Arquivo do blogue

terça-feira, 6 de março de 2018


A FARSA SOBRE A SAÍDA DA GRÉCIA DO EURO E DA EUROPA
 
Em 2015 a novela sobre a Grécia já estava a demorar demais, mas é assim mesmo. As partes interessadas têm uma estratégia e como jogam nos bastidores a maioria das pessoas não faziam a menor ideia do que se estava a passar.
 
O fim estava traçado pelos "Donos Disto Tudo", como se tem dito ultimamente sobre os Senhores do Mundo, os Illuminati. Esta nova denominação forma a sigla DDT que, os mais velhos sabem o que significa. O DDT foi um produto, um insecticida, utilizado na altura como uma substância milagrosa para limpezas e desinfecções, e que se demonstrou mais tarde ser um veneno mortal para a humanidade e, por isso, erradicado e proibido.
 
Os senhores do mundo  são o DDT que nos aflige.
 
Os dados descontrolaram-se por um período, porque o líder do Syrisa estava interessado em sair da União Europeia e o não fez porque não tinha o apoio total da população grega.
 
A troika  percebeu que estava a lidar com uma parede, nada interessada no que a Europa podesse oferecer, o que logo à partida não podiam ser intimidados, como julgavam, com as suas pressões e ameaças.
 
A verdade é que o Syriza queria sair da zona Euro e, por arrasto da Europa, porque não foi coincidência nenhuma a posição tomada pela Rússia/China. O Syrisa  sabia o que iria beneficiar com a aliança com a Rússia e China e que, mal por mal, ficaria numa situação melhor ao libertar-se da ditadura Europeia sobre as democracias. O problema seria convencer o povo Grego a aceitar aquela posição.
 
O desfecho nunca esteve nas mãos dos Gregos nem na mão da União Europeia. A luta, devido à incompetência da troika em lidar com a situação, humilhando e subestimando o adversário, foi travada nos bastidores entre o poder ocidental, já domado pelos Illuminati, e o novo poder de rebeldes que até já têm um Banco Internacional para fazer frente ao monopólio do FMI.
 
Ou seja: Aquele novo poder vai contra a supremacia branca que criou o sistema que nos enreda. A luta começou. E para se concretizar o que já estava decidido (a continuação da Grécia no Euro e na Europa) eram as concessões que teriam de fazer aos rebeldes (Rússia, China, África do Sul, Brasil, os pioneiros na criação de outro fundo monetário internacional). Outra guerra fria, nos bastidores.
 
Portanto, o caso da Grécia foi resolvido precisamente como eu previ. A partir de dado momento, aqueles que "acordaram" vão-se apercebendo como o mundo funciona e têm acesso à "Chave", ou compreensão do desenrolar dos factos. Em 2.3.2015 escrevi o seguinte: "Portanto, é tudo traçado e resolvido nos bastidores. No caso da Grécia, que tanta polémica tem levantado, ela vai ser “ajudada”, a Alemanha engolirá em seco e não há mais nada a fazer. Enquanto as deliberações foram tomadas nos bastidores, pela elite (iluminados), que nos mantém aprisionados nesta redoma temporal, os “agentes” a soldo continuam a dar espetáculo para que todos nós pensemos que somos livres e que temos o controlo. A pressão é para os Russos avançarem numa guerra de destruição, mas as fronteiras da Europa (casa mãe dos Illuminati e onde se encontram os líderes dos líderes que controlam os EUA), ficam fragilizadas se o tampão que é a Grécia se retirar da Europa e da NATO.

Se isso acontecesse, não seriam os europeus a suportar as consequências, (porque não têm força nenhuma) mas os próprios E.U. porque a NATO são eles, e não lhes convém deslocar mais gente para a carnificina. A “carne para canhão” são os Gregos. Eles é que estão no caminho dos movimentos radicais islâmicos, da Rússia e da China se também avançarem. Não é por acaso que os EUA, vão “sabotando” o trabalho da Merkel e França que tentavam conter a Rússia no caso da Ucrânia, impondo sansões atrás de sansões, sabendo perfeitamente que a Rússia irá reagir pela força quando se sentir encurralada".
 
