A FARSA SOBRE A SAÍDA DA GRÉCIA DO EURO E DA EUROPA
Em 2015 a
novela sobre a Grécia já estava a demorar demais, mas é assim mesmo. As partes
interessadas têm uma estratégia e como jogam nos bastidores a maioria das pessoas
não faziam a menor ideia do que se estava a passar.
O fim estava
traçado pelos "Donos Disto Tudo", como se tem dito ultimamente sobre os Senhores do
Mundo, os Illuminati. Esta nova
denominação forma a sigla DDT que, os mais velhos sabem o que significa. O DDT
foi um produto, um insecticida, utilizado na altura como uma substância
milagrosa para limpezas e desinfecções, e que se demonstrou mais tarde ser um
veneno mortal para a humanidade e, por isso, erradicado e proibido.
Os senhores
do mundo são o DDT que nos aflige.
Os dados
descontrolaram-se por um período, porque o líder do Syrisa estava interessado
em sair da União Europeia e o não fez porque não tinha o apoio total da
população grega.
A troika percebeu que estava a
lidar com uma parede, nada interessada no que a Europa podesse oferecer, o que logo à partida não podiam ser
intimidados, como julgavam, com as suas pressões e ameaças.
A verdade é que o Syriza queria sair
da zona Euro e, por
arrasto da Europa, porque não foi coincidência nenhuma a posição tomada pela
Rússia/China. O Syrisa sabia o que iria
beneficiar com a aliança com a Rússia e China e que, mal por mal, ficaria numa
situação melhor ao libertar-se da ditadura Europeia sobre as democracias. O
problema seria convencer o povo Grego a aceitar aquela posição.
O desfecho nunca
esteve nas mãos dos Gregos nem na mão da União Europeia. A luta, devido à
incompetência da troika em lidar com
a situação, humilhando e subestimando o adversário, foi travada nos bastidores
entre o poder ocidental, já domado pelos Illuminati,
e o novo poder de rebeldes que até já têm um Banco Internacional para fazer
frente ao monopólio do FMI.
Ou seja:
Aquele novo poder vai contra a supremacia branca que criou o sistema que nos
enreda. A luta começou. E para se concretizar o que já estava decidido (a continuação da Grécia no Euro e na
Europa) eram as concessões que teriam de fazer aos rebeldes (Rússia, China,
África do Sul, Brasil, os pioneiros na criação de outro fundo monetário
internacional). Outra guerra fria, nos bastidores.
Portanto,
o caso da Grécia foi resolvido precisamente como eu previ. A partir
de dado momento, aqueles que "acordaram" vão-se apercebendo como o mundo
funciona e têm acesso à "Chave", ou compreensão do desenrolar dos
factos. Em 2.3.2015 escrevi o seguinte: "Portanto, é tudo traçado
e resolvido nos bastidores.
No caso da Grécia, que tanta polémica tem levantado, ela vai ser “ajudada”,
a Alemanha engolirá em seco e não há mais nada a fazer. Enquanto as deliberações
foram tomadas nos bastidores, pela elite (iluminados), que nos mantém aprisionados
nesta redoma temporal, os “agentes” a soldo continuam a dar espetáculo para
que todos nós pensemos que somos livres e que temos o controlo. A pressão é para
os Russos avançarem numa guerra de destruição, mas as fronteiras da Europa (casa mãe dos Illuminati e onde se encontram os líderes dos
líderes que controlam os EUA), ficam fragilizadas se o tampão que é a Grécia se retirar da
Europa e da NATO.
Se
isso acontecesse, não seriam os europeus a suportar as consequências, (porque não têm força nenhuma) mas os próprios E.U. porque a NATO são eles, e não lhes convém
deslocar mais gente para a carnificina. A “carne para canhão” são os Gregos. Eles
é que estão no caminho dos movimentos radicais islâmicos, da Rússia e da China
se também avançarem. Não é por acaso que os EUA, vão “sabotando” o trabalho da
Merkel e França que tentavam conter a Rússia no caso da Ucrânia, impondo sansões
atrás de sansões, sabendo perfeitamente que a Rússia irá reagir pela força
quando se sentir encurralada".
Os
senhores do mundo enriquecem principalmente pelos conflitos armados que causam,
porque são os detentores das matérias-primas necessárias para abastecer as nações
beligerantes. Movimenta-se triliões e ao mesmo tempo libertam áreas que lhes interessam
e reduzem a população que é o objectivo principal.
