transitou por este signo, é o da sua regência, a humanidade viu aparecer uma plêiade de homens especialmente dotados. Foram capazes de empolgar multidões com o seu talento invulgar.

Entre 1920 e 1928, Úrano esteve no signo de Peixes, que é um signo regido por Neptuno e é também o regente da 12ª casa do horóscopo. Relaciona-se com a natureza oculta e reservada das coisas. Seria de esperar, por isso, o renascer do interesse acerca da Vida nos Mundos Invisíveis. Durante os anos em que Úrano e Neptuno transitarem pelos outros signos, o resultado será idêntico, conforme a natureza de cada um.

Deste modo, as pessoas mais sensíveis aos seus impulsos místicos terão oportunidade de se converterem em verdadeiros pioneiros no estudo e divulgação dos ensinamentos esotéricos do Cristianismo – a religião do futuro (Não confundir com catolicismo).

Os investigadores sinceros, que se interrogarem com seriedade e admitirem estas verdades profundas, chegarão rapidamente ao momento em que a existência para além da morte se converterá numa certeza indiscutível. Ficará então banido definitivamente o medo do sobrenatural.

Podemos considerar que o Homem tem um tríplice espírito que funciona num tríplice corpo. Destes, apenas um pode ser visto por meio da visão física. Paulo diz-nos, com toda a autoridade:há corpos espirituais e corpos terrenos…”.

 

O Homem pelo espírito (dele mesmo) recebia de Deus
o entendimento do bem. A Alma por sua vez quando lhe
eram passadas as informações acatando-as, transmitiam-na
a uma terceira parte. O Homem era então uma máquina?
Não tinha o poder de escolha? O que acontece é que o
Homem até ao presente momento não tinha o entendimento do
que era o mal. Somente a voz de Deus era conhecida.

O ensino dos Rosacruzes reconhece a autenticidade desta afirmação (que passa despercebida a quem lê a Bíblia, sem ajuda) e a existência de vários veículos ou corpos. O corpo físico está interpenetrado pelo corpo vital, chamado às vezes Corpo Etéreo. Paulo em 1Coríntios 15:44, denomina-o (na versão Grega, portanto em Grego) soma psychicon. A função deste último é a de restaurar, durante o sono, tudo quanto a natureza emocional destruiu no decorrer das horas de vigília, pela acção de outro corpo ainda mais subtil chamado Corpo de Desejos. Ou seja: aprendemos que durante o sono, o subconsciente, sempre alerta, continua a trabalhar para ordenar toda a informação recolhida durante o estádio de vigília e restaurar o corpo físico, cansado ao fim do dia. Mas não aprendemos como é que isso se processa. Tem de haver um suporte.

Ora, já se sabe que este corpo tríplice (aceitando esta divisão de tarefas subtis) tem correspondência com os vários mundos invisíveis que o cercam, e que a matéria que o constitui tem as mesmas características e graus de densidade das que existem nesses mundos.

O nosso corpo físico está mergulhado num oceano de vibrações que abrange tudo, e são as frequências dessas vibrações que “compartimentam” zonas características só acessíveis por quem vibre nas mesmas frequências, pelo que podemos considerar que o mundo físico, e a sua região etérea, por onde o espírito pode divagar enquanto o corpo denso descansa e se regenera, assim como o mundo do desejo, onde circula o Corpo de Desejos que é a “ferramenta” que executa a regeneração do corpo físico, são planos distintos da existência.

O Corpo de Desejos pode ser Negativo ou pode ser
Positivo. A diferença vê-se pelos vórtices que rodopiam
 ou no sentido dos ponteiros do relógio ou no sentido contrário
dos ponteiros do relógio. No homem comum, e nos clarividentes
VOLUNTÁRIOS o vórtice giram no sentido dos Ponteiros do relógio.
No Corpo de Desejos Negativo os vórtices giram (como nesta imagem)
No sentido contrário aos ponteiros do relógio, dando origem
aos clarividentes Involuntários, que são os mais utilizados
nas sessões espíritas e nos chamados médiuns instintivos.

 


Reparar no sentido em que rodopiam
os vórtices. Este é o Corpo de Desejos Positivo.

O Corpo dos Desejos é como um ovo que protege os corpos Físico e Vital.

Durante a vida no mundo físico, o Homem está continuamente a construir os seus corpos invisíveis. Consegue-o pelo meio dos pensamentos, desejos e emoções. Se alimentar continuamente desejos relacionados com a vida sensual ou perder o tempo à procura de prazeres inúteis, ou, por outro lado, não tiver nenhuma preocupação na vida a não ser a aquisição de bens materiais, o seu corpo dos desejos ficara quase completamente formado pela matéria mais densa do mundo dos desejos. Logo que se verifique a “morte”, permanecerá numa situação denominada de região purgatorial.

Será forçado a manter-se em estreita ligação com o mundo físico e permanecerá nessa região até se libertar das suas ligações ou interesses terrenos e purificar o corpo de desejos. Tem de o fazer antes de poder ascender a uma dimensão superior a que poderemos chamar o primeiro Céu.

