OS ASSESSORES QUE NÓS PAGAMOS
E não há dinheiro para obras
em Hospitais e serviços que estão quase paralisados…
Li um artigo numa revista
sobre este tema e como essa revista não está ao alcance da maioria dos
portugueses e os jornais e televisão nada informam resolvi escrever este
pequeno resumo de um artigo exclusivo de Margarida Davim da revista “SÁBADO” de
13.09.2018. Quem quiser saber tudo em pormenor deve ler esse artigo intitulado
“O CASO DOS ASSESSORES – FANTASMA”.
Muitos “boys” e “girls” de
TODOS os partidos com assento na Assembleia da República, são pagos pela
própria Assembleia para prestarem assessoria aos grupos parlamentares. Só que,
na maioria dos casos, trabalham nas sedes nacionais, ou distritais até, dos
partidos e apesar das suas nomeações saírem no Diário da República não revelam
quanto ganham nem estão sujeitos às regras e deveres de todos os funcionários
da Assembleia. Só estão sujeitos aos impostos pelos respectivos grupos
parlamentares.
Os Partidos conseguem,
assim, financiar com dinheiro do Parlamento uma parte substancial das suas actividades,
além do subsídio anual do Estado a que têm direito.
Os grupos parlamentares
dispõem desta verba para “assessores”, bem pagos, conforme entendem sem
prestarem contas a ninguém. Não há transparência, tudo pela calada, numa mostra
de falta de moral e ética só possível neste país.
Segundo apurou a “SÁBADO” os
grupos parlamentares receberam cerca de sete milhões de euros em 2017, para
contratar pessoal de apoio para os deputados. Muita desta verba não fica na
Assembleia da República, mas financia funcionários partidários de Norte a Sul
do País.
A directora de comunicação
de Rui Rio no PSD, por exemplo, acompanha-o em permanência e está nomeada pelo
Parlamento e recebe como assessora parlamentar. E, como sabemos, Rui Rio não é
deputado. E não é caso único do PSD, que tem 57 assessores, conforme diz a
“SÁBADO”.
No PS, há uma situação
semelhante. Os responsáveis pela comunicação do partido trabalham na sede
nacional e não desempenham qualquer tarefa relacionada com a actividade
parlamentar, mas dois assessores (identificados na “SÁBADO”) são nomeados e
pagos pela Assembleia da República. Não são os únicos. A “SÁBADO” encontrou
mais seis casos, confirmados pelo PS, que incluem responsáveis pela informática
na sede nacional.
Sob as mais diversas
desculpas, principalmente a “partilha de recursos” todos partidos com assento
na Assembleia da República beneficiam destas verbas. E todos os “assessores”
beneficiam de salários muito superiores à média dos trabalhadores portugueses
que pagam impostos. Realmente os partidos (estes) são os donos de Portugal e
têm todos os recursos ao seu dispor. Legislam em benefício próprio e dão lugar
aos “abusos” daqueles que se esquecem que estão ao serviço dos portugueses e do
país.
Por Lei (feita por “eles”),
os grupos parlamentares podem pagar os salários que entendem, desde que não
ultrapassem no total do gabinete o montante máximo anual que lhes são
atribuídos de acordo com o número de deputados eleitos. Os serviços da
Assembleia da República apenas recebem a informação necessária para processarem
as remunerações dos funcionários indicados pelos grupos parlamentares. Não têm
qualquer tipo de poder de fiscalização. O grupo parlamentar é que determina se
o funcionário está sujeito ao dever de assiduidade, se tem ou não horário de
trabalho e se deve prestá-lo ou não nas instalações do grupo parlamentar.
A ex-presidente da Entidade
de Contas, diz que as verbas para encargos com apoio aos deputados estão numa
“zona cinzenta” desde este ano. “Com a alteração de 2018 à Lei Orgânica do funcionamento
da Assembleia da República, estes montantes passam a ficar sob a égide do
funcionamento partidário”. Estes dinheiros nunca foram fiscalizados pelo
Tribunal Constitucional porque a Assembleia da República é um órgão de
Soberania e o TC entendeu que o não podia fazer.
Para finalizar: O PAN tem 4
funcionários nestas condições, o PEV – 10, o PCP – 38, o CDS/PP – 29, o BE –
39, o PSD – 57 e o PS – 65.
242 “Assessores” bem pagos,
ao serviço dos partidos e pagos com os nossos impostos.
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