Para os lucros correrem continuamente, não convém guerras
rápidas, em que
uma das partes tenha o poder absoluto. É preciso estabelecer um equilíbrio bélico,
de modo a que os conflitos se perpetuem e estejam sempre a "render". Neste
caso, a Grécia é estrategicamente muito importante. E a prioridade dos senhores
do mundo não é apenas o poderio económico sem um apoio sólido de modo a
poderem controlar os acontecimentos. Acima do poderio económico está o controlo das
áreas estratégicas de modo a não desequilibrarem as forças em conflito. Se a Grécia
se passasse para fora da Europa e se aliasse às potências interessadas em
dominar a Europa e, por arrasto os Estados Unidos, um conflito bélico era capaz
de se resolver muito rapidamente, o que não interessava.
Em
14.3.2015 voltei à carga: "Como previ já está tudo resolvido e as discussões são
apenas
retórica para a realidade permitida. A "verdadeira" realidade, que se
passa fora
dos
olhos do ser humano comum, nos bastidores da história, é outra, e só os mais atentos
é que se apercebem do que se está a passar. E para reforçar tudo isto têm o
enorme problema com a Rússia na Ucrânia, ao ponto de já começarem a pensar na
formação de um exército europeu (porque nem todos estão na NATO) para
defesa da Europa, porque os Americanos estão pouco predispostos a isso pelas
más políticas europeias. Dá a impressão de que a Europa se quer suicidar, pela
política ultraliberal que tenta impor e a autêntica guerra de interesses no seu
seio, entre os do Norte, mais ricos, e os do Sul mais pobres".
Em 18-3-2015 ainda alertei: "Como vos disse o destino
da Grécia está traçado pelos 'Senhores' e só é necessário arranjar argumentos para
justificar a mudança da política europeia, sem dar muito nas
vistas. Tem que haver argumentos para explicarem certas “reviravoltas” na história
dada a conhecer ao cidadão comum. O Presidente do Eurogrupo bem estrebucha, mostrando o seu ódio
contra a Grécia, na defesa dos interesses dos países nórdicos, mas outros
responsáveis pela Europa, mais lúcidos, como o Presidente da Comissão Europeia e até o
Governador do Banco Central Europeu, pensam consequências imprevisíveis, tendo
em conta os interesses estratégicos da Europa que, no fim, são os interesses
de cada um da comunidade. Já instruídos pelo principal líder do Ocidente (os
EUA) já decidiram o que fazer".
O
"show" foi montado, os
responsáveis credores dramatizaram a situação até ao
último minuto, os agentes sabedores do que se passava na realidade, e os ignorantes,
na sua incompetência, deram seguimento ao espectáculo como se pudessem
de algum modo controlar os acontecimentos. A representação patética dos nossos
governantes, seguindo as pisadas de outros líderes portugueses que, na nossa
história, sempre procuraram o servilismo a troco de algumas vantagem (que nunca conseguiram).
É
como nas eleições. No fim todos ganharam. Aparecem os argumentos mais insólitos
para desculpar "desvios" e "recuos", num corrupio tonto
para provar o improvável,
para não reconhecer o evidente. Ou seja: NINGUÉM no mundo visível e formal "criado" pelos "senhores" tem controlo no
que quer que seja. Tudo se passa
nos bastidores. Tudo se resolve nos bastidores. Os políticos não têm poder nenhum,
a não ser na medida que lhes é "permitido". E o povo acompanha tudo
como se
vivesse no mundo real.
Como
a última palavra era a da troika, os políticos, para não "perderem
a cara" apertaram
até ao minuto final, porque sabiam que a Grécia não tinha uma resposta acima
do que esperavam. Se houvesse, por exemplo, uma alternativa para a Grécia, não
tinham apertado tanto a corda, pois correriam o risco de a Grécia encontrar financiamento
noutro local. Como sabiam que isso nunca aconteceria foram até ao último
minuto. Brincaram com a presa. Só que "vêem-se gregos para manter a sua posição"
(por alguma razão os gregos têm fama de grandes negociadores) porque a reação
da Grécia foi completamente surpreendente. De um momento para o outro, a troika convicta da sua posição de predadora vencedora, ficou sem
"chão" com a reação
do governo grego em marcar um referendo para o povo escolher se queria ou não
continuar no euro e por arrastamento se queria continuar na União Europeia.
