A
HUMANIZAÇÃO
(O que a
História oficial ensina e a minha interpretação especulativa)
(Texto sem adopção às regras do
acordo ortográfico de 1990)
Vimos qual a
origem do homem, vulgarmente aceite, e certas dúvidas que se põem, no seu
desenvolvimento mecânico e respectivas causas. Falta-nos agora saber como se
processou também o seu desenvolvimento mental, a par da evolução física
exterior.
Sabe-se que a
«mente» e o seu nível constituem o resultado de uma longa evolução, biológica
primeiro e cultural depois.
A julgar pelo
que se conclui dos restos fósseis encontrados pelos paleontologistas, o cérebro
dos hominídeos não experimentou grandes progressos até ao começo do
Pleistoceno. No entanto, desde há aproximadamente meio milhão de anos, o
crescimento do córtex dos hominídeos experimentou uma aceleração brusca,
enquanto outras estruturas inferiores permaneciam relativamente estabilizadas.
Em consequência desta falta de sincronia evolutiva entre as estruturas
neocorticais, lançadas desde meados do Pleistoceno num crescimento sem paralelo
na história da evolução, e as estruturas mais primitivas do cérebro interno,
estabilizadas no mesmo nível que fundamentalmente haviam atingido milhões de
anos antes, produziu-se no homem uma falta de coordenação entre ambos os
estratos da actividade mental.
Para empregar
as palavras do professor Paul Maclean, neurobiologista que entre outros defende
esta teoria, é a esta falta de sincronia evolutiva que se deve o facto de as
nossas funções intelectuais serem exercidas pelos estratos mais recentes e mais
desenvolvidos do cérebro, enquanto a nossa vida afectiva e os apetites
continuam a ser dominados por um sistema primitivo basicamente reptiliano.
Semelhante
situação - que Maclean classifica de esquizofisiológica - explicaria a
diferença que muitas vezes existe entre os juízos da razão e exigências do
sentimento e, finalmente, contribuiria para explicar essas contradições entre a
«besta» e o «anjo» que acompanham, como a sombra acompanha o corpo, a vida de todo
o ser humano.
As
implicações desta falta de sincronia da evolução são óbvias, pois uma espécie,
cuja capacidade intelectual produziu o comando da energia física nos termos
termonucleares de hoje, num dado momento pode, sob os poderosos impulsos agressivos
de um cérebro emocional não coordenado com o intelectual, chegar à destruição
da vida sobre o planeta, o que representa, por outras palavras, o suicídio da
espécie.
Aliás, não
seria a primeira vez que um «erro» da natureza provoca uma extinção deste
género, podendo recordarmo-nos, por exemplo, que o homem de Neandertal desapareceu subitamente no
Paleolítico, há uns 40 000 anos, sem que saibamos como, para serem substituídos
pelo de Cró-Magnon - que se sabe
não ser um produto evoluído dos anteriores, mas sim vindo de outra espécie
desconhecida.
Assim, a
possibilidade da nossa espécie se extinguir e ser substituída por outra não é
absurda nem impossível, ou improvável. Grandes diferenças físicas e estruturais
distinguem as espécies mais evoluídas, sendo de forma flagrante a distância que
existe entre o homem e todos os outros animais, como se poderá verificar na sua
formação e volume cerebral.
A capacidade
craniana dos símios ficou estabilizada desde há quarenta milhões de anos em
cifras que, sendo muito superiores às do resto dos mamíferos - em números
relativos ao volume total destes - são muito inferiores às atingidas pelos
hominídeos no decurso duma grande «explosão cefálica» ocorrida no último milhão
de anos. Os orangotangos têm uma capacidade craniana média de 400 cc. A dos
chimpanzés é de 450 cc. Os gorilas chegam habitualmente a 500 cc., atingindo
nalguns casos até 600 cc. A capacidade média do Homo Sapiens é, no
entanto, de 1 000 cc., mais do que a do símio bem dotado.
Os restos dos
Australopitecus e outros de África,
de há um milhão de anos, acusam uma capacidade craniana de 600 cc. Duzentos mil
anos mais tarde, os restos encontrados do Pitecantropus
Erectus (antropóide muito semelhante
a nós) acusam uma capacidade craniana de mais de 1 000 cc., já muito superior à
dos seus antecessores. O homem de Java
- 700 000 anos a.C. - e o Sinantropus
Pekinensis atingem capacidades à
volta dos 1 300 cc., mais próximos do Homo
Sapiens. O homem de Neandertal, duzentos mil anos depois, apresenta
capacidades da ordem dos 1 500 cc., análogas às da nossa espécie.