Os senhores do mundo enriquecem principalmente pelos conflitos armados que causam, porque são os detentores das matérias-primas necessárias para abastecer as nações beligerantes. Movimenta-se triliões e ao mesmo tempo libertam áreas que lhes interessam e reduzem a população que é o objectivo principal.
 
Para os lucros correrem continuamente, não convém guerras rápidas, em que uma das partes tenha o poder absoluto. É preciso estabelecer um equilíbrio bélico, de modo a que os conflitos se perpetuem e estejam sempre a "render". Neste caso, a Grécia é estrategicamente muito importante. E a prioridade dos senhores do mundo não é apenas o poderio económico sem um apoio sólido de modo a poderem controlar os acontecimentos. Acima do poderio económico está o controlo das áreas estratégicas de modo a não desequilibrarem as forças em conflito. Se a Grécia se passasse para fora da Europa e se aliasse às potências interessadas em dominar a Europa e, por arrasto os Estados Unidos, um conflito bélico era capaz de se resolver muito rapidamente, o que não interessava.
 
Em 14.3.2015 voltei à carga: "Como previ já está tudo resolvido e as discussões são
apenas retórica para a realidade permitida. A "verdadeira" realidade, que se passa fora
dos olhos do ser humano comum, nos bastidores da história, é outra, e só os mais atentos é que se apercebem do que se está a passar. E para reforçar tudo isto têm o enorme problema com a Rússia na Ucrânia, ao ponto de já começarem a pensar na formação de um exército europeu (porque nem todos estão na NATO) para defesa da Europa, porque os Americanos estão pouco predispostos a isso pelas más políticas europeias. Dá a impressão de que a Europa se quer suicidar, pela política ultraliberal que tenta impor e a autêntica guerra de interesses no seu seio, entre os do Norte, mais ricos, e os do Sul mais pobres".

Em 18-3-2015 ainda alertei: "Como vos disse o destino da Grécia está traçado pelos 'Senhores' e só é necessário arranjar argumentos para justificar a mudança da política europeia, sem dar muito nas vistas. Tem que haver argumentos para explicarem certas “reviravoltas” na história dada a conhecer ao cidadão comum. O Presidente do Eurogrupo bem estrebucha, mostrando o seu ódio contra a Grécia, na defesa dos interesses dos países nórdicos, mas outros responsáveis pela Europa, mais lúcidos, como o Presidente da Comissão Europeia e até o Governador do Banco Central Europeu, pensam consequências imprevisíveis, tendo em conta os interesses estratégicos da Europa que, no fim, são os interesses de cada um da comunidade. Já instruídos pelo principal líder do Ocidente (os EUA) já decidiram o que fazer".

 O "show" foi montado, os responsáveis credores dramatizaram a situação até ao último minuto, os agentes sabedores do que se passava na realidade, e os ignorantes, na sua incompetência, deram seguimento ao espectáculo como se pudessem de algum modo controlar os acontecimentos. A representação patética dos nossos governantes, seguindo as pisadas de outros líderes portugueses que, na nossa história, sempre procuraram o servilismo a troco de algumas vantagem (que nunca conseguiram).
 
É como nas eleições. No fim todos ganharam. Aparecem os argumentos mais insólitos para desculpar "desvios" e "recuos", num corrupio tonto para provar o improvável, para não reconhecer o evidente. Ou seja: NINGUÉM no mundo visível e formal "criado" pelos "senhores" tem controlo no que quer que seja. Tudo se passa nos bastidores. Tudo se resolve nos bastidores. Os políticos não têm poder nenhum, a não ser na medida que lhes é "permitido". E o povo acompanha tudo como se vivesse no mundo real.
 
Como a última palavra era a da troika, os políticos, para não "perderem a cara" apertaram até ao minuto final, porque sabiam que a Grécia não tinha uma resposta acima do que esperavam. Se houvesse, por exemplo, uma alternativa para a Grécia, não tinham apertado tanto a corda, pois correriam o risco de a Grécia encontrar financiamento noutro local. Como sabiam que isso nunca aconteceria foram até ao último minuto. Brincaram com a presa. Só que "vêem-se gregos para manter a sua posição" (por alguma razão os gregos têm fama de grandes negociadores) porque a reação da Grécia foi completamente surpreendente. De um momento para o outro, a troika convicta da sua posição de predadora vencedora, ficou sem "chão" com a reação do governo grego em marcar um referendo para o povo escolher se queria ou não continuar no euro e por arrastamento se queria continuar na União Europeia.
 
