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quinta-feira, 19 de outubro de 2017


ONDE ESTAMOS E PARA ONDE VAMOS

O Mundo é de tal maneira interessante, com tanto mistério e segredos, que obriga aqueles que sentem curiosidade a imaginarem como será? Procuram uma resposta raciocinando, tendo em conta a experiência que têm e o que a sua intuição lhes vai propondo. O intelecto pode ser influenciado pelo sistema e tipo de cultura, mas a intuição vem do mundo espiritual, onde está a verdade, o saber e o conhecimento. Obriga-me, portanto, a especular um bocado, não me cingindo apenas ao ponto de vista Físico, que tem os seus limites e impede de "ver" mais além, entrando também no campo da Metafísica.

Todo o raciocínio que é utilizado para tentar "desvendar" os segredos do Universo, peca por estar submetido às leis físicas, consideradas como únicas. Muito resumidamente, eu penso que existe um Super-Universo, um Universo original, completo (e sempre a ser acrescido por outros Universos que atingiram o fim da sua evolução temporal) de Universos em criação onde a componente temporal existe sempre. Desenvolvi esta matéria no texto "Breve Sinopse sobre as Religiões"

As formas materiais, com as suas leis físicas rigorosas que permitem um desenvolvimento harmonioso, são escravas do tempo. No Super-Universo, a Entidade Soberana, o sustentáculo de tudo, é o EU SOU, pois não há passado, presente ou futuro, a eterna trindade mágica. O EU SOU, assume várias facetas conforme o plano físico/espiritual das diversas partes dos Universos em evolução, as funções de Deus, como o Potencial Todo-Poderoso, Supremo, Absoluto e Espírito Infinito.

Na medida em que fazemos a vontade de Deus, qualquer que seja o ponto do universo no qual possamos ter a nossa existência, naquela mesma medida, o potencial Todo-Poderoso do Supremo torna-se mais factual. A vontade de Deus é o propósito da Primeira Fonte e Centro, como é potencializado nos três Absolutos, personalizado no Filho Eterno e conjugado ao Espírito Infinito, para actuação no Universo, e eternizado nos arquétipos eternos do Paraíso. E Deus, o Supremo, está a transformar-se na mais elevada manifestação finita, no nosso Universo temporal, da vontade total de Deus.

Essa função, que o ser humano ainda não compreendeu e quer, a todo o custo individualizar, é o somatório de todas essas facetas responsáveis por cada nível de vida, da Luz de todo o Universo. Este tudo É, é um conceito muito difícil de entender e de aceitar por quem vive no meio físico do fui, sou e serei.

As criações do tempo-espaço devem estabelecer-se em Luz e Vida, e o Todo-Poderoso, deidade potencial da Supremacia, então, iria tornar-se factual no surgimento da personalidade divina de Deus, o Supremo. Quando uma mente (Alma) em evolução se coloca em sintonia com os circuitos da mente cósmica (Espírito Santo), quando um Universo em evolução passa à estabilização, segundo o modelo do Universo central (o Super-Universo), quando um espírito em avanço consegue a identificação com o todo, a existência concreta do Supremo torna-se um grau mais real nos Universos.

A divindade da Supremacia terá avançado mais um passo no sentido da sua realização cósmica. As partes e os indivíduos do grande Universo evoluem como um reflexo da evolução total do Supremo, ao mesmo tempo em que, por sua vez, o Supremo é o total acumulativo sintético de toda a evolução do Grande Universo. Do ponto de vista do mortal, ambos são recíprocos, evolucionários e experimentais.

Aqui, no nosso mundo, O Supremo será Deus-no-Tempo (O Deus que conhecemos é a faceta do EU SOU na evolução de um Universo temporal), é o segredo do crescimento da criatura no tempo, e é também a conquista do presente incompleto e a consumação do futuro a tornar-se perfeito. E os frutos finais de todo o crescimento finito são: o poder controlado pelo espírito, por intermédio da mente em virtude da unificação, e a presença criativa da personalidade. A consequência culminante de todo esse crescimento é o Ser Supremo.

Portanto, um dos motivos da criação de um Universo evolutivo é contribuir para o crescimento do Supremo, e chegará a um termo, em alguma época. Ele, nesta faceta de Deus das criaturas mortais, atingirá a realização completa (no sentido energético-espiritual). Esse término da evolução do Supremo testemunhará também o fim da evolução da criatura, como parte da supremacia.

