TRANSGÉNICOS, MUDANÇAS PARA UMA DIMENSÃO
DESCONHECIDA
Do blogspot.pt de Laura
Botelho.
Master em Neurolinguística (NLP)
Conselheira de bem-estar e saúde -
Health Coach
Escritora e pesquisadora.
(Nota: Devido ao interesse dos textos de Laura
Botelho e para os tornar mais acessíveis aos leitores portugueses traduzi para
português de Portugal com nova disposição
gráfica – sem alterar a mensagem – feita por mim. R.)
10 de
nov de 2017
"O sucesso é fazer o que você
quer fazer,
quando quiser, onde quiser,
com quem quiser,
tanto quanto você quiser".
Anthony Robbins
Um médico de família inglês, Ronald Gibson, iniciou uma conferência sobre
conflitos de gerações, recitando quatro citações:
1. "A nossa juventude gosta de luxo e
é pobremente educada, ignora as autoridades e não tem respeito pelos idosos. Actualmente,
osnossos filhos são verdadeiros tiranos. Eles não se levantam quando uma pessoa
idosa entra. Eles respondem aos pais e são simplesmente ruins"
2. "Eu não tenho mais esperança no
futuro do nosso país, se os jovens de hoje assumirem o poder amanhã, porque
essa juventude é insuportável, por vezes desenfreada, simplesmente
horrível"
3. "O nosso mundo atingiu um ponto
crítico. As crianças já não ouvem os seus pais. O fim do mundo não pode estar
muito longe ".
4. "Esta juventude está estragada até ao
fundo do seu coração. Muitos jovens são malfeitores e ociosos. Eles nunca serão
como a juventude de antes. A juventude de hoje não será capaz de manter a nossa
cultura ".
Depois de declarar essas quatro opiniões, o Dr. Gibson observou o quanto da
aprovação fez a plateia vibrar. Ele esperou por alguns momentos para os murmúrios
acamarem, comentando sobre a declaração e, em seguida, revelou a origem das
frases acima:
A primeira frase é Sócrates (470-399 aC)
A segunda é ainda mais antiga, Hesíodo (720 aC)
A terceira remonta a um sacerdote anónimo de 2.000 aC.
A quarta frase foi escrita num vaso de argila descoberta nas ruínas da Babilónia
(agora Bagdad), com mais de 4.000 anos de existência.
E concluiu dizendo: "Senhoras mães e pais cavalheiros: relaxem ... a
coisa sempre foi assim...
Então por que estamos tão apavorados com o futuro da humanidade?
Afinal, as civilizações são cíclicas e parecem repetir-se como um disco
arranhado.
Os milenares
Os autores William Strauss e Neil Howe são autores de livros como: A
História do Futuro da América, 1584 a 2069 (1991) e Millennials Rising: The
Next Great Generation (2000).
“Millennials” foi a melhor definição encontrada para muitos
pesquisadores que não aderiram ao termo “Geração Y” – também chamados,
às vezes, de Echo Boomers devido ao aumento significativo nas taxas de
natalidade desde o início da década de 1980 até meados da década de 1990.
Características indicam que os Milenares
têm um perfil com ambições de vida e carreira, e atitudes voltadas ao
voluntariado e ao activismo.
Tendo crescido bombardeados por publicidade, os milenaristas tendem a ser cépticos
quanto a material promocional de qualquer tipo. Seja comprando produtos
e serviços ou considerando o emprego, os Milenares são mais propensos a
ouvir os seus amigos do que serem afectados pelo material de marketing ou de relações públicas.
Essa característica faz com que as práticas convencionais de marketing e contratação de empregados
sejam muitas vezes ineficazes para os Milenares.
Essa geração e a sua convivência com as mídias sociais ajuda muito aos
“convictos” na sua autopromoção, mas paradoxalmente, muitas vezes
resulta em problemas “gástricos” para outros, quando estão em desvantagens
emocionais, frustrando-se facilmente e constantemente ao se deparar com imagens
postadas na internet - o que os leva a
crer sem questionamentos - que a “relva do vizinho está sempre melhor” que a
sua.