As Instituições europeias ficaram completamente "desarmadas" ao compreenderem que estavam a lidar com um governo que se estáva a borrifar para a continuidade no euro e EU, ao contrário de todos os outros governos que entram em pânico só de pensarem que terão de abandonar a Comunidade.
 
O Governo da estrema esquerda, como todos os partidos da mesma área, conhecem todas estas manobras de bastidores e da treta de os políticos terem alguma autonomia e, até Francisco Louçã, quando era líder do Bloco de Esquerda, se referiu no Parlamento por várias vezes sobre as manobras "illuminatis" por intermédio do seu principal braço de acção no mundo, o Grupo Bilderberg, e de outras Instituições mundiais que trabalham para o mesmo fim.
 
Terá sido mais uma coincidência "o seu afastamento" do Bloco de Esquerda? Para quem já abriu os olhos também não foi surpresa nenhuma a nomeação de Durão Barroso para o lugar de Pinto Balsemão no Grupo Bilderberg, que descaradamente teceu grandes elogios ao governo português (PSD/CDS) e os considerou como os "salvadores da pátria".
 
E agora, com esta estrondosa "asneira" da troika que não percebeu com quem estava a lidar, além de desconhecer a história da Europa e saber que a Grécia é o ponto mais vulnerável do Continente e ponto estratégico para impedir uma invasão, os "senhores do mundo" tiveram que intervir abertamente por intermédio de um agente, altamente cotado, que meteram na Presidência dos Estados Unidos.

 
Obama teve que "ordenar" (Não pediu) à líder europeia para intervir e impedir a saída da Grécia do Euro e da Europa. Parece que só ele é que percebia que a Rússia já tinha em vias um acordo para a passagem do seu gás natural pela Grécia, que a China já declarara estar disposta a auxiliar a Grécia, e que o Banco Internacional fundado por estas duas Nações já tinham condições para fazer o que o Fundo Monetário Internacional faz, e com melhores condições. Talvez seja este o motivo por que o Governo Grego até queria sair da Comunidade Europeia, como já percebemos. O que acordaram nas reuniões discretas que o primeiro ministro da Grécia já teve (e tem) com os líderes Russo e Chinês, estão no "segredo dos deuses". O líder Grego procedia como se já não lhe interessasse tudo o que esta Europa lhe podesse dar porque já tinha melhor noutro sítio. Só o "competente" do nosso Presidente da altura é que dizia não perceber por que razão o Governo Grego queria um referendo numa altura daquelas.

Éra apenas para "baralhar" e ganhar tempo para que o povo grego acabasse por apoiar a sua estratégia. Só com o apoio inequívoco do povo é que eles dariam o passo decisivo para a saída do euro. Eles sabiam perfeitamente que os serviços secretos americanos, franceses, ingleses e alemães, principalmente, já estavam no terreno a "minar" o povo grego e a tentarem provocar a queda daquele governo. É óbvio. Só não via quem estava ainda "adormecido" ou quem não queria ver.
 
Até a senhora Lagard do FMI que a princípio também dizia não entender a atitude da Grécia em querer um referendo naquela altura já quis aproveitar o desfecho desse referendo para "decidir" (não decide nada pois já está tudo cozinhado) sobre um novo pacote de assistência, esperando certamente que nesse espaço de tempo os serviços secretos ocidentais conseguissem provocar a queda do syrisa.
 
Os nossos líderes, que deviam estar quietinhos e não se exporem como os mais exigentes, também não perceberam que o problema era aquele governo grego estar interessado em sair da Europa e portanto nenhuma manobra de intimidação os assustaria. Era isso mesmo o que eles queriam. E iriam continuar a validar, desvalidar e alterar as decisões, deixando a troika completamente baralhada.
 
Parece que só Obama é que percebeu que a saída da Grécia iria permitir a instalação de bases militares Russas e Chinesas naquele flanco (há centenas de ilhas no mar Egeu que servem perfeitamente para a instalação de bases militares autónomas, difíceis de serem controladas ou vigiadas), o que obrigaria a um grande desvio de recursos bélicos do Ocidente para aquela área, tarefa impossível para a economia europeia sem a ajuda americana.

