O QUE PENSO
SOBRE AS MUDANÇAS ESPERADAS
Como
já devem ter reparado eu gosto de explorar todos os caminhos e na minha óptica
quando se fala na crise e na necessidade de uma transformação profunda da
sociedade, é esperar por algo imprevisto e que saia das normas, ou do trilho, a
que estamos habituados.
A
humanidade, desde a sua época histórica, pelo menos, em que há documentos
escritos para estudar, já experimentou diversos sistemas de administração das
sociedades, notando-se a sua progressão para um sistema mais equitativo e
justo, em que TODOS possam comparticipar na governação dos seus destinos.
Num
artigo do jornalista H. Monteiro outra afirmação despertou-me a atenção: "A questão,
ao contrário do que diz muita gente, não está em ganhar a esquerda ou ganhar o
centro. A maior parte das pessoas já não se revê em rótulos nem em fidelidades
ideológicas".
Aqui
está a cerne da questão.
Desde
a representação por sucessão divina em que os monarcas analfabetos assessorados
por uma classe culta e capaz de transmitir pela escrita (instrumento absolutamente necessário para fazer chegar longe as ordens)
os sacerdotes (o Clero), até aos
sistemas representativos que foram sendo inventados conforme o avanço cultural
das populações, ou ao sistema de uma vanguarda culta a orientar os restantes
cidadãos (socialismo), até chegar ao
sistema que é considerado o mais justo e avançado – a Democracia.
Só
que, penso eu, como a maioria das populações ainda são em grande parte
analfabetas e outras completamente ignorantes, com uma instrução muito baixa e
aquém do necessário para agirem de moto próprio, houve a necessidade de se
criar uma organização para onde iriam cidadãos mais evoluídos transmitir e
defender os anseios dessa maioria sem capacidade de se exprimirem e se movimentarem
pelos meandros das discussões que iriam surgir, pois numa sociedade sã nem
todos estão de acordo com o mesmo. Em algumas culturas que estão a ganhar muito
terreno actualmente optaram pela representatividade e processos do foro
religioso.
Os
Partidos Políticos nas Democracias nasceram para representar faixas da
população que defendem determinadas ideias que acham as melhores para si e
círculo social em que estão inseridos. Há partidos políticos que defendem
prioritariamente os interesses das classes mais baixas e pobres, outros que
defendem a classe média baixa, outros defendem a classe média alta e profissões
liberais e outros que defendem o grande capital e os patrões, e nas franjas os
que preferem a anarquia absoluta.
E,
no meu entender, quanto mais instruídos sejam os cidadãos, e já tenham
capacidade para expressar os seus desejos, passam a ser mais exigentes e a não
concordarem com TUDO o que os seus representantes pretendem fazer, na maior
parte movidos por interesses escusos e muitos deles completamente desconhecidos
que aparecem por profissão ou por amizades dentro daquele grupo que tomou conta
do aparelho partidário.
Os
cidadãos começam a ver que não se identificam com tudo o que o seu partido pretende
fazer, e descobrem que, actualmente, as ideias que defendem até se encontram
disseminadas pelos programas de vários partidos o que, forçosamente, irá
ter como consequência uma revisão muito profunda do sistema representativo para
a governação.
Eu
acho que hoje os governos devem ADMINISTRAR as coisas do Estado, as coisas de
todos nós porque é mais fácil entregar a governação comum a administradores e
funcionários pagos para isso, e só isso!! (os patrões são os cidadãos e não os membros do Governo), e sempre
que seja necessário tomar decisões que venham afectar todos os cidadãos (e por isso devem ter o assentimento de uma
maioria devidamente estipulada), eles devem ser consultados na hora, por
referendo ou o que quer que seja. A Suiça utiliza este método e tem-se dado
bem.
Quando
chegarmos a este ponto, a esta Democracia
directa, a este sistema muito mais justo, mas só possível quando todos os
cidadãos tenham a escolaridade obrigatória e tenham plena consciência de
cidadania é que nos podemos dar como felizes.
Como
há muitos interesses em jogo, a resistência é muita, o que talvez explique a
miséria da educação a nível mundial que procuram mais imbecilizar o indivíduo
do que o ajudar a evoluir e a aprender a ser independente.
Eu
conto que essa mudança que todos dizem que vem aí, ou que já está a acontecer,
acabe com o sistema clássico de democracia que está mais do que provado que não
dá resultado em África, Médio Oriente, Ásia e Américas do Sul e Central.
A
Europa bem pretende impor este sistema governativo ao resto do mundo sem
atender às culturas de cada povo, muitas delas muito mais antigas e mais
evoluídas do que os europeus, e isso só tem precipitado o mundo para as
ditaduras de regime único. Além disso, nas próprias Nações europeias já se
trata mais de uma Oligarquia do que propriamente uma Democracia.
Os
próprios E.U., com a desculpa de estarem a combater o terrorismo,
"rasgaram" a sua carta de direitos do cidadão. Hoje, nos E.U. as
autoridades federais têm mais poder, sem controlo, do que os regimes fascistas
conhecidos. E mais, o presidente Buch, por exemplo, conseguiu promulgar Leis,
que os Senadores assinaram quase sem as ler, com carácter vitalício. Nenhum
presidente futuro poderá, pois, revogá-las. A Constituição dos E.U. passou a
folha morta. Qualquer cidadão está sujeito a que lhe invadam o domicílio sem
mandatos, prisão preventiva indeterminada e a toda a série de sevícias. Será
que isto é DEMOCRACIA?
Democracia…
onde e de que tipo? Se ao menos pudéssemos escolher os nossos representantes em
vez de serem incluídos numa lista de "premiados" pelos líderes da
altura e que depois de eleitos não assumem e dão lugar a outros, já seria outra
coisa. Eu espero por uma mudança radical e inesperada.
O
auge da Monarquia foi quando o Povo era completamente ignorante e analfabeto.
Com a instrução progressiva do Povo (a
maioria da população) as Monarquias passaram à história (são apenas representativas e nada governam) e
penso que está a chegar ao fim o tempo das Democracias que só resultaram nos
povos Caucasianos,e com cultura Judaico-Cristã, e mesmo assim já completamente
distorcidas e com sérios defeitos.
Portanto,
é necessária uma transformação profunda da sociedade e pela incapacidade do ser
humano em seguir os mandamentos justos para uma sociedade justa, a providência
divina resolveu agir. As profecias têm-se cumprido ao longo da História e
parece que, conforme também profetizado, estamos a travessar uma das provações
que, felizmente, irá terminar após uma "varredura" da eira e irá
provocar uma forte mudança no pensamento e maneira de ser dos que escaparem à
"praga", uma das provações previstas. Esperemos que então o novo ser
humano, mais consciente, então possa exigir responsabilidades aos maus
políticos e maus líderes que com os seus interesses corporativos, pessoais,
partidários e ideológicos, arrastaram o mundo para esta situação desastrosa.
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