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quinta-feira, 3 de maio de 2018


COMUNIDADE EUROPEIA E SUAS POLÌTICAS ERRÓNEAS

Um prémio Nobel da economia escreveu que "o projecto Europeu, a construção da paz, democracia e prosperidade através da união, é uma das melhores coisas que alguma vez aconteceu à humanidade. E é por isso que as políticas erróneas que estão a desfazer a Europa são uma tragédia tão grande".

Políticas erróneas. Na mouche!

A Europa, hoje, não tem estadistas, mas politiqueiros de baixo nível que estão a destruir o sonho de uma comunidade social invejada por todos.

E, devido a essa incompetência e submissão à alta finança sedeada nos Estados Unidos, vê-se a esta vergonha da não resolução do caso da migração desesperada de outros humanos que não podem viver nas suas terras destruídas precisamente pela intervenção dos americanos e seus seguidores europeus.

Os Americanos é que provocaram todo este caos no norte de áfrica e médio oriente. Foram eles que criaram a al-caheda de Bin Laden e criaram o Estado Islâmico cuja acção tem provocado esta chacina enorme e a debandada dos povos das suas residências.

E agora com este horror dos milhares de migrantes a naufragarem e morrerem nas costas europeias, sem uma ajuda eficaz, não se vê, pelo menos, uma acção justa de auxílio de quem provocou tudo isto. Na Europa, o Reino Unido que se apressou a intervir militarmente nessas áreas, principalmente na Síria, um país que estava estável e seguro, nem se ouve. Só quer é estancar a entrada dessa gente desesperada no seu território forçando um esforço suplementar da França a defender as "suas" fronteiras (inglesas) sem assumir o mínimo de responsabilidade que tem nesta enorme tragédia.

É triste observar estes senhores que lideram a Europa, com mordomias e privilégios enormes, a deambularem pelos corredores sem conseguirem dar um passo em frente, no meio daquela faustosidade imoral para auxiliar os desgraçados provenientes das suas políticas erradas e egoístas.

A Europa está a caminho do fim e o melhor é aquelas Nações com um mínimo de vergonha se desvincularem deste "clube" que apenas conta em defender os seus privilégios e não tem o mínimo de solidariedade com os outros povos, a começar com os povos menos favorecidos da própria "comunidade", como sucede com os povos da periferia que são "castigados" pela sua rebeldia ou por não alinharem com a sua política ultraliberal que só beneficia os Estados do Norte Europeu.

Será que vale a pena pertencer a uma "comunidade" assim?

O Prémio Nobel da Economia Paul Krugman considerou que "o que se está a passar em Portugal (e o que os portugueses estão a experienciar) é inaceitável", sendo vital "fazer alguma coisa".

economico.sapo.pt/

27 Mai 2013 Pedro Duarte

No blog que mantém no site do jornal ‘New York Times', Paul Krugman dedica hoje dois extensos artigos a Portugal, onde recorda as suas experiências quando visitou Portugal em 1976, a convite do então governador do Banco de Portugal, José Silva Lopes.

"No Verão de 1976", recorda Krugman, vieram a Portugal cinco doutorandos do Massachussetts Institute of Technology (MIT) para dar conselhos ao executivo português. O Nobel da Economia recorda que, para além de si próprio, integravam ainda o grupo o futuro ministro das Finanças Miguel Beleza, bem como três outros economistas norte-americanos que vieram a ter carreiras de renome.

Na altura, diz o economista, "Portugal era um local interessante de um modo bizarro - ainda algo caótico depois do golpe de Estado [o 25 de Abril] e a retirada do seu império africano", estando os hotéis "cheios de ‘retornados'". Para Krugman, a Lisboa de então "parecia um fóssil, como muita da sua aparência e infraestrutura pouco mudada desde o início do século. A Democracia parecia frágil, embora a verdade era que os ‘posters' maoístas em todo o lado enganavam; a esquerda democrática [o Partido Socialista] tinha ganho [as eleições] de modo decisivo quando chegámos (embora a televisão ainda mostrasse programas sobre tractores da Alemanha de Leste, numa altura em que os cinemas tentavam a pôr-se em dia de uma década de filmes pornográficos ocidentais)". "Em suma", diz Krugman, "o país era fascinante, adorável e ainda muito pobre".

O economista recorda então a sua segunda vinda à capital portuguesa em 2012, onde se encontrou com o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho e o ministro das Finanças Vítor Gaspar.

 "Lisboa foi, para ser franco, um pouco decepcionante: tinha-se tornado numa cidade europeia normal, se bem que encantadora. Mas esta normalidade era, como todos admitimos, uma coisa maravilhosa: Portugal tinha emergido de uma longa e atribulada história para se tornar parte da decência básica do modelo social europeu", diz o prémio Nobel.

"Mas agora, tudo isso está sob cerco", avisa. Numa análise separada mas escrita quase em simultâneo, Krugman analisa a situação da economia portuguesa, e verifica que o país está a ficar na mesma situação que os EUA experimentaram durante a Grande Depressão de 1929-1934. O Nobel da Economia avisa que quem quer que esteja a analisar a evolução económica "deverá focar-se, acima de tudo, sobre como e porquê é que estamos a permitir que este pesadelo aconteça de novo, três gerações depois da Grande Depressão".

"Não me digam que Portugal teve más políticas no passado e que tem agora profundos problemas estruturais. Claro que tem; como aliás toda a gente, e enquanto que os de Portugal poderão possivelmente ser piores do que os de alguns outros países, como é que pode possivelmente fazer sentido ‘lidar' com estes problemas através da condenação ao desemprego de vastos números de pessoas que querem trabalhar?", questiona o economista.

Krugman avança, como solução para Portugal, uma "maior inflação" nos países do centro da Europa, bem como uma forte "ajuda da política orçamental - não uma situação onde a austeridade nos países periféricos é reforçada por austeridade nos países do centro".

"O que tem acontecido até agora, contudo, são três anos nos quais a política europeia se tem focado quase inteiramente nos alegados perigos da dívida pública. Eu não penso que é uma perda de tempo discutir como é que esse foco erróneo aconteceu, incluindo o papel desafortunado que foi desempenhado por alguns economistas que têm feito um óptimo trabalho no passado, e que presumivelmente também o farão no futuro. Mas agora o importante é mudar as políticas que estão a causar este pesadelo", argumenta o economista de Princeton.

Krugman sublinha ainda que, por vezes, encontra "europeus que pensam que as minhas duras críticas da ‘troika' e das suas políticas significa que sou anti-europeu. Pelo contrário: o projecto Europeu, a construção da paz, democracia e prosperidade através da união, é uma das melhores coisas que alguma vez aconteceu à humanidade. E é por isso que as políticas erróneas que estão a desfazer a Europa são uma tragédia tão grande".

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