ORGULHO DE SER PORTUGUÊS – A Mística de Portugal
Ultimamente há uma corrente de ignorantes que, sob a capa
de "racismo" pretende "apagar" a História de Portugal e
lançar no opróbrio grandes homens que dignificaram a nossa História, a maioria
deles Homens sábios e místicos, que viveram séculos adiante do seu tempo.
A
tradição Portuguesa é uma das mais ricas do mundo e todo o português deve conhecer
a sua identidade e sentir o que é ser Português.
Como disse Oliveira Martins "um
povo que desconheça a sua História está condenado a desaparecer". Motivo
por que os nossos representantes deveriam ter muito cuidado ao abrirem a
Nacionalidade a pessoas que a desejem. Seguindo o exemplo da jovem Nação
Americana que recebe milhões de imigrantes (EUA), os pretendentes à
Nacionalidade Portuguesa deveriam ser devidamente
preparados e examinados para o facto de terem consciência da História quase
milenária do nosso país e aceitarem-no como tal, sem pretenderem passar uma
esponja no passado desta Nação que, apesar de pequenina, é um gigante em
sabedoria acumulada em 900 anos da sua história. Sobreviveu a tudo e a todos e
deu novos mundos ao mundo e não é agora com a globalização que conseguirão
retalhá-la transformando-a num receptáculo estagnado sem tradição nem História.
E parece ser o objectivo desses energúmenos, sem
identidade apesar da nacionalidade, movidos pelo ódio e a raiva contra esta pequena
Nação que lhes deu guarida, fomentam o vandalismo dos marcos históricos e
monumentos nacionais, pretendendo alterar a História e a degradar o sistema de
ensino em Portugal. Não conseguem compreender que uma Nação com quase mil anos
de História, passou por muitos e muitos reveses e teve de agir conforme as
épocas históricas que atravessou, para sobreviver, em que os princípios éticos
e morais estavam de acordo com o grau evolutivo da humanidade naqueles tempos.
E a prova está à vista. Basta ver quais as Nações que conseguiram sobreviver a
900 anos de história, e manterem as fronteiras praticamente intactas ao fim de
tanto tempo.
E o Português é a terceira língua europeia mais falada no
mundo, apesar desta pequena Nação ter tão poucos habitantes para a imensa
cruzada que efectuou pelo Globo.
Vejamos então como é que o nosso país foi formado e qual
a sua Missão no Mundo. E saber que a relação de Portugal com os Templários
contribuiu para a sua grandeza.
Portugal foi conhecido por Lusitânia e os seus habitantes
foram ao longo dos tempos os Iberos, Celtas, Celtiberos, Fenícios,
Cartagineses, Romanos e Árabes. Os Romanos só conseguiram impor as suas leis à
custa de muitos combates, massacres e principalmente depois da morte de Viriato (o chefe dos Lusitanos) em 140 a.C. A dominação Romana durou mais de
cinco séculos, cuja decadência coincide com a chegada dos bárbaros, povos
vindos do Norte e Leste da Europa, e África, que naquela época começaram a
invadir as terras ocidentais.
No período de 409 a 1139-43 (data da fundação do Reino de Portugal), a península Ibérica sofreu
duas grandes invasões dos povos germânicos e Árabes (Mouros). A batalha de 711 livrou a Península Ibérica da invasão
Árabe (vindos do Norte de África). A batalha de Guadalete, que se insere no conjunto dos
vários recontros guerreiros da invasão muçulmana travou-se de 19 a 26 de Julho
de 711, a alguns quilómetros de distância da lagoa de Janda, em Espanha,
junto ao rio Guadalete, não longe da actual localidade de Arcos de la Frontera.
É conhecida também como "batalha de Janda". Após o poderoso e
aguerrido exército muçulmano, comandado por Tarik se ter estabelecido
no "Campo de Gibraltar". Rodrigo,
o último rei visigodo da Hispânia, reuniu em Córdova mais de 100 mil
homens de armas para combater e expulsar os invasores. As
circunstâncias em que se desenrolou o combate são ainda hoje obscuras,
sabendo-se apenas que terá sido violenta e sangrenta. Nos três séculos seguintes a progressão dos
cristãos concentrados nas Astúrias reduziu o território invadido pelos Mouros,
surgindo os reinos de Oviedo, Leão, Galiza e Castela, que ocuparam os
territórios da antiga Lusitânia.
No início do século XI, alguns Cavaleiros Borgonheses
chegaram à península Ibérica em espírito de Cruzada para colaborar na
reconquista Cristã contra os Mouros. D. Henrique destacou-se entre esses
Cavaleiros e D. Afonso VI, Rei de Leão, confiou-lhe o Condado Portucalense,
tornando-o Conde desse território (1097-1112). Após a sua morte, a sua mulher
D. Tereza ficou com o Condado, acolhendo os Templários, doando-lhes a Vila
Forte Arcana (Penafiel) por volta de
1125. Por entre interesses e lutas políticas dos Reinos de Leão, Galiza e
Castela, o filho de D. Teresa, D. Afonso Henriques arma-se Cavaleiro em 1125 e afirma-se Irmão (Frater) Templário, quatro anos depois, na sua carta de doação de
Soure aos Templários.
Afonso Henriques lutou intensamente para tornar o condado
Independente em 24 de Julho de 1128. Derrotou o exército da Galiza na batalha
de S. Mamede. Considera-se como início
da formação de Portugal a data de 1139, em que Afonso Henriques, e os
portugueses, vencem a batalha de Ourique contra os cinco Reis Mouros. A
partir de 1140, D. Afonso Henriques passou a usar o título de Rei de Portugal.
