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terça-feira, 18 de maio de 2021

 

ORGULHO DE SER PORTUGUÊS – A Mística de Portugal

 



Ultimamente há uma corrente de ignorantes que, sob a capa de "racismo" pretende "apagar" a História de Portugal e lançar no opróbrio grandes homens que dignificaram a nossa História, a maioria deles Homens sábios e místicos, que viveram séculos adiante do seu tempo.

A tradição Portuguesa é uma das mais ricas do mundo e todo o português deve conhecer a sua identidade e sentir o que é ser Português.

Como disse Oliveira Martins "um povo que desconheça a sua História está condenado a desaparecer". Motivo por que os nossos representantes deveriam ter muito cuidado ao abrirem a Nacionalidade a pessoas que a desejem. Seguindo o exemplo da jovem Nação Americana que recebe milhões de imigrantes (EUA), os pretendentes à Nacionalidade Portuguesa deveriam ser devidamente preparados e examinados para o facto de terem consciência da História quase milenária do nosso país e aceitarem-no como tal, sem pretenderem passar uma esponja no passado desta Nação que, apesar de pequenina, é um gigante em sabedoria acumulada em 900 anos da sua história. Sobreviveu a tudo e a todos e deu novos mundos ao mundo e não é agora com a globalização que conseguirão retalhá-la transformando-a num receptáculo estagnado sem tradição nem História.




E parece ser o objectivo desses energúmenos, sem identidade apesar da nacionalidade, movidos pelo ódio e a raiva contra esta pequena Nação que lhes deu guarida, fomentam o vandalismo dos marcos históricos e monumentos nacionais, pretendendo alterar a História e a degradar o sistema de ensino em Portugal. Não conseguem compreender que uma Nação com quase mil anos de História, passou por muitos e muitos reveses e teve de agir conforme as épocas históricas que atravessou, para sobreviver, em que os princípios éticos e morais estavam de acordo com o grau evolutivo da humanidade naqueles tempos. E a prova está à vista. Basta ver quais as Nações que conseguiram sobreviver a 900 anos de história, e manterem as fronteiras praticamente intactas ao fim de tanto tempo.


E o Português é a terceira língua europeia mais falada no mundo, apesar desta pequena Nação ter tão poucos habitantes para a imensa cruzada que efectuou pelo Globo.

Vejamos então como é que o nosso país foi formado e qual a sua Missão no Mundo. E saber que a relação de Portugal com os Templários contribuiu para a sua grandeza.

Portugal foi conhecido por Lusitânia e os seus habitantes foram ao longo dos tempos os Iberos, Celtas, Celtiberos, Fenícios, Cartagineses, Romanos e Árabes. Os Romanos só conseguiram impor as suas leis à custa de muitos combates, massacres e principalmente depois da morte de Viriato (o chefe dos Lusitanos) em 140 a.C. A dominação Romana durou mais de cinco séculos, cuja decadência coincide com a chegada dos bárbaros, povos vindos do Norte e Leste da Europa, e África, que naquela época começaram a invadir as terras ocidentais.



No período de 409 a 1139-43 (data da fundação do Reino de Portugal), a península Ibérica sofreu duas grandes invasões dos povos germânicos e Árabes (Mouros). A batalha de 711 livrou a Península Ibérica da invasão Árabe (vindos do Norte de África). A batalha de Guadalete, que se insere no conjunto dos vários recontros guerreiros da invasão muçulmana travou-se de 19 a 26 de Julho de 711, a alguns quilómetros de distância da lagoa de Janda, em Espanha, junto ao rio Guadalete, não longe da actual localidade de Arcos de la Frontera. É conhecida também como "batalha de Janda". Após o poderoso e aguerrido exército muçulmano, comandado por Tarik se ter estabelecido no "Campo de Gibraltar". Rodrigo, o último rei visigodo da Hispânia, reuniu em Córdova mais de 100 mil homens de armas para combater e expulsar os invasores. As circunstâncias em que se desenrolou o combate são ainda hoje obscuras, sabendo-se apenas que terá sido violenta e sangrenta. Nos três séculos seguintes a progressão dos cristãos concentrados nas Astúrias reduziu o território invadido pelos Mouros, surgindo os reinos de Oviedo, Leão, Galiza e Castela, que ocuparam os territórios da antiga Lusitânia.

No início do século XI, alguns Cavaleiros Borgonheses chegaram à península Ibérica em espírito de Cruzada para colaborar na reconquista Cristã contra os Mouros. D. Henrique destacou-se entre esses Cavaleiros e D. Afonso VI, Rei de Leão, confiou-lhe o Condado Portucalense, tornando-o Conde desse território (1097-1112). Após a sua morte, a sua mulher D. Tereza ficou com o Condado, acolhendo os Templários, doando-lhes a Vila Forte Arcana (Penafiel) por volta de 1125. Por entre interesses e lutas políticas dos Reinos de Leão, Galiza e Castela, o filho de D. Teresa, D. Afonso Henriques arma-se Cavaleiro em 1125 e afirma-se Irmão (Frater) Templário, quatro anos depois, na sua carta de doação de Soure aos Templários.



Afonso Henriques lutou intensamente para tornar o condado Independente em 24 de Julho de 1128. Derrotou o exército da Galiza na batalha de S. Mamede. Considera-se como início da formação de Portugal a data de 1139, em que Afonso Henriques, e os portugueses, vencem a batalha de Ourique contra os cinco Reis Mouros. A partir de 1140, D. Afonso Henriques passou a usar o título de Rei de Portugal.