Os autores William Strauss e Neil Howe acreditam que cada geração
tem características comuns que lhe conferem um carácter específico com
quatro arquétipos geracionais básicos, repetindo-se em um ciclo.
Cerca de 9 em cada 10 Milenares colocam uma importância
significativa no equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal, que
favorecem valores familiares sobre os valores corporativos, bem contrastante
com a atitude centrada no trabalho dos Baby Boomers (minha geração)
Verificou-se que essa geração reflecte uma tendência onde até mesmo em desportos
competitivos, a mera participação já é suficiente, recompensador, o que
criou um problema para os ambientes corporativos altamente competitivos.
Alguns empregadores estão preocupados com o facto de que os Milenares
troquem de emprego com frequência, ocupando muito mais empregos do que as
gerações passadas, devido às suas grandes expectativas quanto à sua qualidade
de vida, o que não abrem mão.
A revista Time publicou uma capa
intitulada Millennials: The Me(eu) Me(eu) Me(eu) Generation –
“Geração mememe” - Uma alusão à sua condição narcisista.
Outros pesquisadores atribuíram aos Milenares traços de confiança e
tolerância, mas também descreve um senso de narcisismo, em comparação
com as gerações anteriores - quando eram adolescentes e nos seus 20 e poucos
anos - onde hoje os seres masculinos se exibem mais e com maior ênfase em média
do que os seres femininos.
As pesquisas do Instituto Urbano realizadas em 2014 nos EUA, projectaram
que, se as tendências atuais continuarem, os milenares terão uma menor taxa
de casamento em relação às gerações anteriores, prevendo que, aos 40 anos, 30,7%
das mulheres permanecerão solteiras. Os dados mostraram tendências
semelhantes para os homens.
Um estudo de 2016 mostrou que os Milenares atrasaram algumas actividades
consideradas ritos de passagem da idade adulta com dados que mostram que
adultos jovens de 18 a 34 anos foram mais propensos a morar com os pais
do que com um parceiro de relacionamento, uma ocorrência sem precedentes
desde que a colecta de dados começou em 1880.
Um economista sénior da Pew Research, disse sobre os Milenares: "eles são o grupo muito mais
propensos a viver com os seus pais. Concentram-se mais na escola, carreiras e
trabalho e menos focados na formação de novas famílias, cônjuges
ou parceiros e filhos”
Menos religião
Os Milenares são menos propensos a serem religiosos. Existe uma
tendência para a não religião que vem aumentando desde a década de 1940.
Mais de metade dos milenaristas entrevistados no Reino Unido em 2013
disseram que "não tinham religião nem frequentavam um lugar de culto",
além de um casamento ou um funeral.
A pesquisa também descobriu que 41% acreditava que a religião era
"a causa do mal" no mundo mais frequentemente do que o bem.
Sem dúvida, é uma geração que busca mais informação do que as gerações
passadas. O que destaca uma quebra fantástica no modelo orwelliano na condução das suas vidas. Precisamos de nos livrar do grande
irmão.
Na visão das perspectivas económicas, cerca de 9 em cada 10 Milenares
sentem que têm dinheiro suficiente ou que atingiram os seus objectivos
financeiros de longo prazo, mesmo durante os tempos económicos difíceis
Além disso, também são mais abertos às mudanças do que as gerações
anteriores, o que lhes dão vantagens em muitos aspectos, inclusivamente na
manutenção da sua saúde.
Trans – formas, Trans – humanos
O casal transgénero que vive no Equador fez história, porque eles são o
primeiro casal transgénero na América do Sul a ter um filho gerado por
eles. Nenhum dos dois fez cirurgia de reatribuição de género, de acordo com
a BBC.
Fernando Machado, que nasceu mulher (Maria), e a parceira Diane Rodríguez, que nasceu homem
(Luiz), disseram que querem ter mais filhos. Eles conheceram-se no Facebook e Fernando
(Maria) ficou grávida depois de viverem juntos por apenas três semanas.
"Nós somos o mesmo que outras famílias. Mesmo que possamos não ter os
mesmos direitos, somos os mesmos ", disse Machado à BBC. O bebé é agora
chamado de Caraote ou o Caracol.