Até 50 000
anos a.C., o homem de Cro-Magnon
substituiu rapidamente o de Neandertal com uma capacidade craniana que chega a
atingir cifras até 2 000 cc., as quais talvez sejam superadas pelo homem do futuro.
Em suma,
durante o Pleistoceno, em pouco mais de um milhão de anos, a família dos
hominídeos experimentou uma expansão craniana totalmente revolucionária na
História.
A julgar pelo
que afirmam alguns biólogos especializados em anatomia do cérebro, a evolução
cerebral humana ainda não se deteve, havendo indícios de que a zona do córtex
que mais directamente parece intervir no exercício das funções intelectuais
continua a fazer pressão sobre o crânio numa espécie de esforço por obter maior
espaço para a sua expansão.
Por este
desenho de Ruddy Zalllinger no “Courier”
de Agosto-Setembro de 1972, podemos ver que a evolução do “ser humano” vem
contraria a teoria de Darwin, pois não se verifica uma evolução constante no
tempo mas sim um “salto” como se tivesse sido introduzido um elemento estranho
para melhorar o hominídeo.
Segundo a
“ciência” o primeiro Homo Sapiens é mais evoluído do que o Homo Erectus (o primeiro
homem verdadeiro) e representa, provavelmente o primeiro tipo da espécie
humana moderna. Já talha os seus utensílios com genialidade. O Homem de
Neandertal, que viveu entre 150 000 e 30 000 anos na Europa, é excluído por
alguns investigadores da ascendência do homem moderno. O Cro-Magnom, considerado
antepassado do homem moderno, pela quantidade de vestígios descobertos que
revelam a grande diversidade desta etnia e o seu parentesco com os grupos
contemporâneos dispersos pelo mundo. E finalmente o Homo Sapiens Sapiens considerado
o “Pai” do homem moderno. Só apareceu em cena depois - há 40 000 anos - mas,
como é evidente não pode ser uma evolução dos homens da Rodésia e Solo, e muito
menos do Neandertal.
Podemos “especular”
então, pela teoria da Criação, que O Criador desenvolveu geneticamente o Homo
Sapiens, com a imposição de DNA do “Ser Celeste”, criando um povo “escolhido”
que teria como missão espalhar a semente por todos os hominídeos da Terra
melhorando a raça humana.
Pois, a verdade nua e crua é que nada nos liga aos antigos homens primitivos que habitaram este planeta em tempos imemoriais e esquecidos"... EXCETO POR UM DOS RAMOS DESSES PRIMITIVOS HOMINÍDEOS QUE FOI GENETICAMENTE MODIFICADO POR INTELIGÊNCIAS SUPERIORES... À SUA IMAGEM E SEMELHANÇA!
O homem feito da terra
foi o modelo dos homens terrestres; o homem do Céu é o modelo dos homens
celestes. E assim como trouxemos a imagem do homem terrestre, assim também traremos
a imagem do homem celeste".
A
raça modelada, expulsa do Éden, misturou-se com os anjos caídos e com as outras
raças elevando-as pela mistura de sangues, mas dando lugar à corrupção
geral do género humano
Como esse
plano foi gorado pela desobediência desse novo povo (pecado original) que foi corrido do Éden e se misturou
desordenadamente com os povos que estavam por fora (Caim casou-se com uma mulher desse povo que estava fora do Éden)
corria o risco de ser completamente assimilado pela maioria. Daí a introdução
de um “reforço genético” com o aparecimento súbito do Homem de Cro-magnon que permitiu o aparecimento do Homo
Sapiens Sapiens. E o mais revelador é que o Cro-magnon tem todas as características, na sua constituição óssea,
da chamada “raça negra”. As primeiras civilizações avançadas no Médio Oriente
eram da raça Negra (Egípcios e Judeus).
Basta ler com atenção a Bíblia para constatar isso.
Uma vez
concluído o processo de hominização, ou seja, constituído o género Homo
como entidade biológica madura, iniciou-se imediatamente uma actividade sem
precedentes na história da vida - a actividade cultural e invenção de uma nova
maneira de existir - separando definitivamente o homem de todas as espécies
convertendo-o, com efeito, em «rei da criação».
Os fins
biológicos, de pura sobrevivência, foram inteligentemente ampliados, surgindo
também valores religiosos e artísticos totalmente desconhecidos no mundo
animal. O ser humano começou a enterrar os seus mortos de acordo com normas
inventadas por ele mesmo, começou a construir adornos para o seu corpo e a
decorar as suas cavernas com pinturas e símbolos.
Homem de Neandertal |
Homo Sapiens |
Cro-Magnon |
Homo Sapiens Sapiens |
Portanto, o
HOMEM realmente foi criado (ou modelado) por Deus como vem nos Evangelhos.