E no dia 30.6.2015, por coincidência, as Instituições Europeias, numa mostra da sua generosidade e unidade "resolveram" dar mais uma oportunidade
à Grécia, suavizando (e muito) as condições e exigências que vinham fazendo.

O discurso da troika suavizou e tentaram "lavar a face" com umas (pequenas) exigências para um novo acordo de empréstimo. A verdade é que as exigências que passaram a fazer eram muito menos penalizadoras do que aquelas que ainda faziam a Portugal, apesar de já terem acabado o período de assistência. Em Portugal. Por exemplo, a troika ainda exigia que se fizessem mais cortes nas reformas e salários, enquanto que para a Grécia já não haveria mais cortes nas reformas e nos salários.

Então qual o interesse de sermos "bem comportados" quando víamos que aquele que bateu o pé à ditadura europeia ficava beneficiado.
 
A troika bem quis mostrar, com a sua acção repressiva e intransigente, que a Europa direitista, ultraliberal, não tolerava, nem permitia, reclamações de povos governados por partidos da esquerda. A "ditadura" não podia ser desafiada.
 
Os políticos, os comentadores, os professores, os economistas, continuaram com o blá, blá, blá, a tentar defender o indefensável. ali não havia vencedores. Havia aqueles que "mandam", na sombra, e aqueles que obedecem, na vida pública do sistema. E o povo fica convencido da "justeza" do acordo quando não houve acordo nenhum. As "marionetas" continuarão a dançar conforme os interesses dos senhores do mundo, ou "illuminatis" como são conhecidos.
 
O drama continuou, as ameaças também, as propostas e contrapropostas foram mais do que muitas e o fim seria sempre o mesmo. A Grécia continuaria na Europa (por enquanto), apesar da forte convicção da União Europeia de que a dívida da Grécia era impagável, não havendo hipótese nenhuma de recuperação.

Quando foi eleito primeiro-ministro pela primeira vez em Janeiro de 2015, Alexis Tsipras tinha 41 anos e sobressaiu logo como o mais jovem primeiro-ministro da história grega, ainda por cima oriundo do Syriza, partido da esquerda radical. No seu governo decidido a mudar o país havia mais gente jovem, caso da ministra do Trabalho, de 32 anos, que tinha como missão fazer descer o desemprego abaixo dos 20%.

O DN conversou com Effie Achtsioglou no final de uma visita a Portugal, sobre o fim do programa de ajustamento da Grécia, em 2018, perguntando se ela estava optimista sobre o futuro próximo da Grécia. Ela respondeu que estavam num bom momento, a procurar sair do programa de ajustamento económico já em Agosto, e todas as instituições europeias, assim como as nacionais, diziam estar confiantes de que a Grécia ia ter sucesso. E por isso agora as negociações são sobre se será uma saída limpa ou limpa até que ponto.

A Grécia consegui um crescimento da economia em 2017, mas o desemprego continua muito elevado, prevendo-se que em 2018 baixe dos 20%. Segundo Effie Achtsioglou, a taxa de crescimento (investimento estrangeiro e exportações) são aproximadamente como eram em 2006, bem antes da crise. Há um importante apoio da União Europeia, principalmente tendo em vista o fim do programa e (surpresa) a Comissão Europeia tem sido bastante compreensiva no desenho daquela saída.

Effie Achtsioglou, diz que têm trabalhado juntos e muito bem na revisões, e a última já foi muito mais fácil do que a anterior. Estão a trabalhar conjuntamente para construir uma almofada financeira para uma saída o mais limpa possível. E também têm colaborado na comunicação das reformas que estão a fazer na Grécia. Têm sido importantes as reformas feitas nos últimos três anos, que nunca tinham sido feitas antes. Contudo há pontos em que esperavam das instituições europeias mais apoio, especialmente no que diz respeito ao mercado de trabalho, como a reinstauração da negociação colectiva e a defesa de outros direitos laborais que acreditam fazerem parte da tradição legal e social da Europa. O facto de as negociações envolverem tecnocratas e um governo não é nada positivo para a União Europeia, pois isso mostra o tal défice democrático que todos deveriam contestar. O poder de a decisão estar nas mãos de pessoas que não foram eleitas é algo que a União devia pensar em mudar, como muitas vozes reclamam, com risco de haver novas saídas de países.

