FÁBULA
SOBRE A CEGUEIRA DO SER HUMANO
Encontrei nos meus arquivos o texto integral de um livro intitulado "Uma Lição Extraterrestre" da autoria do professor Wagner Borges, e ilustrações de Glória Costa, na sua missão de divulgar as informações de maneira aberta, sem misticismos e sectarismos.
Como
este texto se adequa, e é como que uma profecia do tempo que estamos a
atravessar com a pandemia do Covid-19, inspirado por ele apresento o meu ponto
de vista sobre a matéria, que em alguns casos não coincide com o ponto de vista
das fontes de Wagner Borges.
Por mera curiosidade e para reflexão sobre estas pistas, todos devem realmente ler esta obra, disponível na FNAC impresso ou online, como que de ficção científica muito certeira sobre o decorrer da História da humanidade e consequências da má gestão e falta de respeito dos nossos líderes pela Natureza e todos os seres vivos que, ao fim e ao cabo, equilibram a fauna e a flora envolvente. Todos os seres vivos têm uma missão, têm um trabalho específico na manutenção equilibrada do planeta, e o Homem é que, com o seu comportamento completamente desajustado está a destruir tudo. Independentemente de ser uma história real ou de fantasia, a mensagem é que interessa.
Pelo que sei e pesquisei desde há muito, a descrição destes Aliens corresponde aos famigerados Greys que se instalaram na Terra sem autorização dos humanos e durante a Segunda Guerra Mundial deram a conhecer a sua presença e estabeleceram um acordo com a Nação mais forte, na altura, os EUA, para estabelecerem bases subterrâneas e procederem a uma série de pesquisas a troco de auxílio e fornecimento de novas tecnologias. Devido ao seu avanço científico e tecnológico muito superior aos terrestres, podemos supor com certeza de que esse "acordo" foi mais uma imposição do mais forte, que os humanos tiveram de aceitar. E pelo que se sabe, os terrestres já estão mais do que arrependidos por aceitarem essas imposições e têm estado em conflito aberto com esses Aliens que começaram logo a abusar do seu poder em troca de alguns ensinamentos no campo bélico.
Vamos pois reflectir nas nossas acções e no que podemos fazer para marcar a diferença. Se o ser humano continuar "adormecido" e a olhar para o seu próprio umbigo, está a contribuir para a extinção desta humanidade. Talvez outros virão ocupar o nosso lugar.
Passemos à fábula:
Certo dia, uma nave espacial oriunda de uma galáxia muito distante onde vivia uma raça bastante evoluída chegou à Terra. Assim como vimos na série televisa Star treck (O Caminho nas Estrelas) estava em missão de exploração e pesquisa de novos mundos e seus habitantes.
Penetrando na atmosfera
terrestre os cientistas da nave logo perceberam, pelo alto grau de poluição,
que era um mundo bastante primário. Por precaução, trataram de observar, sem
serem vistos ou detectados, o comportamento dessa gente.
Durante anos, pesquisaram a vida no planeta em todos os seus aspectos. Desde o comportamento do ser humano até a qualidade dos elementos da natureza, bem como a relação entre ambos. O resultado dessas pesquisas revelou que os terrestres eram primitivos, muito agressivos, e não dominavam as suas emoções. Além disso, a falta de consciência ecológica da humanidade estava a destruir o ecossistema do planeta.
O responsável da expedição espacial, após avaliar os dados da pesquisa, resolveu então mudar o seu programa de acção. A sua missão inicial era apenas pesquisar e estabelecer relações amistosas com os terrestres, mas isso parecia não ser possível, pois o seu povo era pacífico e os terrestres eram muito belicosos e violentos.
Após reflexão, o líder Alien resolveu estabelecer contacto, com os terrestres, para lhes dar uma lição psicológica, antes de abandonar o planeta. Convocou, então, os principais líderes das diversas Nações, para uma reunião, secreta, na sede das "Nações Unidas". No dia marcado, para grande estupefacção dos humanos, eles materializaram-se no centro da sala de convenções. Estavam presentes os Governos dos países convocados, os grandes líderes políticos, cientistas, militares, religiosos e ufólogos.
Estavam todos muito
nervosos, e curiosos, como seria óbvio, pois era a primeira vez que uma raça
extraterrestre comunicava com a Terra. Alguns nem acreditavam que aqueles seres
extraterrestres fossem reais. Outros tremiam de medo, Outros, ainda, choravam
de emoção, pois aquele contacto era ansiado há muito tempo.