As
Instituições europeias ficaram completamente "desarmadas" ao compreenderem
que estavam a lidar com um governo que se estáva a borrifar para a continuidade
no euro e EU, ao contrário de todos os outros governos que entram em pânico só
de pensarem que terão de abandonar a Comunidade.
O
Governo da estrema esquerda, como todos os partidos da mesma área, conhecem
todas estas manobras de bastidores e da treta de os políticos terem alguma autonomia
e, até Francisco Louçã, quando era líder do Bloco de Esquerda, se referiu no
Parlamento por várias vezes sobre as manobras "illuminatis"
por intermédio do seu principal
braço de acção no mundo, o Grupo Bilderberg, e de outras
Instituições mundiais
que trabalham para o mesmo fim.
Terá
sido mais uma coincidência "o seu afastamento" do Bloco de Esquerda? Para
quem já abriu os olhos também não foi surpresa nenhuma a nomeação de Durão
Barroso para o lugar de Pinto Balsemão no Grupo Bilderberg, que descaradamente
teceu grandes elogios ao governo português (PSD/CDS) e os considerou
como os "salvadores da pátria".
E
agora, com esta estrondosa "asneira" da troika que não
percebeu com quem estava
a lidar, além de desconhecer a história da Europa e saber que a Grécia é o ponto
mais vulnerável do Continente e ponto estratégico para impedir uma invasão, os "senhores
do mundo" tiveram que intervir abertamente por intermédio de um agente, altamente
cotado, que meteram na Presidência dos Estados Unidos.
Obama
teve que "ordenar" (Não pediu) à líder europeia para intervir
e impedir a saída
da Grécia do Euro e da Europa. Parece que só ele é que percebia que a Rússia já
tinha em vias um acordo para a passagem do seu gás natural pela Grécia, que a China
já declarara estar disposta a auxiliar a Grécia, e que o Banco Internacional fundado
por estas duas Nações já tinham condições para fazer o que o Fundo Monetário Internacional
faz, e com melhores condições. Talvez seja este o motivo por que o Governo
Grego até queria sair da Comunidade Europeia, como já percebemos. O que
acordaram nas reuniões discretas que o primeiro ministro da Grécia já teve (e
tem) com os líderes Russo e Chinês, estão no "segredo dos
deuses". O líder Grego procedia como se já não lhe interessasse tudo o que
esta Europa lhe podesse dar porque já tinha melhor noutro sítio. Só o
"competente" do nosso Presidente da altura é que dizia não perceber
por que razão o Governo Grego queria um referendo numa altura daquelas.
Éra
apenas para "baralhar" e ganhar tempo para que o povo grego
acabasse por apoiar a sua estratégia. Só com o apoio inequívoco do povo é que eles dariam o passo
decisivo para a saída do euro. Eles sabiam perfeitamente que os serviços secretos
americanos, franceses, ingleses e alemães, principalmente, já estavam no terreno
a "minar" o povo grego e a tentarem provocar a queda daquele governo.
É óbvio. Só não via quem estava ainda "adormecido" ou quem não queria
ver.
Até
a senhora Lagard do FMI que a princípio também dizia não entender a atitude
da Grécia em querer um referendo naquela altura já quis aproveitar o desfecho
desse referendo para "decidir" (não decide nada pois já está tudo
cozinhado) sobre um novo pacote de assistência, esperando certamente que nesse
espaço de tempo os serviços secretos ocidentais conseguissem provocar a queda
do syrisa.
Os
nossos líderes, que deviam estar quietinhos e não se exporem como os mais
exigentes, também não perceberam que o problema era aquele governo grego estar interessado
em sair da Europa e portanto nenhuma manobra de intimidação os assustaria.
Era isso
mesmo o que eles queriam. E iriam continuar a validar, desvalidar e alterar as decisões,
deixando a troika completamente baralhada.
Parece
que só Obama é que percebeu que a saída da Grécia iria permitir a instalação
de bases militares Russas e Chinesas naquele flanco (há centenas de ilhas no mar Egeu que servem perfeitamente para a instalação de bases
militares autónomas, difíceis de serem controladas ou vigiadas), o que obrigaria a um
grande desvio
de recursos bélicos do Ocidente para aquela área, tarefa impossível para a economia
europeia sem a ajuda americana.