Ninguém quer ouvir falar em novo programa após Agosto deste ano. Os gregos estão apostados em conseguir uma ‘saída limpa’, tal como fizeram a Irlanda e Portugal. É esse o objectivo do Governo de Tsipras, numa altura em que a economia está a crescer e o país bate as metas orçamentais. O Expresso esteve na capital grega e comprovou, in loco, o espírito que se vive na saída de uma crise de proporções históricas.
 
A Comissão Europeia, depois do “show-off” e tanta conversa de início, com as ameaças de saída da Grécia da Comunidade, numa prova do que afirmei que os “senhores do Mundo” já tinham decidido qual seria o desfecho, agora vem declarar que “a economia grega está a crescer de novo e a recuperação deverá fortalecer-se com o ressurgimento do investimento e a aceleração do consumo interno”, facto que não queria aceitar de modo nenhum em 2015, nem queria ajudar por não haver hipótese de uma recuperação. Depois da poeira assentar, já está tudo bem como se nada se tivesse passado.
 
Agora, em Julho de 2017, as paragonas dos jornais já afirmavam: “A crise acabou. Grécia estará prestes a emitir dívida”. A Grécia estaria prestes a avançar para uma emissão de dívida de longo prazo, a primeira em mais de três anos. A confirmar-se, será "um sinal de que a crise acabou", diz um especialista.

 Como é que a opinião da Mídea mudou em tão curto espaço de tempo?
 
A Grécia estaria prestes a avançar para uma emissão de dívida de longo prazo, segundo várias fontes de mercado que falaram com agências noticiosas como a Bloomberg. A confirmar-se, seria a primeira operação no mercado desde o Verão de 2014, quando, sob a liderança do conservador Antonis Samaras, o país teve uma “falsa partida” no regresso aos mercados — antes de o governo ter sido derrubado e a ascensão ao poder do Syriza ter originado um confronto com os credores europeus que colocou Atenas com um pé fora da zona euro no Verão de 2015.

O Ministério das Finanças, liderado por Euclid Tsakalotos, tem dito que não irá apressar-se no regresso aos mercados mas as condições favoráveis dos últimos meses podem ser demasiado tentadoras para o Governo de Alexis Tsipras, que quer dar um sinal positivo aos investidores externos e quer fazer todos os possíveis para que a dívida grega passe a estar elegível para o programa de compras do Banco Central Europeu (BCE). O BCE não tem incluído a dívida grega nas compras massivas de obrigações europeias que está a fazer desde a Primavera de 2015, juntando-se ao Fundo Monetário Internacional (FMI) na suspeita de que a dívida pública grega não é sustentável, apesar dos sucessivos perdões e reestruturações dos últimos anos. Contudo, com o acordo no Eurogrupo obtido em meados de Junho, para mais um desembolso financeiro, os credores europeus poderão estar mais perto de trazer o FMI para o terceiro resgate (em curso). Além disso, tal como com Portugal, Bruxelas recomendou a saída da Grécia do Procedimento por Défices Excessivos.

O primeiro-ministro grego destaca que “a economia está a crescer”: “Lentamente, lentamente. Mas o que ninguém acreditava que poderia acontecer, vai acontecer. Vamos tirar o país da crise (…) e é isso que, no final, será julgado [pelos gregos]” A prioridade de Tsipras é recuperar a soberania económica, daí que aponte que o “grande avanço” para o país “ocorrerá em agosto de 2018, quando, após oito anos, a Grécia sair do programa de assistência e da supervisão internacional”.

E a História é esta. Foi tudo resolvido nos bastidores e agora, apesar de algumas polémicas para os negociadores não “perderem a cara” e não mostrarem que afinal não mandam nada, tudo se resolverá a contento e sem o dramatismo que introduziram em 2015, onde a troika, com a sua acção repressiva e intransigente, humilhou uma Nação mas, felizmente, não conseguiu destruí-la, como castigo por ter o desplante de desafiar a Europa direitista, ultraliberal, que não tolerava, nem permitia, reclamações de povos governados por partidos da esquerda. A "ditadura" não podia ser desafiada.

R.

Sem comentários:

Enviar um comentário