COMUNIDADE EUROPEIA E SUAS
POLÌTICAS ERRÓNEAS
Um
prémio Nobel da economia escreveu que "o projecto Europeu, a construção da paz, democracia e prosperidade
através da união, é uma das melhores coisas que alguma vez aconteceu à humanidade.
E é por isso que as políticas erróneas que estão a desfazer a Europa são uma
tragédia tão grande".
Políticas erróneas. Na mouche!
A Europa, hoje, não tem estadistas, mas politiqueiros
de baixo nível que estão a destruir o sonho de uma comunidade social invejada
por todos.
E, devido a essa
incompetência e submissão à alta finança sedeada nos Estados Unidos, vê-se a
esta vergonha da não resolução do caso da migração desesperada de outros
humanos que não podem viver nas suas terras destruídas precisamente pela
intervenção dos americanos e seus seguidores europeus.
Os Americanos é que
provocaram todo este caos no norte de áfrica e médio oriente. Foram eles que
criaram a al-caheda de Bin Laden e criaram o Estado Islâmico cuja acção tem
provocado esta chacina enorme e a debandada dos povos das suas residências.
E agora com este horror
dos milhares de migrantes a naufragarem e morrerem nas costas europeias, sem
uma ajuda eficaz, não se vê, pelo menos, uma acção justa de auxílio de quem
provocou tudo isto. Na Europa, o Reino Unido que se apressou a intervir
militarmente nessas áreas, principalmente na Síria, um país que estava estável
e seguro, nem se ouve. Só quer é estancar a entrada dessa gente desesperada no
seu território forçando um esforço suplementar da França a defender as
"suas" fronteiras (inglesas)
sem assumir o mínimo de responsabilidade que tem nesta enorme tragédia.
É triste observar estes
senhores que lideram a Europa, com mordomias e privilégios enormes, a
deambularem pelos corredores sem conseguirem dar um passo em frente, no meio daquela faustosidade imoral para
auxiliar os desgraçados provenientes das suas políticas erradas e egoístas.
A Europa está a caminho
do fim e o melhor é aquelas Nações com um mínimo de vergonha se
desvincularem deste "clube" que apenas conta em defender os seus
privilégios e não tem o mínimo de solidariedade com os outros povos, a começar
com os povos menos favorecidos da própria "comunidade", como sucede com os povos da periferia
que são "castigados" pela sua rebeldia ou por não alinharem com a sua
política ultraliberal que só beneficia os Estados do Norte Europeu.
Será que vale a pena
pertencer a uma "comunidade" assim?
O
Prémio Nobel da Economia Paul Krugman considerou que "o que se está a
passar em Portugal (e o que os
portugueses estão a experienciar) é inaceitável", sendo vital
"fazer alguma coisa".
economico.sapo.pt/
27
Mai 2013 Pedro Duarte
No
blog que mantém no site do jornal ‘New
York Times', Paul Krugman dedica hoje dois extensos artigos a Portugal,
onde recorda as suas experiências quando visitou Portugal em 1976, a convite do
então governador do Banco de Portugal, José Silva Lopes.
"No
Verão de 1976", recorda Krugman, vieram a Portugal cinco doutorandos do Massachussetts
Institute of Technology (MIT) para dar conselhos ao executivo português. O
Nobel da Economia recorda que, para além de si próprio, integravam ainda o
grupo o futuro ministro das Finanças Miguel Beleza, bem como três outros economistas
norte-americanos que vieram a ter carreiras de renome.
Na
altura, diz o economista, "Portugal era um local interessante de um modo
bizarro - ainda algo caótico depois do golpe de Estado [o 25 de Abril] e a
retirada do seu império africano", estando os hotéis "cheios de
‘retornados'". Para Krugman, a Lisboa de então "parecia um fóssil,
como muita da sua aparência e infraestrutura pouco mudada desde o início do
século. A Democracia parecia frágil, embora a verdade era que os ‘posters'
maoístas em todo o lado enganavam; a esquerda democrática [o Partido Socialista]
tinha ganho [as eleições] de modo decisivo quando chegámos (embora
a televisão ainda mostrasse programas sobre tractores da Alemanha de Leste, numa
altura em que os cinemas tentavam a pôr-se em dia de uma década de filmes pornográficos
ocidentais)". "Em suma", diz Krugman, "o país era
fascinante, adorável e ainda muito pobre".
O
economista recorda então a sua segunda vinda à capital portuguesa em 2012, onde
se encontrou com o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho e o ministro das
Finanças Vítor Gaspar.
"Mas
agora, tudo isso está sob cerco", avisa. Numa análise separada mas escrita
quase em simultâneo, Krugman analisa a situação da economia portuguesa, e
verifica que o país está a ficar na mesma situação que os EUA experimentaram
durante a Grande Depressão de 1929-1934. O Nobel da Economia avisa que quem
quer que esteja a analisar a evolução económica "deverá focar-se, acima de
tudo, sobre como e porquê é que estamos a permitir que este pesadelo aconteça
de novo, três gerações depois da Grande Depressão".
"Não
me digam que Portugal teve más políticas no passado e que tem agora profundos
problemas estruturais. Claro que tem; como aliás toda a gente, e enquanto que
os de Portugal poderão possivelmente ser piores do que os de alguns outros países,
como é que pode possivelmente fazer sentido ‘lidar' com estes problemas através
da condenação ao desemprego de vastos números de pessoas que querem trabalhar?",
questiona o economista.
Krugman
avança, como solução para Portugal, uma "maior inflação" nos países
do centro da Europa, bem como uma forte "ajuda da política orçamental - não
uma situação onde a austeridade nos países periféricos é reforçada por
austeridade nos países do centro".
"O
que tem acontecido até agora, contudo, são três anos nos quais a política
europeia se tem focado quase inteiramente nos alegados perigos da dívida pública.
Eu não penso que é uma perda de tempo discutir como é que esse foco erróneo
aconteceu, incluindo o papel desafortunado que foi desempenhado por alguns
economistas que têm feito um óptimo trabalho no passado, e que presumivelmente
também o farão no futuro. Mas agora o importante é mudar as políticas que estão
a causar este pesadelo", argumenta o economista de Princeton.
Krugman
sublinha ainda que, por vezes, encontra "europeus que pensam que as minhas
duras críticas da ‘troika' e das suas políticas significa que sou anti-europeu.
Pelo contrário: o projecto Europeu, a construção da paz, democracia e
prosperidade através da união, é uma das melhores coisas que alguma vez
aconteceu à humanidade. E é por isso que as políticas erróneas que estão a
desfazer a Europa são uma tragédia tão grande".
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