Antes do Homem só haviam hominídeos que se extinguiram, ou regrediram, porque o
“grupo” escolhido para se miscigenar com eles, melhorando os genes e elevar as
raças, desobedeceu a Deus. E se, de facto, esse grupo escolhido deu origem aos
Hebreus, ainda hoje não querem misturar-se com outros povos.
A humanização tinha
começado.
A par do
desenvolvimento físico do Homem outras transformações se operaram no campo
psicológico, ou «nervoso», extremamente complexo, que condiciona o seu
comportamento tão diferente e tão distante do comportamento dos outros animais.
Esta sua organização, única, criou um ser tão diferente e tão evoluído que
justifica um quarto reino da natureza - o Humano
- onde só ele tem lugar, pois não existe ser algum, na Terra, com
características semelhantes para também ser integrado nesse reino.
Deste modo,
faremos um breve esboço sobre a sua constituição e funcionamento «nervoso» ou
mental.
Diz-se muitas
vezes que a evolução da vida parece ter tido como eixo de progressão o
desenvolvimento de cerebração crescente, ou seja: a vida evolui como se a sua
finalidade principal fosse a produção de espécies dotadas de capacidade
cerebral cada vez maior.
Convém,
porém, assinalar que as primeiras integrações vitais da matéria atingiram a sua
rudimentar unidade funcional através de sistemas físico-químicos de correlação
orgânica, muito anteriores ao aparecimento de qualquer sistema nervoso. Mas
para o exercício de formas de certo nível, a existência do sistema nervoso é
indispensável, pois nos tipos de organização biológica que se desenvolveu no
nosso planeta (pode ser que noutros seja
possível adoptar formas diferentes) para subir a níveis de alguma
complexidade de comportamento, ou seja para atingir certos graus de autonomia
funcional perante o meio, exige-se o concurso do sistema nervoso, cuja acção é
muito mais rápida, mais precisa e mais complexa do que a dos sistemas
bioquímicos previamente ensaiados pela natureza em estádios filogenéticos mais
primitivos.
Quer isto
dizer que o sistema nervoso deve ser uma especialização do protoplasma
necessária para cumprir melhor as funções vitais exigidas pelas formas de vida
superior. Portanto, o sistema nervoso deve ter emergido como uma unidade
indiferenciada que reunia em si confusamente as funções de irritabilidade, contractibilidade e condutibilidade que, posteriormente, iriam diferenciar-se numa sensibilidade exercida através de
diversos receptores ou sentidos, num sistema de integração central e em efectivadores
musculares e glandulares, isto é, em órgãos de acção cuja mais perfeita
expressão talvez seja a mão do homem.
O primeiro
sistema nervoso surgiu provavelmente como um retículo indiferenciado, que num
animal talvez parecido com uma medusa se foi aglomerando numa espécie de
nódulo, ou pólo central - prelúdio do cérebro - que a pouco e pouco assumiu a
função de mediar entre as irritações
provocadas pela acção estimulante do meio e as contracções correspondentes dos
órgãos da acção. Gradualmente este pólo mediador foi complicando as suas
funções de mera comunicação entre os estímulos e as reacções motoras. Também a
coordenação dos processos de adaptação interna do organismo foi sendo assumida
a pouco e pouco pelo cérebro, que assim acabou por se converter no órgão
regulador por excelência de toda a actividade de comportamento e na
infra-estrutura biológica necessária para alcançar uma vida mais perfeita,
dotada de maior grau de liberdade perante o meio, e cuja expressão mais elevada
é por agora a vida humana.
O Cérebro
dividido em duas partes iguais - os hemisférios - encontra-se alojado na
caixa craniana e, sendo constituído por uma grande massa de células nervosas, é
a sede física do pensamento e da inteligência.
A unidade
fundamental do sistema nervoso - o neurónio - tem por função principal
a condução dos impulsos nervosos, dos quais o cérebro humano conta uns dez
milhões de unidades, articulando-se anatómica e funcionalmente de uma forma
complexíssima e quase impossível de esboçar. É constituído em parte por células
e em parte por fibras, que são prolongamentos das células nervosas.
A Espinhal Medula, colocada dentro da coluna vertebral, e o Encéfalo (conjunto do Cerebelo,
responsável pela coordenação e regulação dos movimentos, Mesencéfalo, Diencéfalo
e o Cérebro propriamente dito)
constituem o Sistema Nervoso Central.
Intimamente ligado a este sistema, embora autónomo e independente na sua
função, encontra-se outro conhecido como Sistema
Nervoso Vegetativo, constituído pelos sistemas Simpático e Parassimpático.
