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quarta-feira, 1 de abril de 2020


O QUE PENSO SOBRE AS MUDANÇAS ESPERADAS

 

Como já devem ter reparado eu gosto de explorar todos os caminhos e na minha óptica quando se fala na crise e na necessidade de uma transformação profunda da sociedade, é esperar por algo imprevisto e que saia das normas, ou do trilho, a que estamos habituados.

 
A humanidade, desde a sua época histórica, pelo menos, em que há documentos escritos para estudar, já experimentou diversos sistemas de administração das sociedades, notando-se a sua progressão para um sistema mais equitativo e justo, em que TODOS possam comparticipar na governação dos seus destinos.

 
Num artigo do jornalista H. Monteiro outra afirmação despertou-me a atenção: "A questão, ao contrário do que diz muita gente, não está em ganhar a esquerda ou ganhar o centro. A maior parte das pessoas já não se revê em rótulos nem em fidelidades ideológicas".  

 
Aqui está a cerne da questão.

 
Desde a representação por sucessão divina em que os monarcas analfabetos assessorados por uma classe culta e capaz de transmitir pela escrita (instrumento absolutamente necessário para fazer chegar longe as ordens) os sacerdotes (o Clero), até aos sistemas representativos que foram sendo inventados conforme o avanço cultural das populações, ou ao sistema de uma vanguarda culta a orientar os restantes cidadãos (socialismo), até chegar ao sistema que é considerado o mais justo e avançado – a Democracia.

 
Só que, penso eu, como a maioria das populações ainda são em grande parte analfabetas e outras completamente ignorantes, com uma instrução muito baixa e aquém do necessário para agirem de moto próprio, houve a necessidade de se criar uma organização para onde iriam cidadãos mais evoluídos transmitir e defender os anseios dessa maioria sem capacidade de se exprimirem e se movimentarem pelos meandros das discussões que iriam surgir, pois numa sociedade sã nem todos estão de acordo com o mesmo. Em algumas culturas que estão a ganhar muito terreno actualmente optaram pela representatividade e processos do foro religioso.

 
Os Partidos Políticos nas Democracias nasceram para representar faixas da população que defendem determinadas ideias que acham as melhores para si e círculo social em que estão inseridos. Há partidos políticos que defendem prioritariamente os interesses das classes mais baixas e pobres, outros que defendem a classe média baixa, outros defendem a classe média alta e profissões liberais e outros que defendem o grande capital e os patrões, e nas franjas os que preferem a anarquia absoluta.

 
E, no meu entender, quanto mais instruídos sejam os cidadãos, e já tenham capacidade para expressar os seus desejos, passam a ser mais exigentes e a não concordarem com TUDO o que os seus representantes pretendem fazer, na maior parte movidos por interesses escusos e muitos deles completamente desconhecidos que aparecem por profissão ou por amizades dentro daquele grupo que tomou conta do aparelho partidário.

 
Os cidadãos começam a ver que não se identificam com tudo o que o seu partido pretende fazer, e descobrem que, actualmente, as ideias que defendem até se encontram disseminadas pelos programas de vários partidos o que, forçosamente, irá ter como consequência uma revisão muito profunda do sistema representativo para a governação.

 
Eu acho que hoje os governos devem ADMINISTRAR as coisas do Estado, as coisas de todos nós porque é mais fácil entregar a governação comum a administradores e funcionários pagos para isso, e só isso!! (os patrões são os cidadãos e não os membros do Governo), e sempre que seja necessário tomar decisões que venham afectar todos os cidadãos (e por isso devem ter o assentimento de uma maioria devidamente estipulada), eles devem ser consultados na hora, por referendo ou o que quer que seja. A Suiça utiliza este método e tem-se dado bem.

 
Quando chegarmos a este ponto, a esta Democracia directa, a este sistema muito mais justo, mas só possível quando todos os cidadãos tenham a escolaridade obrigatória e tenham plena consciência de cidadania é que nos podemos dar como felizes.

 
Como há muitos interesses em jogo, a resistência é muita, o que talvez explique a miséria da educação a nível mundial que procuram mais imbecilizar o indivíduo do que o ajudar a evoluir e a aprender a ser independente.

 
Eu conto que essa mudança que todos dizem que vem aí, ou que já está a acontecer, acabe com o sistema clássico de democracia que está mais do que provado que não dá resultado em África, Médio Oriente, Ásia e Américas do Sul e Central.

 
A Europa bem pretende impor este sistema governativo ao resto do mundo sem atender às culturas de cada povo, muitas delas muito mais antigas e mais evoluídas do que os europeus, e isso só tem precipitado o mundo para as ditaduras de regime único. Além disso, nas próprias Nações europeias já se trata mais de uma Oligarquia do que propriamente uma Democracia.

 
Os próprios E.U., com a desculpa de estarem a combater o terrorismo, "rasgaram" a sua carta de direitos do cidadão. Hoje, nos E.U. as autoridades federais têm mais poder, sem controlo, do que os regimes fascistas conhecidos. E mais, o presidente Buch, por exemplo, conseguiu promulgar Leis, que os Senadores assinaram quase sem as ler, com carácter vitalício. Nenhum presidente futuro poderá, pois, revogá-las. A Constituição dos E.U. passou a folha morta. Qualquer cidadão está sujeito a que lhe invadam o domicílio sem mandatos, prisão preventiva indeterminada e a toda a série de sevícias. Será que isto é DEMOCRACIA?

 
Democracia… onde e de que tipo? Se ao menos pudéssemos escolher os nossos representantes em vez de serem incluídos numa lista de "premiados" pelos líderes da altura e que depois de eleitos não assumem e dão lugar a outros, já seria outra coisa. Eu espero por uma mudança radical e inesperada.

 
O auge da Monarquia foi quando o Povo era completamente ignorante e analfabeto. Com a instrução progressiva do Povo (a maioria da população) as Monarquias passaram à história (são apenas representativas e nada governam) e penso que está a chegar ao fim o tempo das Democracias que só resultaram nos povos Caucasianos,e com cultura Judaico-Cristã, e mesmo assim já completamente distorcidas e com sérios defeitos.


Portanto, é necessária uma transformação profunda da sociedade e pela incapacidade do ser humano em seguir os mandamentos justos para uma sociedade justa, a providência divina resolveu agir. As profecias têm-se cumprido ao longo da História e parece que, conforme também profetizado, estamos a travessar uma das provações que, felizmente, irá terminar após uma "varredura" da eira e irá provocar uma forte mudança no pensamento e maneira de ser dos que escaparem à "praga", uma das provações previstas. Esperemos que então o novo ser humano, mais consciente, então possa exigir responsabilidades aos maus políticos e maus líderes que com os seus interesses corporativos, pessoais, partidários e ideológicos, arrastaram o mundo para esta situação desastrosa.
 

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