E no dia 30.6.2015, por coincidência, as Instituições Europeias,
numa mostra da sua generosidade e unidade "resolveram" dar
mais uma oportunidade
à Grécia, suavizando (e muito) as condições e exigências que
vinham fazendo.
O
discurso da troika suavizou e tentaram "lavar a face" com umas
(pequenas) exigências
para um novo acordo de empréstimo. A verdade é que as exigências que passaram a
fazer eram muito menos penalizadoras do que aquelas que ainda faziam a
Portugal, apesar de já terem acabado o período de assistência. Em Portugal. Por
exemplo, a troika ainda exigia que se fizessem mais cortes nas reformas
e salários, enquanto que para a Grécia já não haveria mais cortes nas reformas
e nos salários.
Então
qual o interesse de sermos "bem comportados" quando víamos que aquele
que bateu o pé à ditadura europeia ficava beneficiado.
A
troika bem quis mostrar, com a sua acção repressiva e intransigente, que
a Europa
direitista, ultraliberal, não tolerava, nem permitia, reclamações de povos governados
por partidos da esquerda. A "ditadura" não podia ser desafiada.
Os
políticos, os comentadores, os professores, os economistas, continuaram com
o blá, blá, blá, a tentar defender o indefensável. ali não havia vencedores.
Havia aqueles
que "mandam", na sombra, e aqueles que obedecem, na vida pública do sistema.
E o povo fica convencido da "justeza" do acordo quando não houve
acordo nenhum.
As "marionetas" continuarão a dançar conforme os interesses dos
senhores do
mundo, ou "illuminatis" como são conhecidos.
O
drama continuou, as ameaças também, as propostas e contrapropostas foram
mais do que muitas e o fim seria sempre o mesmo. A Grécia continuaria na Europa
(por enquanto), apesar da forte
convicção da União Europeia de que a dívida da Grécia era impagável, não
havendo hipótese nenhuma de recuperação.
Quando foi eleito
primeiro-ministro pela primeira vez em Janeiro de 2015, Alexis Tsipras tinha 41
anos e sobressaiu logo como o mais jovem primeiro-ministro da história grega,
ainda por cima oriundo do Syriza, partido da esquerda radical. No seu governo
decidido a mudar o país havia mais gente jovem, caso da ministra do Trabalho,
de 32 anos, que tinha como missão fazer descer o desemprego abaixo dos 20%.
O DN conversou com
Effie Achtsioglou no final de uma visita a Portugal, sobre o fim do programa de
ajustamento da Grécia, em 2018, perguntando se ela estava optimista sobre o
futuro próximo da Grécia. Ela respondeu que estavam num bom momento, a procurar
sair do programa de ajustamento económico já em Agosto, e todas as instituições europeias, assim como as nacionais, diziam
estar confiantes de que a Grécia ia ter sucesso. E por isso agora as
negociações são sobre se será uma saída limpa ou limpa até que ponto.
A Grécia consegui um
crescimento da economia em 2017, mas o desemprego continua muito elevado,
prevendo-se que em 2018 baixe dos 20%. Segundo Effie Achtsioglou, a taxa de
crescimento (investimento estrangeiro e exportações) são aproximadamente como
eram em 2006, bem antes da crise. Há um importante apoio da União Europeia,
principalmente tendo em vista o fim do programa e (surpresa) a Comissão
Europeia tem sido bastante compreensiva no desenho daquela saída.
Effie Achtsioglou, diz
que têm trabalhado juntos e muito bem na revisões, e a última já foi muito mais
fácil do que a anterior. Estão a trabalhar conjuntamente para construir uma
almofada financeira para uma saída o mais limpa possível. E também têm
colaborado na comunicação das reformas que estão a fazer na Grécia. Têm sido
importantes as reformas feitas nos últimos três anos, que nunca tinham sido
feitas antes. Contudo há pontos em que esperavam das instituições europeias
mais apoio, especialmente no que diz respeito ao mercado de trabalho, como a
reinstauração da negociação colectiva e a defesa de outros direitos laborais
que acreditam fazerem parte da tradição legal e social da Europa. O facto de as
negociações envolverem tecnocratas e um governo não é nada positivo para a
União Europeia, pois isso mostra o tal défice democrático que todos deveriam
contestar. O poder de a decisão estar nas mãos de pessoas que não foram eleitas
é algo que a União devia pensar em mudar, como muitas vozes reclamam, com risco
de haver novas saídas de países.