A aparência dos Aliens chocou alguns, já que eram muito diferentes dos seres humanos. Tinham pequena estatura (cerca de 1 metro de altura). Eram magros e delicados. Estavam vestidos com um tipo de roupa espacial futurística. As suas cabeças eram grandes e não tinham cabelo. A pele era acinzentada clara, parecendo meio enrugada e porosa. Tinham as faces largas e o rosto um pouco ovalado. A boca era apenas um ligeiro traço e o nariz bem pequeno. Os olhos eram grandes e negros, oblíquos, ligeiramente amendoados para cima. Emitiam um olhar profundo, magnético, que exprimia um ar de serenidade e doçura.
Quando o Comandante Alienígena iniciou a sua mensagem, os seus pequenos lábios não se moviam. Ele usava a telepatia, que é uma linguagem universal e dispensa idiomas convencionais. Na série Star Treck, também todos se entendiam por meio de um descodificador ou também por telepatia. Ou seja, todos entendiam perfeitamente a sua "voz mental", calma e pousada, a ecoar nas suas mentes.
O diálogo, mental por parte dos Aliens e vocal por parte dos terrestres, foi o seguinte: "Povo da Terra. Nós os saudamos com muito amor, em nome da Federação das Galáxias Superunidas". Não sei como me dirigir a vocês. Não sei se é melhor chamá-los de senhores da Terra, ou de Homo Sapiens. Digam-me, como deve ser chamado o homem que habita na Terra?".
A resposta dos seres humanos, pelas classes "profissionais",
mostrou os seus conceitos contraditórios e nada baseados numa sabedoria
acumulada ao longo da sua evolução, mas sim naquilo que cada classe
profissional considerava como os valores mais elevados da sociedade que
"eles" montaram.
O "Cientista" levantou-se imediatamente e respondeu com toda a pompa e vaidade: "Nós não somos mais Homo Sapiens. Somos agora, Homo Sapientíssimos. Dominamos a energia nuclear, os nossos veículos são cada vez mais velozes, os nossos prédios cada vez mais modernos, os nossos computadores cada vez mais sofisticados e, a cada dia, novas invenções são criadas".
Dito isto o Cientista sentou-se com um largo sorriso de satisfação e
orgulho, como se houvesse dado uma lição ao Comandante extraterrestre.
O "militar" levantou-se e também falou: "Além de Sapientíssimos também somos Poderosíssimus. A cada dia criamos novas armas sofisticadíssimas.
Temos, nos nossos arsenais, bombas e armas para todas as finalidades. Desde
guerras químicas a guerras nucleares. Mesmo o nosso armamento convencional,
como revólveres, metralhadoras, granadas e tanques é bastante
desenvolvido". Dito isto o militar sentou-se com um largo sorriso
arrogante, como se tivesse intimidado o Comandante extraterrestre.
O "Político" levantou-se e pediu a palavra: "Além de Sapientíssimos e Poderosíssimus, também somos Carismaticus. Dominamos muito bem o uso
da palavra, o magnetismo pessoal, e nas nossas mãos está o destino dos
povos". Dito isto sentou-se com um largo sorriso de falsa modéstia,
como se houvesse convencido o Comandante extraterrestre.
O "Religioso" começou por dizer: Além de Sapientíssimos, Poderosissimus
e Carismaticus, também somos Religiosus.
Acreditamos em Deus e sabemos que Ele protege o nosso povo. Já sabemos que
existe um Céu e um Inferno, para premiar ou castigar as consciências além da
morte. Somos tão crentes em Deus que, se for preciso, até brigamos por essas
crenças. Como vê, além de tudo, somos muito determinados em relação áquilo que
acreditamos. E digo-lhe mais, não sei se no seu planeta existe alguma religião,
mas aqui na Terra quem manda é o nosso Senhor Jesus Cristo. Só ele é o caminho,
a verdade e a vida, e ninguém vai ao Pai se não for por Ele. Se quiserem,
poderemos mandar alguns missionários para convertê-los à boa nova do evangelho.
Se acreditarem nas verdades sagradas da Bíblia, alcançarão o reino dos Céus".
Dito isto, o religioso sentou-se com uma largo sorriso moralista e hipócrita,
como se houvesse convertido o comandante extraterrestre.