As células
nervosas ou neurónios estabelecem relações entre si por meio das sinapses, que funcionam por
«contiguidade» e não por «continuidade», ou seja por proximidade, sem existir
uma «ponte» ou qualquer ligação entre elas, cujo funcionamento é o resultado
dum certo número de processos químicos que se manifestam por reacções
eléctricas, provocando toda e qualquer estimulação da célula o aumento do
metabolismo, que se revela por um aumento de calor e consumo de oxigénio, como
nas outras células.
No ponto de
vista eléctrico existe entre o interior e o exterior da célula, ou fibra
nervosa, uma diferença de potencial da ordem dos 60 a 80 milivoltes, considerando-se existirem, teoricamente, cargas
eléctricas negativas no interior da célula ou fibra, sendo o potencial interior
chamado potencial de repouso, que,
quando excitada mecânica ou electricamente, varia e se passa a chamar potencial de acção. Esta variação de
potencial traduz um fenómeno de movimento de Iões Na e K, cuja excitação
provoca uma permeabilização da membrana que permite um movimento dos Iões K para o exterior e Iões Na para o interior da célula ou
fibra.
Este
movimento foi estudado com Iões
radioactivos, permitindo também estudar a condução nervosa, cuja velocidade nas
fibras depende da temperatura e diâmetro, chegando-se à conclusão de que se
fazem por idênticos processos. Para passar de um neurónio para outro, o influxo
nervoso tem de franquear as sinapses
- não se sabendo como - admitindo-se duas hipóteses possíveis para esclarecer
essa passagem. A hipótese eléctrica
considera que a terminação pré-sináptica joga em face do neurónio pós-sináptico
o mesmo papel dos fios metálicos, como um fenómeno de despolarização. A outra hipótese,
a química, considera a possibilidade
de existir um intermediário químico, que seria o agente excitador do neurónio pós-sináptico,
como a acetilcolina e, também em
algumas sinapses, a adrenalina.
Para
terminar, cada neurónio está ligado a
vários outros podendo receber influências nervosas de cada um deles, simultânea
ou sucessivamente, que o vão encontrar ou não em condições de resposta a essas
influências. Passam-se assim fenómenos de adição
de estímulos, ou de inibição
quando a célula nervosa, imediatamente a uma resposta, tem necessidade dum
certo tempo para, após repouso, estar «apta a nova resposta».
Depois de
vermos, muito por alto, que a unidade fundamental do sistema nervoso é o neurónio
e suas possíveis formas de funcionamento químico e eléctrico, interessa-nos
traçar também um leve esboço, aproximado, de como se processa a comunicação
entre o homem e o mundo exterior.
A maneira de
uma pessoa se comportar depende em grande parte, é claro, da maneira como
percebe o mundo que o rodeia, motivo porque a percepção - o que o homem vê e como vê, cheira, prova, ouve e
sente - é um ponto de partida para a sua compreensão.
A primeira
coisa notável que observamos no nosso mundo é o seu carácter espacial, pois vivemos num espaço de
três dimensões e achamos difícil imaginar um mundo sem essas características. Os
olhos e ouvidos estão adaptados à tarefa de nos trazerem informações a respeito
de partes distantes do nosso ambiente
físico e o nosso cérebro até parece ter a tendência «natural» de conceber o
espaço, mesmo fundamentando-se numa estimulação que não seja, por si mesma,
totalmente espacial. Muitos padrões de estímulos visuais, ao incidirem nas retinas
planas e de duas dimensões dos nossos olhos, produzem, de algum modo, a nossa
experiência do espaço tridimensional, isto é, a profundidade ou distância.
O nosso mundo
é espacial, mas espaço sem conteúdo é, percepcionalmente, sem sentido. Quando
olhamos em redor, vemos que o nosso espaço é habitado por objectos localizados nele, independentes do que o rodeiam e
possuidores de propriedades que os distinguem uns dos outros. Algumas
propriedades como a textura, tamanho e cor, são simples de perceber, mas há
outras difíceis, muitas das quais entram no domínio do tão conhecido «sexto
sentido» ou sobrenatural.
O homem está
mergulhado num mar revolto de energias físicas, que formam o seu ambiente, as
quais tomam muitas formas - radiantes, vibratórias, químicas, térmicas,
mecânicas - variando sempre e incessantemente quanto à concentração e
intensidade.
Quando estas
energias atingem o homem, ele regista-as como instrumento selectivo, sensível a
algumas e não a outras, procurando informações além de registá-las. Os mundos
percebidos são formados por «vistas», aromas e impressões, ligadas às energias
físicas diferentes que as provocam.