Ninguém
quer ouvir falar em novo programa após Agosto deste ano. Os gregos estão
apostados em conseguir uma ‘saída limpa’, tal como fizeram a Irlanda e
Portugal. É esse o objectivo do Governo de Tsipras, numa altura em que a
economia está a crescer e o país bate as metas orçamentais. O Expresso esteve
na capital grega e comprovou, in
loco, o espírito que se vive na saída de uma crise de proporções
históricas.
A
Comissão Europeia, depois do “show-off” e tanta conversa de início, com as
ameaças de saída da Grécia da Comunidade, numa prova do que afirmei que os
“senhores do Mundo” já tinham decidido qual seria o desfecho, agora vem
declarar que “a economia grega está a crescer de novo e a recuperação deverá
fortalecer-se com o ressurgimento do investimento e a aceleração do consumo
interno”, facto que não queria aceitar de modo nenhum em 2015, nem queria
ajudar por não haver hipótese de uma recuperação. Depois da poeira assentar, já
está tudo bem como se nada se tivesse passado.
Agora,
em Julho de 2017, as paragonas dos jornais já afirmavam: “A crise acabou.
Grécia estará prestes a emitir dívida”. A Grécia estaria prestes a avançar para uma emissão de
dívida de longo prazo, a primeira em mais de três anos. A
confirmar-se, será "um sinal de que a crise acabou", diz um
especialista.
Como
é que a opinião da Mídea mudou em tão curto espaço de tempo?
A Grécia estaria prestes a avançar para uma emissão de dívida de longo
prazo, segundo várias fontes de mercado que falaram com agências noticiosas
como a Bloomberg. A confirmar-se, seria a primeira operação no mercado desde o Verão
de 2014, quando, sob a liderança do conservador Antonis Samaras, o país teve
uma “falsa partida” no regresso aos mercados — antes de o governo ter sido
derrubado e a ascensão ao poder do Syriza ter originado um confronto com os
credores europeus que colocou Atenas com um pé fora da zona euro no Verão de
2015.
O Ministério das Finanças, liderado por Euclid Tsakalotos, tem dito que não
irá apressar-se no regresso aos mercados mas as condições favoráveis dos
últimos meses podem ser demasiado tentadoras para o Governo de Alexis Tsipras,
que quer dar um sinal positivo aos investidores externos e quer fazer todos os
possíveis para que a dívida grega passe a estar elegível para o programa de
compras do Banco Central Europeu (BCE). O BCE não tem incluído a dívida grega
nas compras massivas de obrigações europeias que está a fazer desde a Primavera
de 2015, juntando-se ao Fundo Monetário Internacional (FMI) na suspeita de que
a dívida pública grega não é sustentável, apesar dos sucessivos perdões e
reestruturações dos últimos anos. Contudo, com o acordo no Eurogrupo obtido em
meados de Junho, para mais um desembolso financeiro, os credores europeus poderão estar
mais perto de trazer o FMI para o terceiro resgate (em curso). Além disso, tal
como com Portugal, Bruxelas recomendou a saída da Grécia do Procedimento por
Défices Excessivos.
O
primeiro-ministro grego destaca que “a
economia está a crescer”: “Lentamente, lentamente. Mas o que ninguém acreditava
que poderia acontecer, vai acontecer. Vamos tirar o país da
crise (…) e é isso que, no final, será julgado [pelos gregos]” A prioridade de
Tsipras é recuperar a soberania económica, daí que aponte que o “grande avanço”
para o país “ocorrerá em agosto de 2018, quando, após oito anos, a Grécia sair
do programa de assistência e da supervisão internacional”.
E
a História é esta. Foi tudo resolvido nos bastidores e agora, apesar de algumas
polémicas para os negociadores não “perderem a cara” e não mostrarem que afinal
não mandam nada, tudo se resolverá a contento e sem o dramatismo que
introduziram em 2015, onde a troika, com a sua acção repressiva e intransigente, humilhou uma Nação mas,
felizmente, não conseguiu destruí-la, como castigo por ter o desplante de desafiar
a Europa
direitista, ultraliberal, que não tolerava, nem permitia, reclamações de povos governados
por partidos da esquerda. A "ditadura" não podia ser desafiada.
R.
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