Nessa altura a bancada
central oriental, amante de Buda e de Krishna, bem como a bancada muçulmana,
amante de Zoroastro e Maomé, já se encontrava em pé de guerra, protestando em
altos brados contra o discurso radical Católico. Antes que a reunião virasse
uma guerra santa, o comandante Alien
emitiu um raio pela sua mão direita que paralisou imediatamente os religiosos
brigões. Impressionados com o poder do visitante, todos prometeram acalmar e
respeitar democraticamente o ponto de vista diferente dos outros.
Por último levantou-se o "Místico" e gritou fortemente: "Meus mestres extraterrestres. Não liguem para o que esses idiotas dizem. Nós os místicos, os esotéricos, os espiritualistas e os ufólogos, sabemos que vocês vieram para salvar-nos. Há muito que esperamos por vós. Estamos a viver a Nova Era e encontramo-nos à porta do terceiro milénio. Sabemos das catástrofes que irão sacudir o planeta, neste final de século. Portanto, esperamos as vossas orientações quanto à evacuação e o resgate dos eleitos espirituais da Terra. E esses eleitos não podem ser os materialistas, mas nós os Ufólogos, Místicos, Esotéricos e Espiritualistas que sempre acreditaram em vocês". Dito isto sentou-se com um largo sorriso de fanatismo.
A essa altura o Comandante alienígena já estava arrependidíssimo de haver comparecido àquela reunião. Se aquelas pobres criaturas eram incapazes de terem um relacionamento maduro entre elas mesmas, como poderiam estabelecer uma relação madura e produtiva com os seus vizinhos cósmicos.
Disposto a dar uma lição memorável àquelas pessoas tão tacanhas, o Comandante espacial voltou a comunicar por telepatia e expressou o seguinte: Caros senhores, devo dizer-lhes que a vossa raça não é nada sábia. Vocês estão muito mais para "Homens das Cavernas" do que para "Homo Sapiens". O vosso alegre grupo de cientistas está muito mais para "Belicosíssimus" do que "Carismáticus". A vossa alegre bancada de políticos está muito mais para "Corruptíssimus" do que "carismáticus". A vossa alegre legião de beatos conservadores está muito mais para "Hipócritus moralíssimus" do que para religiosos altruístas. A vossa entusiasmada turma de místicos está mais para "Múmias espirituais" do que eleitos para alguma coisa. Já que vocês se acham tão importantes, gostaria de fazer algumas perguntas: Quem de vocês é feliz? Quem de vocês não tem problemas? Quem de vocês domina as emoções?
Um grande silêncio se fez no
ambiente. Todos sabiam como era difícil responder a tais perguntas. Vendo que
ninguém respondia, o ET continuou: Vocês queixam-se sempre dos problemas que a vida lhes
impõe. Entretanto, criam muito mais problemas para a vida do que ela para
vocês.
Contactamos um grande amigo da vida na Terra. O "Dr. AR". Ele (o Ar) disse-nos que só gera benefícios para vocês e, em troca, recebe como pagamento sujidade na sua casa, a atmosfera planetária. Disse-nos que o seu contacto com o ser humano é tão mau que ele se transforma logo em gás carbónico. Basta o rico ar entrar em contacto com a humanidade para se transformar em veneno.
Perguntei-lhe (ao Ar) qual o nome que dava aos humanos. Ele
respondeu com o nome curiosíssimo "Homo Venenosíssimus".
Buraco no ozono
Fiz também uma
entrevista com a "D. Camada de Ozono" e perguntei-lhe que buraco era
aquele, encima da Antárctida. Ela respondeu-me que havia sido estuprada por
alguns gases venenosos emitidos pelos seres humanos. E ela também lhes deu um
nome bem apropriado: "Homo Malcheirosus".
As "árvores" só geram benefícios
para vocês. Faz a reciclagem parcial do ar, dão sombra, frutos, vitalidade e
beleza visual, mas em troca só recebem motosserras a dilacerarem-lhe as
vísceras vegetais, chuca ácida, agro-tóxicos e depredações de toda a natureza.
Uma árvore disse-me que o seu sofrimento é tanto que as energias venenosas que
a agressão humana lhe impõe ela joga-as para o interior da Terra. A chorar,
disse-me que essa é a única maneira de se desintoxicar. Perguntei-lhe qual era
o nome que dava ao seu agressor humano e ela também não se fez rogada: "Homo
Violentíssimus".
Penetrei então
no interior do solo e fui conversar com a "Dona Terra".
Muito revoltada, ela jurava vingança aos seus filhos humanos da superfície.