A contenda entre Portugal
e os Condados do Rei Afonso VII de Castela e Leão, continuava e, em Arcos de
Valdevez (1141) decidiu-se a favor dos Portugueses.
O Tratado de
Zamora foi o resultado da conferência de paz entre D. Afonso Henriques e D.
Afonso VII de Castela e Leão, em que este reconhece a Soberania Portuguesa em 4
e 5 de Outubro de 1143, na presença do Cardeal Guido de Vico.
No entanto a soberania portuguesa reconhecida por Afonso
VII em Zamora, só veio a ser confirmada pelo Papa Alexandre III em 1179, pela Bula Praeclaris Probatum, onde, desde Zamora, D. Afonso Henriques
comprometeu-se a ser vassalo da Santa Sé, obrigando-se, por si e pelos seus
descendentes, ao pagamento de um censo anual. A partir daqui os Templários
estiveram sempre ligados à Monarquia, ajudando na formação geográfica e
política do País. Fernando Pessoa diz-nos que o objectivo dos Templários era
transformar a Igreja de Roma, operando
dentro dela, em uma igreja católica universal.
No seguimento da obra "Os
Templários na Formação de Portugal", o historiador Paulo Loução
aprofunda o estudo do novo ciclo histórico lusitano, iniciado sob a égide de D.
Dinis, o Rei Trovador, e da Rainha Santa Isabel, que lançaram as bases
políticas, culturais e espirituais que permitiram, um século mais tarde, a epopeia
dos Descobrimentos Portugueses como uma nova demanda do Graal, na qual
contribuiu, indubitavelmente, a Ordem de Cristo, concebida por D. Dinis para
continuar a obra dos Templários que foi extinta em toda a Europa. O autor
divulga igualmente a existência de um conjunto de correntes espirituais e
esotéricas europeias que exerceram profunda influência em Portugal desde o
reinado de D. Dinis até ao período Manuelino. Dante e o seu misterioso 515, a
ligação esotérica entre o Graal e Preste João, o culto do Espírito Santo, a
confraria iniciática dos "Fiéis do Amor", e os conhecimentos secretos
de Raimundo Lulo, são alguns dos temas abordados neste livro.
Com fortes ligações a essa Europa heterodoxa, certas
elites portuguesas, detentores de conhecimentos secretos, modelaram a faceta
esotérica e científica do Projecto dos Descobrimentos Portugueses. O mistério Templário continuava vivo em
Portugal! Pretendendo apenas realçar a origem iniciática de Portugal e a
sua ligação aos Templários, Portugal foi o coração de Homens Sábios e Místicos, que
viveram séculos adiante do seu tempo. Exemplos: Viriato, D. Afonso
Henriques, Gualdin Pais, D. Dinis e Rainha Santa Isabel, D. João II, D.
Sebastião, Nuno Álvares Pereira, Infante D. Henrique, Vasco da Gama, Diogo Cão,
Fernão de Magalhães, Luís de Camões, Fernando Pessoa, entre tantos outros.
A tradição Portuguesa é uma das mais ricas do mundo. Portugal deve conhecer a sua identidade e o
Povo Português deve sentir o que é ser Português, pois tal como disse
Fernando Pessoa, Portugal ainda não cumpriu a sua Missão. Um país não acrescenta
nada ao mundo se não preservar a sua identidade, a sua tradição, os seus
costumes, o que possui de mais particular de si que deve compartilhar com o
Mundo. Só assim Portugal poderá preservar-se, transmitindo-se sem nunca se
perder. O Mundo caminha para uma unidade colectiva de países e continentes,
acrescentando cada um o que mais característico tem de si. Portugal jamais
cumprirá a sua Missão se não se conhecer, se não souber que desde a sua formação
tinha como Missão um destino maior do que preservar a sua própria identidade.
Portugal tinha como Missão levar e transmitir uma identidade universal e Divina
ao Mundo. "Um povo que desconheça a sua História
está condenado a desaparecer".
A finalidade deste apontamento é despertar a curiosidade
de quem lê, incentivando a conhecer a Identidade Portuguesa. As publicações
"Portugal Desconhecido" e
"Factos Desconhecidos da História de
Portugal" das Selecções do Reader's Digest t são muito completas.
Recomendo a leitura de "Portugal no limiar da Nova Era", em Ensinamentos de Sabedoria, bem como a leitura das Bibliografias do
historiador Paulo Alexandre Loução.
1 – Os Templários na Formação de Portugal
2 – Portugal – Terra de Mistérios
3 – A Alma Secreta de Portugal
4 – Dos Templários à Nova Demanda do Graal
5 – Descoberta do Brasil e a Viagem de Vasco da Gama.
Cito também António
Quadros (Portugal Razão e Mistério, e o Projecto Áureo ou o Império do
Espírito Santo), José Medeiros (Os
Caminhos Ocultos do Ocidente, e Portugal Esotérico) e Moisés Espírito Santo (Origens Orientais da Religião Popular
Portuguesa e a Religião Popular Portuguesa).
Disse-nos José António Saraiva : "Os
Descobrimentos Portugueses são um dos mistérios mais inexplicáveis da História
da Civilização humana. Como foi possível uma Nação minúscula empreender uma
aventura tão completa?".
Bibliografias
consultadas: João Medina, José Hermano Saraiva e Paulo
Loução.
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