Vamos fazer uma comparação. Qualquer pessoa de boa formação moral e que esteja habituada em viver num ambiente são, terá grande dificuldade em se adaptar ao modo de vida usual num “bairro da lata”, sem água corrente e na maior parte das vezes sem electricidade, e em campo sem saneamento básico essencial. Se fosse obrigado a isso, pelas circunstâncias da vida, como acontece com muitos refugiados e imigrantes, decerto que procuraria fugir desse ambiente o mais depressa possível. O mesmo também aconteceria se deslocássemos um habitante duma dessas zonas degradas, sem o mínimo de educação e princípios morais, onde a imundice e a desonestidade são lugares comuns, para o seio de uma família sóbria, culta e educada. Ele sentiria um desconforto desagradável e procuraria outras paragens.

Ora, acontece o mesmo no mundo do desejo. Um Ego que teve uma vida espiritualmente bem orientada, estará, depois da “morte” na região inferior do mundo do desejo – a região purgatorial – apenas um curto espaço de tempo. Depois de se libertar completamente do corpo físico, ingressa com rapidez nas regiões mais elevadas do mundo do desejo, que conhecemos como o primeiro Céu. Pelo contrário, quem viveu sem escrúpulos, completamente alheio aos problemas da vida para além da morte, permanece intimamente ligado ao plano físico. Encontramo-los, quase sempre, no ambiente que lhes era familiar. O Ego permanecerá ligado ao plano terreno, por vezes até para concretizar alguma vingança.

Parte destes pormenores são facultados pela Fraternidade Rosacruz de Portugal, nas suas lições públicas, e interessam apenas aos estudiosos. É como um médico que faz um diagnóstico, mas para nós não nos interessam os pormenores para chegar ao diagnóstico. Sabemos que o médico estudou para isso e todos os pormenores servem apenas para identificar a situação e legitimar os resultados.

Quando as pessoas interagem os seus Corpos de Desejos tocam-se e daí a sensação de repúdio ou aceitação da proximidade da outra pessoa. Quando as suas “auras” são compatíveis os seus corpos de Desejos interagem com agrado pela aproximação. Quando as pessoas são incompatíveis, têm a tendência a manter distância e sempre que o “outro” avança ele recua. Daí a sensação de agrado ou desagrado “à primeira vista”.

Quanto mais desenvolvido e puro é o espírito da pessoa, maior é o Corpo dos Desejos que abarca uma distância maior e as pessoas que precisam de ajuda espiritual sentem-se bem como essa aproximação e as suas auras, mais fracas, beneficiam da energia dessa aura gigante.

O Corpo de Desejos de Jesus, quando estava na Terra, era gigantesca, sendo as pessoas atraídas para o seu seio e quando Jesus exalou o último suspiro o seu Corpo de Desejos envolveu por completo toda a Terra e limpou a aura negra e pestilenta que a envolvia. Os clarividentes voluntários revelaram que hoje a Terra apresenta novamente uma aura negra e suja, a precisar de ser limpa novamente. Os seres de outras dimensões, têm a capacidade de “ver” essa mancha que desestabiliza todo o Universo e tomaram as suas medidas para a conter e limpar. É uma luta que se trava no Cosmos, entre o Bem e o mal, entre a Luz e as trevas, que o ser humano não tem consciência, a não ser alguns mais evoluídos espiritualmente.

Para o homem comum basta saber que o indivíduo tem um Corpo físico, perceptível pelos órgãos dos sentidos, e um Espírito que o vivifica.  E na sua acção conjunta formou-se uma Alma onde está tudo o que pertence ao “tal” mundo invisível, e onde a evolução do Ego se processa. Quando da “morte” desse ser vivo, o corpo desintegra-se e volta ao pó de onde veio (do mundo material), e o Espírito, doado por Deus para criar vida naquele corpo, regressa temporariamente à origem, e a Alma criada vai para o “cemitério” colectivo de toda a humanidade, aguardando a nova “abertura” do processo de evolução pelas Dimensões mais elevadas. Agora se a Alma segue imediatamente para o local de “repouso”, ou se pode ainda divagar pelo mundo astral para acertar algumas contas, não o sabemos ao certo. Há quem acredite que o que fica na região astral, intermédia, entre o mundo material e o mundo do Espírito, são meras cópias da personalidade do indivíduo que “morreu”, como egrégoras individuais (as incontáveis formas pensamento em que vivemos mergulhados afectam-nos continuamente. Portanto, ter conhecimento delas pode permitir-nos utilizá-las em nosso favor, ou ao menos evitar que sejamos influenciados negativamente. Funcionaríamos, segundo essa visão, de forma semelhante a um aparelho receptor sintonizando, através de nossos pensamentos e emoções as frequências das energias ao nosso redor, e dessa forma potencializando os seus efeitos, tanto nos nossos corpos quanto na própria energia em suspensão, o que tornaria a sua existência mais longa) que permanecem com restos de energia do original e actuam como um programa informático rudimentar que se vai dissipando com o tempo. Quanto mais raiva existir no Ego que desencarnou, mais forte é a gravação no oceano das vibrações universais (Espírito Santo) onde estamos mergulhados, permitindo uma interacção com o mundo material, só que livre da consciência do Ego, numa ligação rudimentar e incontrolada que é manipulada pelos videntes, bruxos e ocultistas que vivem desse negócio, fazendo crer, aos ingénuos, que comunicam com o ser que desencarnou.

Essas energias mantêm-se mais tempo no “éter” se forem constantemente “alimentadas” pelas emoções e pensamentos dos familiares saudosos, e indivíduos que os querem utilizar nos seus negócios, que não percebem (nem sabem) que estão a lidar uma “gravação” das energias do ser “original” que já está em repouso no Hades.

(Texto sem adopção às regras do acordo ortográfico de 1990.)

 

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