Disse-me que apesar de oferecer um solo rico para a agricultura, o ingrato
filho humano faz queimadas e pastagens. Mas o pior, mesmo, são os testes
nucleares subterrâneos, que envenenam a sua estrutura íntima. Disse-me que está
a ficar tão intoxicada com o lixo que atiram para cima dela, que se a situação
piorar não terá outra alternativa do que retaliar, criando sismos e erupções
vulcânicas para se defender. Perguntei-lhe o nome que dava ao ser humano. Pois
bem, foram mimoseados novamente com uma curiosíssima nomenclatura: "Homo Sujus".
Saindo dali, fui conversar com a "Dona Água" que me disse: Apesar de todo o benefício que gera ao ser humano, só recebe esgotos não tratados, derrames de petróleo, contaminação de vários tipos, lixo, e vê os seus filhos peixes a serem dizimados indiscriminadamente. Perguntei-lhe qual o nome que ela dava ao ser humano. E mais uma vez ouvi um nome curiosíssimo: "Homo Malucus".
Fui então para
a selva, conversar com os "Animais". Deles, ouvi todo o
tipo de críticas ao ser humano. Apesar de serem irmãos menores na criação, em
vez de serem bem tratados pelo seu irmão mais velho, são dizimados em larga
escala, para servirem de alimento ou para serem transformados em vestimenta
luxuosa e desnecessária. Sabem que nome eles deram ao Homem? ""Homo Truculentos".
Diante de tantas queixas dos habitantes da Natureza, não sei se devo chamá-los de "Sapientíssimus" ou de "Burríssimus", pois só mesmo uma raça tão imatura poderia destruir os elementos que lhe fornecem a vida.
Enquanto aqui
estamos reunidos, muitas formas de vida estão a ser dizimadas neste momento, no
mundo inteiro.
Quantas árvores estão a ser derrubadas agora?
Quantos animais estão a ser
cobardemente exterminados neste momento, pela máfia criminosa dos caçadores e
organizações que comercializam as peles para a confecção de casacos que as
ilustres damas da sociedade humana hipócrita adoram vestir, por luxo?
Se as pessoas não comprassem os produtos oriundos do extermínio de animais, muitos deles após grande sofrimento, os bandidos que se dedicam a esse comércio nefasto, não teriam como vender a sua sórdida produção para ninguém. É óbvio que não tendo lucro no "trabalho" eles desistiriam e se dedicariam a outras actividades menos perniciosas.
Sei que muitos
de vocês acharão tudo isto uma bela utopia. Mas uma utopia só existe enquanto
não for realizada. Se vocês tomarem providências, essa utopia acabará por se
tornar realidade. Se assim não for, a Natureza pode perder a paciência e aí
vocês sentirão na própria pele o que é ser agredido. Se a situação continuar do
jeito que está, muito cuidado, o resultado poderá ser desastroso.
O ar poderá sufocá-los. A terra poderia enterra-los, as águas poderão afogá-los, os raios solares poderão incinerá-los, o gelo poderá congelá-los, enfim, a natureza poderá acabar por matá-los.
E aí, de que adiantarão as vossas armas? Poderão elas enfrentar a força demolidora de vários furacões?
E de que adiantaria a vossa propalada lábia política? Serviria ela para enganar um terramoto? Poderia ela falar mais alto contra o trovão?
E de que
serviria a vossa Ciência? Conseguirá ela consolar as pessoas que perderam
parentes em tragédias geradas por ela mesma, como a poluição da atmosfera, o
envenenamento dos alimentos através dos agro-tóxicos, e a criação de drogas
sabidamente danosas.
E de que adiantariam os vossos credos religiosos? Poderiam as vossas preces enfrentar a força dos vulcões em erupção? Ou uma chuva de meteoros?
Vocês falam muito em alcançar o "reino dos Céus", através da religião institucional, e tentam converter os outros pela força, e pelo fanatismo, mas com isso só conseguem manchar a vossa história com o sangue vertido em nome do ódio e da intolerância.
Há muitas raças. Em todo o Cosmos, que já conhecem o "reino dos Céus" há muito tempo, pois a toda a hora cruzam o espaço sideral nas suas "naves-pensamento". Comungam com o Criador através das estrelas e não tentam converter ninguém. Aprenderam a respeitar as Leis que regulam a vida em todo o Universo e, com isso, valorizam o respeito a todas as criaturas, mesmo que elas tenham tendências e opiniões diferentes.