Jesus, componente da Trindade, de Deus em três, Pai, Filho e Espírito Santo (como o Homem não perde a unidade em se dividir em Corpo, Alma, e Espírito, por exemplo) criador deste Universo onde estamos, disse-nos “Eu sou o caminho vivo”, e, com efeito, ele é o caminho vivo do nível material da autoconsciência para o nível espiritual da consciência de Deus. Ele pode efectivamente ser esse canal vivo que liga a humanidade à divindade, pois experimentou pessoalmente, em toda a plenitude, a travessia desse caminho de progressão no Universo, desde a verdadeira humanidade de Jesus, o Filho do Homem, à divindade original do Paraíso, o Filho do Deus infinito.

A nossa constituição material, física, está sempre sujeita à passagem do tempo, porque para evoluir é necessária a componente Tempo, mensurável, até chegar ao ponto em que o espírito cristalizado (a matéria) se liberta e volta ao seu mundo original numa explosão de Luz, a vida no seu pleno. É difícil de compreender. Na criação de um Universo (os racionalistas falam no Big-Bang) a nova matéria pela cristalização do espírito (tudo é espírito) expande-se e começa um novo ciclo de vida evolutiva, regido por leis físicas mensuráveis porque só assim é que há evolução, outra trindade, o princípio, meio e fim.

Mas… só a matéria é que está submetida às leis físicas mensuráveis, que limitam a compreensão do Universo e a sua exploração por meios físicos. Tudo parece condicionado à velocidade da luz, a deslocação mais rápida permitida pela ciência, ou, quando muito, a possibilidade de tomada de "atalhos" por "buracos" no tecido temporal, conhecidos por "vermes" que os cientistas ainda não compreendem como funcionam, mas admitem que existam.

Fazem-se milhares de cálculos, especulações matemáticas sobre fracções cada vez mais ínfimas até ao infinito imaginável sem terem em conta que de facto é possível sair da influência da componente Tempo e ter todo o Universo ao alcance, instantaneamente. Exemplo: o pensamento. Na trindade, outra vez mágica, dos fenómenos do Universo, o homem é constituído por Corpo (veículo material sujeito às leis temporais), Mente (componente consciente da Alma em formação, a caminho da personalização espiritual) e Espírito (a tal centelha do EU SOU que dá a vitalidade à matéria e a acompanha em toda a sua evolução).

O espírito não está submetido à componente Tempo e desloca-se instantaneamente sem possibilidades de ser mensurado. O nosso pensamento, proveniente do espírito, desloca-se instantaneamente para o passado ou para qualquer lugar conhecido. Para o desconhecido e para o futuro não o faz, porque ao fazer parte da trindade do ser vivo, foi-lhe vedado isso. O homem para evoluir não pode conhecer o futuro. Mas muitos iniciados (religiosos ou esotéricos e leigos) conseguem deslocar-se conscientemente para fora do corpo e viajarem no espaço e no tempo.

No Universo do espírito não há barreiras. As barreiras estão apenas no mundo físico, uma imposição Divina, deliberada, para que a evolução se processe. O homem é que julga ser o centro do Universo e que tudo estará feito à sua medida.

Assim, é difícil de entender, se nos limitarmos às "certezas" do mundo físico. É necessário entrar na Metafísica de mente aberta para imaginar a existência de Universos diferentes do concebido por nós. Por esta linha de pensamento (tão contestável e sem uma explicação científica como todas as outras baseadas somente nas leis físicas e também não experimentadas) é possível penetrar no Super-Universo, onde este Universo está contido, no EU SOU e regressar para qualquer época do período temporal em evolução.

O espírito pode sair do veículo físico e fazer uma viagem "astral", movido apenas pela força do pensamento, e o físico (o corpo), em teoria, poderá fazê-lo recorrendo à tecnologia, uma máquina do tempo que não é mais do que um sistema capaz de abrir uma "brecha", no tecido temporal, que permita a passagem para o Super-Universo (intemporal) onde tudo está contido no "presente infinito", e regressar ao Universo temporal na data que se escolher: passado, presente ou futuro.

Impossível? Quem sabe? Os cientistas lutam por isso, e há muito que tentam construir a tal máquina do tempo e portões estelares. Segundo as últimas teorias científicas, todas as galáxias têm um buraco negro no seu centro, que supõem ser uma passagem fora do tempo. Uma passagem que permite o acesso instantâneo para outras áreas do Universo conhecido. Será?

Para já, o tempo é relativo, conforme a velocidade de deslocação, para os corpos físicos, tendo como medida a velocidade da luz. Porque não admitir que haja planos do Universo, ou um Universo original em que não exista tempo? Tudo é possível. Poderá é ser improvável tendo como premissa as leis físicas do nosso Mundo.

R.

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