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domingo, 7 de junho de 2020


PROCURA-SE NOVOS PACIENTES
 
Na mesma linha do artigo anterior, sobre a corrupção na medicina, este texto assinado por Tobias Frey é muito esclarecedor. Pesquisei na Internet quem é este autor mas a informação é muita e não consegui uma biografia. O que interessa é que a informação, só por si, retracta o que realmente se passa com o negócio dos medicamentos. Este artigo, por exemplo diz tudo: "Covid-19: ONG acusam lóbi farmacêutico de bloquear Bruxelas na investigação aos coronavírus em 2018". Consultem o link a seguir:

 
Tobias Frey

Mulheres sem apetite sexual devem estar doentes e precisam de medicamentos. Há pouco tempo cientistas e médicos chegaram a esta conclusão durante um congresso nos Estados Unidos e deram um nome para esta doença: Desequilíbrio Funcional Sexual da Mulher. Só que esta doença nem existe. A sexualidade da mulher, raramente é um caso médico.

É interessante que, praticamente todos os participantes do congresso foram financiados pela indústria farmacêutica. A revista técnica British Medical Journal revelou que o objectivo deste esforço foi o de achar novos canais de venda para comprimidos como o Viagra.

 A indústria farmacêutica inventa, com frequência cada vez maior, novas doenças para criar um mercado para os seus medicamentos. Desde que existe Propecia no mercado, a queda de cabelos no homem é tida como uma enfermidade a ser tratada. Desde que Aurorix está no mercado, a timidez passou a ser uma doença chamada de fobia social. Muitas vezes, a indústria faz de um sintoma inofensivo uma doença ameaçadora. O exemplo mais recente é a síndrome do intestino irritado. Desde que o Zelmac está no mercado, milhares de mulheres deveriam tomar medicamentos contra gases.

O procedimento das indústrias farmacêuticas é muito hábil. Desenvolveram estratégias subtis por meio de campanhas caras, usando uma comunicação social condescendente, divulgam cenas ameaçadoras de dor e sofrimento. Médicos remunerados passeiam de uma sala de conferências para outra e convencem os seus colegas dos novos sofrimentos e dos tratamentos bem-sucedidos. Além disso, a própria indústria, muitas vezes, funda grupos de auto-ajuda, um reservatório para novos clientes.




“Quem tem realmente interesse na saúde humana?
Pessoas sadias seriam uma catástrofe.
Ramos inteiros da indústria iriam à falência.
A começar pela indústria farmacêutica
.”
 
(Urs Waibel , Würenlos)

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Fonte: PULStipp, Janeiro de 2003

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