Vocês dizem
seguir os ensinamentos de Cristo, de Buda e de outros seres iluminados. Porém,
na realidade, não observei esses ensinamentos serem assimilados, muito menos
praticados.
Os maiores exemplos de altruísmo que observamos neste planeta foram dados pela própria Natureza, que tudo dá e nada pede em troca, ou melhor, só pede um pouco de carinho para poder dar mais.
E o que fazem
vocês? Dão-lhe em troca apenas bombas, lixo, poluição e venenos em geral. Isso
falando apenas do lado material da situação. E do lado espiritual? É lastimável
também o alto grau de poluição mental, gerada pelos pensamentos negativos e
pelo lado emocional por meio das emoções desequilibradas. Em todos os níveis
(mental, emocional e físico), o ser humano está a degradar o ambiente com o
qual a evolução o presenteou para o seu crescimento.
Não sei se choro de desespero, ao observar uma raça tão dramática, ou se morro a rir das atitudes tão patéticas. Se vocês, que são tão truculentos, conseguem matar uns aos outros, o que não fariam se tivessem condições de se relacionarem com raças pacíficas de outros mundos? Se vocês já tivessem poderio tecnológico suficiente para poder viajar pelo espaço sideral, as outras raças em evolução já teriam sido escravizadas e violentadas pelo seu barbarismo.
Vocês adoram
ser respeitados. Mas, se querem respeito, porque não respeitam os outros?
Os vossos "místicos" estão certos: viemos para resgatar os eleitos espirituais deste planeta. E já os escolhemos. Em caso de necessidade, levaríamos para fora do planeta somente os seres evoluídos, e naturalmente não seriam vocês, humanos animalescos e tacanhos.
Levaríamos as árvores, o ar, as águas, a terra e os animais, pois eles é que são os reis deste planeta, que é azul visto de fora, mas cinza se visto pela óptica humana.
Para terminar
este nosso encontro, gostaria de lhes deixar algumas questões que, se forem
examinadas com atenção, poderão ajudá-los a encontrar o caminho mais coerente.
São elas: Quem é mais evoluído? O homem civilizado que, perante a aproximação
da morte desespera pelo medo do desconhecido, ou o indígena inculto e
supersticioso, que enfrenta naturalmente a morte, sustentado pelas suas
crenças? Quem é mais evoluído? O cão que dá a vida pelo seu dono ou o dono que
não é capaz de dar um pouco de sentimento para o seu semelhante? Quem é mais
evoluído? O animal que só mata para comer, ou o homem que é a única criatura do
planeta que mata por desporto? Quem é mais evoluído? A cobra que, para se
defender, morde alguém e injecta o seu veneno, ou o homem que como "cobra
humana" injecta sem necessidade o seu veneno na Natureza? Quem é o mais
evoluído? O pássaro que enche o ambiente com o seu canto, ou o ser humano que
enche o ambiente com a sua poluição sonora? Quem é mais evoluído? Um golfinho
com a sua alegria e brincadeira, ou o ser humano com o seu mau humor?
O grande silêncio existente por parte dos humanos ali presentes continuou. Ninguém se atrevia a dizer nada, pois as afirmações do extraterrestre além de serem duras eram bastante reais.
Então o extraterrestre desmaterializou-se, deixando toda a gente com uma imensa autoculpa, uma pressão no peito e os olhos marejados de lágrimas.
Dentro de cada um de nós habita um pequeno ET que quer abraçar o companheiro e sorrir. Há dentro de nós alguém que quer construir e tornar o mundo aconchegante e pacífico. No entanto nada fazemos em grande. Actuamos de modo pequeno.
Nesta fábula, cada especialista no seu sector, como o Cientista orgulhoso, está totalmente cego às consequências negativas das suas realizações. Somos assim o tempo todo, quando tentamos reduzir a simples palavras um sentimento que o coração tenta expressar. Não se pode esperar um dia promissor para começar a lutar. Haverá sempre algo "urgente" referente à vida no mundo físico. Em cada tarefa a cumprir na profissão, no convívio, com a família, devemos descobrir o que é preciso transformar em nós mesmos para que o melhor venha à superfície. Então, conforme nos aperfeiçoamos, a transformação do mundo começa.
Deixe
o seu coração guiar os seus passos na vida de maneira mais leve. Oiça e preste
atenção ao que ele diz. Nunca tente transformar a sua opinião numa verdade mas
tente permitir que a verdade seja a sua opinião.
Sem comentários:
Enviar um comentário