Os estímulos auditivos, por exemplo, são vibrações que vão fazer oscilar a
membrana do tímpano, no ouvido, sendo aquilo que ouvimos o resultado desse
mecanismo. Dizemos que existe um som quando as vibrações têm determinadas
características que lhes permitem serem eficazes em face do mecanismo receptor,
sendo os sons, audíveis pelo homem, vibrações compreendidas entre 16 e 10 000 Hertz.
Quanto aos estímulos que provocam a visão, são
vibrações electromagnéticas da mesma natureza que os raios infravermelhos e as
ondas de rádio, cujo comprimento de onda está compreendido entre 400 e 700 milimicrons.
As ondas de
pequeno comprimento penetram nas células e podem destruí-las - são as radiações atómicas. Imediatamente a
seguir temos os raios-x que, segundo
o seu comprimento de onda, podem ser duros, médios e fracos. Em seguida, os ultravioletas que na zona de transição
deixam dúvidas: não se sabe se são raios-x fracos ou ultravioletas muito
fortes. Se o comprimento de onda continua a aumentar temos, a partir dos 400 milimicrons, as ondas visíveis que para além dos 750 milimicrons deixam de ser visíveis para terem um efeito térmico:
são os infravermelhos de curto
comprimento de onda - 850 - e depois os infravermelhos de grande comprimento de
onda. Ainda mais adiante chegamos às ondas
de rádio onde, como sabemos, existem diferentes modalidades - ondas curtas,
médias e longas.
Verificamos
que o homem só vê numa faixa restrita de
comprimento de onda, sendo o seu mundo consequentemente delimitado, assim
como a realidade do que o rodeia. Outros animais, com sentidos mais perfeitos,
e que conseguem percepcionar para além dos limites que os perceptores do homem
delimitam, têm uma visão diferente do mundo e outra realidade certamente.
OS SENTIDOS DO HOMEM
ESTÍMULOS RECEPTORES SENSAÇÕES
Ondas electromagnéticas
de comprimento inferior
ou igual a 10-5 cm.
|
Carecemos de receptores para as detectar
|
Nenhuma
|
Ondas electromagnéticas
de 10-5
a 10-4 cm.
|
A retina
|
Claridade, obscuridade e cores
|
Ondas electromagnéticas
de 10-4
a 10-2 cm.
|
Células cutâneas
|
Calor e frio
|
Vibrações
mecânicas do
ar ou outros corpos entre
20 a 20 000 Hz.
|
Órgãos de Golgi
|
Som (tom, intensidade, timbre) e ruídos
|
Pressão.
|
Células cutâneas
|
Tacto
|
Posição da cabeça.
|
Ouvido interno: labirinto
|
Equilíbrio, vertigens
|
Substâncias químicas
dissolvidas em forma
líquida.
|
Células gustativas da língua
|
Sabor
|
Alterações químicas
em solução gasosa.
|
Células olfactivas
|
Cheiro
|
Movimentos musculares.
|
Terminações nervosas em tendões, músculos e
articulações
|
Cinestesias, sensações de movimento
|
Alterações químicas e
mecânicas do meio orgâ-
nico interior.
|
Células das vísceras
|
Pressão, tensão, mal-estar, náuseas
|
Acções enérgicas de
toda a espécie.
|
Terminações nervosas
livres
|
Dor
|
Acções mecânicas
suaves.
|
Terminações nervosas
de zonas erógenas
|
Prazer
|
Assim, o
homem atingido continuamente por uma série inacreditável de energias físicas
isoladas, organiza-as espontaneamente, conseguindo do caos - de estímulos
físicos - uma ordem.
A organização
perceptual ocorre espontaneamente, como dissemos, aparecendo sem uma orientação
consciente e com uma velocidade e uma segurança maiores que as permitidas pelo
pensamento «racional», diferenciando e agrupando os estímulos.
Enfim, o ser
humano além de percepcionar o mundo que o rodeia, tem capacidade para classificar,
diferenciar e agrupar todos os estímulos que lhe interessam, compreendendo
perfeitamente o seu mundo e criando maiores comodidades e formas de vida,
manipulando esse mundo em seu proveito, o que já não sucede com todos os outros
animais que se limitam à vida instintiva e pouco mais, não tendo capacidade
para, com base em elementos percepcionados, fazerem previsões e melhorarem o
seu modo de vida.
Devido a
estas capacidades extraordinárias o homem destacou-se cada vez mais do ramo
animal, apresentando hoje qualidades verdadeiramente fantásticas, no seu
desenvolvimento cerebral e intelectual.
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