A contenda entre Portugal e os Condados do Rei Afonso VII de Castela e Leão, continuava e, em Arcos de Valdevez (1141) decidiu-se a favor dos Portugueses.

O Tratado de Zamora foi o resultado da conferência de paz entre D. Afonso Henriques e D. Afonso VII de Castela e Leão, em que este reconhece a Soberania Portuguesa em 4 e 5 de Outubro de 1143, na presença do Cardeal Guido de Vico.

No entanto a soberania portuguesa reconhecida por Afonso VII em Zamora, só veio a ser confirmada pelo Papa Alexandre III em 1179, pela Bula Praeclaris Probatum, onde, desde Zamora, D. Afonso Henriques comprometeu-se a ser vassalo da Santa Sé, obrigando-se, por si e pelos seus descendentes, ao pagamento de um censo anual. A partir daqui os Templários estiveram sempre ligados à Monarquia, ajudando na formação geográfica e política do País. Fernando Pessoa diz-nos que o objectivo dos Templários era transformar a Igreja de Roma, operando dentro dela, em uma igreja católica universal.



No seguimento da obra "Os Templários na Formação de Portugal", o historiador Paulo Loução aprofunda o estudo do novo ciclo histórico lusitano, iniciado sob a égide de D. Dinis, o Rei Trovador, e da Rainha Santa Isabel, que lançaram as bases políticas, culturais e espirituais que permitiram, um século mais tarde, a epopeia dos Descobrimentos Portugueses como uma nova demanda do Graal, na qual contribuiu, indubitavelmente, a Ordem de Cristo, concebida por D. Dinis para continuar a obra dos Templários que foi extinta em toda a Europa. O autor divulga igualmente a existência de um conjunto de correntes espirituais e esotéricas europeias que exerceram profunda influência em Portugal desde o reinado de D. Dinis até ao período Manuelino. Dante e o seu misterioso 515, a ligação esotérica entre o Graal e Preste João, o culto do Espírito Santo, a confraria iniciática dos "Fiéis do Amor", e os conhecimentos secretos de Raimundo Lulo, são alguns dos temas abordados neste livro.

Com fortes ligações a essa Europa heterodoxa, certas elites portuguesas, detentores de conhecimentos secretos, modelaram a faceta esotérica e científica do Projecto dos Descobrimentos Portugueses. O mistério Templário continuava vivo em Portugal! Pretendendo apenas realçar a origem iniciática de Portugal e a sua ligação aos Templários, Portugal foi o coração de Homens Sábios e Místicos, que viveram séculos adiante do seu tempo. Exemplos: Viriato, D. Afonso Henriques, Gualdin Pais, D. Dinis e Rainha Santa Isabel, D. João II, D. Sebastião, Nuno Álvares Pereira, Infante D. Henrique, Vasco da Gama, Diogo Cão, Fernão de Magalhães, Luís de Camões, Fernando Pessoa, entre tantos outros.

A tradição Portuguesa é uma das mais ricas do mundo. Portugal deve conhecer a sua identidade e o Povo Português deve sentir o que é ser Português, pois tal como disse Fernando Pessoa, Portugal ainda não cumpriu a sua Missão. Um país não acrescenta nada ao mundo se não preservar a sua identidade, a sua tradição, os seus costumes, o que possui de mais particular de si que deve compartilhar com o Mundo. Só assim Portugal poderá preservar-se, transmitindo-se sem nunca se perder. O Mundo caminha para uma unidade colectiva de países e continentes, acrescentando cada um o que mais característico tem de si. Portugal jamais cumprirá a sua Missão se não se conhecer, se não souber que desde a sua formação tinha como Missão um destino maior do que preservar a sua própria identidade. Portugal tinha como Missão levar e transmitir uma identidade universal e Divina ao Mundo. "Um povo que desconheça a sua História está condenado a desaparecer".

A finalidade deste apontamento é despertar a curiosidade de quem lê, incentivando a conhecer a Identidade Portuguesa. As publicações "Portugal Desconhecido" e "Factos Desconhecidos da História de Portugal" das Selecções do Reader's Digest t são muito completas.

Recomendo a leitura de "Portugal no limiar da Nova Era", em Ensinamentos de Sabedoria, bem como a leitura das Bibliografias do historiador Paulo Alexandre Loução.

1 – Os Templários na Formação de Portugal

2 – Portugal – Terra de Mistérios

3 – A Alma Secreta de Portugal

4 – Dos Templários à Nova Demanda do Graal

5 – Descoberta do Brasil e a Viagem de Vasco da Gama.

Cito também António Quadros (Portugal Razão e Mistério, e o Projecto Áureo ou o Império do Espírito Santo), José Medeiros (Os Caminhos Ocultos do Ocidente, e Portugal Esotérico) e Moisés Espírito Santo (Origens Orientais da Religião Popular Portuguesa e a Religião Popular Portuguesa).

Disse-nos José António Saraiva : "Os Descobrimentos Portugueses são um dos mistérios mais inexplicáveis da História da Civilização humana. Como foi possível uma Nação minúscula empreender uma aventura tão completa?".

Bibliografias consultadas: João Medina, José Hermano Saraiva e Paulo Loução.

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