A estimativa é que na Alemanha haja aproximadamente 80.000 intersexuais,
pouco menos de 1% da população, mas que tiveram voz nesse ano para mudar
algumas coisas.
O Tribunal Constitucional da Alemanha nesta semana, solicitou ao governo
que permita na certidão de nascimento o registo de pessoas com um terceiro
sexo (seja como “intersexual” ou “diverso”), além de feminino e masculino.
A sentença baseou-se no direito constitucional alemão à protecção da
personalidade, que as pessoas que não são nem homens nem mulheres têm
direito a inscrever a sua identidade de género de forma “positiva” na certidão
de nascimento.
A reforma legal de 2013, que seguia a recomendação do Comité Ético Alemão,
estabelecia que: “Se um bebé não pode ser identificado como pertencente ao género
masculino ou feminino, não será preenchida a seção correspondente no registo de
nascimento”.
Ser um transgênero ou intersexo independe da sua orientação sexual. Seres trans podem-se identificar como heterossexuais, homossexuais,
bissexuais, assexuados, etc., ou recusarem-se a serem rotulados
sexualmente.
Como a definição dos Anjos, eles podem ser simultaneamente
masculinos e femininos (andróginos), o que nunca foi problema para o pensamento
de qualquer dogma religioso.
Hormonas e cirurgia.
Não existe um único tipo de cirurgia que alguém possa optar. Por exemplo,
aqueles que transicionam para mulheres podem sofrer uma orquiectomia
(que é a remoção de testículos) ou uma vaginoplastia completa (uma
cirurgia que essencialmente "cria" uma vagina)
De acordo com uma entrevista em Cosmopolitan, uma mulher trans
(referida apenas como "Mulher C") afirmou que ela não tem certeza se irá
realmente cumprir com toda a transformação. Ela vê isso como "um processo
sem fim".
Eu vejo que os seres trans géneros embarcam em mais do que apenas uma
jornada física e emocional, eles estão atravessando um portal dimensional,
confuso, estreito e pouco iluminado nesse momento.
Para mim a expressão que melhor descreve essa experiência trans humana é; vivendo
em outra dimensão. Como num sonho gostoso ou num pesadelo, não temos certeza
da realidade, apenas navegamos nele sem muito controle sem sabermos se em
alguma hora iremos acordar.
Neste momento da nossa era, as imagens que conhecíamos não fazem mais
sentido, estão distorcidas, pouco nítidas, algumas vezes bizarras, mas... são experiências
que nos levarão a um evento futuro de tal grandeza que não poderemos mais
“despertar”.
O fim de uma civilização é brutalmente ceifada, quando menos se espera.
A erupção do vulcão de Santorini há 10 mil anos proporcionou o ocaso da civilização
minóica em Creta.
O vulcanólogo grego Giorgos Vugiukalakis disse que o
episódio da erupção do Santorini causou 3 anos de "inverno vulcânico"
nos quais tudo estava coberto por cinzas, a temperatura na Terra chegou a 3ºC
ao ano e as ondas marinhas tinham uma altura de 17 a 20 metros.
Acredita-se que o evento inesperado e a pouca adaptação das mudanças
comportamentais a época levaram a derrocada de mais essa era.
Isso porque, as mudanças comportamentais são tão dramáticas, tão
avassaladoras que para os que não estavam preparados para essa transição são
pegados com as calças (ou saias?) ainda nos pés e não sobra muito tempo para
pensar se termina de se vestir ou se sai a correr...
Aristóteles já dizia que: “Há mudanças e
há mudanças”.
A forma natural é aquela que nos impulsiona para a vida, aquela que não nos
causa nenhuma surpresa, o que nos parece seguir um destino. Mas por vezes, há
um movimento brusco de mudança imposto por alguma coisa externa. Na mudança
violenta algo se move de maneira desordenada a violar a natureza interna.
Estudos indicam que ambientes violentos geram mudanças internas na
estrutura celular, reprogramam o DNA. Mas isso é um assunto muito difundido
aqui nos meus textos neste meu BLOG, não irei revitá-lo agora.
E como sempre alerto, prepare-se para as mudanças e “as mudanças”,
prepare-se para outras dimensões, o portal já foi aberto.
Laura botelho
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